terça-feira, 14 de outubro de 2025

Comportado

 Sassá vai ganhar uma festa de aniversário de cinco anos. Merece! merece! merece!

O tema é dinossauros. Então ontem ele já começou a fazer os desenhos dos convites.

Passou a manhã desenhando. Quando cheguei em casa já tinha tomando banho, arrumado e almoçado, pronto para irmos para a escola. Dai, ainda tínhamos um tempo. Então nós fomos brincar no quarto. Fomos desenhar. Desenhamos um estegossauro.

Depois deixei ele na escola. Está todo feliz pois vai ter uma festinha com os amiguinhos da escola.

Mudando

 Com um misto de angústia penso.

Saudades daquilo que passou de bom.

Aquilo que me fez, meus avós e meus pais e nossa relação com o mundo.

Vejo agora que tudo era e se foi da forma que eu pensava, ou queria ou entendia.

Mas ai. Tudo muda constantemente.

A caatinga perde a folha, sofre com a estiagem,

Depois se renova com as chuvas e ganha mais um novo cenário.

E a gente muda a face da caatinga tadinha.

Assim é.

Só o que existe é o agora.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Viagem do ano

Levamos Sassá ao zoológico de Recife. Ao saímos não demos a direção e foi no Conde que ele descobriu para onde íamos. Fui conversando muito. Chegamos no Zoo e tivemos sorte, encontramos um lugar para estacionar perfeito. Saímos, olhamos os peixinhos para vender. Tinha um boneco do Estitche e um boneco do sonic para fazer fotografia que Sassá olhou, mas se escondendo entre minhas pernas. Tinha vontade de fazer uma fotografia com eles, mas faltava coragem, no carro de volta perguntou porque não tiramos. É uma pena. Bom entramos, e fomos visitar as coisas. Sassá se lembrava exatamente de quais bichos estavam nos devidos recintos. A giboia, a iguana, o jacaré, os quelônios. No recinto do papagaio moleiro ele procurou pela siriema que estava espojada no chão. Vimos mano o tucano e fomos observá-lo. No recinto de mano tinha um lindo mutum do nordeste com seu bico plano hemicircular vermelho. Olhamos bem muito o tucano, fomos ver as araras vermelhas, as jacutingas, os jacus, os mutuns de penacho... a harpia, e Sassá esperto procurando ver se não achava uma pena. Dai fomos na avestruz ivete... Paramos para lanchar e contemplar o parque. Dai ele quis ir para o circuito de brincadeiras, subiu num local de mostruario, andou sobre os pneus de caminhão coloridos, foi na ponte levadiça e brincou em todos os brinquedos. Fomos olhar o chafariz no açude, seguimos procurando ver as capivaras na borda do açude. Dai fomos ver o tambanduá bandeira, os macacos galego, macaco aranha, tamanduá de colete... E finalmente pota o hipopótamo que ele chamava de paquiderme. Foi divertido, pois descobrimos a profissão de pota que é pedreiro. Uma vez que pota reboca a parece com cocô. Rimos muito.
Depois fomos ver a anta chiquito. Paramos para fazer mais lanche. Chegamos num galpão, onde havia uma exposição de tubarões e raias. Sassá pegou em dois exemplares. Depois fomos no jardim sensorial onde tocamos instrumento de música de ferro e madeira.  Por fim voltamos para a ala das aves e vimos as corujas, gaviões. Sassá foi tomar um banho na bica para se refrescar. Feito isto comprei um doce para ele, saímos para almoçar, após o almoço, pegamos a estrada de volta. Sassá dormiu antes de sair de Recife e só acordou em sua casa em João Pessoa.  

Afastamento

 Uma estrada de barro,

A poeira sentada na mata,

O capim seco dourado,

A mata seca cinza.


Uma cruz...


O tempo designado.


As sensações, 

Calor, 

Frio,

Solidão,

Isolamento.


Um pensamento imediato.

E por fim o afastamento de tudo.

Som passado?

 O sol de outubro é ardente no Campus I.

Lá na mata, cantam umas cigarras um canto diferente.

Tenho lembranças de minha infância lá no município potiguar de Martins.

Na serra com mata fechada a mesma espécie ali cantava.

Relembro todas as vezes que ouço.

Memórias de adolescência, mamãe deveras teria ouvido, vovô e vovó e meus bisavos...

Antes achava esquisito.

Agora amo.

Porque me leva ao passado.

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Minha eterna mãe 10-10-1950

 Se minha mãe estivesse viva, hoje faria 75 anos. E os anos continuarão caindo.  Foi-se com 71. Sinto muita saudade de ti. Como afirma um amigo meu que somos 50% da mãe e do pai, mas com certeza é muito mais que isso. Tive a grande felicidade de conviver com mamãe por 42 anos. Mãe veio ao mundo no início da década de 50, neste dia tão importante para nossa existência. Aprendi com mamãe a importância de comemorar o aniversário. Quando completei 40 anos ela disse! E já é isso tudo? Mãe tinha um temperamento peculiar e casou com papai que era o oposto dela, mas numa coisa eles combinavam no nome de Francisco e na generosidade. Mamãe era generosa, mamãe não fazia questão das coisas, mamãe adorava organização. Aprendi a ver o mundo por via de mamãe, foi minha primeira percepção. Mamãe era a caçula de meus avós. Quando ela nasceu vovó tinha 48 anos e vovô tinha 37 anos. Mamãe tinha nove irmãos e sobrinhos com idade quase igual a ela. Mamãe teve uma vida com uma história de constantes problemas no corpo, sempre fazia uso de remédios para dores. Eu sofria muito quando as vezes acordava com ela chorando de dor. Mamãe foi a melhor mãe do mundo. Queria ser filho dela se nascesse por 1001 vezes. Tivemos muitos momentos juntos a sós. Caminhando para Martins, Serrinha, para a casa dos meus avós, meus tios e amigos. Mamãe sempre quis me agradar. Lembro de um trator que me deu no dia das crianças comprei lá na venda de Caboco. Era um trator vermelho. Me deu dinheiro para comprar uma bolinha azul. Mamãe sempre me mimou. Quando completei 18 anos queria ir pra São Paulo, mas ela interveio e eu fiz o concurso da serrinha onde passei, e me mantive em Serrinha até ir morar em Natal. A gente se falava semanalmente, depois diariamente. Mamãe era minha voz narradora. Gostava de contar novidades, mas nunca me contava novidades ruins como falecimento. Vivemos dias bons e dias muito difíceis. Mamãe se adaptava muito bem as dificuldades. Viveu de maneira forte, nunca colocou suas vontades a frente, nos porque nós éramos sua prioridade e depois os seus netos. Sua felicidade era nos ver felizes. Não tem como descrever a minha mãe. Tudo que eu possa falar sobre ela é pouco. Mamãe foi a coisa mais sublime que me aconteceu, pois ela foi minha geradora, minha cuidadora, minha educadora, minha luz, minha sensibilidade, meus sentimentos de amor e carinho e nunca de ódio ou rancor. Todos os sentimentos bons que tenho, agradeço a minha mãe. Ela vive em mim. E o seu amor estou transmitindo ao meu filho. O amor é invisível, mas é a força mais potente que há no universo. Amor é coesão. Amor é sinônimo de ser mãe como mamãe foi. Celebro hoje esta data tão sublime em minha vida. Comemoramos juntos, lembro junto com meus irmãos e sempre dedicarei este dia a ti por toda a minha vida. Te amarei eternamente. De seu Rube.

No final o estresse se converteu em alegria.

 Ontem foi um dia muito especial. Fomos deixar Sassá e o seu foguete na escola. Estava lindo todo prateado com exceção do bico que era vermelho e as chamas do exaustor amarela e vermelha. Foi uma festa, mas para as mães ver o resultado sendo elogiado por todos. Por acaso tinha comprado um reloginho de astronauta. Sassá amou, não tirou do braço desde que eu coloquei, a cada segundo ele apertava o botão e perguntava a hora. Bem na escola foi aquela festa, as mães felizes com o resultado de seu árduo trabalho, mas compensador. O estresse se converteu em risos e muita alegria. A criançada em seus foguetes pareciam decolar mesmo. Um dos foguetes o pai era engenheiro elétrico e tinha lanterna e ventilador. Outro tinha botões, painéis sofisticados, emblemas da nasa, cds... Foi maravilhoso. A noite a festa continuou na festa de aniversário de uma amiguinha. Outubro já contou com três aniversários. Quantos librianos. No final o stresse virou alegria.

Lúcido

 Lúcido sol aquece a mata,

Folhas a brilhar,

Leves ao balançar,

Cantando e mostrando o vento...

 

No meio da mata,

Distraída está a patativa,

Canta, canta, canta em parar,

Canta muito a dançar.

 

Aqui no meu conforto,

Estou a contemplar,

E viajo nas asas da imaginação.

 

Viva o sol, a mata, a árvore, o vento e a patativa.

Viva. Viva. Viva.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Natureza

 Sol intenso de outubro, 

Enche tudo de luz,

Colore o céu de azul,

Tinge de verde as matas,

E faz a mata mudar de ramada.


As cigarras exaltadas com o calor,

Enchem todo o ambiente de canto...


A mata no campus é mais bonita

Do que se ver,

Porque ali a natureza é viva,

Aves e cigarras a cantar,


Árvores a enfeitar e perfumar cada canto...

Causa espanto 

Não se espantar com tanta natureza.

Mel

 Em nosso jardim morava uma gata. Apelidamos ela de mel pela cor do pélo. Já estávamos acostumado. Sassá gostava dela. Ela ora se escondia atrás das espadas de são jorge, ora está sobre o local de colocar o lixo. A vizinhassa que alimentava ela a chamava de aurora. E quinta-feira ela desapareceu. Não sei ainda como vou contar a Sassá esse fato. Será se vai voltar a aparecer? Espero que sim.

Ronronar

 Os gatos ronronam,

Ronronam sem parar.

É a força da lua,

É o calor dos dias?

O que será que está a despertar,

A vontade de procriar...

Gatos, ronronam...

Nas cálidas manhas,

Auroras matinais.

Que veio a provocar.

Mata e o seu tempo

 A mata encanta,

Ao sol despertar

Videscens as folhas,

O marrom cobre o solo,

E as aves cantam baixinho,

Parecem o vento acompanhar,

O canto suave das árvores...

Uns pássaros não se aguentam,

E explodem a cantar,

Sanhaçu coqueiro,

Patativa...

E a silenciosa harmonia impera na natureza,

Outubro chegou já.

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

O gato mago

 Véa é o nome que o pessoal do departamento colocou numa gata malhada de preto e vermelho.

Sempre a vejo aqui, ela mora aqui. Foi adotada pelos professores.

Bem, nunca tinha visto ela limpando a cara. Comportamento comum entre os gatos usar a língua e a pata para lavar o focinho.

Lá em casa, como em todas as casas do interior era comum criar gatos. Tivemos inúmeros gatos. Nos apegamos muito a eles, dando nome e um bom cuidado.

Bem, não estive presente neste momento, mas sei que aconteceu, pois mamãe sempre repetia.

Certo dia, mamãe estava com tia Raimunda, irmã de papai. Juntas viram um gato limpando o focinho.

Então minha tia falou que gatos ao limparem o focinho está adivinhando uma visita.

Disse a mamãe que era sinal de visita.

Então aquela primeira vez que mamãe viu esta predição foi proferida por tia Raimunda, irmã de meu pai.

Mas não teve a curiosidade de perguntar para tia quem havia ensinado para ela.

Nossa tia, morreu de câncer, quando eu tinha apenas quatro anos. De maneira que não me lembro de nada, mas era muito comum a gente ver o gato limpando o focinho e cada vez que a gente via e mamãe estava presente, havia a mística que iriamos receber visitas. Assim, mamãe endossava, finada Raimunda dizia que quando o gato limpa a cara é sinal que tem visita na casa. As vezes, havia visitas, as vezes não.

O fato é que esse conhecimento foi  transmitido, num espaço e num tempo e vem se disseminando essa ideia.

Por gostar de histórias escrevi e escrito está.

Aniversários

 Sassá foi ao aniversário de seu amigo, o segundo do mês. Sexta tem outro.

Se divertiu muito, brincado, socializando, se alimentando.

Comeu doces, brincou com os objetos.

Foi uma alegria só.

Primeira impressão

 Só existe uma primeira impressão,

A segunda impressão é percepção,

A terceira impressão é uma ilusão,

A quarta impressão reflexo da realidade.


Só existe uma impressão,

Existe inúmeras percepções,

Existem ilusões.

A realidade é o ponto inicial para o conhecimento.

A repetição a oportunidade de aprender

e entender a realidade.

Verso

 Os versos me encantam,

Versos rimados ou livres,

Versos percebidos,

Versos pensados.


Versos com rima,

Versos com estima,

Versos versados.

Verso uma face do universo.


Que se percebe ouvindo,

Que se percebe lendo,

Algo se exprimindo,


Algo com início,

Algo com meio,

Algo com fim.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A areira

 No cinza da catinga fechada,

Espinhos, garranchos a vista barrar.

Imperiosa a aroeira imersa ali está,


Seu tronco forte a sustentar,

Seus numerosos ramos ao céu apontar,


O termo e luminoso setembro,

Suas folhas lhes fez deixar,


Nua, de ramos cinzas inflorescências faz brotar,

Flores diminutas, a convidar, os bichos dela se alimentar...


Meliponias, aqui e aculá,

Na galha de lá um arapuá a morar.


Do alto vem bichos o mundo contemplar,


Venho sabiá, papa-arroz, sanhaçu...

Difícil não encontrar nessa magestosa árvore,


O calado carcará...


Agora, que amai contemplar,

Guardei no coração,


Essa imagem linda de contemplar...


Nestes versinhos...

As aroeiras vou eternizar.

Ao trabalho

 Entre uma atividade e outra,

Uma pausa, um pouso, um repouso.

Livros dispostos pelos lados,


Livros usados,

Livros intactos,


E a vontade de devorá-los...

Salvo o tempo,

Nada posso fazer senão desejar...


O tempo do pouso é curto,

Mas a vontade de abstração é imensa.


Eis ai o espaço,

Eis ai o tempo,


No abstrato, dispenso o espaço,

Jamais o tempo.


Como um carcará na aroeira,

A beira da estrada se apressa em voar,

Perante um olhar.


Preciso voltar a trabalhar.


E os anos passam

 No silêncio outubro desperta, de anos indos 2025. Para trás comemoravamos mais um ano de vida de minha amada mãe.

Este ano é o quarto sem sua fisicalidade.

Só sua essência se mantém em nossos corações.

Outubro, franciscano outubro,

Tinges o céu de azul, sopras o vento desenfreado,

Faz a rosa sedenta desabrochar no jardim e olhar e agradecer por tudo.

E entender oh outubro quão depressa tudo se faz e desfaz.

Outubro

 No silêncio outubro desperta, de anos indos 2025. Para trás comemorávamos mais um ano de vida de minha amada mãe.

Este ano é o quarto sem sua presença.

Só sua essência se mantém em nossos corações.

Outubro, franciscano outubro,

Tinges o céu de azul, sopras o vento desenfreado,

Faz a rosa sedenta desabrochar no jardim e olhar e agradecer por tudo.

E entender oh outubro quão depressa tudo se faz e desfaz.

Parque Solon de Lucena

 A lagoa 

O grande espelho da lagoa, embeleza a cidade de João Pessoa.

Rodeada de belas palmeiras. Gordas Macaúbas, altas palmeiras imperiais, tem também os jerivás e sabais. Num canto toma o céu as sertanejas carnaubeiras.

Fui lá passear, achei tão vazia,

Mas de uma beleza indomável, atemporal...

A marca do tempo e da glória, nos bambus, nos ficus, nos antigos oitis.

Aqui muito se refrescou o paraibano que em João Pessoa buscou uma solução para seu problema econômico, de saúde, de passeio.

Lagoa que recebe na rua que vem da rodoviária, paraibanos sertanejos, caririzeiros, brejeiros, seridornes, curimataueses e muito mais.

Aqui se busca a esperança.

Conheci Antoni José, numa tenra idade em cadeira de roda com tanta ganas de viver e se movimentar.

E me puz a pensar, no que já aconteceu. Nas vezes cegas que aqui pisei, morando em Natal.

Lembrando das tardes ensolaradas... Das tardes enfeitadas de natal.

E por por aí se vai...

Gerando memória em nós.

Domingo

 Domingo à noite, a televisão está ligada no SBT, ali na sala. Jantamos e saímos para nos sentarmos em frente a tv. Sílvio Santos anima o programa. O que esperamos da vida? Nada. Torcemos para que o participante ganhe no jogo. Os anos puseram cabelos brancos na cabeça de papai e em mamãe caiu-lhes a saúde. Mas a vida é essa simplicidade. E dias assim se repetiram pela eternidade de nossas vidas breves. Os acontecimentos enchiam as nossas vidas. E a responsabilidade de dar conta do amanhã.

Foi-se o papai, a mamãe e o Silvio Santos. O tempo deles se esgotou.

Hoje é domingo, agora é noite. E ainda tenho o reflexo destes momentos singulares em minha existência.

Depois papai deitava no quarto, mamãe também e eu também. A noite se fechava e um novo dia nascia.

Avós franciscanos

 Meu avô e minha avó paterna eram católicos. Vivi muito pouco com eles. Convivi mais com minha avó. Meu avô morreu em 1988 quando tinha nove anos e minha avó em 1995 quando já tinha 14 anos. As memórias que tenho de onde moravam no sítio Sampaio são como fotografias apenas. Lembro da voz de minha avó. Posso remontar sua imagem com a ajuda duma fotografia. Pouco resta desta face de minha vida. Papai trouxe muito deles, mas não conseguia determinar o que veio deles por não conviver com eles. Muito deles está difundido entre os filhos e netos. Como identificar?

O católicismo franciscano, a alma de Rosângela minha irmã. Não sei mais.

Oração

 Doce manhã que me desperta, sol luminoso que se acende, ave que canta, flor que desabrocha...

A toda essa grande graça obrigado meu senhor.

Evento do ano

 Ontem na escola de Sassá houve a abertura dos jogos internos. Fomos com ele, pois ia desfilar. Estava todo feliz. Já saiu da escola avisando do evento. Sassá ama a escolinha, os amiguinhos. Chegamos cedo, a quadra ainda tinha os portões fechados, foi bom porque peguei uma vaga perto dali. Ai escolhemos o lugar e ele todo feliz com a amiguinha. Logo foi chegando um a um. Soltamos ele para correr na quadra numa alegria de bobo. Depois a professora levou eles para a entrada, onde se organizaram para o desfile dos infantís 2 até o 4. O desfile foi lindo. Saiu dali faminto. Compramos um cachorro quente e um bolo que ele comeu. Tomou banho e foi dormir. 

Mel

 A gata mel como chamamos, aurora como o pessoal da rua chama, desapareceu. 

Nem sei como irei falar para Sassá. Ele gostava muito de vê-la em nosso jardim.

Ela se escondia atrás das espadas de são jorge, se deitava em cima do muro.

Sumiu. A gente chamava ela de aurora por causa do pélo melado.

Semelhança

 É outubro, décimo mês do calendário. 

O verão aqui é a época de ausência de chuva.

A mata está seca, só algumas espécies verdejam brilhantes.

Aqui em João Pessoa, mata atlântica. Compartilha algumas coisas com a serra de onde vim.

Agora mesmo uma cigarra me fez lembrar dessa similaridade.

O canto de uma cigarra de mata atlântica, desperta as memórias de minha infância.

Só isso.


segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Tempos idos

 Medo!

Medo destes tempos idos,

Das coisas imbricadas e veladas,

E agora desveladas.


O tempo que tanto revela,

Ao revelar cobra a vida.

Mostrando que nossas percepções são nada.


Tudo imaginação.


Dá um aperto no peito.

Pega a gente de jeito,

Saber que tudo é criação...


Medo do que o tempo nos revela.

São tempos idos.

Domingo em paz

 Sassá foi a lagoa, parque Solon de Lucena no domingo. Estava bem vazia. Ele procurava na borda da lagoa ver bichos, aves. Vimos socós e garças e nada de peixe. Ainda conhecemos o campeão de força e energia o Pequeno Antoni José que mesmo numa cadeira de rodas esbanja energia. Indo de lá pra cá, usando seus bracinhos.  Depois contemplamos a obra de Miguel da pedra do reino. Comemos pipocas, contemplamos as árvores e palmeiras, coletamos plantas e voltamos para casa felizes. Ainda passamos nas três ruas onde ele andou de bicicleta, comeu bolo e fomos para casa, onde aguamos as plantas do jardim.

Um pouco

 Fernanda, a aroeira continua a crescer, desde então nunca mais a podaram.

Desde que aquele que lhes deu o nome se foi.

Já não penso mais em Fernanda,

Mas ela está ali.

Então tem dias que ela vez e me mostra que tudo vai continuar bem.

Que tudo é fruto de nossas mentes.

O que podemos temer do amanhã?

Tudo vai continuar e nós, bem talvez deixemos um pouco de nós no coração das pessoas que respeitamos.

O simples

A bananeira animada,
Cantava sem parar,
O vento vendo a animava,
Naquela sexta-feira,
Naquele fim de tarde, nada esperava.
O vento veio e a animou,
A fez cantar.
Pensei em minha existência.

Pensei na sucessão,
Pensei no que espero.

Entendi que não se pode esperar nada,
E sim se animar com quem nos anima.
Com o simples que nunca há de faltar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Folha seca

 Outubro chegou trazendo chuva,

Estranha chuva nesta estação...

Deitadas e molhadas as folhas caídas no chão estão.


Contemplei com alegria,

O térreo marrom, cor de telha,

Cor de folha!

Veio a mente a canção folha seca...


Encontro

 Fui a feira de orgânicos na UFPB ver os amigos, conversar e comprar. Vi seu Biu, seu José, Seu Edson e seu Zizo.

Ir a feira, como não gostar desse Bafafá.

Ouvir a bandinha tocar, 

A cliente a questionar o preço das coisas,

O cheiro da tapioca sendo assada no caco.

Gente indo e voltando.

Mercadoria sendo entesourada....

Eis que encontro Lis, a poetisa, na volta para minha sala.

Quanta alegria, com saboroso gosto de poesia.

Lisbeth Lima de Oliveira,

Lima de Solânea, e Oliveira de Cajazeira.

Conversamos sobre tantas coisas,

Que nos perdemos no tempo.

Das coisas que pesquei.


Lisbeth, nobre amiga,

Que muito tem a me ensinar,

Antes ouvir a falar,


Quem fala doa,

Quem ouve recebe,

E foi aquela troca,


Aprendi a aprender,

Falando e me agradando

do Carinho de me escutar.


A certas horas vi que era todos ouvidos,

Foi a feira a escutar,

Ver, ouvir e cheirar,

Ao café saborear...


A goma que se aquecida,

Vira tapioca, estava o ambiente a perfumar...

De flores na mão senti a mercadoria pesar.


Lis ouvia...


Em suas orelhas dois ouvidos,

Um interno e outro externo,

Uma espiral coclear,

Uma concha espiralada,


Mostrava que ouvia e ensinava no ouvir.


Lima, lima, lima...

Oliveira, oliva...


O roxo do jacarandá enche sua vista de alegria.

A memória do cheiro do cabelo de sua vó...


Memórias são despertas,

Eternizadas.


Mais nada


Mediação

 A alma de gato marrom vez por outra aparece. Não vejo, mas escuto.

A patativa de papinho amarelo só canta a dançar. E agora tá cantando no meio da mata.

O sanhaçu de coqueiro verde anima as praças pessoenses.

Agora!

Isso é tudo.

A planta de Sassá.

Uma das atividades para o dia da árvore, na escola de Sassá, incluía plantar uma árvore. Sassá plantou uma castanha de caju. Esta germinou, após germinar a professora de Sassá entregou para ele cuidar dela em casa. Ele se divertiu com o coleguinha Ravi que também plantou uma castanha. Antiontem, Ravi falou que o cajueiro dele estava nascendo. Eu me lembrei da planta de Sassá. Perguntei para ele onde estava e ele trouxe a mudinha. Está com os cotilédones verdes já, bem a vista, mas ainda parte encerrado na castanha. Então a noite, ele trouxe a planta para a mesa onde contemplamos aquele pequeno cajueiro. A mamãe falou que iria fazer um bonsai. Aguamos a mudinha. Sassá disse que ela precisa de muita luz e eu complementei e de água também. E foi isso.

Bach -area

 Grande Bach.

Suas composições nos aproximam do criador.

São tão intensas como o mar ou um céu estrelado.

Não tem como não se sentir pequeno

E parar para contemplar...

Area é o mar, é o céu estrelado... profunda e reveladora da face divina.

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Viajante do tempo

 

Sou um viajante do tempo.

Tudo teve início no meu nascimento.

O choro me despertou,

Inconsciente que estava continuei,

 

O que me guiava era a vontade de viver,

Desenvolvi apegos e gostos...

