quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Observar a natureza

Às vezes preciso me calar e apenas observar a natureza. Preciso sentir o mundo em minha volta. Muitas vezes é só desta maneira que consigo esta plenamente comigo. Eu preciso olhar para a natureza porque só olhando para a natureza eu consigo me livrar dos meus pensamentos. Tem dias que tenho em minha mente tantos pensamentos que acho que tudo aquilo não cabe em mim. Quantas memórias não guardo dentro de mim. Quantos pensamentos desnecessários. Então quando saio para caminhar e olhar para o mundo. Vou aos poucos vou fragmentando e organizando as minhas pobres ideias emaranhadas em pensamentos. Caminho olhando para as plantas, os animais, para o céu, as rochas e tudo que minha vista consegue alcançar. Muitas vezes eu olho para o nada, de tão emaranhado que estão meus pensamentos. Com paciência e persistência vou  organizando meus pensamentos, transformando-os em ideias. E quando tudo está tão difícil, eu oro, eu leio poesia e vou aos poucos me recompondo. Viver não é fácil, ainda mais quando estamos mais preocupados com o futuro que com presente. É por isso que insisto e sempre que posso paro e observo a natureza.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Através

Da janela no meu quarto posso ver o mundo cheio de vida.
Entre o mundo e o meu quarto fica uma janela.
Através dessa janela vejo tanta coisa bela.
A janela do meu quarto dá para o meu jardim.
Através da janela do meu quarto minha vista
acaricia minhas plantas estejam ela com flores
ou não.
O mudo pode ser mais belo
quando se deseja perceber
suas melhores coisas,
mesmo que seja apenas através de uma janela.

Dolce manhã

A manhã surge fria, úmida e silenciosa.
Hoje até os pássaros permaneceram em silêncio.
Meu quarto pareceu tão aconchegante.
Sob meu cobertor me senti tão protegido
e contente porque não feliz.
Naquele momento tudo estava tão pleno.
Nem queria levantar, mas tive que fazer.
Continuo agora no meu quarto,
só ouço o som das aves que já
despertaram. Vez por outra recordo
uma frase de Borges ou de Pessoa
e me sinto muito feliz.
Sinto-me muito feliz
com meu mundinho,
minhas estranhezas,
E fico grato por essa dolce manhã.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Graça da vida

Vivi cada dia da minha vida.
Vivo cada dia que me é dado.
Todos os dias são plenos,
assim tem que ser.
Tenho lembranças de alguns,
outros, a maior parte, esqueci.
Não se vive de memórias.
Acontece que os dias são sempre
cheios de mistérios, não sabemos o nos espera.
Por isso quando acordo
sinto o calor do meu corpo.
Tento senti o mundo através de todo
o  meu corpo, cada ponto de minha pele.
E assim começo um dia.
Abro a janela do meu quarto,
como quem abre os olhos para o mundo...
E vejo as cores, as formas e vejo o mundo;
e sinto os cheiros; e sinto o tempo.
E em cada dia busco sentir e viver tudo isso.
Procuro ser mais humano
pra quando chegar meu fim,
poder agradecer por ter vivido.

Cheiro da manhã

Gosto do cheiro da manhã. Quando a gente acorda e tudo está estático. A casa vazia, pessoas dormindo. Tudo é paz. E a casa exala um cheiro frio da noite. Enquanto em casa tudo é silêncio no jardim, na rua, as aves cantam contentes. Então quando abro a janela sinto o cheiro do mundo. Os odores da manhã invadem o meu ser. E me sinto leve e feliz.

domingo, 15 de janeiro de 2012

A esperada

Estamos no verão,
como é comum nesta estação,
sempre chove a tarde.
Chuvas que vão desde
uma triste garoa,
a uma eufórico pé d'água.
Chove depois para.
As pássaros fazem uma algazarra
enquanto secam suas penas.
As flores molhadas,
ficam inconsoladas,
feito mulheres com
suas maquiagens borradas.
E as ruas ficam vazias
e lavadas e úmidas.
E  a vida continua
agradável.

sábado, 14 de janeiro de 2012

As larvas da tarde

Serena passa a tarde passa.
Tarde, quase sem luz, fria.
Saio a pedalar e percebo que o mundo está tão parado.
O vento que balança os ramos das árvores,
faz-me senti mais frio.
Parece até que tarde estagnou.
As plantas estão tão escuras
e sombrias.

Uma ou outra ave conta e voa e aparece e some.

As mangueiras exaustas da floração,
descansam estáticas com suas folhas negras.
Agora podem ficar em paz,
sem mangas não há mais ninguém para incomodá-las.
Sob a copa das mangueiras mangas podres exalam
um cheiro ácido adocicado.
As goiabeiras estão muito carregadas
de frutos, essas ninguém as incomoda,
pois suas bagas são devorados,
como cadáveres podres,
internamente por larvas
branca.
Larvas brancas vivas,
devorando a carne branca
do endocarpo das goiabas.
Larvas brancas como o céu,
 tarde esta que se despede.
Tal qual dia de funeral.
Chego em casa sem ânimo,
como qualquer coisa,
vou para meu quarto
e incluso fico como as
larvas da goiaba.
Sem ninguém me incomodar,
ou se dar por minha inútil existência,
assim como as larvas.

Verdade?

A verdade existe? Não sei, creio que não.
Verdade... vamos falar a verdade.
Busquemos a verdade das coisas.
Acho que a verdade é uma ferramenta.
A ferramenta mais poderosa
que se criou.
Criaram a verdade para subordinar,
para ser superior.
A assim sob essa ideia,
as pessoas creem serem
superiores. As pessoas
usam digamos seu conhecimento
sobre a verdade e se dizem
autoridade.
Que ideia perigosa
é a verdade.
Acordo e fico pensando no que devo ou não fazer. Primeiro preciso comer algo, mas tem que ser algo substancioso. Só um pão com manteiga faz mal.
Então depois de tudo engolido, tempos que encarar o mundo,
encarar os malditos substantivos.
Temos que engolir o sucesso dos outros,
porque não somos capazes de darmos
verdade as nossas mentiras.
E passa o dia, enquanto isso, vivemos nossas vidas imaginando
nossa mediocridade, porque temos que inventar nossas próprias verdades,
mas baseado nos outros.
_ Não, esqueça os outros, tendes que pensar em si,
porque cada ser é um projeto único.
Então cuidado,
porque certas verdades
não passam de uma mentira
repetida por muitos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Rima breve

E caiu uma chuva leve,
chuva boa é assim breve.
Nem deu para molhar
nada. O sol voltou a brilhar,
e o mundo ficou a gotejar,
gotas leves e suaves
como são as tardes.

Desumano

Então o sol apareceu, brilhando com toda a sua força
e o vento se expandiu por todos os lugares. E os
animais se refugiavam sobre as árvores da floresta,
mas e agora que as florestas foram desmatadas
e os animais reduzidos ou extintos. O que restará
do mundo? apenas lixo e mais nada!

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh