A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
sexta-feira, 29 de agosto de 2025
Eterno
Porquê
Prestei atenção a minha conversa com Sassá ao deixá-lo na escola.
E o tem foi a gata mel.
No nosso prédio tem um jardim.
Ali muitas vezes os gatos fazem suas necessidades.
Tem uns três gatos, mas uma é mais amigável e presente.
Tem o pelo preto e vermelho amarelado, e olhos melados.
Por isso, a denominamos mel.
Ela está sempre presente.
Bom ela costuma se esconder atrás de uma espada são jorge.
Ontem, cheguei e fui aguar as plantas.
Então deu um banho em mel.
Então quando desci e entrei no carro, contei do banho em mel.
Ele ficou encabulado no fato de mel gostar de se esconder.
Por que mel se esconde papai?
Pra não ser vista.
Por que mel se esconde papai?
Pra não ser aborrecida.
Por que mel se esconde, ali na espada de são jorge?
Porque é mais fresco.
Por que mel se esconde, ali na espada de são jorge?
...
Com esses porquês quase fizemos o trajeto todo.
Na rua paralela a escolha, onde tem uma oficina, vi um fusca vermelho.
Gritei um fusca vermelho.
Como sempre disse!
Vamos desenhá-lo.
Concordei, pois não adianta discordar.
À tarde quando fui pegá-lo havia mais um fusca vermelho agora dois.
Quase parei para fotografar,
Acabei me esquecendo de comentar com ele.
O sujeito e a chuva
A chuva chovendo,
Tem diferentes faces,
A face de cada é subjetiva, peculiar de cada sujeito,
Agora chove!
É maravilhoso ouvir a chuva chovendo.
Molhando a mata, o chão, o telhado...
Sinto paz,
Quando estou em segurança.
Para mim, que vim de onde chove pouco.
Chuva é sinônimo de benção.
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
O abraço
Ontem, como sempre fui deixar Sassá na escola. Fomos conversando sobre como havia sido sua manhã. Falou que foi ao dentista, mas que foi rápido. Conversamos sobre o que eu havia feito. Enfim, fomos mais devagar. Sol quente do meio dia merece um ar ligado, janelas fechadas para não assanhar o cabelo de Sassá. Havia colocado sua blusa de frio, pois sua nova sala tem um ar agora. Cheguei, estacionei e como tinha pressa não estacionei como de costume. Foi mais apressado. Então quando chegou lá, dei um beijo e me despedi. Ele foi andando quando ganhou um abraço por trás de uma coleguinha. Foi engraçado, pois ele se sentiu desnorteado e feliz. Sem saber qual a direção. Depois sai correndo para a reunião.
quarta-feira, 27 de agosto de 2025
Real e imaginário um espelho ou uma memória
Segurança
Sassá está cada vez mais dinâmico.
Ontem por acaso pulei na cama e ele viu meu pulo e adorou.
Praticou inúmeras vezes até fazer o melhor.
Adoro isso!
Uma criança repete inúmeras vezes a mesma ação.
Até achar que está bom.
Meu garotinho está nessa.
Gosta de repetir as atividades.
Será se é para se sentir seguro?
terça-feira, 26 de agosto de 2025
O infinito
O lugar onde nasci.
Terra arenosa e poeirenta,
Espelho da terra alvo e alaranjado...
Está lá, está lá, está lá.
Meus primeiros passos físicos, espirituais e mentais.
Uma longa caminhada em busca da sabedoria.
Essa busca nunca cessa.
Nunca cessa.
Voltei-me ao mundo.
Agora volto-me minha terra natal.
E não encontro nada.
Só o lugar que é e sempre foi um lugar.
Em mim, memórias.
Carrego uma face uma gama de histórias.
Carrego minha história.
Se volto lá.
Nada revivo.
Porque estou sempre vivendo.
Mas voltar aquele lugar me ajuda a
Entender o que sou.
A perceber como me construi e como nada e duradouro...
Areia, barro, Jurema e caju.
E eu.
Momento
Acordava com medo da vida,
Despertando a consciência de que o tempo passa e não tem retorno,
Pensava em papai e mamãe gozando sua velhice.
Sentia o maior medo de minha vida a perda deles.
Na rede fresca olhava o telhado velho amigo de infância.
Telhas, ripas, caibros e linhas tecidos e uniformes, mostrando a pluralidade da unidade.
Meus ouvidos revelavam a beleza daquele lugar e canto do sabiá fazia entender a beleza de viver isso no inverno,
No verão me despertava o galo de campina...
Os jegues emudeceram...
Os cambitos e caçoas morreram.
Sem a fecundação humana morre a cultura e sobra na natureza.
Sem nosso saber e nossa presença morre também o lugar.
Papai se foi a quase cinco anos e mamãe a quatro.
A casinha está viva
Com uma luz acesa de nome Francisca...
Sou bisneto, Neto e filho de Francisco.
Carrego um cordão de São Francisco no pescoço e um tao de santo Antônio no peito.
E a minha alma que não é franciscana precisa ser domada todo dia ao som a ave Maria peço perdão a Deus.
Meu dia chegará,
Por agora é rezar e cumprir a tarefa da vida.
Viver
Por ques
segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Penha
Ontem fomos a procissão da capela de são Rafeal ao santuário da Penha.
Chegamos na igreja e a missa estava quase terminando.
Ficamos apenas na porta lateral.
Então Sassá perguntou por que não íamos entrar e sentar e assistir a missa.
Ai tentamos explicar para ele.
Ele parcialmente entendeu. Dissemos que íamos assistir a missa no santuário da Penha.
Assim fizemos, participamos da carreata e chegando lá assistimos a missa.
No fim da missa comprei uma blusa para ele da procissão da penha.
Ele já vestiu.
sexta-feira, 22 de agosto de 2025
Travessura
Ontem a noite Sassá fez a primeira travessura.
Estávamos jogando bola. E ele estava gostando muito do fato de está chutando bem.
Antes de mais nada chutando forte.
Sem senso de direção, mas chutando, aperfeiçoando os chutes.
Pois criamos um obstáculo para não entrar na cozinha, como a bola é grande não adiantava muito.
E como nossa cozinha é americana.
Uma bomba saiu do pé de Sassá e atingiu em cheio o vaso com o arranjo que quebrou.
E foi isso.
Ai foi o fim do jogo.
Fui dar banho nele.
Chorou pelo banho...
Daí, passou a mamãe fez pipoca e ele foi ler comendo pipoca.
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
Parabéns
A vida avança e ganha sentidos.
Precisamos de objetivos um emprego, um objeto para comprar, morar só, ter melhores condições.
Bom isso até a gente ter filhos.
Com os filhos nossos valores pessoais mudam,
Assim, quando você nasceu a vida de nossos pais mudou muito...
Ama mais quanto mais filhos tem...
Há que saber dividir o amor.
E você foi a terceira que vingou e segurou em nossa casa.
Foi intensamente amada.
Quem tem mais de um filho ama de forma diferente.
Mas o amor é por igual.
Os valores são os mesmos.
Eu olho para o tempo e percebo como passou rápido.
Se olho para o esforço dos meus pais, concluo que valeu apena.
Estou aqui, e segurei o bastão quando quis ter filhos.
Amor incondicional.
Quem tem mais de um filho ama mais...
Amar é dividir...
Amar é se doar por inteiro.
Como chegamos aqui!
Basta olhar na nossa história,
A nossa história é a mesma dos nossos avós, nossos tios e nossos pais.
No final somos iguais, porque o que nos uniu e une é o amor.
E o cansaço venceu
Ontem, Sassá e eu brincamos de carrinhos.
O carro dele era um carro com rabo de peixe vermelho.
O meu um moderno carro azul.
As rodas cantaram na sala.
Colocamos como obstáculos uma bola e uma chinela com uma embalagem de bolacha maria.
Vai e volta chegando a perder de vista.
Parou sob o sofá, sob a geladeira na cozinha.
Dai usei o cabo de vassoura na porta da cozinha para impedir que o carro parasse sob ageladeira.
Deu maior trabalho.
Depois à noite, após a escola, nossa brincadeira mudou...
Estava tão cansado e ele queria brincar de encontrar dinossauro no nosso livrinho.
Mas eu apaguei.
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Curupira
Ontem na hora do almoço.
A mamãe pediu para ler a história do curupira.
Li primeiro uma versão bem interessante e longa.
Depois li uma versão bem curta da turma da Mônica.
O interesse de Sassá por histórias é intenso.
Ajuda muito o fato dos livros infantis serem muito ilustrados, pois facilita e viabiliza a imaginação.
Além do poder que tem a imagem de fixar o conceito.
Li, mas de uma vez.
A historia que envolver muito o cuidado com a natureza,
O entendimento que a natureza é o lar dos personagem.
A luta do bem e do mal.
As ideias sendo inseridas ai.
Não sei como foi, pois ele iria contar essa história na sala.
Deve ter sido bom.
terça-feira, 19 de agosto de 2025
Entre, doces e cansaço
Ontem, Sassá e eu brincamos muito.
Após chegar da escola, sem encheu de doce do aniversário de Lis.
E ai comeu muito pouco.
Dai, a mamãe falou basta. Ele moeu, moeu querendo mais, mas a mãe foi firme e ele esqueceu.
Estava na rede dai ele chamou para irmos para a cama.
Fomos, levamos o locutor e tirando.
Brincamos até de apresentação.
Então a mamãe, escovou os dentes dele e deu um banho.
Na volta, peguei vários livros entre eles o favorito no momento.
"Não estou desaparecido".
Li, li mais dois e quando percebi estava dormindo.
Quando sai para o trabalho estava na mesma posição.
Que sono maravilhoso.
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
Passeio de sábado.
Sábado, sai com Sassá para fazer umas fotos.
Ele me perguntou se emprestaria o celular para fotografar.
Afirmei que sim.
Saímos de carro.
Por que vamos de carro me perguntou?
Para ser mais rápido e é longe.
Para ficarmos protegidos da chuva perguntou.
Sim. Isso mesmo.
Na ida ao passar pela avenida do contorno vi uma iguana.
Mas resolvi que só iriamos ver na volta.
Fizemos as fotos.
Fizemos as fotos, fomos até o jardim, mas estava fechado.
Retornamos e no lugar já não vi a iguana,
Mas por sorte vimos no pé de jitaí que já fiz uma foto espetacular com sete preguiças,
pudemos ver uma linda mamãe com um filhote.
Ele quis fotografar.
Depois saímos em busca de mais coisas para fotografar.
E no retorno do carro na avenida do contorno.
Vimos outra preguiça numa Cecropia.
Então dali fomos ao mercado.
E ao chegarmos em casa, tomamos banho e fomos a peixada do amor.
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Cadê o doce?
Sassá o esperto,
Ao sair da escolha perguntou pela bala que eu havia encontrado.
Pensei que era o embaré de leite.
Disse está lá no carro.
Quando chegou no carro, dei o embaré para ele.
Então me disse, não é essa.
Cadê a bala?
Eu disse.
Ele falou não é essa.
Cadê a bala?
Respondi que era aquela.
Ai entendi que ele tinha percebido que eu havia encontrado uma bala.
Que ele se referia aquela...
Mas...
Botânica quem me ensinou?
Papai amava a natureza,
A gente se combinava,
E se eu gostasse ele aprovava,
Uma nova planta era preservada.
Um pé de Jucá,
Uma cajaraneira,
Um mororó,
Uma aroeira,
Um feijão-brabo,
Um mandacaru,
Um cumarú....
E o sítio ficou a nossa cara.
quinta-feira, 14 de agosto de 2025
Assim é
A saudade aperta o peito.
Quando lembro de ti papai,
Quando lembro de ti mamãe.
Tantas vezes juntos,
Tantas vezes compartilhamos nossa existência...
Tantas vezes fomos felizes.
Agora estou aqui seguindo a vida sem vocês dois.
Mas um dia estaremos juntos na eternidade.
Vieram primeiro e foram primeiro.
Assim é.
Aquarista
Ontem, Sassá conheceu o coloral. Uma semente tirada de um pé de urucum. A mãe dele o apresentou.
Não sei qual foi a reação não o vi. Só sei que ele usou o pilão que usaram para pilar as sementes para fazer um aquário.
Ele só pensa em aquário.
Faz aquário de tudo.
Garrafa pet, garrafa de água, copo, e agora até o pilão.
Ontem amou o livro que ganhei um catálogo de animais da Paraíba!
Vimos todos os bichos do livro e empolgado, gritava os nomes dos bichos que conhecia.
A noite cansado! Pediu colo. A mamãe leu para ele e finalmente dormiu.
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Despertar
Ontem à tarde, sai para pegar o meu filho na escola. Fui à pé, pois preciso caminhar para melhorar minha saúde. Parecia que tinha despertado de uma noite longa, parecia que tinha sido curado de uma doença. Tamanho foi o prazer de caminhar e sentir o mundo com o nariz, com a pele, com os ouvidos e com os olhos. Até atravessei a rua só para pegar uma flor de jasmim. O cheiro do jasmim manga me recorda a infância. Recordar é algo interessante e mais quando a gente tem memórias da infância! quando a gente recorda, parece que estamos despertando para o mundo. Parece que nossa alma volta ao mundo ou vem ao mundo porque começamos a ver o mundo com nitidez. Parece que a gente desperta para a coisa, para as ideias... Tudo estava ai, sempre esteve ai, mas um determinado momento a gente sente! E percebe! e conhece!
Que potente isso.
Então desperto sai caminhando.
Vi um cachorro rajado que sempre vejo. Ele latiu para mim. Vi um cachorro preto mais a frente que olhou para mim. E acho que ele sentiu o meu medo.
Vi um pinheiro budista que acho lindo...
Vi árvores de Carolina.
E fiquei impressionado com a beleza.
Caminhava devagar, parecia pisar nas nuvens...
Peguei o meu filho e voltamos caminhando.
Ele sentiu a textura da malha de serpente da casa 191 da rua da flipper.
Passamos na praça da vacaria,
Sob grandes gameleiras...
Senti uma certa fraqueza nas pernas.
Chegamos em casa.
E isso foi tudo.
O silêncio abrir e fechar um ciclo
A aurora vinha vindo,
Anunciava a chegada de Apolo
Que clareava a mata de verde.
Por ali passava uma forte mulher com cabelo cor de fogo, sua pele de canela,
Vinha caminhando e se expressando...
Suas palavras cheias de vitalidade, falava o com inteligência...
A sombra da manhã a tornava mais curiosa!
Quem és?
Josenilda Felix Santos
De onde vens? De algum lugar em João Pessoa,
Mas sua terra natal era Pirpirituba!
Só a vi passar...
Sempre ir e nunca voltar.
Voltava com a tarde.
Mas ontem ela dormiu na eternidade.
Fugaz a sua existência.
Assim como surgiu,
Desapareceu.
Oculta para o mundo.
Mas não para minhas palavras.
Descanse em paz.
Sassá vai ao laboratório
Cheguei em casa para o almoço, e encontrei Sassá orgulhoso.
A médica pediu para fazer alguns exames e ele corajosamente foi ao laboratório para tirarem o sangue.
Ele resistiu a picada da agulha e falou que era uma picada falsa porque não tinha sentido nada.
Após o sacrifício é lógico que pediu um sorvete por seu esforço!
A mãe assim o fez.
Ele queria mesmo era uma casquinha, mas a ainda não havia aberto os estanderes de casquinha.
Então me contando que não tinha comido casquinha.
Eu prometi que na próxima ida ao shop ele comeria a casquinha.
Espertinho Sassá.
Falei que ele iria ganhar a casquinha por sua bravura.
E assim ele se sentiu muito orgulhoso.
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Adeus a Dona Lenita da bica
Sábado, fomos a Bica, mas foi diferente!
Dona Lenita não estava lá! Achamos estranho, pois foi a segunda vez seguida.
Então entramos tudo bem. Passeamos junto ao fluxo. Cedo a Bica estava lotada.
Era 10:30h tinha ido ao banheiro e quando voltei para o recinto da leoa quem encontrei conversando com Dayane e Vinícius?
Dona Lenita nossa amiga (Maria Helena Nobrega de Oliveira).
Nossa amizade começou a uns quatro anos atrás quando Vinícius era bebezinho.
A gente sempre comprava água a ela.
Ela ficava ali n frente da Bica!
Vivemos coisas juntos. A doença e morte do marido dela.
A morte de minha mãe.
A gente até trocava brindes, carrinhos, pratos, xícaras.
Dona Lenita era o nome da minha segunda professora da 2 e 3 série.
Assim, demos um estojo de copos e nos despedimos com abraço e choro.
Dona Lenita não vai mais vender água.
Fizemos uma fotos e nos perdemos na multidão da Bica.
Dona Lenita é de Campina Grande!
domingo, 10 de agosto de 2025
Amor de ´pai
Já faz cinco anos que recebi de meu pai o parabéns pela paternidade!
Papai não conheceu Vinícius, meu filho, mas ele sabia que Dayane, a mamãe de Vinícius estava grávida.
Ainda no calor e terror da pandemia! Passamos um mês ou quase isso juntos. Foi o mês de junho de 2020.
Em agosto, exatamente no dia dos pais ele me ligou. Conversamos e eu o parabenizei pela última vez pelo dia dos pais e ele me parabenizou pela primeira vez pelo dia dos pais. Não sabíamos deste ápice! E assim Deus o quis.
Guardo com carinho este momento.
Guardo com amor a memória de quem me gerou.
A figura em quem me inspirei!
Aquele que me moldou profunda e eternamente.
Tive um pai sem precedentes! Um pai tão presente quanto os versos em um poema,
Tão presente como doce cheiro de uma rosa,
Tão presente quanto a beleza no canto do sabiá...
Estivemos juntos por vinte anos de minha vida!
Sabe que é isso! Absorvi profundamente os seus valores como amor e bondade pelos seres vivos, animais e vegetais, o respeito ao outro, ao preservar sempre a amizade e o respeito.
Aprendi que papai era humano e por ser humano eis uma eterna luta na busca pelo perdão, na busca pelo melhor, na busca pela justiça, no fé em Deus e na coragem de enfrentar a vida.
Silencioso enfrentou uma doença que o venceu, mas nunca reclamou de Deus!
A noite ele rezava, silencioso... antes de rezar nós o abraçavamos e o confortava com um eu te amo...
Assim foram seus últimos dias. Descansou em paz.
Deus me deu o maior presente de todos que foi a paternidade!
E só quem é afetado profundamente por isso é quem é pai.
O germe do amor ou o amor em potência mostrou sua intensidade na noite que nasceu o meu filho.
A lua estava cheia, o ano estava quase vencido!
Então nasceu meu filho... E eu chorei, pois havia perdido meu pai 11 dias antes, mas ganhado a paternidade.
E desde então eu amo.
Descobri o amor.
Pessoa disse num lindo poema que "Amar é a eterna inocência".
Amar é não pensar.
Amor é sentimento e não razão.
Ser pai é amar
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Mamãe é tudo
Ontem, estava bem melhor da mente e pude brincar com Sassá.
Desenhamos, e fomos brincar com o locutor um lobo de borracha grande e tirando um dinossauro.
Quando Sassá era menor eu costumava brincar que o locutor ia narrando as atividades que Sassá fazia.
Ele virou bundacanacha e ele virava...
Brincamos também com o carrinho que ele construiu com a mãe dele.
Brincamos de rima com as palavras.
Depois banhei ele.
Depois disso a mamãe dele assumiu o cuidado dele.
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
Dia do papai
Sassá comemora o dia dos pais.
Fomos convidados para ir ao colégio para uma atividade de dia dos pais.
Nos divertimos muito nos jogos entre os coleguinhas.
Foram cinco jogos muito divertidos.
quarta-feira, 6 de agosto de 2025
Te amo papai
Ontem, 5 de agosto, foi feriado. Sassá dormiu até quase 10h. Quando ele acordou, veio ao quarto onde estava então eu o abracei e dei aquele cheiro. E dancei com ele nos braços como vazia quando era bebezinho. No feriado nós brincamos, exploramos o guia turístico do México, desenhamos. Brincamos na cama... Almoçamos e saímos para passear. Ainda, fomos ao mercado.
A noite já na cama ele me deu um beijo e me disse "Eu te amo papai".
Foi maravilhoso.
Te amo Sassá.
terça-feira, 5 de agosto de 2025
Vó Zé e vô Sinha lugar
Senti saudades de um lugar onde passei. Não morei alí, mas algo ali encheu meu coração de alegria.
Será a estrada de areia branca
Ou o cinzento da mata branca.
Cinzento das catingueiras, dos mufumbos e marmeleiros...
O que será?
Minhas primeiras impressões de existência.
A vontade de conhecer papai era novinho e mamãe também e nem dava por isso.
Vovó e vovô adultos feitos com sua casinha modesta de terreiros alvos e limpos, de telhas e paredes velhas. No quintal as Pinheiras cresciam para adoçar no inverno e as algarobas para refrescar o calor do sol.
Na baixa de moreninha crescia a cana docinha... Doce só de frutas e cana.
No terreiro as galinhas exploravam e ovos lhes davam e um peru a cantar e guines a cacarejar.
Pouca água e muita disposição...
Saudades do meu sertão.
Sentir
Senti que o tempo passa.
Sabia que passava, mas tinha esperança.
Sentia-me imortal.
Só amadurecia e entendia o mundo.
Estava em ascensão.
Não achei que iria envelhecer.
Mas o tempo todo revela.
O tempo é o mesmo eterno.
Nós o consumimos e vamos descobrindo a vida.
Não se entende como se dá a vida racionalmente, mas é preciso sentir.
A experiência vai nos forjando para além de nossas crenças.
O tempo me deu muito, só agradeço, mas primeiro levou meu pai. Meu primeiro vazio. Mas me preencheu com o meu filho e me tirou minha mãe.
Três anos atrás destes fatos, chorei olhando o campo florido e entendendo que depois vinha a seca e tudo seria pô.
Depois o tempo levou minha mãe e veio o segundo vazio.
E todo o meu mundo infantil está ruindo feito uma casa abandonada.
A gente sente que de repente pode ser o fim.
Sábado em familia
Enquanto aguardava o tempo passar bem ali na bananeira, um cacho de banana me cativava.
Eu o olhava e de tão belo o desejava.
Bananas docinhas bem madurinhas.
De tantas bananeiras apenas aquela eu mirava.
O tempo passou e me fui. Nunca mais verei sequer comerei, mas aquela bananeira me cativou como tantas coisas me cativam.
Onde está o gatilho que desperta a vontade e assim se transforma em desejo?
26/7/25
pensar e sentir
Olhei para o tempo e não vi um chão.
O mato seco o céu azul.
O calor do tempo.
A terra seca vermelha.
A poeira...
As memórias.
Viagens e escolhas
Meu irmão volta a são Paulo.
Essa viagem tem feito tanto em sua vida.
Foi embora em 1989.
Ficou lá por dois anos seguidos. Depois vem anualmente desde 1991. O que somaria 34 viagens, sendo esta a 34. Ele tem 55 eu tenho 45. Foram vários os anos afortunados. Digo assim pois contava com papai, mamãe e a mãe de sua esposa.
O Verão está chegando. Como choveu pouco este ano, as fruteiras estão sofridas. Vingaram, mas as frutas não cresceram... Uma bananeira cum belo cacho de banana. Um picapau pica o cajueiro e um galo de campina corrochia no cajueiro.
Dia em família
Dias cheios de luz e vento. O vento frouxo levanta poeira.
A vegetação doirando-se de folhas secas.
A palha seca do milho e do capim.
A aroeira chumbada.
O vináceo ao verde das folhas.
Os picapaus e casacas de couro se aninhando.
A cigarra cantando.
A vegetação silenciando.
E julho se entrega a agosto.
Termina o inverno e começa o verão.
Vai embora meu irmão.
26/7/25
Casa materna
Meus pais morreram,
Mas a casa continua viva.
Vive em minha irmã.
Aqui meu espírito se materializa.
Tudo é memória...
Uma castanha encontrada lembra papai, o guarda roupa
Lembra mamãe...
Memória desperta é vida acordada.
Saudades de vocês meus amores.
25-7-25
Genesis
Conclui a leitura do genesis. Um livro surpreendente maravilhoso e profundo. Cada um dos capítulos li sete vezes e confesso que ficou muita lacunas. Foi um filtro que me permitiu entender e conhecer muito, mas é preciso ler muitas vezes mais. Compreendi que no princípio já se encontra o delineamento e a lógica de como buscar entender o curso da evolução desse povo, desta cultura. Entendi a humanidade do povo de Abraão, Isaque e Jacó. E o que aconteceu com Ismael? Com Esaú?
Confesso que me encantei com José de Israel.
A história de um povo contada oralidade e depois escrita deixou muitas lacunas. A tradução mesmo do hebraico para o grego, do grego para o latim...
De qualquer forma foi extremamente enriquecedor. A ideia que fica da unidade na moral, nas relações interpessoais e na fé são ímpares. Saio maior em espírito cristão.
25-7-25
julho 2025
O vento frio de julho
Chuvas torrenciais.
Pensar a vida,
Memórias,
Meu Filho ainda criancinha,
Os anos caindo da partida de meus pais.
Vigoski, Borges, Spinosa.
Essa certeza da humanidade em nós.
Me apavora,
Me assusta.
Fetonte.
A internet, Instagram...
A certeza que amanhã será outro dia...
O tempo passou e não para de passar.
A fé em Deus pai, filho e espírito santo.
E a vontade da eternidade.
13-7-25
Serrinha e suas maravilhas
Hoje é noite de São João. O ano é 2025. O lugar é Serrinha dos Pintos. Meu nome é Rubens Queiroz.
Aqui, tantas vezes, ajudei meu pai a fazer a fogueira para a noite de São João. A gente saia pelo sítio para procurar madeira. Achavamos madeira de cajueiro, cajarana, e fazíamos aquela fogueira. Era bom trabalharmos juntos.
Serrinha dos Pintos, 24.6.25.
Ontem, trabalhamos na contratação da fogueira, Vinícius e eu. Selecionamos as madeiras de cajaraneira, coco catolé, feijão bravo, Pinheira, timbaúva, angico. Fizemos uma bela fogueira. Depois passamos o dia todo em casa. A noite acendemos a fogueira, soltamos bombinhas e fogos. Comemos bolo e pamonha.
Em Serrinha a natureza é tão ampla
Vimos vários bichos
A alma de Gato me impresssionou
Pensar,
Algo direcionado,
Alinhado,
É preciso dar início
Fixar uma ideia
Descreve-la,
Desenha-la e
Desenvolve-la.
Escrever algo tão aberto.
É sinal de desespero
São joão
Sinto amor por tudo aqui na minha terra natal.
Do nascer ao pôr do sol meu peito se enche de alegria tão fàcil e rapidamente.
Aqui sou eterno.
Aqui sei quem sou num instante.
A natureza fez morada no meu peito.
Eu entendo a vida rapidamente aqui.
Aqui dormem Queiroz e Teixeira...
Aqui durmo plenamente.
Aqui sinto que sou mais forte.
Ontem mesmo fui com meu filho num lugar que há décadas não pisava o chão,
Mesmo assim tudo me é familiar,
Porque tudo habita em meu peito.
As matas de marmeleiro e juremas.
Sim! Aqui nem preciso pensar.
Tudo é sentimento.
Amo tudo e tudo se faz eterno.
As vacas serão sempre caretas, os cães dogues...
Fui a casa de vovó Chico me senti bem.
Os poucos que me restam e os que existem me apego ligeiro....
Porque sei que somos só um, apesar de sermos muitos.
23-6-2025
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
Vida e suas faces
Sábado, fomos a Bica só Sassá e eu. A mamãe ficou passando ferro nas roupas.
Nós vimos os rapinantes.