Descobri o eu.

 

Consciente me tornei,

Igual a todos que me cervavam,

As emoções e sentimentos

Me ensinaram a amar,

A sorri e chorar...

 

A minha vida parecia eterna,

Tudo era tão intenso.

 

Todavia a razão,

Foi matando a emoção,

 

A consciência dominando a inconsciência...

E comecei a perguntar quem sou!

 

Pensei, em cima de pensamento,

Alimentei sentimento...

 

O tempo afraca minhas forças,

Envelhece o meu corpo,

Me domina...

 

E me pergunto quem sou eu...

Tudo em vão.

 

No olhar da criança imaginação,

No olhar do adulto ilusão,

No olhar do idoso, sabedoria.

 

Sou forjado pelo tempo...

Quem fez quem me fez passou,

Quem me fez passou...

 

O lugar é o mesmo, atemporal.

O espírito eterno...

Vive trocando de corpo e fazendo crer na individualidade.

 

Tudo é nada,

E nada é tudo...

Sou só produto do acaso,

 

Do tempo...

Dios tuto natura.

Estória

 Ontem, Sassá e eu conversamos, enquanto o deixava na escola. O assunto é sempre falando sobre como foi nossa manhã. Ele diz sempre que não lembra de nada. Depois ele perguntou se tinha serpentes naja no Brasil. Disse que não. Ele incutiu que, QUANDO CRESCER, vai criar serpentes. Sempre explico o problema dos venenos. Então, me perguntou se podia criar teiu. Disse que podia, mas que tinha o perigo de levar uma lapada do rabo do bicho. Ele perguntou porque o da bica era lerdo. Falei que são menos ativos. Na casa da tia li que fica no sertão tem muito calor por isso os teius são mais ativos. Contei de um episódio que aconteceu com o nosso cachorro de nome sherlock. Um dia, em 2018, após o almoço, ouvimos o latido de sherlock lá no curral. Fui ver o que era, afinal poderia ser  uma cascavel. Graças a Deus não era. Sherlock estava acuando um teiu. Nem sherlock, nem o teiu avançava. Quando o teiu me percebeu, partiu para morder sherlock que recuou grunindo. Dai o teiu deu no pé.

Ele achou intressante a história. Então chegamos na escola e ele foi para a aula.

Busca

 Busco a minha essência, mas nada encontro.

Se busca o que falta.

Minha essência seria uma definição?

Como se definir se mudamos constantemente,

Como muda a natureza das árvores

Que na mudança perde e faz novas folhas,

Entra em floração,

Produz frutos...

Como abarcar tudo isso?

Razão, percepção.


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Ao meu pai

 Estava mexendo nos meus arquivos de fotografia e encontrei essas fotos. Maravilhosas porque mostra papai sentado em frente ao lugar que amava. Meu pai, meu amigo. Que saudades! Às vezes quando vou a nossa casa sinto tanto a sua falta. A gente se abraçava duas vezes na chegada e na saída. Chegava e o senhor nos esperava para o almoço e nos acompanhava com aquela conversa boa. Papai às vezes estou almoçando e lembro de ti. Todos os momentos que almoçávamos juntos. Seu cuidado com os bichos, com as plantas. Nossas árvores no sítio, nossos catolés, nossa matinha, nossa casinha. Sinto falta das vincas que aguava, de suas passadas arrastadas, ao amanhecer no terreiro, a varrer a aguar as plantas, alimentando as galinhas...

Meu eterno pai. Cuido de nossas palmas e catolés, de nossa casa. Farei enquanto puder. E estou ensinando o meu filho a amar o nosso lugar. Você iria amar ele.
Eternizei este momento, nesta foto. Nosso terreiro e nosso cachorro Negão e branquinha.
Como adoraria te abraçar de novo pela última vez. Mas um dia estaremos juntos... Na mesma essência. Te amo.

Amizade

 Esta semana, duas situações ou lugares me fizeram lembrar do meu primo e amigo Mazildo.

Primeiro foi o lugar e o dia, estava no shopping mangabeira e era sexta-feira. Sempre neste lugar e neste dia enviava fotos do ambiente. Meu primo era tímido, tinha uma doença que nunca descobriu a causa. Meu primo vivia em casa. Quando pequenos a gente se divertia andando nos matos caçando,  mas nem matava nada a gente gostava de ver o mundo silvestre. A gente foi crescendo e suas limitações físicas praticamente o impediram de anda.  Seu deslocamento se limitava ao espaço interno da casa.  Meu amigo, saia de casa para cortar o cabelo ou votar. Sua vida era acordar, tomar o café, limpar as gaiolas e ouvir rádio e ver televisão e por último usar o celular. Estava engordando demais e se cansava dentro de casa mesmo. Nunca reclamava. No dia mesmo que faleceu nos trocamos mensagens.

A segunda vez foi no sábado, estava no parque Arruda Câmara, lá encontrei seu Eduardo que cuida dos animais no parque. Estávamos conversando e eu prestava atenção no som das jandaias foi quando ouvi o periquito da caatinga, grasnou umas três vezes, daí, o bicho veio e pousou ao nosso lado. Aí lembrei e comentei que meu primo tinha um periquito que ele cuidava tão bem. Acordava o loro a noite, tirava o bicho do guarda roupa e dava comida para o bichinho.

E hoje na praia vendo as Maracanã voarem me lembrei novamente.

Sentimento

 Ontem, Sassá saiu da escola tudo bem, viemos para casa conversando normalmente. Chegamos em casa, aguamos nosso jardim. Quando terminamos, entramos no prédio. Ele se mostrou cansado. Geralmente quando entramos no prédio, competimos para saber quem ganha ao chegar primeiro em cima. Ontem, ele estava de espírito abatido, pensei é o cansaço. Subiu sem ânimo. Falou, hoje não tem brincadeira. Estou cansado. Quando abri a porta e ele viu a mamãe foi um choro. Foi explicar o que aconteceu na escola. Aos prantos explicou que a professora havia escolhido um giz de cera de cada um para derreter. E que a coleção agora estava incompleta. Não adiantava eu explicar que iria comprar uma nova para ele. Chorou. Depois parrou, jantou e fomos brincar.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Paud'arco

 O ipê na minha terra é paud'arco.

Aqui na cidade é ipê-roxo.

Na ciência é Handroanthus impetiginosus.


Para mim quando não existia ipê ou handroantus tudo era paudarco.

Naquele tempo, nem vinte anos tinha!

Independente do nome, suas flores sempre serão cor de rosa.

Quando funcionário da prefeitura de Serrinha dos Pintos, nas idas para o sítio vi uma coisa esplendorosa, um paud'arco rosa, na cinza caatinga. Hoje, revivi o momento ao voltar para casa e contemplar um ipê rosa em flor enfeitando o canteiro.


Pensei em escrever algo! aqui está.


No mormaço de setembro,

Treme a caatinga cinza,

Deitada na depressão plana está a caatinga

A vastidão da depressão se encerram em serrotes.


O canto quente da cigarra zunindo,

Estrada a cortar em banda a caatinga e a salpicar poeira no poeira no ar,

Arriba do chão a poeira e o vento leva para as margens 

pousando em intrincados galhos,


Cobrindo carcaça de gado,


Feito cheiro de diesel do caminhão.


Nesta linda vastidão,


Paud'arcos a encantar,

Num rosa tutifrute chiclete...

Florindo ao caldo do dia.


Roubando a atenção.


Provando que o belo é universal.

Até o mais insensível, descansaria a vista em tamanha beleza.


Parei e me pus a contemplar.


A beleza agrada a alma.

Aquece o coração

E faz valer a pena o momento,

Fez esquecer o calor,


E por um momento fui eterno.

Amor

 As relações se enovelam com os sentimentos, assim como nos enovelamos com aqueles que amamos. Mesmo espaço e tempo. Algo tão efêmero, mas eterno a intuição.

O amor

 De tudo que passou, nada restou.

O lugar com suas particularidades.

Altos e baixos,

Um riacho separa distinta fase.

A sensação de cada momento.

Mamãe, eu e o caminho. 

Dois pensamentos na mesma direção.

Deles um com razão,

 outro apenas imaginação.

O que restou?

O amor.

O amor.

O amor.

Tempo, memória e ser

 Sassá acordou, me procurou e me encontrou no banheiro.

Pedi a benção, o beijei e ele foi deitar no sofá.

Tossiu e ficou ali enquanto me arrumava.

Esperou que me preparasse e antes de sair recebeu um abraço, um beijo, um eu te amo.

