sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Na fé

 Agora vejo o tempo com outro olhar, um olhar diferente daquele de antes.

Um olhar sereno e sem pressa.

Não me interessa mais tanto o amanhã,

Não me interessa o ontem.

O que me interessa é o hoje o agora.

Tenho em mim o passado, o presente e o futuro,

Menos passado, menos futuro e mais agora.

Olho o passado com carinho, com saudades, mas sem vontade de voltar,

Olho o futuro sem pressa, sem muito ânimo, pois sei que não posso esperar muita coisa.

Me interessa o agora o momento!

Me interessa a felicidade do meu irmão, do próximo... É sempre melhor que seja maior que a mim.

Só tenho gratidão.

O tempo tem me ensinado essas coisas,

Deus em Cristo tem me ajudado...

Palmeiras primeiras

 Palmeiras primeiras!

Amigas e vizinhas.

Amo te olhar!

Amo te olhar!

A ti ensinei meu filho Vinícius a mirar.

A gente ele e eu te comtemplava!

E eu ensinei a ele a dá chão olhando para ti.

Eu olhava as folhas e dizia,

As folhas estão balançando!

Balançando!

E você aprendeu a gesticular.

Mamãe era viva e viu você acenão dizendo tchau,

Todavia a gente dizia balançando...

Palmeiras irmãs,

Palmeiras vizinhas!

Tenho memórias de tuas parentes,

Longe, muito longe!

No terminal de Barão Geraldo foi onde te apreendi...

Dypsis madascarensis...


Jasmim amigo

 Jasmim a quem contemplo de minha janela,

Tuas folhas em arranjo de coroa,

Tuas flores são buquês de noiva,

Flores tão alvinhas!

O vento sopra e faz suas flores a balançar,

Feito estrelas no céu a brilhar,

Flores alvas com garganta amarela,

Vez por outra se desprende uma flor

Voando tadinha, cai suavemente pelo vento levando,

Voando e girando em direção ao seu destino,

A rua seca ou molhada...

Jasmim forte amigo,

Está sempre comigo,

Sempre que preciso me sentir vivo,

Basta mirar pela ganela,

E lá tu estás como um amigo

Pronto para me consolar,

Pronto para me mostrar a realidade da vida.

Jasmim, aqui eternizo sua existência,

Dou ciência de nossa amizade.

Querida Plumeria pudica.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

A vela

 Acendi uma vela para nossa senhora da Conceição.

No dia 08 de dezembro de 2024.

Uma vela como qualquer vela comum.

Branca, linear, cilíndrica e lisa, com base plana e ápice agudo.

O pavio um cordão de algodão,

A luz foi consumindo a cera e o pavio,

A luz foi alumiando o espaço,

A luz terna, amarela dançava com o vendo,

Mirando o que via uma vela,

E a minha alma via outra coisa,

Eu via através da vela,

O tempo,

As orações...

As orações de aflição de desejo.

Essa oração era de agradecimento.

Muito tenho a agradecer a Deus...

A Deus...

Bruxuleante a vela ia queimando,

Marcando o tempo seu curto espaço de tempo de existência.

É preciso ver através das coisas...

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Jaca em família

 Eu sempre amei frutas.

Caju, goiaba, pinha, araçá, seriguela, pitomba, pitanga, umbu, cajarana, cajá, coco, coco catolé.

Essas tínhamos em casa.

Agora a jaca.

Jaca não dava, a nossa terra era seca demais.

Na nossa comunidade tinha e ainda tem o pé de jaca de Loló de Rejane de Dezu.

Jaca era objeto dos meus desejos.

Papai, tinha um tio que morava num sítio enorme de jaqueiras em Martins.

Às vezes, ele conseguia uma jaca.

Aquela coisa cheirosa, amarelinha e docinha.

Não sobrava dinheiro para comprar.

Bem no sítio de minha avó tinha, mas era tantos filhos e netos que ela tinha que não sobrava.

Isso gerou um guloso. Eu.

Que tinha como fruta favorita a jaca.

Para comer jaca tinha um ritual.

Geralmente se comia de manhã.

Era papai quem abria, usar os garfos nem pensar para não encher de visgo.

A gente quebrava uns pauzinhos e íamos comendo os bagos que eram contados.

Uma época papai pediu os bagaços de jaca para a vaca comer

E ele sempre trazia uma ou duas jacas nos caçoas velho.

