quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Despertar

 Ontem à tarde, sai para pegar o meu filho na escola. Fui à pé, pois preciso caminhar para melhorar minha saúde. Parecia que tinha despertado de uma noite longa, parecia que tinha sido curado de uma doença. Tamanho foi o prazer de caminhar e sentir o mundo com o nariz, com a pele, com os ouvidos e com os olhos. Até atravessei a rua só para pegar uma flor de jasmim. O cheiro do jasmim manga me recorda a infância. Recordar é algo interessante e mais quando a gente tem memórias da infância! quando a gente recorda, parece que estamos despertando para o mundo. Parece que nossa alma volta ao mundo ou vem ao mundo porque começamos a ver o mundo com nitidez. Parece que a gente desperta para a coisa, para as ideias... Tudo estava ai, sempre esteve ai, mas um determinado momento a gente sente! E percebe! e conhece!

Que potente isso.

Então desperto sai caminhando.

Vi um cachorro rajado que sempre vejo. Ele latiu para mim. Vi um cachorro preto mais a frente que olhou para mim. E acho que ele sentiu o meu medo.

Vi um pinheiro budista que acho lindo...

Vi árvores de Carolina.

E fiquei impressionado com a beleza.

Caminhava devagar, parecia pisar nas nuvens...

Peguei o meu filho e voltamos caminhando.

Ele sentiu a textura da malha de serpente da casa 191 da rua da flipper.

Passamos na praça da vacaria,

Sob grandes gameleiras...

Senti uma certa fraqueza nas pernas.

Chegamos em casa.

E isso foi tudo.

O silêncio abrir e fechar um ciclo

 A aurora vinha vindo,

Anunciava a chegada de Apolo

Que clareava a mata de verde.

Por ali passava uma forte mulher com cabelo cor de fogo, sua pele de canela,

Vinha caminhando e se expressando...


Suas palavras cheias de vitalidade, falava o com inteligência...

A sombra da manhã a tornava mais curiosa!

Quem és?

Josenilda Felix Santos

De onde vens? De algum lugar em João Pessoa,


Mas sua terra natal era Pirpirituba!

Só a vi passar...

Sempre ir e nunca voltar.

Voltava com a tarde.

Mas ontem ela dormiu na eternidade.


Fugaz a sua existência.

Assim como surgiu,

Desapareceu.

Oculta para o mundo.

Mas não para minhas palavras.


Descanse em paz.

Sassá vai ao laboratório

 Cheguei em casa para o almoço, e encontrei Sassá orgulhoso.

A médica pediu para fazer alguns exames e ele corajosamente foi ao laboratório para tirarem o sangue.

Ele resistiu a picada da agulha e falou que era uma picada falsa porque não tinha sentido nada.

Após o sacrifício é lógico que pediu um sorvete por seu esforço!

A mãe assim o fez.

Ele queria mesmo era uma casquinha, mas a ainda não havia aberto os estanderes de casquinha.

Então me contando que não tinha comido casquinha.

Eu prometi que na próxima ida ao shop ele comeria a casquinha.

Espertinho Sassá.

Falei que ele iria ganhar a casquinha por sua bravura.

E assim ele se sentiu muito orgulhoso.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Adeus a Dona Lenita da bica

 Sábado, fomos  a Bica, mas foi diferente!

Dona Lenita não estava lá! Achamos estranho, pois foi a segunda vez seguida.

Então entramos tudo bem. Passeamos junto ao fluxo. Cedo a Bica estava lotada.

Era 10:30h tinha ido ao banheiro e quando voltei para o recinto da leoa quem encontrei conversando com Dayane e Vinícius?

Dona Lenita nossa amiga (Maria Helena Nobrega de Oliveira).

Nossa amizade começou a uns quatro anos atrás quando Vinícius era bebezinho.

A gente sempre comprava água a ela.

Ela ficava ali n frente da Bica!

Vivemos coisas juntos. A doença e morte do marido dela.

A morte de minha mãe.

A gente até trocava brindes, carrinhos, pratos, xícaras.

Dona Lenita era o nome da minha segunda professora da 2 e 3 série.

Assim, demos um estojo de copos e nos despedimos com abraço e choro.

Dona Lenita não vai mais vender água.

Fizemos uma fotos e nos perdemos na multidão da Bica.

Dona Lenita é de Campina Grande!

domingo, 10 de agosto de 2025

Amor de ´pai

 Já faz cinco anos que recebi de meu pai o parabéns pela paternidade!

Papai não conheceu Vinícius, meu filho, mas ele sabia que Dayane, a mamãe de Vinícius estava grávida.

Ainda no calor e terror da pandemia! Passamos um mês ou quase isso juntos. Foi o mês de junho de 2020.

Em agosto, exatamente no dia dos pais ele me ligou. Conversamos e eu o parabenizei pela última vez pelo dia dos pais e ele me parabenizou pela primeira vez pelo dia dos pais. Não sabíamos deste ápice! E assim Deus o quis.

Guardo com carinho este momento.