Você é a coisa mais importante em minha vida.

Saio morrendo de saudades. Um cheiro de 15 segundos.

Tenho em minha alma.

A sua presença é sublime em mim.

Bate aquela saudade de papai.

Meio

 Escrever envolve relação entre o pensamento e o meio?

Ao ouvir Erick Satier, algo em mim ver beleza na música. E por vezes, sinto vontade de me expressar.

Todavia, a atividade do corpo pode levar a mente a viajar.

Patativa do Assaré, disse que muitas de suas composições se davam na roça.

Cuidando da lavora com a enxada, e matutando.

Limpar requer um ritmo, e tem o som do ferro trabalhando a terra.

Que coisa mais sublime ser.

A mente limpando espelhando o movimento do trabalho.

Sol, luz, calor e ação.

E a mente a pensar, um pensamento cadenciado, refrigerando o meio.

Telhas imbricadas no tempo

 Uma casinha foi desfeita.

Era pequena e caiada de branco.

Papai a usava para por palha de milho.

Mas ela chegou ao fim.

Em seu quintal havia pinheiras e cajueiros.


Hoje tudo foi comido por espinheiros.


No tronco do cajueiro papai colocou em círculos as telhas.

Foi a tanto tempo atrás.


Morreram os cajueiros.


Vieram as juremas...


E o circulo continua lá.


Sob o trabalho de meu pai.

Circulo franciscano,

De telhas feitas a mão.

Estilo que não volta mais.

Canto e cantar

 Como a ave canta sem pensar,

Como a ave canta por cantar.

Canta no seu tempo.


Assim quero cantar.

Assim quero cantar.

Assim quero cantar.


Mas assim como a ave que não sabe que canta belo ou ruim.

Assim quero cantar.


E o meu canto é um copo de palavras,

Para que possas beber com os olhos.


Que possa, para de pensar o corriqueiro,


E assim voltar ao seio materno.


E por um momento entender que a vida passa.


E no nosso inconsciente,

Pode encontrar mais que deseja.


E isso é tudo.

Despertar ornitofaunico

 O pequeno e franciscano rixinó,

Amanhece feliz em setembro.

Desperta-nos a cantar.

E canta sempre a dançar.


O sanhaçu de coqueiro afiando tesoura.


O bem-ti-vi ao longe.


E a patativa cantadeira...

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Penha, primeiro passo no mar

 Sábado pela manhã, fomos ao aquário da penha. Aos sábados o papai cuida do Sassá e para não ficar pesado saímos para passear. Fomos ao aquário. Estávamos de saída para a Bica, mas a mãe dele não ia. Ele falou, vamos ao aquário. Já tinha em mente só confirmei. Fomos devagarzinho ouvindo nossas músicas infantis em inglês. A mesma playlist a mais de quatro anos. O sol estava a todo vapor, o vento soprava forte e o céu azul anil. Descemos o Timbó, sentimos o cheiro do esterco do curral dali. Seguimos pelo altiplano. Vimos o absurdo do prédio da OAB, feito a menos de 300 m da falésia. E fomos... Estação ciência... Penha. Parei para fazer umas fotos na praia da penha. Vimos seu Chico guardando carro. Entramos, fiz fotos de maracujá, mandacaru da praia, com muito cuidado para não estrepar o pé nem tocar numa cansanção. Fomos pelo caminho até a praia. Fotografei o barco de São Benedito, lindo grande, branco com letras vermelhas. Fomos até a praia. Eu contei a Sassá que foi ali pela primeira vez que ele pisou no mar. Não fosse minha angustia de ter perdido meu pai tão recentemente, teria sido maravilhoso. E foi eu que estava mergulhado na dor. Sábado não. Estava feliz, mostrando para Sassá o lugar onde ele viu primeira vez o mar. Ele perguntou porque não iamos para lá. Respondi, por não ter onde se banhar para tirar o sal... Bom depois disse vamos ver o aquário e fomos. Cada peixe que ele via, sabia que já tínhamos visto, mas dizia... esse nunca vimos né papai e eu confirmava... Quis ir logo ver as aves, pedi paciencia e ele foi paciente. Fomos e vimos as aves, mas será outro conto.

Praia minha

 Céu azul,

A luz amarela difusa na areia,

Quente areia múltipla.


Verde mar,

Ondas a cantar,

Vento a soar.


Na linha do horizonte desperta o leste,

Lá o céu vira mar,

Lá o mar vira céu.


Ao lado viçosa a verde salsa a verdejar,

Flores esreladas,

Flores rosadas,


O feijão rosada flor,

Atropuprúrea flor.

Sementes marrons perdidas na areia...


A sombra do coqueiro,

O grito da maracanã,

Asaldelta do caracará.


Maria farinha a cavar.

Sento na areia,

Como um grão de areia na vastidão da praia.


Como um grão de areia na vastidão do mar,

Vastidão do céu,

Vastidão do ser.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Alegria

Ontem, ao sair da igreja, falei para Sassá que iriamos a igreja onde tinha bolo e parque! A alegria foi instantânea. Como o cabrito a pular e a balar... Ficou o belo Sassá... O seu riso iluminou seu lindo rosto.
Fomos para casa, jantamos, nos arrumamos e fomos. Ficou comportado. A missa foi com o pe. Manuel e ele gosta do padre. Ficou atento. Teve um momento que achei que iria dormir, mas não dormiu. Revimos nossas amigas da igreja. Tiramos fotos com São Rafael e para a nossa surpresa não tinha barraca de bolo. Fomos ao parquinho, mas estava tão sem gente que só deu para dar uma rodada. Ficou decepcionado. Então como havia prometido. Fomos atrás do bolo. As padarias já estavam fechadas, então encontramos um bolo no carreful. Ele escolheu um bolo comum, embora a mãe tenha recomendado outro mais recheado. Ele não quis porque achou pequeno. Então tivemos a ideia de comprar um leite condensado e a mamãe fez uma calda. Ele amou! Depois que comeu queria brincar. Não entendi. Era apenas o ritual. Topei e 5 minutos já ficou satisfeito... Dormi. Acordei e dei um cheiro no seu cabelinho cheiroso.
E ele estava muito feliz.

Algodão

 Sol a pino,

Terra branca, arenosa,

Quente terra.


Ervas secando,

O cuidado do homem,

Na terra limpa crescem a florescer o algodão,


Flores amarelas vão avermelhando com o caminhar do sol,


Verde metálica abelha na garganta da flor...


A água a secar,

O sol a cozinhar,

O fruto a trabalhar


A fibra, 

A semente.


E o homem a cultivar

A beleza da planta,

O cheiro da fibra,


E depois a colher,

Para do trabalho sobreviver.

Tao

 Achei que poderia domar a mente.

Agora sei que me enganei.

Sofri tentando domar o indomável.

Somente quando entendi que a mente

É energia, é ordem, é lógica.

A mente é uma autocriação.

Uma forma de ser condicionado a nossa história.


Deixa ir a mente.

Tudo feito,

Mostra quanto sacrifício.


Chica, hoje eu vou fazer  a faxina,

dizia o meu avó a minha avó.

E eram felizes na simplicidade.

Essência

 A unidade da essência versus a pluralidade da existência.

Energia pura, signo.

Energia fundida.


quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Início

 Severino quer casar com Antônia,

Mas casar requer casa para morar,

Já escolheu o lugar,

Já falou com Cícero, José e Francisco.

Foi na mata tirar linha, vara, e cipó.

Foi o baldo ver a argila.

O verão já chegou.

Arrumou o jumento para trazer água.

Matou um bode e foi o dia da construção.

E a trabalhada foi grande, suor e cordialidade,

Desejo de amar, fez a casa de taipa...

Do vazio a casa tem sua utilidade,

Encomendou um pote a Girlente,

Encheu o pode de água.

A casa novinha é tão bonita como o amor do casal.

Moacir fez o casamento.

Uma rede pra dormir.

E a vida para viver.

Na casinha corada feito joão de barro.

E a vida a começar.

Lua

 Cálido sol a manhã a despertar,

A lua crescente, ao amanhecer continua acesa.

Depois o sol apaga.

A gente guarda na memória singela beleza.

Essa paisagem eterna.

Me ponho a pensar no tempo.

Na eternidade, na beleza.

A lua será bela em qualquer lugar?

Texto e contexto

 Ontem Sassá estava com a bateria carregada.

Pulava, ria, falava sem parar.

Nem imagino por onde começar.

Melhor falar de algo bom. 

