Fui a feira de orgânicos na UFPB ver os amigos, conversar e comprar. Vi seu Biu, seu José, Seu Edson e seu Zizo.
Ir a feira, como não gostar desse Bafafá.
Ouvir a bandinha tocar,
A cliente a questionar o preço das coisas,
O cheiro da tapioca sendo assada no caco.
Gente indo e voltando.
Mercadoria sendo entesourada....
Eis que encontro Lis, a poetisa, na volta para minha sala.
Quanta alegria, com saboroso gosto de poesia.
Lisbeth Lima de Oliveira,
Lima de Solânea, e Oliveira de Cajazeira.
Conversamos sobre tantas coisas,
Que nos perdemos no tempo.
Das coisas que pesquei.
Lisbeth, nobre amiga,
Que muito tem a me ensinar,
Antes ouvir a falar,
Quem fala doa,
Quem ouve recebe,
E foi aquela troca,
Aprendi a aprender,
Falando e me agradando
do Carinho de me escutar.
A certas horas vi que era todos ouvidos,
Foi a feira a escutar,
Ver, ouvir e cheirar,
Ao café saborear...
A goma que se aquecida,
Vira tapioca, estava o ambiente a perfumar...
De flores na mão senti a mercadoria pesar.
Lis ouvia...
Em suas orelhas dois ouvidos,
Um interno e outro externo,
Uma espiral coclear,
Uma concha espiralada,
Mostrava que ouvia e ensinava no ouvir.
Lima, lima, lima...
Oliveira, oliva...
O roxo do jacarandá enche sua vista de alegria.
A memória do cheiro do cabelo de sua vó...
Memórias são despertas,
Eternizadas.
Mais nada