Guardo com amor a memória de quem me gerou.

A figura em quem me inspirei!

Aquele que me moldou profunda e eternamente.

Tive um pai sem precedentes! Um pai tão presente quanto os versos em um poema,

Tão presente como doce cheiro de uma rosa,

Tão presente quanto a beleza no canto do sabiá...

Estivemos juntos por vinte anos de minha vida!

Sabe que é isso! Absorvi profundamente os seus valores como amor e bondade pelos seres vivos, animais e vegetais, o respeito ao outro, ao preservar sempre a amizade e o respeito.

Aprendi que papai era humano e por ser humano eis uma eterna luta na busca pelo perdão, na busca pelo melhor, na busca pela justiça, no fé em Deus e na coragem de enfrentar a vida.

Silencioso enfrentou uma doença que o venceu, mas nunca reclamou de Deus!

A noite ele rezava, silencioso... antes de rezar nós o abraçavamos e o confortava com um eu te amo...

Assim foram seus últimos dias. Descansou em paz.

Deus me deu o maior presente de todos que foi a paternidade!

E só quem é afetado profundamente por isso é quem é pai.

O germe do amor ou o amor em potência mostrou sua intensidade na noite que nasceu o meu filho.

A lua estava cheia, o ano estava quase vencido!

Então nasceu meu filho... E eu chorei, pois havia perdido meu pai 11 dias antes, mas ganhado a paternidade.

E desde então eu amo.

Descobri o amor.

Pessoa disse num lindo poema que "Amar é a eterna inocência".

Amar é não pensar.

Amor é sentimento e não razão.

Ser pai é amar


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Mamãe é tudo

 Ontem, estava bem melhor da mente e pude brincar com Sassá. 

Desenhamos, e fomos brincar com o locutor um lobo de borracha grande e tirando um dinossauro.

Quando Sassá era menor eu costumava brincar que o locutor ia narrando as atividades que Sassá fazia.

Ele virou bundacanacha e ele virava...

Brincamos também com o carrinho que ele construiu com a mãe dele.

Brincamos de rima com as palavras.

Depois banhei ele.

Depois disso a mamãe dele assumiu o cuidado dele.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Dia do papai

 Sassá comemora o dia dos pais.

Fomos convidados para ir ao colégio para uma atividade de dia dos pais.

Nos divertimos muito nos jogos entre os coleguinhas.

Foram cinco jogos muito divertidos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Te amo papai

 Ontem, 5 de agosto, foi feriado. Sassá dormiu até quase 10h.  Quando ele acordou, veio ao quarto onde estava então eu o abracei e dei aquele cheiro. E dancei com ele nos braços como vazia quando era bebezinho. No feriado nós brincamos, exploramos o guia turístico do México, desenhamos. Brincamos na cama... Almoçamos e saímos para passear. Ainda, fomos ao mercado. 

A noite já na cama ele me deu um beijo e me disse "Eu te amo papai".

Foi maravilhoso.

Te amo Sassá.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Vó Zé e vô Sinha lugar

 Senti saudades de um lugar onde passei. Não morei alí, mas algo ali encheu meu coração de alegria.

Será a estrada de areia branca

Ou o cinzento da mata branca.

Cinzento das catingueiras, dos mufumbos e marmeleiros...

O que será?

Minhas primeiras impressões de existência.

A vontade de conhecer papai era novinho e mamãe também e nem dava por isso.

Vovó e vovô adultos feitos com sua casinha modesta de terreiros alvos e limpos, de telhas e paredes velhas. No quintal as Pinheiras cresciam para adoçar no inverno e as algarobas para refrescar o calor do sol.

Na baixa de moreninha crescia a cana docinha... Doce só de frutas e cana.

No terreiro as galinhas exploravam e ovos lhes davam e um peru a cantar e guines a cacarejar.

Pouca água e muita disposição... 

Saudades do meu sertão.

Sentir

 Senti que o tempo passa.

Sabia que passava, mas tinha esperança.

Sentia-me imortal.

Só amadurecia e entendia o mundo.

Estava em ascensão.

Não achei que iria envelhecer.

Mas o tempo todo revela.

O tempo é o mesmo eterno.

Nós o consumimos e vamos descobrindo a vida.

Não se entende como se dá a vida racionalmente, mas é preciso sentir.

A experiência vai nos forjando para além de nossas crenças.

O tempo me deu muito, só agradeço, mas primeiro levou meu pai. Meu primeiro vazio. Mas me preencheu com o meu filho e me tirou minha mãe.

Três anos atrás destes fatos, chorei olhando o campo florido e entendendo que depois vinha a seca e tudo seria pô.

Depois o tempo levou minha mãe e veio o segundo vazio.

E todo o meu mundo infantil está ruindo feito uma casa abandonada. 

A gente sente que de repente pode ser o fim.

Te amo

Levei Sassá ontem a minha sala. Ele disse que havia ido lá pela segunda vez. Perguntou sobre o meu Chefe e nem sei de onde ele tirou isso. M...

Gogh

Gogh