domingo, 27 de maio de 2018

Um pouco mais

A noite caiu suave, fresca e enlatada.
Depois de um dia de paz.
Assim, estou contente como se sente após
Uma jornada.
Um dia de leitura e reflexão sobre as coisas
Que me encantam como literatura e filosofia e botânica.
Mas ainda resta uma curta noite

Para pensar um pouco mais. 

Domingos e avós

Domingo, dia de calmaria.
Das lembranças que tenho da infância a visita a casa de meus avós era comum aos domingos.
A gente, mamãe e eu, sempre saia de casa cedinho e ia a pé mesmo.
Não sei se a gente conversava, mas talvez sim. Mamãe é uma pessoa muito comunicativa.
E saia pela ou caminho falando com os conhecidos.
Coisas inusitadas sempre aconteciam como encontrar Zé de Julho na burra faceira conversando sozinho.
Passar na casa de Nitinha, onde hoje é coração do açude do porção, para tomar água. Dava gosto ver a limpeza da velha dizia mamãe. Lembro do cachorro de balaio único que tinha visto. E seguia indo até a casa de Vô Sinhá.
Por mais cedo que a gente chegasse o feijão já tava quase cozido.
Quando a gente chegava lá mamãe ia ajudar vovó enquanto eu ficava atoa. Olhando as coisas quase sempre velhas. As cadeiras de balanço, uma com couro de porco espinho, o banco, o tripé de alumínio, a cristaleira, uma gaiola com um golinho, a foto de tio Raimundo.
Se saia via a calçada velha alta. As pinheiras com pinhas brocadas, o banheiro velho.
Entre o armazém e a casa as galinhas gordas de vovó, no oitão um pé de crinum.
Aquele sítio de fora silencioso e sombrio. Hoje entendo que era minha falta de entendimento.
E assim o tempo passava enquanto estávamos ali.
Vovó Zé que era só lembranças e silêncio. Gostava daquela voz que ele tinha, pena que peguei apenas a velhice. No passado era uma pessoa muito alegre e brincalhona.
Vovó que era a palavra de ordem.
O silêncio que hoje gosto era o que imperava e mais fazia não gostar daquela casa.
Palavras só as nossas ou os discursos preparados do rádio.
Hoje tudo passou.
Os domingos ai estão e nós somos os velhos do presente.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Pensar a solidão

Dentro da casa há um corpo solitário.
Ele foca nas coisas que se pode fazer só.
Abre a janela,
Deita,
Levanta,
Abre o livro e ler,
Fecha o livre e num atino ataca a geladeira.
Liga o computador
E se põe a trabalhar.
Ouvir música,
Escrever,
Organizar,
Fazer aula,
Tabelas,
Chaves...
E o tempo corre,
Ansiedade passa,
As costas cansam,
E cansado
Pára para descansar.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Chave!

A vida é cheia de descobertas.
A mim, cada descoberta é uma chave.
Esta chave  pode abrir uma porta
E nos levar a uma nova porta
Ou explorarmos o que há atrás da porta.
Na maior parte das vezes, optamos por buscar uma nova porta
E não conhecer o que se encerrava atrás da porta.
Sempre estamos buscando uma chave
E então sempre partimos do ponto zero.
Quase nunca paramos para matutar a tomada de consciência que nos deu encontrar a chave.
Um dia que não seja tarde,
Aprendamos a valorizar a chave que encontramos.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Insignificância

O silêncio da manhã entremeado pelo canto das aves.
A luz branda que aos poucos vai intensificando,
Vai clareando as formas de lhes dando cores.
Um folha se destaca do ramo da grande árvore
E cai planando feito borboleta.
Coisas insignificantes são tão singelas e puras que são capazes
De se congelarem em minha memória,
Tem mais beleza que uma palavra descoberta de origem grega.
Talvez porque não compreenda nada do que me rodeia.

domingo, 20 de maio de 2018

Metafísica

O tempo,
O espaço
E o ser
Dão forma a existência
E sentido a substância.
Talvez Pessoa tenha razão ao afirmar que a metafisica é uma consequência de se está indisposto.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

A busca!

A manhã que nasce e passa é só um movimento no espaço e no tempo?
Como responder objetivamente se tudo que existe para o eu é subjetivo,
Embora tentemos, não conseguimos transpor a tipologia do eu,
Não somos holotípicos.
Respondemos ao que nos circunda...
Senão consumirmos o tempo o que apreenderemos do mundo,
Da realidade e do espaço.
Então o que devemos priorizar em nossas vidas?
Se pensarmos apenas subjetivamente nunca teremos algo para um bem comum.
Atenderemos nossos desejos? E assim atingiremos algo em comum para a humanidade?
É difícil de descrever ou até mesmo de responder.
Então voltemos a nossa busca, ao nosso trabalho, a nossa meta agora,
Nessa manhã.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Reflexão metafísica.


Nossas crenças,
Nossas ideologias,
Nossas memórias,
Nossos desejos
E a realidade
Como se comungam?

O tempo,
O espaço,
A proximidade,
A distância,
e aquilo que nos une e nos separa
Como compreender?

Há um plano divino?

As coisas que vivemos no passado,
As coisas que vivemos no futuro,
E aquelas que pretendemos viver

Temos algum domínio sobre elas?

O que temos de substancial da vida?

O que achamos que possuímos ou que podemos ter acesso quando queremos?

Não é ilusão?

O que temos de certo são nossas memórias.

Chovendo em Maio

Manhã linda,
Acordei e o céu estava estrelado,
Sai para me exercitar e choveu,
Mas parou e o sol apareceu,
Agora que aqui estou em minha sala
O sol se ocultou atrás das chuvas e chove,
Chove forte,
Como é bom o som da chuva chovendo.
Nesta linda manhã de maio.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Tempinho

Nesta manhã fresca e suavemente fria
Paro para pensar um pouco na existência,
Observo no meu entorno,
Escolho uma música no leptop,
Depois olho através da janela aberta,
As árvores tem seus ramos imóveis,
Os pássaros cantam,
Ouço ainda o barulho do ventilador,
Perceber o mundo não está tão bom,
Desânimo ou canseira ou estresse?
Às vezes acontece com todo mundo,
ficar indisposto por um tempinho.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Momento

Eterno infinito momento
De vazio? de medo? de nada?
Além da compreensão,
Ausência de força, de energia.
Ausência de cinética.
Que é isto que se imbrica sobre minha compreensão?
Que isto?
Aquém da razão.
Eterno finito momento
Que passa,
Só passa,
Sem motivo algum,
Sem conexão desvelada.
Esse medo do seguinte momento.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Direção

Entre os giros e curvas do tempo,
Imbricado fica o passado,
Por vezes acabado,
Apagado.
Uma camada nova se estabelece e se faz,
Enquanto descolamos dessa existência
E aos poucos vamos desaparecendo,
Sumindo...
Sem saber no que nos tornamos.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Catártico

No presente, o tempo me trás a consciência em relação a vida.
Viajei por três dias, mas foram tantas memórias que parece que voltei no tempo.
Fui visitar meus pais como sempre faço quando posso.
Ao chegar em minha casa me deparei com um lugar fabuloso.
O inverno que a muito não vinha com tamanha intensidade fez tudo mudar.
Senti a mudança pelo cheiro, pela temperatura, pelo clima e pela visão.
E me foram reminiscentes tantas memórias.
O cheiro do mato, das flores de mufumbo, mucunã, do milho pendoado.
Senti o solo úmido, molhado.
Vi a água escorrendo nos riachos, as canafístulas, mufumbos e espinheiros floridos.
Como o mato cresceu.
Tudo estava tão diferente e tão igual.
Diferente da última vez que lá fui,
Igual como era no passado...
Tanta água, tanta fartura.
Me vi velho numa fotografia recente,
Meus pais idosos e indefesos com medo das chuvas, acho que tem medo da idade...
Independente de tudo. O tempo passa.
O tempo passa
E as memórias se apagam sempre que partimos.
As memórias são vivas em nós.
A vida é contínua,
Nós seres não, somos meros passageiros.
Fui a casa de vô Sinhá,
Tá coberta de mato e quase caída.
Quem mais tem memórias senão os filhos, netos e vizinhos...
Tudo se apaga no tempo.
Tudo passa.
Como dizia num hino evangélico que ouvia quando criança.
"Tudo aqui é passageiro, tudo aqui é ilusão".
Que certo isso!
Que profético isso,
Talvez só faça sentido para quem já viveu o suficiente para ter consciência.
Com o tempo a gente aprende que tudo tem solução,
A gente aprende com tolerância e paciência.
Posso dizer que foi uma experiência catártica.
Que machuca pela tomada de consciência,
Mas que eleva o espírito,
Que renova a esperança.
Não desanime outro amanhã virá.
Então faça sua história. 

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Pra valer

Uma boa noite de sono,
A atividade física,
O café da manhã,
A ida para o trabalho,
O trabalho em si,
A paz interior,
São coisas que nos fazem bem.
Essa sensação de bem está revigorante,
Fazem a vida valer a pena.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Linha acidental

A substância,
A matéria,
A forma,
As cores,
Os odores,
As texturas,
A manhã,
O sol,
Os pássaros,

Acidentes,
Acidentes,

Contornos,
Saliências,

Percepções...

Sensações,

Lembranças,
Memórias.

Tudo apreendido,

No ser,

Pelo tempo.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Esperança viva

Abril é o mês das chuvas.
Suas manhãs frescas e úmidas são muito agradáveis.
Como todos os meses são passageiros,
Abril por sua amenidade voa.
A gente se sente bem com as chuvas.
Esse bem está nos faz contentes,
As vezes felizes.
Aqui na Paraíba já vemos o raiar das festas juninas.
Como está chovendo muito,
Boas festas seguirão.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Viver

Só vivendo aprendemos a viver.
Viver não tem uma definição imanente.
Simplesmente vivemos e consciente ou inconscientemente.
Algo analgo a respiração acontece de maneira inconsciente, sendo raras as vezes que tomamos consciência deste ato.
Embora não percebamos, todavia cada momento é impar no ato de viver.
Não percamos nossos sonhos, não nos desiludamos da vida.
Embora haja a sensação de niilismo na vida, esta é única até que se prove ao contrário.
Nunca vivemos plenamente, mas não precisamos nos reduzir ao niilismo ou se apegar a ideologia do capitalismo.
Podemos ir além percebendo as sutilezas da vida como olhar através da janela e perceber o mundo lá fora e ter consciência que há heterogeneidade no que vemos, nas relações, na maneira como nos organizamos e como os outros se organizam.
Viver pode ser muitas coisas, porém só se descobre saindo um pouco do nosso próprio eu.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Tempo

São os anos?
Nossa vida!
Impressão.

Viver,
Como é mágico cada momento.
Quão impressionante é a vida,
Quão triste é a partida.
A vida e o nada.
Ser esse ser manifesto,
Entender quão efêmera são as coisas,
Quão tênues são as relações.

O tempo tudo acomoda,
Como dizia Diógenes ou era Platão?:
-"O tempo é o espelho da eternidade".

sábado, 14 de abril de 2018

Preguiçar

Uma tarde em casa,
Um estilo de música,
A preguiça,
A felicidade,
A ausência,
Algo que nos complete.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Memórias

Abril, mês pleno de chuva,
Chove pela manhã, tarde, noite e madrugada a dentro.
Hoje, sexta-feira quando despertei chovia,
Parou, choveu novamente e deu uma trégua
E agora, desfia uma garoa suave.
Da minha sala onde a janela está aberta,
Vejo a luz laranja do poste aceso,
A luz branca refletindo nas folhas molhadas da mata.
E segue chovendo...
Tenho boas recordações de tais tempos.
Assim o tempo passa,
Assim o tempo move,
Assim o tempo grava em mim minhas memórias.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Infinito

A luz dourada matinal,
Entre os ramos da mata,
As aves cantando,
As gotas na superfícies foliares,
A janela,
Os pensamentos,
Alguma divindade une o humano ao natural?
Algo de sobrehumano nesta relação.
Paz seria a definição.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Mesmo sem saber

"Tudo aqui é passageiro"
"Tudo aqui é ilusão".

Quando criança, morava num pequeno povoado onde havia muitos evangélicos.
Eles praticavam os chamados cultos constituídos de discursos e hinos.

Lembro muito destes.
Nas noites enluaradas quando tinham cultos
a gente ouvia os hinos de louvou,
Este está vivo em minha mente.

Embora, algumas vozes não falem nem cantem mais,
Alguns ouvidos não ouçam mais...

Algumas pessoas já sabem a realidade destas frases...

Todo mundo um dia descobrirá, mesmo sem saber.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Valorizar

Às vezes, perdido nos pensamentos, enquanto caminho nas ruas ou nas matas ou observando através da janela podemos contemplar mais a vida.
Durante a madrugada sob a luz fria já vi por diversas vezes raposas passeando nas Três Ruas.
Outro dia quando voltava para casa da universidade pedalando, vi um beija flor voando em zig-zag entre os ferros que formam a cerca do campus. Atribui aquilo a dança da coleta de teia de aranha para a confecção dos ninhos. Borges não teria visto isso.
Despis de então sempre reparo com mais atenção no voo dos beija-flores.
Um dos dias mais emocionantes foi quando, na Bahia, íamos na estrada e vi um tatu-bola. Capturei, aquela coisa linda e indefesa, contemplei, depois soltei.
Foi êxtase total.
Coisas assim valorizam muito a vida.

terça-feira, 13 de março de 2018

Amanhecer

Um espanto na madrugada,
Uma raposa,
A meia lua,
O calor,
O silêncio,
O pensamento vagando,
Pensando na vida.
- Bom dia Gonzaga,
-Bom dia Penha,
- Bom dia Leda,
-Bom dia seu Antônio,
-Bom dia meninas (senhoras),
-Bom dia seu Antônio,
-Bom dia seu Ayrton.
O dia começa.

segunda-feira, 12 de março de 2018

Metafisica do ser

A existência,
O corpo,
Ação e reação,
Manhã e tarde,
Frio e calor,
O mundo que nos cerca,
Nossa interação,
Nossa maneira de ser,
A descoberta das coisas, dos fenômenos,
A viagem da filosofia.

O silêncio reflexivo.
A noite chegando,
O poema concluído.

domingo, 11 de março de 2018

Ideologia

O mundo, o horizonte, o céu,
Os limites humanos,
O dia e a noite,
Os objetos e os pensamentos,
As ideias e seus ideais,
Uma criação divina?
O mundo em que vivemos
E o mundo subjetivo,
Nossa construção?
O nascer e o morrer,
Uma reflexão sobre o agora.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Oração

Entre os estreitos caminhos podemos tombar,
Às vezes entre os espinhos podemos nos espetar,
Mas tudo na vida constitui experiência,
E o tempo nos ajuda a moldar quem somos,
Aquilo que herdamos pode melhor nos amparar,
Fé, autoestima, força, coragem e esperança.
Viver apesar de magnífico não é fácil.
É preciso ser forte,
Muitas vezes iremos cair,
Mas devemos nos levantar e tentar sempre,
Cada um tome sua própria experiência
E que Deus nos proteja sempre.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Intervalos

Na calada da noite,
O silêncio!
Silêncio surdo das sombras.
Sombras que ocultam luz e formas.
Oculto que nos amedronta,
No silêncio da madrugada
As estrelas parecem piscar mais límpidas,
O frio que as vezes sopra,
A chuva que cai,
A luz fria nos postes,
O dia pronto para nascer...
A noite pronta para morrer.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Dever

Alguma coisa tenho de meu dia,
Uma memória,
Fotografias,
Frases lidas ou construídas,
Saudades,
Perspectivas,
Uma tarde encarnada,
Vaga poesia,
Após o domingo,
A segunda cotidiana.
Sensação boa de um dia cumprido.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Trajetória

Nosso mundo,
Fotografias,
Músicas,
Comidas,
Histórias,
Livros,
Memórias
E todo o tempo dedicado ser quem somos,
Nossas crenças,
Nossas afinidades
E gostos...
Quem somos nós
Senão o produto de nossas lutas.
Olhando daqui,
Imagino que tudo poderia ter sido
Diferente,
Mas talvez existam moiras.
Quem sabe!
Amanhã seremos apenas histórias
E Passado.

Felicidade

O que acontece de melhor em um dia?
Pode acontecer
Uma boa manhã?
Uma boa tarde?
Ou uma boa noite?
Nestes intervalos tudo pode acontecer.
Já aconteceu ou poderá acontecer.
Porque tudo é tão subjetivo.
Cada um sabe o que lhes faz feliz.
Podemos desenvolver bons hábitos e
Isso pode nos domar.
O importante é sentir-se feliz.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Contente

Uma sexta-feira,
Em fevereiro,
Céu nublado,
Neblina caindo,
E os pássaros cantando,
Enquanto estou matutando,
Curtindo este instante divino,
O sabiá começou a cantar,
E fiquei contente com isso.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Sentido

O tempo sem substância,
Assim como o espaço,
Ali nos encontramos,
Ali que somos,
Até quando?
Por quanto?
Somos!
Ser.
Fazendo e desfazendo,
Reorganizando,
Desorganizando...
Uma manhã que é algo bucólico,
Uma tarde que é algo viril,
Uma noite que é algo concluído.
Talvez um dia achemos o caminho
E a compreensão de nossas vidas.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Rio

O tempo que rapidamente passa
Às vezes nos confunde perante
Situações dificeis e parece se arrastar.

Mas incessantemente acontece.
Sujetivamos tudo e esquecemos de viver,
Somos um rio com muita água
Que não permite ver a correnteza.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Contexto

Uma foto,
Um texto,
Um objeto,
Um contexto,
Memórias
Que revelam que o tempo passa,
E com ele tudo passa
Inclusive a existência
E necessitamos de frequentemente,
Renascer...

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Terra natal

 Nesta terra de plantas com ramos intricados, de solo vermelho, onde o vento sopra mais forte e as aves cantam felizes, onde os afloramentos se revelam, onde as  flores de lianas são perfumadas cresceu o meu pai, terra hoje abandonada por minha. Tudo continua como sempre foi e será porque a terra não é propriedade humana.

Agora, observando cá estou ao sabor do odor das flores amarelas e do canto destas aves e refletindo a dificuldade de viver nestas bandas esquecidas pelos homens que aqui foram concebidos por fim imbricados na concha do tempo. R.T.Q

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Experiência

Vi as coisas acontecerem,
Enquanto presenciei os fatos,
Vi o sol nascer e escurecer,
Vi bebês engatinharem e balbuciarem as primeiras palavras,
Vi o estrago que a violência provoca nos homens,
Vi as doenças consumirem as pessoas,
Percebi e vi a desumanidade por ambicão,
Vi os anos passarem a cada comemoraçáo,
Vi os amados envelhecerem ou não é partirem,
Estive sempre presente em minha vida,
Sem noção do tempo fui vivendo,
Me apeguei antes de tudo a bons hábitos como a leitura e fui fraco perante a gula,
Entre erros e acertos estou vivendo,
Tenho consciência de minha existência ímpar,
Vivo fazendo o que gosto e sendo tolerante com o que não gosto, nem sempre.
Tenho muito mais definições que conceitos,
Sou muito mais eu do que jamais pensei,
Minha vida me parece suficiente,
Nesse caos que é uma reunião de família me sinto bem.
Não sei do amanhã, mas aprendi que tudo se resolve com fé e ação.
A vida é bela. 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Vida uma aventura

O sol brilha intenso,
Solo árido e empoeirado,
Árvores e arbustos em garranchos,
A ociosidade,
A imaginação,
A leitura expandindo a mente,
A manha,
Aguar as plantas,
Observar o nascente,
O poente,
As estrelas piscando na noite,
A lua cheia.

A viagem.

domingo, 31 de dezembro de 2017

Ano velho

Depois de 364 dias mais um ano se vai.
Ultimamente, os anos voam com seus atropelos.
Em 2017, passamos por bons  e maus momentos.
Dias de luz e paz.
Dias de trabalho,
Dias de imagens,
Dias de fotografia,
Mas novos dias virão em 2018,
Que os dias sejam suaves... E sob os cuidados de Deus.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Universo subjetivo

Os avos,
Os pais,
A comida,
A vestimenta,
As atividades cotidianas,
Os ensinamentos,
A fe,
As oracões,
As cançoes,
O modo de ser,
A personalidade...

Quem somos
E de que forma é constituída nosso ser?
Indagações existenciais.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Reminiscência ...

As impressões,
O tempo,
As memórias...
O ontem e o hoje
Tudo tão passageiro,
O amanhã incerto,
Aquilo que nos encanta
Oculto bem diante de nossos olhos,
Uma célula,
Uma família botânica,
Um gênero e uma espécie reconhecidos,
A alegria de conhecer,
Dominar o saber através da leitura, do empirismo, do racionalismo e o subjetivismo mediando tudo...
Aristóteles, Platão, Santo Augustinho, Descartes, Spinosa, Kant, Linnaeus, De Candolle, Bentham, Gardner, Afrânio...
Jesus Cristo e Buda...
Admiração, crença e fé.
Os livros lidos de literatura, história, filosofia e ciências naturais.
Tudo levando a novas amizades, novas conquistas do mundo interior e exterior,
Sempre ultrapassando as fronteiras, seguindo além dos limites. Consumindo assim o tempo, acumulando as memórias vivendo a vida e provando que o impossível é possível quando se tem uma paixão.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Contentamento

Uma tarde quente,
O crepusculo,
A calmaria,
O céu azul,
A luz se diluindo,
As serras,
As cadeiras vazias
O silencio,
A cachorra alva deitada no terreiro,
Uma xícara de chá de folha de capim santo,
O fim do ano,
A ociosidade,
O contentamento,
Um dia de cada vez,
Uma vitoria,
Uma alegria,
Uma poesia...