Vimos os peixes,
Vimos as serpentes,
As aves coloridas,
Os emus.
Vimos os jacarés,
Os macacos capucinho.
Os gatos pintados.
Andamos até o lago.
Lá comprei uma pipoca bocos.
Sentamos e ficamos ali.
Observando a natureza com a paisagem do açude.
A venda de sorvete com crianças tomando sorvete.
Pais, avós e netos conversando.
Gente indo e voltado.
Na nossa frente um pai com dois filhos uma menina e um menino.
Todo orgulhoso, pois tinha comprado uma batata frita e um litro de coca-cola.
Sassá nem imagina a potência do gosto da coca.
Ele espremia o catchup e mandava os meninos comerem.
O garotinho sentia falta da mãe.
Até falou em levar batatas para a mãe. O pai até se irritou, dizendo que a mãe não queria eles juntos.
A menina era mais nova...
Me atentei aquele momento.
Sassá olhava Arthur andando de pônei.
Olhava um casal com três crianças tomando sorvete.
Ele ama sorvete, mas não pediu.
Depois comemos a pipoca e voltamos para irmos almoçar.
domingo, 3 de agosto de 2025
Despertar
Despertei ainda escura madrugada. O quarto parcialmente era clareado pela luz do ar. Então procurei Vinícius em nossa cama. Dava para vê-lo ao lado da mãe. Então lembrei de quando pegava seu pé de bebe. Senti então que seu pé havia crescido muito, ganhado a aspereza das atividades, a rigidez dos ossos e a forma de nossas famílias. Continuei sentindo seu pé. Parei para contemplar sua face. Então pensava, mas voltava a olhá-lo como fazia quando pequeno. Ficava olhando para ver algo. Lembrei de quando era bebe, mas apenas em trÊs anos tudo mudou. Agora ele ganhou um universo particular. Então vi que a luz, já luzia lá fora. Levantei, peguei a coberta que meu pai Chico me deu. Fui para a rede ouvir minhas orações, ler os salmos, provérbios, genesis, números e eclesiastes. Depois fui ver tao te ting, a decadencia do ocidente, Vigoski. Ai levantei, preparei o meu chá enquanto o dia despertava.
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
Sassá e a volta as aulas
Ontem foi o primeiro dia de aula de Sassá após as férias.
Cortou o cabelo.
Fez um cartão para a professora.
Estava muito feliz.
Nós mais ainda.
Vai Sassá aprender sobre o mundo.
Vai saber abstrair da realidade esse mundo novo.
Tarde eterna
Vejo uma imagem de tarde...
Uma tarde única eterna, atemporal.
Uma tarde onde tantas vezes despertei para a vida via abstrato.
Despertei tantas vezes ao ler.
Após o almoço, quando a tarde chegava, mamãe costumava dormir.
E a casa parecia dormir junto, pois se fazia silêncio.
Naquela baixa tudo era silêncio e calor e luz e tarde.
No silêncio viajava em meus pensamentos.
Começava uma leitura e me perdia em meus pensamentos.
Eu era orgânico e natural.
Era como um garoto aprendendo matemática encontrando um sentido nas ideias.
Eu descobria as ideias nas palavras, nas frases nos textos.
Foi fortemente afetado por um livro de Gandhi encontrado num baú antigo.
Sem dúvida pelo novo testamento distribuído pelos evangélicos...
Fecho o texto sem concluir, escurecendo e esfriando como a tarde eterna.
A porta
Na sala nove, do DSE, aos dias 29 de outubro foi trocada a porta. Uma porta frágil de plástico por uma porta de jatobá. Quanto tempo durará...
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As cinzas As cinzas da fogueira de são joão, abrigam calor e brasas, cinzas das chamas que alegram a noite passada. cinzas de uma fogueira f...
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Fevereiro passageiro, Toda soma é quatro lua Dia e noite a se fechar. Sol, estrela, luz e calor O verde da mata cinzento, Mata cansada, e e...
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Um pensamento me tomou a pouco tempo. Era uma memória, dessas que aparece e não dá em nada. Bem, ultimamente tenho voltado no espaço e no ...
Gogh