Após o jantar, chupamos um dindin e fomos brincar de carrinhos.

Tentando não acelerar muito.

Ah! comprei jiló para ele provar. Pegou um jiló, mordeu e saiu dizendo que tinha gostado.

Só que nem terminou de comer. 

Influenciado pelo personagem do Contra da turma da Mônica, quis provar e não aprovou.

Até leu o nome do cascão na capa de um dos gibis.

Está quase lendo.

Entende como é está com Sassá.

Sempre as pressas.

Sem texto ou contexto.


quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Fim de uma era

 Chagas chega ao céu,

Cumprimenta o pai, a mãe e seu irmão Epitácio.

Mais atrás estão Tião e Chico Raimundo. A panelinha da serrinha.

Querendo saber as novidades da Serrinha.

Chaga já avisa que está tudo mudado.

O nossa geração já está quase chegando ao fim.

Tem gente naquela serrinha que nem conheço.

Tem e com força.

Eu que cheguei ano passado e vivia na Serrinha já percebia isso falou Willa.

É o fim de uma Era.


Chaga de Horácio

 Ontem, Serrinha, minha Serrinha perdeu um de seus grandes personagens. 

Seu Chagas de Horácio, que por sinal era primo legítimo de meu pai.

Chagas de Horácio morava na rua Agostinho Freire, n° 36, esquina com a Cícero Caetano.

O interessante é notar a importância das referências. Por que estou pautando sobre isso? Pelo fato de poucos Serrinhenses que não moram na cidade sabem decorado o nome das ruas de desta cidade. As pessoas se referem a rua do correio ou da prefeitura, a rua do cemitério. E aqui Chagas virou um ponto importante, a rua da budega de Chaga de Horário. Se falar a rua Agostinho Freire a pessoa para para pensar, mas se falar a rua de Chaga de Horácio sai intuitivamente. Aquela mercearia que enchia os meus olhos de desejo com os baleiros. Ali, podia comprar tudo de comida. Ainda funciona com o nome Mercearia Serrinhense do Chaga. 

Escrevo isso, pela importância que há na minha vida.

Serrinha tem todos os elementos que me ensinaram a pensar, meus anseios e desejos primeiro.

E ao escrever isso entro no tempo, por via das memórias, de minha infância ao entrar na budega cheia de sinestesia o cheiro da corda de agave, do fumo, da cachaça servida ao apreciado, da bolacha e do pão de Genilson; as cores dos baleiros, as cores dos brinquedos pendurados. Uma Budega sortida é sinal de prosperidade, mas antes de mais nada é sinal de inteligência de psicologia social, de matemática, de contabilidade e tudo mais. As budegas, caíram em desuso com a chegado dos hipermercados, e ali não foi diferente. Todavia Chagas parte e deixa a budega sortida, sob nova direção.

Falar de Chagas, no meu caso é falar das minhas décadas de existência, e das muitas vidas de Serrinha.

Ali, quantas conversas não se deram nos intervalos do dia, quando a freguesia estava trabalhando e quantas interações não se deram durante o horário de pico. Quer trocar uma ideia, cumprimentar um conhecido antigo, com certeza lá você vai encontrar.

Primos, parentes e amigos... não se encontraram ali, rapidamente não foram lá para comprar algo e saiu um riso, uma conversa, breve como uma conversa de watzap. 

O estabelecimento é uma esquina, um ponto de encontro.

Então, paramos lá com a mamãe para comprar algo, com o papai, e sempre aquela conversa boa, e por fim passava lá e apesar dos anos, a gente era reconhecido como o filho de Chico Raimundo. Como amava ser chamado. Hoje o tempo dissolveu as velhas memórias.

Me acho desconhecido em minha mesma cidade.

A parte isso!

Chagas foi um grande homem. Um homem muito inteligente, sábio, um excelente pai, um excelente marido que proveu a sua família na sua simplicidade. 

Quando penso em seu Chaga vem a mente um escorte, um chapéu de palha.

Dorme na eternidade! Dorme na eternidade.


Festa assustadora

 Indo deixar Sassá conversamos como será sua festa de aniversário.

Estava empolgado e disse que queria uma festa de Jurassic parque.

Depois viajou na imaginação. Disse que queria uma festa assustadora,

Sob a luz de velas. A scare fest.

Ri, tentando apimentar a história.

Falando que nesta festa só estariam eu, a mamãe e ele.

Ai, ele falou na minha festa quando for maior de seis anos.

Rimos.

Ele gosta de argumentar.

Ficamos certo.

Passagem

Velando um corpo,
Velas acesas exalam o cheiro da cera,
Velas acesas mostram a inconstância da chama.

A pira que dança,

Alumiando o que restou do ser,
Um nada.
O corpo que antes respirava,
Uma mente consciente e inconsciente existia.

Jaz natureza.

Aos amigos a despedida última,
Aos parentes a dor da separação.

O fim de uma relação existencial
E o início de uma relação essencial.

Apaga-se a vela,
Fecha-se a porta última.

A terra ou o túmulo encerrarão um corpo,
Mas não o ser, pois o ser é eterno.

E como coisas eternas,
Tem a intensidade de sua expressão.

A última pá de terra.

Sete dias depois o fincar da cruz.
Sete novenas, recomendações.

Assim eternizava-se um ser.

O ser não morre, se encanta.

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Terra natal

Meu corpo carrega a minha terra natal.
Ali primeiro chorei,
Vi a luz,
Senti os cheiros,
Senti as temperaturas.

Ali, mamãe me amamentou.
Ali, fui querido e amado.

Na minha terra natal,
Aprendi as primeiras coisas.

Descobri a vida.
Descobri a morte.

Ali sorri com mamãe,
Ali chorei com mamãe.

Ali vi parti meus avós,
Ali me despedi de meus pais.

E o tempo se passou.

Descobri a eternidade do espaço.

Descobri a brevidade do tempo.

Como um círculo,

Que se inicia e se fecha em pontos,

Vejo os pontos a fechar

Meu ciclo do existir.

E valorizo cada ponto.

E ponho no centro,

A fé que mamãe e papai me ensinou

A amar.

Carrego a fé em Jesus Crito,
Na Virgem Maria e em São José.

E tantos mais.

Na minha terra natal


Inspiração

 A eternidade está em cada momento vivido intensamente.

Eternidade é a ausência de tempo.

Se pudesse esticar o tempo eu contrairia-o só para abraçar e beijar o meu pai e a minha mãe. Eternos São os dias de suas partidas... São uma parte dolorida de minha vida prevista e vivida...

Amigo

 Esta semana, duas situações ou lugares me fizeram lembrar do meu primo e amigo Mazildo.

Primeiro foi o lugar e o dia, estava no shopping mangabeira e era sexta-feira. Sempre neste lugar e neste dia enviava fotos do ambiente. Meu primo era tímido, tinha uma doença que nunca descobriu a causa. Meu primo vivia em casa. Quando pequenos a gente se divertia andando nos matos caçando,  mas nem matava nada a gente gostava de ver o mundo silvestre. A gente foi crescendo e suas limitações físicas praticamente o impediram de anda.  Seu deslocamento se limitava ao espaço interno da casa.  Meu amigo, saia de casa para cortar o cabelo ou votar. Sua vida era acordar, tomar o café, limpar as gaiolas e ouvir rádio e ver televisão e por último usar o celular. Estava engordando demais e se cansava dentro de casa mesmo. Nunca reclamava. No dia mesmo que faleceu nos trocamos mensagens.

A segunda vez foi no sábado, estava no parque Arruda Câmara, lá encontrei seu Eduardo que cuida dos animais no parque. Estavamos conversando e eu prestava atenção no som das jandaias foi quando ouvi o periquito da caatinga, grasnou umas três vezes, daí, o bicho veio e pousou ao nosso lado. Aí lembrei e comentei que meu primo tinha um periquito que ele cuidava tão bem. Acordava o loro a noite, tirava o bicho do guarda roupa e dava comida para o bichinho.

E hoje na praia vendo as Maracanã voarem me lembrei novamente.

Setembro

 As noites setembrinas são lindas

Céu limpo e estrelado.

Canta na madrugada o sanhaçu de coqueiro.

Canta a patativa e o siriri.

Dias claros e iluminados.

Voam a grasnar

A ararinha Jandaia e a Maracanã.

Conta canta sem parar as ondas do mar na praia.

Suave lembrança

 Quando estava acabando o almoço, coloquei o feijão no prato. Percebi que tudo mudara. Antes o feijão era comido primeiro. Algo me fez recordar meu pai, Chico. Porque sempre que acabava de comer preparava a comida do cachorro. Ele colocava feijão com farinha misturava e sempre provava, mesmo já saciado. Provava e gostava, parecia convencer a seu inconsciente aqui comemos a mesma coisa. E para tornar mais agradável colocava óleo. Papai era um Francisco de coração.

Então terminei de comer e pensei.

A gente é feliz se achar que valeria a pena viver tudo novamente. Tive a sensação de que papai viveria tudo isso e com amor.

A minha sensação foi de estado de graça e plenitude eterna.

Graças por ter dado o melhor de mim para ser um bom filho. Graças por tentar ser o melhor pai.

Obrigado.

Estímulos.

 Ontem, brincamos de carrinhos.

No chão da sala os carrinhos praticamente voam.

Aprendemos muito sobre acidentes e sua relação com a velocidade.

Sassá adora pisar fundo, mesmo reclamando para não ir com tanta velocidade.

Depois, do banho, fomos para a cama, mas Sassá pegou a bola e foi jogar.

Jogou bastante, e o melhor com direito a narração. 

Eu narrei e ele narrou melhor que eu.

Depois fomos brincar com os carrinhos em meio as montanhas ou cobertas.

Ai eu apaguei e a mamãe continuou.

Sim.

Ele veio me mostrar todo orgulhoso os lindos desenhos que fez de manhã.

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Eterno

 Sassá foi a Bica.

Desta vez nem foi ao serpentário ou ver os patos.

Apesar disto se divertiu muito.

O que agarrou a atenção dele foi malu.

Malu é a onça pintada.

Ele amou vê-la mesmo que por um breve instante.

As coisas são assim.

Eternas e instantâneas

Pontes

A foto de meu amigo, sua irmã e sua tia me fez pensar essa frase. 

Somos apenas pontes, passagens para que a vida siga existindo.


sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Mudança de estação

 Fomos a Bica no sábado.

Percebi a mudança da estação.

O céu azul e o sol tinindo.

O cheiro das flores das estercúlias,

Folhas amarelando, amarelas e secas pelo chão.

Os gansos grasnando alto.

Amara a anta a sombra da mangueira.

A paca Luiza resolveu aparecer.

Um novo membro apareceu no recinto das aves, um papagaio de cabeça amarela que chamamos de Cláudio.

Minha conexão foi com a natureza

Com o fim do inverno e a chegada do verão.

Vimos Coré o jacaré de coroa na boca de lobo do riacho - livre -

Os jacarés de coroa e os cagados, parecem ter as chaves para entrar e sair dos recintos.

Vimos um cágado de mega cabeça no riacho ao lado do pulapula.


Fizemos a trilha, onde meu menino se desequilibrou e sujou o pé.


Mudança de estação.



Projeto

 Ontem, fomos assistir como foi o desenvolvimento do projeto maker na escola de Sassá.

Todos os coleguinhas se sentaram e ficaram atentamente ouvindo a professora expor os diferentes momentos do projeto.

Na sequência nós os pais fomos para a sala de aula deles.

Assistimos a exposição da história contada da corujinha Edivânia.

Uma coruginha que queria ser entregadora de cartas.

Após a exposição os alunos receberam uma folha e foram estimulados a escrever uma carta com letra cursiva.

Pensei! Com quatro anos os meninos já conhecem as letras e os números. Tem inúmeros recursos audiovisuais.

Entrei na escola com seis anos. O recurso era um quadro, um caderno, um lápis e uma borracha.

Adorei um dia que uma professora levou um livro e leu sobre a história de um rei.

Não tive livros infantis.

Os recursos eram muito escassos para os pobres da década de 80.

Continuam sendo escassos para quem não tem recursos, mas está muito melhor.

Sassá escreveu uma cartinha com o nome do primo e duas frases:

Te amo e estou com saudades.

Depois desenhou um sofreu.

A mãe dele se emocionou.

Sorri!

Compreendo a importância destes momentos na infância das crianças.

Cada dia é impar.

Estimular a imaginação de seu filho pode dar asas que o permitirá voar para longe.

Algo estimulou minha imaginação e voei.

Mas aqui quero falar sobre Sassá


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O que é tudo isso?

 Os salmos de Davi,

Provérbios de Salomão.

Gênesis e Êxodo!

Venho lendo estes livros!

Na verdade, muita coisa fica suspensa ao ler estes livros.

Que de início foi transmitido nas celebrações.

Ao que se sabe Jesus falava hebraico e aramaico.

São as línguas escolhidas para Deus se comunicar com o homem.

Achei interessante no gênesis a facilidade com que José aprendeu a falar a língua dos egípcios.

Ele, quando reencontra os seus irmãos entende eles, mas eles não o compreendem.

O "egípcio" seria algo como o espanhol é para o português?

Moisés falava egípcio, mas quem na verdade era sua primeira voz era Arão seu irmão...

Por ter dificuldade de falar, ele passou a pensar e escreveu muita coisa?

O que é tudo isso?

For grande

 Sassá é minha vida.

É divertido ouvir suas conversas.

Vou ter isso, ou aquilo ou aquilo quando crescer.

Tudo vai se resolver quando ele crescer.

Fico ouvindo suas ideias.

Fico contemplando ele.

Adoro sua companhia. 

Aprendo muito com ele.

As vezes, me perturbo pensando...

Então, Sassá veio e preencheu muito minha vida.

Adoro os momentos com ele.

Ontem antes de entrar na escola.

Parei o carro e ficamos conversando.

Ouvia ele falar sobre seus argumentos... 

De como vai ser quando for grande.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Em descrédito

Fui surpreendido com o argumento de Sassá. Ontem ele argumentou que eu só falava bobagem.

Posicionando melhor o assunto.

Ao sairmos da escola dele, passamos em frente ao cachorro-quente que ele adora.

Sempre após a missa levamos ele para comer lá.

Então, segunda-feira eu brinquei com ele, dizendo que quem come cachorro quente todos os dias virava cachorro.

Falei que o cachorro-quente tem uma proteína cachorrina que se comida todos os dias transforma a pessoa em cachorro.

Disse que só se podia comer cachorro quente uma vez por semana que ai a proteína cachorrina saia do corpo pela urina e fezes.

E interessantemente ele havia lembrado e perguntado a mãe se isso era verdade.

E ela explicou que não.

Então ele, chegou a conclusão que eu só falo besteira.

Quis dizer que eu não falo a verdade.

Ri e fiquei pensativo.

Que mudará?

 Integração social

Vi o desfile de sete de setembro.

Estava lindo!

Olhei para todo o desfile, mas primeiro olhei para o meu filho que desfilava.

Por um tempo foi o que dei mais atenção.

Depois o deixei ir e fui olhar para a beleza dos desfiles.

Vi, pessoas orgulhosas marchando.

Usando suas fantasias.

Vi cada um dos participantes felizes.

Vi os pelotões das escolas em diferentes linhas.

Ali estava o espírito da cidade.

Os jovens crianças, adolescentes e adultos.

Ali estavam desfilando.

Nos os adultos observando, pensando.

A gente divagava olhando, através da experiência, para o passado.

E comparando.

Os jovens por sua vez olhando para o futuro.

Um choque de ideias.

Um limiar que separa o presente do passado.

Vi na verdade uma certa indiferença de alguns grupos.

O lugar cresceu?

Enfim, voltando a ideia.

Saímos de uma escola que estudei por ultimo em serrinha

E passamos por aquela que estudei primeiro na ruinha.

Percebi que o pau-brasil ainda estava lá.

A escola é a mesma nem cresceu nem diminuiu.

Mas os professores, mas os alunos...

Eu vi a integração social na magia...

No peito dos nossos filhos.

Que deixaremos para os nossos filhos?

Prazeres

 Como engenho a todo vapor em setembro...

O caldo quente da cana sendo trabalhado,

E cristalizado em doces rapaduras para alegrar

nossas almas.


Assim estão as patativas a cantar.

Cantam ao despertar do sol,

Cantam ao meio dia,

Cantam ao cair do dia.


Há quem ame rapadura,

Há quem desconheça a rapadura.


Há quem ame o canto da patativa

Há quem desconheça.


Mas quem veio do sertão,

Quem viveu sem tecnologia.

Sabe apreciar

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Inga-porco florido

 Em agosto a mata floresceu imponentemente, de manhã e a tarde!

Os grandes Tachigali densiflora explodindo em flores,

Amarelo ouro, amarelo ouro...