Esperança

O sol que de brilho intenso,
Após meses de verão,
Sopra forte o vento do nordeste
Fazendo os garranchos e
Folhas de catolés vibrarem.
A terra com seus solos nus
Se deixam se levarem e se tornarem
Pó e poeira.
O nosso olhar para a natureza nua
É de compaixão
Rezamos, pensamos positivamente
Na chegada das chuvas.
Nos anima os sinais
O canto do roxinol,
O coaxar da perereca,
As árvores cobertas de ramas
Juazeiros, copaibas e jatobas.
Então aguardamos a chuva
Na nova manhã,
Na nova noite,
No preparo nebular.
Esperança é o que não pode faltar.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Ociosidade

A tarde cai nublada, quente e fagueira.
O tempo,
A tarde,
O silêncio na tarde de sabado,
As árvores secas,
Os coqueiros,
O asfalto,
A ociosidade,
Um poema,
O vento calmo,
O terreiro poeirento,
O Natal chegando,
O fim de ano!
2017...

Fim de ano

Dezembro,
Dia 22, sábado
É quase Natal,
A casa está cheia de sobrinhos,
Aqui em casa tudo é encantador
Do nascer ao pôr do sol.
Ontem, vimos os álbuns de fotografias
E recordamos bastante, rimos
Nos emocionamos
Com as memorias.
Hoje amanheceu uma manhã limpa e ensolarada, agradável e fria.
Esperamos a chuva, mas enquanto não chega
Tudo vai desvelando lentamente.
E esse lentamente é continuo,
Pois a vida é contínua tambem.
Ainda deitado, percebo mundo lá fora
Enquanto o sol cresce,
As galinhas e aves cantando,
As crianças dormindo.
E o ano se indo.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Vô Sinhá

Não convivi com vovô Sinhá na juventude,
Mas tive o prazer de conviver na época doce, sua maturidade.
Sua fé em nossa senhora,
Seus adereços,
Sua artrose,
Sua sapiência,
Sua linguagem formal,
Suas crenças,
Nossas conversas,
Meu encanto,
Minha admiração,
Minha curiosidade,
Meu pouco entendimento,
Meu respeito,

O aprendizado,
A humanização,
A identidade,

As tardes quentes,
Os costumes,
O cuidado,
Os sofrimentos,
As alegrias...

A nossa existência,
O tempo expirado...

A saudade,

Vovô Sinhá faria 104 anos ontem,
Tempo espirado,
Enovelado em espiral,
Ecoando cada vez mais distante,
Mas vivo está meu amor,
Viva está em meu coração.

Ida

Um domingo,
Avós idosos,
Filhos amorosos,
O amor e devoção de mamãe pelos pais, vó José e vô Sinhá,
Que lindo isso!
A oração herdada,
A fé cultivada,
Sair de casa,
Caminhar com mamãe,
Cumprimentar as pessoas na estrada,
A casa de Alzelita,
A limpeza e o cachorro de Caboquinha,
A Casa de tia Nevinha, a casa de tia Biluca irmã José casada com Pedro de Lião, a casa de Neta, 
A escola isolada,
A casa de finada Januária irmã de vô José,
A casa de Zequinha, a casa de Paté
E finalmente a casa de vô Sinhá...
A vôz roca de vô José com cabelo e cavanhaque branquinhos,
A gaitada viva, sua bengala, seu silêncio o corpo cansado.
Vô Sinhá fazendo as coisas,
O feijão cozido as 8h,
O cachorro,
O banheiro velho,
A calçada avistando o parieiro,
A conversa,
Minha impaciência,
O tempo roto desbota até as memórias...
Muitas coisas passam ocultas na vida,
Não tem como entendê-las,
Salve o amor fraterno.

Memórias amorosas

A generosidade de vô Chiquinha,
Suas cândidas flores,
A cristaleira com a foto de Tiane, Tia Margarida,
A foto de papai quando novo,
Um quadrinho que papai trouxe da Bahia escrito lembrança de minha querida mamãe.
O altar azul,
O peituril baixo da área,
O simento riscado em moldura,
As largas paredes brancas e as portas azuis da casa,
Os tornos de madeira, as vezes com abelha,
O fogão baixo,
A gaiola com o golin,
A lenha queimando,
O feijão borbulhando ao ser cozinhado,
O arroz da terra pronto,
O frango cozido,
O café,
A conversa arrastada de vovó,
Sempre chorava a partida de vovô
A chegada,
A conversa,
A partida,
Não entendia muito daquilo,
Acho que hoje talvez entenda um pouco mais...
As pessoas partem e deixam saudades,
Guardamos na memória,
Essa doce poesia que é viver.

Avós

O tempo,
Cada estação com suas peculiaridades,
Calor, luminosidade,
Folhas e ramos secos,
Flores singelas,
Pássaros cantando,
As cigarras e seus cantos,
Cheiro da flor de caju.

E as memórias nos aproximam do passado,
Vô Sinha, Vó José,
Vô Chiquinha, Vó Chico,
As flores puras do jardim,
Um pé de romã,
Um pé de pimenta,
Uma horta atrepada,
As galinhas gordas,
A doce cana do pedrecal,
As  mangas espada,
As jaqueiras de Tio Michico...
As bananas e limões do São Pedro,

Vivas memórias de alegria, fartura e esperança,
Que jamais me abandonarão.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Aurora

Aurora primeira,
A fria madrugada,
Crepúsculo encarnado,
Aves despertas,
O badalo do chocalho tilinitando,
Cantos dos pássaros no baixio,
A poeira fria do caminho,
O algarobal, as latadas de melão de são caetano,
Os pássaros voando, cantando, forrageando,
O preá desconfiado,
Flores estreladas de jurubeba,
Fotografia, alegria da alma,
Os cinco sentidos,
Concentração das ideias,
Enfim plenamente vivo.
Depois a manhã passa,
E esse dia pelo fica na memória.

Sanidade

Uma lua cheia,
Um vale inundado de luz e vento,
O som do vento,
A noite que esfria,
O monólogo,
O silêncio,
O autoconhecimento,
O caminho,
A margem,
As rochas no caminho,
O entendimento,
A fé,
Os medos,
As crenças,
Tudo que passa,
A ignorância,
A sabedoria,
As fases da vida,
O cuidado...

Tudo que margeia a sanidade.

Ocaso no sertão

O anoitecer enluarado,
Uma estrada de areia com curvas,
A vegetação intrincada, toda cinza,
O vento soprando entre árvores e arbustos exauridos,
Um ser humano e seus pensamentos,
Sua condição humana,
Seus orgulhos e pecados,
O ocaso,
A hora da Ave Maria,
Schubert...
Luiz Gonzaga,
Rogai por nós pobres humanos,
Para que saibamos caminhar vida a fora
Em paz.
Que o orgulho, que a inveja, que a angústia essências humanas
Não falem mais alto.
Que sejamos mais fortes que nossas fraquezas,
Porque o amanhã é tão próximo,
Que tenhamos sossego em nossos corações,
Que enfrentemos os problemas com coragem,
Que humanamente sejamos dignos de ser quem somos.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

É preciso

É preciso ser paciente
Com a vida,
É preciso ser paciente
Com a dor,
É preciso ser paciente
Com o calor,
É preciso ser paciente
Com as dificuldades,

É preciso ser paciente nem tudo vem para ficar,

Tudo passa.

Precisamos ser tolerantes com a vida, com a dor, com o calor e com as dificuldades.

Tolerância com a adversidade,

Com a diversidade,

Cuidado com a paranoia
Com os lados,
Com as opiniões...

É preciso viver,
Mas hoje está complicado!

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Amanhã!?

O silêncio da noite,
O céu estrelado,
Paz...
A sensação de paz.
Mais um dia vivido,
Mais uma luta vencida,
Sem um elo para o amanhã.
Todavia se há, paciência.
Melhor é ler uma poesia,
Neruda, Drummond, Bandeira
Pessoa, nada para,
Tudo flue...
Amanhã pode ser melhor que hoje.
Ou não, ou nada.
Tenho a certeza que lutei o bom combate.

Sentido

O sol escaldante do meio dia,
Folhas verdes murchando,
Calor,
Poeira,
Pele queimada...
Quanto tempos temos de viagem?
Como seguir com ânimo
Perante o desânimo da vida.
Algo de importante é necessário
Para seguir em frente,
Tendo em mente que futuro há.
Um novo dia,
Um sol visto com outro olhar,
Um novo brilho...
Tudo pode ser,
Mas também pode e deve e vai passar,
Sentido devemos encontrar.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Ontologia do ser

A ociosidade,
Uma fotografia,
O silêncio,
O clima,
Uma música...
Quem sou em diante dessas coisas?

Um mundo subjetivo,
Memórias...

Tanta coisa conhecida,
Quantas não foram esquecidas?

Minha ontologia...

Vivendo a vida e pensando e aprendendo,

Refletindo sobre a existência.

Ociosidade um presente,
Fotografia um momento cristalizado,
O silêncio algo necessário,
O clima nos faz pensar na melhor situação,
A música fonte de resgate de memória.

Sou a soma do que desejei e vivi.

domingo, 19 de novembro de 2017

Vanitas

Uma manhã,
Uma crônica,
A mente vazia,
A brisa soprando fresca
Afagando as flores no jardim,
A flor perfumada e colorida.

O tempo... que passa.

A vida,

Os sonhos,
Os momentos,
As ideias,
Os ideais...

Everthing is vanitas.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Natureza

Verão de sol a pino,
Luz intensa,
Calor!
Tudo passa, passará sempre,
Pois o tempo é corrente de rio,
Seguindo sempre para o mar
Numa rota incerta
Que perfaz a vida.
Um turbilhão
De energia incontrolável...
Sabe lá o que e natureza
Humana.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Dobras

Quantas dobras há no mundo?
Quanto estamos imbricados em nossos mundos?
E para que? E por que?
Luzes, vento, brisa,
A noite reinando,
Estrelas brilhando,
Imersos na noite,
Buscamos a paz,
Um descanso,
A aurora que tudo desperta,
Seja generosa com o dia que nos presenteia.
Porque não é possível entender como se imbricam as coisas,
Quantos mistérios ocupam a existência.
Se tudo que temos é o presente.
Mais nada.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Eterno?

Tudo passa,
Tudo por mais grande que seja acaba.
É preciso ter fé para não se desmoronar, não ruir perante a vida.
Num centésimo de segundo e tudo deixa de ser.
E quando tudo chega ao fim nada mais faz sentido,
Vitórias, derrotas tudo é equilibrado,
Tudo que completa o universo é constituído por relações.

domingo, 12 de novembro de 2017

Tudo é

Sei porque já vi,
Porque vivi,
O novo, forte, cheio de vida,
Fica velho,
O que é, é, mas não permanece!
Nada é eterno,
Tudo é passageiro,
Fui um nada, depois fui concebido,
Fui criança, adolescente e agora,
Um homem cheio de conflitos humanos,
Mas tenho certeza
De que a vida é passageira,
Que toda intensidade perde a força,
Que após a noite sempre vêm o amanhã,
Que em paz pode aparecer a desordem,
Calma!
Tudo se acerta,
Confia em Deus,
Confia que enquanto há vida,
Tudo é.

Adversidades

O tempo,
O dia da semana,
O eu,
Espesso subjetivismo,
As condições de vida,
A solidão...
O calor,
O sol intenso,
A memória,
Um encontro ao acaso.
Todas as coisas acontecem,
Na vida,
De qualquer forma.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Revelar

O tempo,
A ociosidade,
Uma cadeira,
Um livro,
A leitura...
Romances, contos e poesia.
Uma reflexão!
A consciência...
Da existência,
Da vida,
Da finitude,
O presente,
Que é tudo que temos.

Uma fotografia,
Memórias
Em imagens,
Em canções,
O passado é uma concha presa na espiral da vida.

Agora tudo se revela.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Pax

Quanto vale a paz?
Poder olhar para o mundo de cabeça erguida,
Sem medo de cruzar um olhar,
De peito aberto,
De consciência pura...
Faça de tudo para não perder sua paz,
Mas se tentarem tirá-la,
Lute até o fim,
A vida sem dignidade não tem validade.
A paz vale tudo,
A paz é tudo,
Seja categórico quanto a isso,
Saiba viver a vida com sabedoria,
Saber acordar,
Saber ir dormir de mente limpa.
Contemple plenamente a natureza.
O que pode ser mais sublime que o contemplamento?
Se tudo, absolutamente tudo na natureza é passageiro.
Seja então a paz.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

O meu jardim

O meu jardim está coberto de cinza,
Cadê o verde das folhas e o colorido das flores?
Não sei, a tristeza levou, a angústia consumiu.
É tempo de poder esperar pelo tempo,
Pois só se passando o tempo,
Que os rebentos de gemas rebrotam,
E surgem os ramos e as flores!

Cadê os frutos?
Prematuramente, as cinzas cobriram tudo,
Angustias, dúvidas, medos, espantos...

Não, absolutamente, nada restou,
O que se encontra sobre escombros?
Vida talvez,
Mas e a energia vital?
No momento se desfez,

Só o tempo e a esperança
Faz surgir outro jardim.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Esperança

Outro monento,
Que o espelho se faça na agua,
A cas branca,
Olhar paciente,
As rugas,
O tempo passou para nós e para a matéria,
Quanto tempo temos, bem menos que ontem.
Então,
Como ser feliz?
Que absurdo a ser questionado.
Cabe a cada um descubrir sua forma...

Estamos perdidos aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=NdYWuo9OFAw

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Afeto a natureza

A gente carrega em si lembranças boas e ruins.
Das boas lembranças sempre recordo das épocas de chuva,
Quando tínhamos fartura.
Quando o inverno pegava,
Lembro que perto de casa havia uma cachoeira,
Que as chuvas caudalosos dava a cachoeira pungência,
A força das águas fazia um ronco, que ecoava longe,
A água se partindo na rocha e de casa a gente podia ouvir
O ronco da cachoeira,
A mata verdinha,
As ervas e arbustos floridos,
As flores das mimosas sempre tão perfumadas,
Flores de mufumbo...
Tudo tão longe e tão presente,
Basta o inverno voltar,
Mas o tempo vivido,
Esse não volta nunca mais,
Só restam memórias.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O cuidado

Uma semente,
Uma muda,
O cuidado e as flores e os frutos e a vida.
Cuidar,
O cuidado,
O capricho,
O carinho,
A delicadeza e sutileza que há na vida.
Porque viver é tudo e nada ao mesmo tempo,
Depende apenas da maneira como vermos a vida.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Calmaria matinal

A superfície das coisas,
O pó, esporos fúngicos,
Uma manhã de verão,
O calor de outubro quebrado por uma chuva.
Pássaros cantando,
Através da janela a luz matinal,
As formas estáticas.
O tic-tac do relógio marcando o tempo.
Pensamento perdido...

domingo, 15 de outubro de 2017

O domingo

Meus pensamentos!

Certamente, entre os anos de 1980 e 1985 quando era criança, bem criança, pude conhecer pessoalmente meus tios, meus avós. Enquanto o mundo se apresentava como novo para mim, para meus avós o mundo já se apresentava em totalidade para eles. Infelizmente não poderei mais tê-los, talvez eles nem me compreenderiam.
Hoje entre 2014 e 2017 o mundo se revela a mim e é iniciante para meus sobrinhos.
Não tenho filhos, nem sei se os terei.
Me falta paciência para mim mesmo.
Busco nas memórias sentido para a vida...
Porque não vivo o presente?

As vezes é bom pensar e recontar nossa história.
Amanhã é segunda-feira um dia em que a realidade sempre bate a porta.

Tudo é volúvel e contínuo, mas não teremos as segundas-feiras para a eternidade,

Então tchau vou viver o domingo.

Certeza

A morte é uma certeza.
Disso não temos dúvidas, mas no fundo para nós a morte só acontece com o outro.
Não somos nós as vítimas, até porque quando acontecer não estaremos vivos para ouvir ou contar a história.
Bom, sentir a existência com toda intensidade é tão sublime...
A luz intensa do sol, o calor, a brisa fresca, um banho gelado, um prato de comida, uma canção tocando no rádio.
Acho que meus avós eram felizes, tenho certeza.
Eles eram felizes porque tinha certeza da vida, viviam a vida. Apesar de sua ignorância.
Absorvemos tanto do mundo, da teve, das propagandas, das series, das novelas, dos diversos canais que passamos a acreditar em tantas ilusões: A beleza perfeita, a felicidade perfeita, a casa perfeita, o emprego perfeito, o trabalho perfeito, o par perfeito... a vida perfeita! _ ela existe?
Somos todos frustrados tentando consumir nossas ilusões.
Geração de frustrados.
Queremos consumir tudo inclusive nossos desejos.
Crescemos crendo que tudo podemos, esquecemos de nossos limites.

Parabéns.

Consciência

Um quintal,
Flores roxa de ageratum, centraterum, que herbáceas perfumadas.
Luz do sol variegada de nuvens,
Pés de urucum, pinha, ciriguela,
Flores de caju...
Como são lindas memórias da infância.
Despertar para vida e descobrir os desejos é uma liberdade que nos leva a pureza.
Ah, consciência precisa e sacana.

Uma ilusão

A criança que fui,
Adolescência que passou,
Todo tempo transcorrido,
Toda ignorância que o mundo ocultou de mim.
Posso sentir e tocar no tempo pelas memórias.
As memórias existem e vivem em mim.
Como as estrelas que brilham a noite,
Assim são minhas memórias que cotidianamente pulsam em mim,
Brilham, mas não consigo perceber todas.
Elas me norteiam e me desnorteiam... na maior parte das vezes.
Na maior parte das vezes encontro fragmentos em poemas...
Pessoa, Borges, Coralina, Drummond, Bandeira...
Sentimentos, aqui nem falo de memórias... Porque acho que sentimentos são as fontes mais potentes de memórias.
Sentimentos cristalizado em palavras.
Sentimentos... Sensações, felicidades, alegrias, tristezas, angustias... Sensações da existência, da vida... dor, liberdade, prisão, doença, coragem, medo...

É preciso entender que essas sensações fazem parte da vida ou melhor elas são a vida.

A vida é tudo.
A morte é nada.
A vida é uma graça.
A morte é o maior combustível para viver.

A vida como tudo tem prazo de validade.
Já fui criança,
Já fui adolescente,
Sou adulto,
Estou saindo de uma fase para uma segunda etapa.
O tempo e as fases sempre se sucedendo.

Sempre me questionando,
Me olhando no olhando no espelho...
Com medo do que virá, não sei por que.
Ou com medo por poder imaginar.

Pra fechar fala Pessoa:


"Não sou nada. Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

Acordar

Acordo, sinto meu corpo, me chegam os pensamentos, profundos como uma rocha bruta uma mistura de sonhos e realidades. Quem sou? Levanto, escovo os dentes e me olho através do espelho. E o reflexo me diz tanta coisa e simplesmente vou longe nos pensamentos. Como num filme pensamentos aleatórios referentes ao tempo, lugares e pessoas e saudades.
Então velho o estado de entropia de minha casa e sou voltado para a realidade.
Preciso organizar tudo isso.
Acordo então.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Pensamentinhos

As coisas vem e vão ou surgem e desaparecem.
Um dia somos concebidos, surgimos e nascemos para um mundo de coisas boas e ruins.
Às vezes temos a felicidade de ter um lar, uma família, amor e boas condições de existência.
Às vezes temos apenas a existência.
Às vezes não temos essa consciência ou não nos atentamos para o mundo, mas um dia a consciência simplesmente chega.
Então acordamos para o mundo... Descobrimos que tudo é uma doce ilusão.
Alegria, tristeza, bondade, maldade, beleza e feiura... Será que nossos sentimentos são especulares, dialéticos?
Será que não estamos entendendo tudo errado, não estamos ensinando tudo trocado?

Saúde e doença...

Sucesso e fracasso.

Por que envelhecemos? parece tão ruim, mas vai por mim tem muito de bom nisso tudo.

Conhecer o mundo, as coisas, os sentimentos, pensamentos e o próprio corto.
Se perguntar o que me faz feliz é engraçado que a cada etapa da vida tempos distintas respostas.
Viver é um rio em contante movimento correnteza abaixo sempre se chega no mar se vamos até o final.
Então que linda que são as minhas plantas que estão com cochonilhas eu as rego, mas elas que se cuidem.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Ilusão

Em busca de uma ilusão,
Na manhã, à tarde ou a noite,
Numa história,
Numa paixão,
Num feriado,
Num fim de semana,
Num encontro.
Amanhã vai ser diferente, outra coisa...
Então, o amanhã que nunca chegou,
Se desilude,
E o bom passa ser ontem, antes, na juventude.
Nunca estamos em sincronia com o tempo que queremos.
Porque a ilusão e a esperança são nossos alimentos favoritos.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Outro

As vezes de tanto pensar na vida a gente desanima.
O calor, muita luz,
A impaciência,
Dor...
Nada nos acalma a alma.
O motor a girar.
Desilusão...
Momentos de moleza.
É preciso ser firme
Ser firme,
Senão não vale outro verão.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Catavento

O tempo como o vento passa,
E quando como um catavento,
Faz a vida girar.
Não sabemos quanto podemos girar,
Nem quando iremos parar.
Pra que pensar nisso?
E por quê?
Talvez pelo fato desta forma
Possamos aproveitar melhor nosso tempo.
Quem sabe!
Estamos constantemente aprendendo ou reaprendendo
A viver...
Girando como um catavento.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Existência

Como é maravilhosa a existência!
Um fim de tarde fresca de sexta-feira,
O vento frouxo,
A sensação de liberdade,
A gente tenta se sustentar na existência
Tenta capturar tudo que a vista alcança,
Ouvir, sentir, existir com intensidade.
Dói saber que tudo é passageiro
E tudo que é bom dura pouco.
Então vamos aproveitar mais um pouquinho até que a tarde parta.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Felicidade espontânea

Setembro chegou e já está se indo.
Muito sol, calor e vento com chuvas esporádicas.
As Tachigalias floriram muito, agora o amarelo dourado desaparece e o verde musgo volta a composição da natureza.
As castanholas perderam suas folhas coriáceas e o vento arrasta elas pelas ruas de calcamento fazendo elas quicarem e parecem cantarem.
As aves estão tão ativas, patativas, bem-ti-vis...
Minhas rosas do deserto estão belíssimas, sobrevivendo as cochonilhas.
Tenho o peito cheio de alegria nestes momentos.
Não sei porque, mas no passado os cajueiros ficavam perfumados
depois carregados de fruto e era fartura pra gente que era pobre.
Algumas coisas não se explicam na gente.
Essa felicidade espontânea, essa percepção momentânea.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Kaos

O tempo,
A luz dourada intensa das manhãs de verão,
Arbustos e árvores nuas,
Ramos cinzentos,
O vento suave correndo,
Uma leve poeira dispersa, se difunde.

E o tempo passando...
Em nossa mente tudo está como é.
Não conseguimos ler as mudanças que o tempo realiza,
Nossos objetos de percepção são tão crassos quanto a isso.

Nos perdemos muito quando saímos de nossa rotina.

Mas é isso.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Acaso ou sorte?

Gira mundo,
Gira para o fundo,
Ou reverte se expande,
Se contrai...
O tempo e a temporalidade.
Uma fotografia com memórias subjetivas
De um tempo acabado.

Novamente tudo começa
para um novo ser.
E a vida nessa roda das moiras
Lança a sorte,
Ou corta o fim de um destino.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Filhos?

Tempo!
Tempo!!!
Tempoooooooooooooooooo. Oh não!
O tempo passou.
Jesus e com ele passei?
Coisas aconteceram, muitas coisas por falar nisso!

O que será de nós?
Os velhos se foram,
Os novos cresceram...

Meu espelho não me avisou nada!
E agora?

Minha amiga que é psicóloga disse que Freud só percebeu que estava velho certa vez quando estava no trem.
Ele olhou para a janela e não reconheceu o próprio reflexo...

Quantos de nós não percebe que envelheceu!

Tenho amigos de 60 anos que fala da terceira idade para pessoas com 80.

Essa lógica louca.

Borges que era genial dizia que gostava de dizer a idade em francês.

Quatre-vingts = 80.

Estou quase com Quarante.

Nada me assusta com a idade, mas quando imagino que não sou pai ainda...

Jesus. Ainda terei paciência para ser?

Sabe lá.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Definição

A sombra da noite,
Feixes de luz distante,
Som macio do piano.
Reflexivo, penso o que conheço, reconheço no meu entorno?
Alguns padrões,
Um breve entendimento da realidade,
Percepções, sensações entremeados de sentimentos.
Emoções.
Por que sensação de fome?
Por que ansiedade?
Por que sou quem eu sou?

Como pode algo mudar?
Será que é a metafísica no sentido Pessoa?
A solidão parece ser uma dádiva
Me leva a monologar intensamente.
A me perder num universos de seres,
Como roupas num guarda roupa que visto para usar,
Para me expor ao outro.
Sob a roupa um corpo num apto a vestir da pior a melhor roupa.
Na eterna busca de uma definição inexistente.
Haveremos de encontrá-la?

Isso tudo me leva a pensar quando a sombra da noite revela meu ser perante a solidão.
E o mundo me é revelado sob reflexão.

Reflexão

A tarde que vai,
A noite que chega,
A luz que dissolve,
A sombra que preenche,
Ruindo sem formas,
Morcegos se ecolocalizam,
Um pássaro pia longe...
E o silêncio se faz.

A madrugada de hoje estava limpa,
Céu estrelado,
Os galos cantando,
A luz revelando a natureza,
As formas, as cores....

As possibilidades são maiores ao amanhecer.

Dia consumido,
Enfim quando se chega em casa,
É sempre bom haver reflexão,

A natureza recatada,
Se embrenhando na noite pelo ocaso.

Haverá um amanhã para mim?

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Elo

O tempo,
As memórias,
O ser,
Os fatos,
Os acontecimentos...
Felicidade e tristeza.
Ir e vir.
Ser e não ser.

Tudo se enlaça,
Se amarra,

Nessa teia que é a vida.

Nossas razões e principalmente nossas emoções
Que aprendemos que há e a domar...
Quando aprendemos sobre a maestria da vida.

Já estamos na metade da vida.
Não tem como recuar,
É necessário seguir.


Ave Maria

Antes que seja dia, ainda quando a noite esfria, cores de brasa se acende no nascente. O primeiro crepúsculo que anuncia a chegada de Apolo. Estou de pé, saio para a rua alumiada por filamentos incandescentes, sub as árvores dorme uma sombra que oculta o solo, essa sombra fria e intocável é essência da árvore que se fez e durará até que dure essa vida. Caminhando reto sobre os paralelepípedos de granito angulado pela força humana seguindo até o asfalto essa pasta sólida cor da noite, as vezes quando não está nublado o espelho da lua me encanta. Sigo pensando na vida. Sempre a solidão me lembra quanto a vida é efêmera. Às vezes ouço alguma música, mas quase sempre ouço palestras. No sombrio da madrugada seguindo com a madrugada me acompanha a manhã.
Vida... Vida.
E durante o dia o contato com as pessoas, as aulas, as situações e ocasiões me cansam.
E quando cai a tarde e o segundo crepúsculo faz a natureza se calar, a luz dourada se afastar, finalmente é noite novamente. Então os morcegos saem a forragear.
No ocaso tudo é silêncio.
Até minha alma se cala.
Tenho paz.
Nada de pensar na vida.
Seis hora... toca uma ave Maria. Não ouço a mesma tocada por Schubert...
Mas a de Gonzaga...
Neste momento sou humano...
Se une em mim o passado, na lembrança dos meus entes idos,
O presente no momento que ouço,
E o futuro quando meu peito se enche de esperança.
Esperança que a vida continuará em sua tristeza e finitude a fazer o homem pensar,
Esperança em sua esperança e alegria na qual a vida continuará
A surpreender...
A vida é eterna e cheia de significados.
Cabe encontrar o seu.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Noite

É noite, depois das chuvas o céu está mais limpo e as estrelas rutilam aprofundando a noite e aproximando o dia. Enquanto a maior parte de nós dorme, enquanto isso, há gente boa e ruim acordada, nas macas, nas cadeias, nas igrejas, nas academias, nas ruas, nos centros.
Pensando na vida... não encontro nada além de recordações. Tudo muito subjetivo.
E a noite continua linda, enquanto durmo profundamente me preparando para o amanhã.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Poesia do bem amor

Pela manhã quando ti vejo,
Ai que vontade de te roubar um beijo,
É como raio de luz primeiro e manhã toda orvalhada,
Que refrata nas gotas do sereno,
Essa luz dourada do sol nascendo,
E enche tudo de paz e alegria
Feito pássaro cantando na pradaria,
Um canto alto, belo e estridente,
Que me deixa todo contente,
Só em poder te contemplar,
feito noite de luar,
Poder assim estar,
Presente, pelo menos em mente.
A descobrir como é amar.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Parabéns irmão!


Na vida, algumas pessoas têm mais sorte que as outras. Algumas nascem órfãos, enquanto outros além de terem seus pais, tem ainda um irmão mais velho. Que, de certo são braços, faróis, suportes e porque não anjos? Meu querido irmão, Rosembergue, desde sempre foi tudo isso para todos nós sob o teto de papai e mamãe. Desde muito cedo quando começou a trabalhar, aprendeu o valor e a importância das coisas, do amor, do respeito e da generosidade com que se deu a família. Mal se tornou de maior, se pôs adulto, e foi embora para terras distantes, seguindo a sina de um retirante. Com 19 anos chega a São Paulo, tinha apenas 10 anos ainda, e desde então nosso contato se dava através de carta, de telefonemas semanais. Foi dele que recebi a primeira ligação telefônica na TELERN da serrinha. Nos primeiros anos de vida só no novo lugar, distante da família, dos amigos e até mesmo de tudo que conhecia teve que se adaptar à nova vida que se resumiu a trabalho, intermitentes. Para si, mas principalmente para ajudar em casa. De certo foi o nosso grande pilar nos grandes anos de seca. Uma grande doação de vida pelos outros. Não tem como não reconhecermos. Até hoje, desconheço quem não goste e não o admire. Esse grande homem que hoje completa mais um ano. Dos seus 47 anos, mais da metade se sua vida se deu em terras distantes. Parabéns meu querido irmão. Saiba que é em sua simplicidade um dos meus maiores exemplos de vida, muito embora as palavras entre nós seja muito poucas, mas nosso amor está nos gestos, no carinho, no respeito e na cumplicidade sanguínea.

Um forte abraço e Parabéns!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Intenção cotidiana

Noite após noite, dia após dia há a monotonia...
Aquela rotina se repetem e parecem que existirão ad infinitum.
Doce ilusão...
Quanta rotina acabada em nossas vidas!
Quantas coisas novas que caíram na rotina,
E quando se acabou deixou saudade.
Semelhante sensação ocorre quando lemos livros com muitas páginas.
Ao final sempre resta saudade.
Quantas rotinas na vida.
Das bocas de noite da infância,
Aos encontros na sala de estudo,
Aos churrascos na casa do Estrela,
Até a solidão brasiliensis culminando com a pessoense.
Mas a vida costuma nos surpreender já me dizia um velho amigo que não é tão velho.
Talvez sofram mais aqueles que se apegam demais a vida,
Aos momentos, as coisas, até mesmo mais que as pessoas.
Bom, mas que não percamos nossas únicas e maiores heranças que são as orações.
Talvez se a gente nem isso herdar,
Nada sobrará, como já não sobra.
Talvez apenas as letras, as palavras e a intenção que aqui fica.

domingo, 30 de julho de 2017

Domingo

Domingo,
Casa vazia, fria e organizada.
A organização dar um ar de solidão.
A luz atravessa a janela
E deixa transparecer o isolamento presente nas cidades.
Ausência de movimento,
Nada de transeuntes, carro ou pássaros, exceto o vento se move...
Vejo os livros, adereços na parece alva.
Então decido ouvir algo! Dúvidas na seleção.
O vento quando presente no ambiente requer Mozart.
Levanto da cama, como algo até receber o telefonema único da semana de mamãe.
Depois fico a pensar na vida,
Na existência...
Até não sobrar nenhum minuto do dia.

Fotografia

Uma fotografia,
Um instante congelado,
O tempo cristalizado.
No breve instante em que vejo a imagem
E extraio de minha memória recordações...
Que recordações,
Que pensamentos serão desencadeados?

A substância substrato da existência,
A simetria e sintonia que nos impressiona.
Beleza ou espanto?

Por um segundo me perco nos pensamentos,
Fujo da realidade,

Sou plena abstração.

Vejo,
Revejo,

E encontro um refúgio em meu meu mundo.
Peculiar mundo.

Meio termo

Existência,

Sexta-feira.

Nasce a manhã e através dela vem os estímulos para seguirmos nossas jornadas, ou melhor as nossas vidas. Assim, despertamos para mais um dia e somos assim a existência.

A existência que é definida como o fato de viver, de está vivo; a vida.

O que dá sentido a minha existência?

Família, amigos, trabalho, casa, hábitos, objetivos...

Mas a vida é curta para viver intensamente tudo,
Então temos que fazer nossas escolhas!
Sermos convictos de tudo que escolhemos para não nos frustrarmos.

Cada um tem que encontrar seu meio termo.


quarta-feira, 26 de julho de 2017

Vida

Que estranha mania de se apegar a vida.
Se apegar a lugares,
Se apegar a coisas,
Se apegar...
O que podemos ter com esses corpos frágeis.

Corpos esses orgânicos, macios com um esqueleto de ossos por vezes porosos,
Coberto de tecidos os mais diversos,
Com glândulas as mais diversas, endócrinas e exócrinas...
Que controlam tantas emoções,
Turbilhões...
Toda biologia cosmogênica,
Atravessando o caos universal,
Seguimos todas as leis da física...
Criamos e revogamos a razão!

Deus do céu... Júpiter... Buda.

Tantas referências e criações

Num espaço tão curto chamado vida.

domingo, 23 de julho de 2017

Delinear

O tempo passa intermitentemente,
Ontem, hoje e quem sabe amanhã.
Nossas raízes, nossas referências!
A distância e a proximidade nos influenciam
E nos delineiam e nos tornam quem somos.
E nós sequer sabemos o que somos!
Seque tomamos consciência,
Apenas somos, aceitamos nossas existências
Sem tomarmos consciência desta...
Cremos ser eternos,
Mas a vida nos educa,
E vemos a vida passar,
Percebemos as fazes da vida,
Somos domados a aceitar quando não damos ganas a nossas gerações para serem o que não conseguímos ser.
Ora, quando nos chegará a maioridade?
Quando tomaremos consciência de que a vida é passageira,
Em eventos, em catástrofes... ou nem mesmo assim?
Será que nossos anseios por novidades estão nos cegando?
A cada dia que vivo em minha vida, muitas coisas são elucidadas, todavia mais dúvidas passam a assolar minha vida... crescem em ordem geométrica.
Cada vez mais vejo verdades humanas ruírem...
Cada vez mais entendo que as leis da natureza  são as únicas verdades existentes...
Subjetivismo a parte a vida segue.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Com Fé

Cai a noite silenciosa e escura.
O silêncio das sombras,
O frescor dos pingos da chuva.
Mais um dia se foi,
Mais uma noite chegou,
Aqueles que dormem uma oração,
Uma Ave Maria,
Aqueles que virão esperança,
Mais uma jornada cumprida.
Seguimos firmes, sem medo
Do amanhã,
De peito e alma cheios de luz
Com fé...
Que tudo pode ser melhor sempre.

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Surpresas

O tempo!
O tempo me ensina tanto,
A cada momento uma nova chance.
As surpresas são infinitas,
Os fins, existem...
Pensamentos, ideias... alguma correção?
Ah!
Surpresas...
A vida costuma nos surpreender.
Que assim seja.

domingo, 16 de julho de 2017

Cada um

Acordar!
Sentir a vida,
Numa suave manhã perceber sua existência,
Entender que tudo é finito!
Que um dia nasceu
E que um dia morrerá;
Nesse meio tempo tem a vida
E há aqueles que sabem como desfrutá-la,
E aqueles que só veem dificuldades.
A verdade é dura, mas tudo depende de como encaramos os problemas.
Se está na cama e é domingo durma ou acorde para fazer o que gosta.
Viva!
Faça isso.
Cada um sabe como viver melhor.

É isso o tempo

 O sofrimento dilata o tempo! O tempo não existe! O tempo é um conceito. Eternidade é a ausência de tempo. Vinícius de Morais cunhou a frase...

Gogh

Gogh