Às vezes nossos sentidos congelam com imagens,
Sons, cheiros de algo que fazia bem e não que existe mais,
Desapareceu e só existe a luz de nossas lembranças.
Sensações vivas do passado que nos faz reviver...
Um beijo, um abraço, caminhar pelas ruas,
Olhando as casas, as árvores com suas flores,
A manhã que sempre se revelava linda com ou sem chuva...
E ter tudo aquilo está ali vivo em nossa memória mas que não existe mais.
Como dói a saudade.
Quando temos muitas saudades, certamente estamos cada vez mais experientes e não velhos.
É interessante como alguns lugares nos fazem tão bem...
Essa é a minha impressão que tenho de Campinas,
Quantas conquistas não consegui em terras tão distantes,
Amigos, uma namorada, uma boa morada... Uma segunda mãe.
Uma maior compreensão do mundo, amizade...
Todo o conjunto...
Certamente, tens algum lugar que te faz sentir assim...
Quando quero viver em Barão ouço Schumann,
Quando quero viver São Paulo ouço Holst...
Quando quero viver Brasília ouço Chopin,
Creio que selecionamos nossas memórias...
E quando quero viver Serrinha o que ouço?
Leandro e Leonardo.
De lá pra cá parece algo tão longe...
Ainda tenho lembranças de quando sai de casa
Com a cara e a coragem e magreza...
Meu Deus como a vida é louca.
Olhando aqui de cima, vejo que lá de baixo nunca pensei em chegar aqui...
Acho que sempre fui um perdido das ideias,
Talvez todos sejamos assim ou não...
Não sei,
Mas será que existe algo em mim que se expressa sem que perceba?
Vez por outra, mas diante da razão me pego místico...
O que explicaria esta saudade?
Vago... vago universo.