A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
quinta-feira, 27 de março de 2025
A rosa
quarta-feira, 26 de março de 2025
Confiança
Ontem, após muitas aulas de prática Vinícius criou confiança e coragem e nadou sozinho.
Foi apenas dois metro, mas foi um grande salto para sua mente.
Logo estará nadando.
Ontem, na lição de casa aprendeu o que é o número dois 2.
Repetiu inúmeras vezes.
Estes fatos me arremeteram a minha infância ao contentamento de aprender.
Como foi aprender a nadar.
Faz muito tempo que aprendi a nadar. Ainda era criança, mas trago vivo essa lembrança.
"Era uma manhã como todas as outras. Tinha ido com a mamãe ao açude de Juvenal de Mariana para ela lavar umas roupas. O açude estava com pouca água e portanto raso. A água era barrenta. Depois que mamãe terminou de lavar a roupa me estimulou a nadar. Então batendo os braços consegui atravessar o açude e senti que minhas pernas não tocavam o chão. Foi uma maravilhosa sensação de segurança. Alí, descobrira que já sabia nadar. Depois foi só aperfeiçoar com muita prática ganhei confiança e descobri que sabia nadar. Fui pra casa tão feliz, e fiquei tão feliz naquela dia".
Como foi aprender a contar.
Lembro de um episódio que a professora Livani minha alfabeditazadora lá na primeira serie pediu para
escrever até 20 e eu escrevi até 120. Foi 1,2,3... 10... 19 120.
Memória sintética.
Desperto pela lua
A madrugada estava linda,
Acordei com vontade de dormir,
Mas despertei quando vi pela janela
A linda lua crescente!
Tão grande!
Nunca tinha visto a lua crescente tão grande.
O céu limpo e escuro
Dava palco a lua
Que parecia maior.
Sempre que vejo a lua num céu escuro,
Rememoro os tempos primeiros.
Olhar para o céu noturno é contemplar a eternidade.
A gente parece ao contemplar a infinitude do universo,
Olhar para nossa finitude.
Chega a estremecer a espinha,
Nos fazendo arrepiar.
Algo muito irracional.
Fiquei ali, deitado na rede
E por meia hora a lua ficou a minha vista!
Ela me encantou.
Depois sumiu no teto da janela.
Foi assim.
Foi assim...
terça-feira, 25 de março de 2025
As capivaras
Ainda sobre Recife, antes que as coisas sejam deletadas.
Vimos as capivaras perto do açude relaxadas tomando um banho de sol.
À sombra de um pé de mamão passamos um bom tempo a contemplá-las.
A mamãe aproveitou para sentar e aproveitar a sombra da grande gameleira.
Nós ficamos mirando!
E o que vinha a nossa mente?
A minha vinha a contemplação daquele lugar mais lindo do mundo.
A paz das capivaras,
As ervas aquáticas...
A pedra do calçamento quente pertinho da sombra da gameleira.
As folhas das plantas brilhavam um verde viridescente.
Vinícius o que pensaria?
Nem imagino.
Apontava as coisas para ampliar a percepção.
Olha o anum preto.
Olha no lago uma tartaruga da amazonia.
E aquele curto momento foi maravilhoso.
Capivaras são animais, mamíferos.
Mamíferos tem pelos e mamas.
E um cérebro muito mais complexo com cuidado parental.
E outras coisas mais.
...
A palavra capivara vem do tupi-guarani kapii' gwara, que significa "comedor de capim".
segunda-feira, 24 de março de 2025
Guaruba
Sábado passado, 22 de março, fomos ao parque dois irmãos em Recife.
Vimos vários animais e entre os mais lindos estão as aves.
As lindas araras.
Ararajuba, Arara-vermelha, arara azul e arara boliviana.
Arajajuba de nome científico Guaruba guarouba.
Me impressionaram pelo amarelo ouro.
A arara vermelha me impressionaram pelo vermelho sangue.
A arara azul por suas penas azul celeste.
E a arara boliviana pelo glaucociano da garganta.
Foi maravilhoso ouvir essa beleza gritante.
Pota o hipopótamo
Fomos, sábado passado a Recife. Fazer?
Visitar o zoológico.
Qual é o maior bicho de lá?
Pota o hipopótamo que Vinícius chamava de "paquiderme".
Foi surpreendente porque vimos o tratador Will cuidar da higiene bucal de Pota.
Antes, desse fato, passamos no recinto duas vezes e paquiderme estava submerso, mergulhado.
