domingo, 20 de novembro de 2011

Tese!

O que fica do dia em mim?
Sentado o dia todo em frente ao computador o que posso esperar?
Minha coluna e os meus olhos doem, meu corpo feito carro ao meio dia ferve.
Estou cansado e nem posso parar para sentir a natureza, sentir o dia.
Não dá se quer para escrever uma poesia.
E o dia vai passando se misturando com a noite e a gente sem perceber.
Chega uma hora que não dá o corpo joga a toalha.
Passa pela mente desilusão, medo, pressão.
Nem reza braba ajuda, acho só mesmo o riso de uma criança
ou a uma flor perfumada me encheria de alegria agora,
porque Deus é muito subjetivo, metafísico.
E assim vamos seguindo essa vida, que aliás é única,
numa luta desesperada para sobreviver, sobresair
e no final morrer e ser enterrado feito qualquer bicho.
Sem, essa de ser superior,
vamos apodrecer, virarmos cinza ou pó.
E cair nas areias do esquecimento feito grãos no deserto.
Nem sobra tempo para pensar.

sábado, 19 de novembro de 2011

E o dia passou

E o dia passou,
lento como uma brisa,
em minha mente deixou
o cansaço,
Mas a noite chegou,
mais a noite chegou,
e trouxe o vento,
pra cantar
cantiga de ninar,
para eu dormir.
E o dia longo passou!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Riacho

O riacho corre leito abaixo,
e vai fazendo curvas e sons.
Suas águas oras se assanham,
oras são calmas, calcarias e azuis.
E segue cantando, ecoando
o som da chuva. 
Segue as vezes quebrando
sobre as rochas, mas logo
se recompondo, vai refrescando
o que está em suas margens.
As vezes suas águas correm 
por apenas um dia, as vezes
não chega a alimentar 
o que o espera,
mas o que se pode 
esperar de um riacho
senão sua beleza, frescura e vida breve.

A manhã parte

E a manhã parte levada pela brisa
que balança os cachos da acácia.
Com ela vão o som das aves.
E a manhã se vai,
mais um manhã de sexta,
mas uma manhã de  novembro.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O presente

A tarde vai partindo, lentamente,
como uma noite que caminha para o altar.
Parte ao som dos passarinhos,
de Rachmaninoff.
Parte tranquila como o espelho do lago.

Até que a o carteiro bate lá fora.
Ah, o meu livro de presente chegou.
"Entre flores e espinhos"
de autoria de Joseph Bezerril.
Esse vou guardar, na memória,
não vou esquecer de minha amiga,
Rita de Cássia, sua esposa
que tão gentilmente
me ofereceu!


A tarde

A tarde começou tão clara,
acesa pelas flores amarela
da acácia, tão suave soprada
pela brisa e esfriada pela
sobra da sibipiruna, tão
melodiosa entoada pelo som das
aves.
A tarde encheu meu coração
de alegria, minha mente de cores,
meu ser de energia.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Jardim

No meu doce jardim crescem três neomáricas. As plantas estão tão viridescentes. Como choveu as folhas que caíram da acacia estão úmidas e liberam um cheiro gostoso. O sanhaço não para de cantar. Sobre o ramo da alamanda está um filhote de sabiá e uma danada de uma maritaca está comendo os botões das flores da minha acácia.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Chuva

A manhã uma suave é banhada pela chuva.
Enquanto a brisa atravessa a janela é tão fria.
As aves corrochiam longe.
As águas da chuva escorrem sobre os telhados
marrons e se quebram no chão
anunciando a presença da chuva.
O sol nem deu as caras,
as nuvens barraram a aurora.
O dia amanheceu, mas o sol ficou longe,
feito ébrio que está quase acordado,
mas distante do mundo.
As nuvens se movem no céu
da manhã que antecede o fim do ano.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A chuva da manhã

Na doce manhã de chuva,
nem deixou sol apareceu.
Durante todo esse período,
a chuva soprava sua brisa 
e cantava, se deitava sobre os tetos,
sobre folhas e sobre as ruas.
Suas águas lavam as calçadas
e as ruas.

A doce chuva da manhã
fez toda a natureza calar
para ouvi-la cantar.

Na natureza há um respeito,
quando a chuva fala
todos se calam para
escuta-la.

domingo, 13 de novembro de 2011

Domingo em Viena

Aos domingos muito cedo, soam os sinos. As badaladas anunciam que vai começar o culto a Deus. A porta centra é aberta. Luzes e velas acesas. O sol quase fresco ilumina os becos, ruas e ambientes escuros. A rua vazia, tem o silêncio quebrado pelo corrochio de pardais. Idosos caminha em direção a igreja. Enquanto isso dentro das igrejas os padres e seus ajudantes fazem os acabamentos finais para a missa. Nada entendo do que eles falam, pois as palavras soam em alemão, acho muito bonito, mas não entendo nada, assim como não entendo muito dos afrescos, esses pelo menos dou minha interpretação subjetiva. O cheiro da fumaça que o padre usa para perfumar a bíblia antes do pronunciamento da palavra é igual ao que os padres usam no Brasil. E então começa a celebração e a igreja permanece quase vazia. Então me senti, no Brasil colonial quando as missas eram proclamadas em latim, só estas foram proclamada em Alemão. Vistei uma segunda igreja, não tão distante da primeira. Esta segunda parece a igreja de São Francisco em Ouro Preto, estultuante. No entanto o público não era mais volumoso que na primeira. Uma coisa é certa, aquelas igrejas, tornaram meu domingo mais belo e interessante.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh