Está frio, então me enrolo. Esquenta, desenrolo. Olho através da janela e vejo a lua como um espelho de reflexo pálido. Então o sol nasce devagar, parece está cansado.
Ana finalmente acorda, tomamos o café, arrumamos as cobertas e finalmente começo a trabalhar, na janela mágica. Faz um frio muito gostoso, nunca visto aqui em Ribeirão Preto.
A impressão que tenho é que o a cor verde do piso torna mais frio o ambiente. Esse quarto pequeno de paredes brancas, com uma cama, uma escrivaninha e uma cadeira e um armário, se não fosse tão organizado não seria tão confortável. Então permaneço sentado em frente ao computador. Em outros tempos seria um louco. Como pode alguém ficar o dia todo em frente a uma máquina? Confesso que muitas vezes fico impaciente. Então olho através da janela. Olho para a organização dos objetos, presto atenção nas coisas, nas formas. Então escrevo algo. Procuro sítios com entrevistas, informações de escritores. Acesso uma rádio espanhola e ouço música erudita. Escrevo e respondo emails. Enquanto isso no mundo lá fora, as aves cantam ou voam pelo céu; as árvores esperam pacientemente pela primavera, a brisa esfria mais o mundo. Melhor assim, merecemos o frio, afinal aqui é sempre tão quente. Volto novamente para o quarto. E então entro no meu mundo subjetivo e penso e viajo em minha mente onde encontro uma ideia que quer ser investigada, volto ao mundo. Digito no sítio google que me dar n informações em milésimos de segundo. Leio, reflito.
E quando estou concentrado sou obrigado a ir ao açouge comprar carne moída. Vou e volto, comprei uma melancia e ao provar que não é lá essas coisas. Sinto frio o dia todo. Então almoço...
Saímos para ir ao banco, voltamos volto para a janela mágica. Leio, completo os dados de uma tabela...
E chega então a noite...
E mais um dia vivido.