Ficamos até meio desvanecidos.
Já estávamos contente, por ter visto as capivaras. Mas a atração era paquiderme.
Então, caminhamos até o recinto do chimpanzé e dos felinos quando ouvimos paquiderme gritar.
Vinicius voltou correndo, avistou, mas a luz no espelho que separa o recinto estava atrapalhando.
Bom satisfeitos.
Dai quando fomos mais a frente Vinicius percebeu o povo no recinto de paquiderme e voltou correndo.
Eita que bacana! pensamos. Olharam, olharam...
Até que a mamãe percebeu o tratador Will com uma caixa de comida.
Ela disse vai alimentar paquiderme, vamos esperar.
E foi melhor.
Vimos a docilidade de paquiderme que abriu a boca para Will higienizar a boca.
Até falei para o Vinicius que Paquiderme não dava trabalho.
Will passou um remédio na boca de Paquiderme, escovou os dentes, mexeu na língua enorme de paquiderme.
Paquiderme só de boca aberta, de olhos fechados nos ignorando por completo.
Então Will deu grandes cubos de gerimum para Paquiderme.
Ele comeu.
E Will abriu a fala para perguntamos sobre ele.
-Qual é o nome dele perguntei "Pota" respondeu. Agora paquiderme pota.
-Qual seu nome? Will
-Quantos anos ele tem? 14 anos
-Qual o peso dele? entre 2 a 3 toneladas
...
Saímos tão feliz.
Vinicius amou.
Pota...
A gente já tinha visto "pota" inúmeras vezes, pois essa era a nossa quarta vez no parque Dois irmãos.
Acabamos descobrindo mais coisas sobre esse animal maravilhoso.
Depois fomos almoçar e brincar no parque.
sexta-feira, 21 de março de 2025
Acoita-cavalo perfumado
Vestido de noite vi o acoita cavalo.
Com ramos pêndulos
De flores ornado!
Tão lindo e perfumado.
Sim estava perfumado,
Com cheirinho alvo
Cheiro alvo como suas flores.
Nesse mês de março foram muitas as surpresas.
Essa foi uma delas.
Volições
Na infância sobrava ociosidade e espaço.
Tudo que existia dependia das estações que para nos era a chuva e a seca.
Na seca que tinha para olhar? Tudo era reduzido, a comida e a água, tanto nossa como dos animais.
Desapareciam os animais invertebrados como insetos, imbuas e vertebrados que por vezes apareciam como os preás.
E sempre tínhamos a esperança de tudo melhorar no inverno seguinte.
A gente precisava acreditar no futuro por questão de sobrevivência.
No inverno o chão estava molhado e dava para fazer curral.
Tinham as flores para olhar e dissecar, frutos para brincar e comer.
Tinham ainda imbuas, formigas, borboletas, mariposas, serpentes apareciam.
A gente tinha matéria de sobra para viver.
A gente aprendeu a acreditar no futuro, mas o futuro guardava tragédias que a gente depois pela razão iria descobrir.
Na infância tudo era interessante por sermos totalmente ignorantes.
Tudo que existia ia ganhando nome...
E esses nomes depois ganharam símbolos sem as representações pictóricas.
A, E, I, O e U.
Cara! o que é isso?
Porque não aprendemos a desenhar?
A ler os desenhos.
Foi profundamente influenciado por um livro de animais da sexta série de capa verde e com animais.
Foi ali que pus os meus pés na sistemática e na biologia.
E o que me atraiu foram os desenhos
As representações.
Lembro que queria muito desenhar coqueiro.
Tínhamos uma aula e era na sexta-feira, e não tínhamos caderno de desenho.
Uma ou outra vez.
O desejo nos alimenta.
Queria desenhar.
E não decifrar as vogais e o alfabeto seco.
Queria imaginar nos desenhos e não aqueles textos abaixo dos desenhos.
Como vim parar aqui?
Me questiono.
Da infância até aqui foi um longo caminho.
E ele continua até o fim.
Cheio de nada
A minha infância foi um vazio de conceitos.
Minha infância estava cheia de realidade.
Eu olhava para as coisas, via as coisas, sentia as coisas com as mãos, com os olhos, com os ouvidos com o gosto.
As coisas eram o que eram não conceitos.
Desde que descobri os conceitos.
Tudo perdeu a realidade. Muita coisa passou a ser ilusão.
Prestei atenção nos movimentos.
Ah!
Essas coisas encheram tanto a minha mente que não sei como me desapegar.
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Gogh