Sim jaca boa só se fosse de cima da Serra de Martins.

Ele saia montado num burro e as vezes eu ia com ele na garupa do bicho.

Quanta coisa se passa na minha mente da infância.

Numa jaca.

Só afirma o maravilhoso pai que foi o meu

E a maravilhosa família que foi a minha.

Hoje, tenho as jacas que eu quiser,

Mas não tenho com quem comer,

Com quem repartir...

Abrir uma jaca... por mais que eu coma,

Sempre metade é perdida.


terça-feira, 26 de novembro de 2024

Despedida infinito e eterno

 A casa

A casa que morei

Onde mais vivi,

Papai quem a construiu,

Alí uma flor mamãe plantou,

Ali vivi os dias mais plenos de minha vida,

Minha infância querida,

Dali tive que parti,

Mas posso voltar de vez enquanto,

Papai que a fez,

Tantas vezes foi,

Tantas vezes voltou,

Chorou quando entendeu que a partida estava primeira.

Se despediu, porque sabia que a eternidade estava te chamando.

E foi e nunca mais voltou.

A casa está ali.

O lugar está ali.

O espaço nunca sai do lugar.

O tempo é a moeda que nos permite deslocar,

Enquanto tivermos corpo para consumir.

Porque um dia...

Como papai terei que me despedir.

E o espaço será infinito.

O tempo será eterno.

Viver

O meu ser é o meu viver.

O meu viver é aprender,

O meu viver é conhecer,

Ser consciente,

Da força do inconsciente.

Ser um ser e não um ente.

Meu corpo é a minha morada,

Onde estiver,

Enquanto viver.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo.

A gente fica acabrunhado!

A luta do corpo com uma doença que consome até o fim.

O câncer!

Que aparece todos os dias e que consome inúmeras pessoas.

Fui a uma clínica de radiologia!

O motivo era simples um raio x no dente no meu filho.

Todavia minha mente que tem a mania de pensar...

Não percebeu faces feliz. Apenas, pessoas apreensivas...

O imediato com que nossa vida pode mudar instantaneamente nos deixa assim mais apreensivo.

Seja câncer, seja acidente, seja o que for.

A morte é certa.

Como lidar com esse sentimento?

Só a fé e na fé e com a fé.

Porque tudo é consciência!

Tudo é consciência.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I,

Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros.

Estamos no mês de novembro e a cerca de quatro dias esta florescendo.

Sim, são lindos seus cachos de flores.

Suas flores são amarelas flavas com uma coroa de estames alaranjados.

Estas flores são intensamente perfumadas, sendo o odor adocicado. Gostoso!

Muito visitadas por uruçu e abelhas com quitina viridescentes.

Seu tronco era bifurcado, mas uma parte foi podada,

Suas folhas são coriáceas com margem cerreada,

Agora não tem como pegar as flores para fotografar.

Entretanto, tenho fotos de suas flores.

Acho que chamarei ela de Amélia nossa ex-professora de algas.

Amélia é japonesa, como Kikio que estudou essa família.

A família Ochnaceae.

O gênero é Ouratea.

A espécie é Ouratea cearensis,

Popularmente conhecida como Bati-bravo.

Pronto tá registrado

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Divagações sonoras sabiescas.

 Os sanhaçus vivem aqui em fernanda,

Mas esse sabiá!

Acho que ele quer se aninhar.

Hoje, 12.11.24 ele se pós a cantar 

E cantar desde cedo!

Estou pleno de alegria...

Sabiá é meu elo espiritual intenso com mamãe.

Afinal, em serrinha numa das nossas últimas tardes juntos,

Um sabiá cantava na aroeira.

Ela disse:

-Só me lembra minha infância na casa de papai.

O canto do sabiá arremeteu uma memória boa.

E nós conversamos sobre esse sabiá.

Que esteve onde andei, mas em São Paulo, Campinas, Brasília e Serrinha,

Passagens rápidas, exceto nesta última.

Em Kew na inglaterra ouvi um melro...

Lembrou-me o sabiá.

Em Portugal Gonçalves Dias o saudoso,

Cantou "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá".

Sabiá deveras é um arquétipo brasileiro.

Eh! Que beleza.

A chuva

 A chuva chegou, Nem parecia que ia chover. Mas ela chegou  E cantou com a mata. Tão sonoro ouvir Frases escritas por Pessoa... A chuva chov...

Gogh

Gogh