A mata dourada...


Na mesma florada as Ocotea glomerata,

Tímidas também a florir...


Veio-me a impressão da beleza desta estação...

Que chove e faz sol constantemente.

Cotidiano amado

 Sassá desenha seres alados.

Uma das atividades que Sassá mais vem fazendo é desenhar.

Escolhe um tema de bichos e desenha.

Desenhou animais alados.

Esquilo, serpente, peixe, morcego.

O que é tudo isso?

Não sei. Imaginação, criação.

Mistura de traços e cores.

Representação.

A noite quis desenhar juntos. 

Trabalhamos em caranguejos.

Para onde vai a imaginação de meu garotinho.

Depois fomos para cama e ele foi fazer acrobacia de coisas perigosas.

Girando e fazendo cambalhotas e bundacanacha.

Ouvi disser, meus ouvidos estão ouvindo os aplausos...

Eterna memória

 Caju florindo,

Cigarras cantando,

O sol tinindo.

Sanhaçus alegrem,

Um canto de afiar,

O calor gostoso de setembro.

A felicidade do vigor humano.

Eternizado nas memórias.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A exposição

 Sassá na exposição agropecuária ficou encantado.

Andando nas baias quase desmantelava meu pesncoço

Com ele apontando, olhe este, olhe aquele,

E aquele, e aquele, e este...

Foi um passeio maravilhoso.

Vimos gado de várias raças...

Girolando, Sindi, Nelore, Guzerate...

Vimos pôneis.

Saímos de lá muito contente e Sassá faminto.

Encontro

 Meu peito está dividido!

Saudades de mamãe e de papai.

A presença de meu filho.

O limite entre ambos

É inefavelmente o tempo...

Só na imaginação poderemos sentarmos juntos...

Ser e existir...

O ser é eterno.

O existir é só um espaço de tempo.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Dança do amor

 Vi algo muito interessante,

E adoraria contar,

Meus amigos eu vi

Dois sabiás a dançar,


Enquanto dançava chirliava,

Um canto de sabiá!

Um era o macho e a outra fêmea,

Um fofo e um esgui.


Dança pra cá,

Dança pra lá,

Tão bela aquela coreografia,


Não deu pra parar de olhar.


Foi um tempão.

Sobe no galo,

Voa pro chão,


Ora no cajueiro,

Ora na cirigueleira,


Uma dança transcendental,


Até apareceu outro sabiá,


Mas nem se meteu,


Olhou e foi embora...

E a dança foi quase meia hora.


Como dança o sabiá,

E nem sabia que sabia 

Dançar um sabiá.

Individualidade

 A mata a despertar,

Verdes folhas acendendo,

Com a gloriosa luz solar,

De repente nem ouço,


Mas aconteceu acolá,

Um vôo rápido e suave 

Se acaba num pousar.

O que vem lá?


Um corpinho de sibite

Bico afilado e curvado,

O papo amarelo limão,

As costas cinzas,

E uma sobrancelha branca...


Adivinhe lá...

Uma patativa 

Começou a cantar 

Cantou para se alegrar,


Feito ventilador,

Girando da esquerda para a direita...

Por que cantar?


Animada canta muito e sem parar.


E de repente o silêncio.


A mata calada de novo.


Nem vi!

Mas sei que estava lá,

Mas sei que deixou de está


E agora o canto está longe!


Será ela ou outra?


O bolinho

 Sassá está esperto!

Estamos brincando com as palavras e as fomas.

Gostamos de brincar com rimas das palavras.

Pato rima com gato...

Lindo rima com findo...

Comprei um livro chamado quem comeu os bolinhos.

Já lemos várias vezes.

Ontem como estava disponível, peguei-o para ler, mas antes.

Exploramos as imagens na capa e contra-capa.

O que! um bolinho sapato.

O que! um bolinho sapo.

O que! um bolinho piranha!

O que! um bolinho gato.

E rimos, antes de ler nos divertimos com essa brincadeira.

Depois li, li outro...

E ai fomos brincar na cama.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Cerração em setembro - 2025

 No dia cinco de setembro de 2025,

Estava em Serrinha dos pintos e algo surpreendentemente aconteceu.

Eu nunca tinha visto.

Era uma sexta-feira.

Acordei e vi a maior cerração.

Sai para caminhar e tudo estava fechando de cerração.

A gente não conseguia ver a uma distância de 100 metros.

Foi surpreendente, e o mais surpreendente é que durou a manhã inteira.

Com respingo de chuva e cerração.

Foi um dia, mágico, incrível.

O dia todo foi fresco e nublado.

Passamos até o dia inteiro em casa.

Sassá

 Ontem, Sassá se ocupou de desenhar,

Fez lindos desenhos de animais selvagens.

Sassá ama animais.

Diz que vai ter todos quando crescer.

Desenhou um lince,

Um cão vermelho,

Um coala...

E uma paisagem associada ao bicho.

Um chão.

Uma árvore.

Admiro com amor sua gana de desenhar.

Mãe

 Uma música toca minha alma.

Ave maria!

Acende em minha mente

A saudade de minha eterna mãe.

Maezinha que me alimentou,

me amou...

Enquanto estivemos presentes,

Compartilhamos o maior sentimento.

O amor.

Mãe sinônimo de amor.

Eva, Maria, Francisca...

Três pedras

 Três pedras catei na estrada,

Santíssima trindade eu representei,

Pai, filho e espírito santo.

Sagrada família evoquei,

Jesus, Maria e José.

E rezei três pai nossos

E três ave marias.

Era granito ou quartzo.

Olhando para o espírito,

A fria pedra se aqueceu com meu calor.

Rocha infinita.

Três uma representação de completude.

Início, meio e fim.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Ave a cantar

 No alto da aroeira,

Uma ave a cantar!

Sozinha cantava,

Parecia contente!


Interessante pois essa ave vive em bando...


Parei e contemplei.


Mas me veio uma indagação.


Completa!


Por que cantar?

Pra que cantar?


Qual a vantagem!


Se estava sozinha...


Se o canto não é uma memória 

ou um texto...


Seria uma ave poeta?


Talvez não, mas era uma ave completa.


A gente chama a chama de papa-arroz,

Outros de chopim,

Outros de vira bosta...


E o que tudo isso importa.


Aquela ave completa,

Era uma pontinha dos mistérios divinos.

O angico

 Caminhando vi o espaço passar,

Vi pedras no chão,

Vi a vegetação sedenta,

Vi a imensidão do lugar...


Vi um angico gigante,

Nu, sem uma folha a avistar,

Totalmente armado com seus cones espinescentes,

Tamanho era sua majestade,


Parei para contemplar.

O sadio é belo por ser pleno.


Só ramos e tronco,

Eterno o angico 

Que um dia foi semente,

Um dia foi frágil...


Não tem passado, presente ou futuro.

Ele é!

E isso é tudo.

Desabrochar da manhã

 Na caatinga cinza,

A manhã a despertar,

Nos arbustos aves a cantar,

Na caatinga cinza,


O vento a assoviar

Entre tantos garranchos,

E as aves a imitar,


Galo de campina,

Sabiá,

Tico-tico,

Roxinó...


Parei para contemplar,

Na beirada do lajedo,

Vive uma aroeira,

Que cresceu tanto,

Tanto que de longe é avistada.


E foi ali o lugar

Que escolheu o carcará

Ver a manhã desabrochar...


No vai e vem da estrada,

No querer ir e voltar,

As pessoas nem percebem o lugar.


Caminhando achei tão velo,

O falcão a contemplar.

A manhã desabrochar.


Aroeira

 Setembro, mês que significa sete, mas é o mês nove.

Fui a minha terra natal,

Vi tudo tingido de dourado,

Vi tudo tingido de cinza...


Pedra branca, pó branco,

Pedra preta, pó branco.

E o vermelho num barranco...

Amarela poeira ao vento solto.


Do cinza árvores nuas,

Árvores plantando bananeira,

Para o sol, para o tempo.


Quem é esta?

Eram as aroeiras,

Floridas e chumbadas...


Suas flores ao vento,

Visitadas por abelhas,

E pelas aves felizes a cantar.


Aroeira...

Tu florida é tão sublime,

É tão bonita...


Sua copa aberta,

Sua altura esgalhada,

Convida as aves a cantar,


Ao raiar do dia,

Ao raiar da noite.

Fotografia

 Uma fotografia o que contém?

Memórias. Memórias. Memórias.

Memórias objetivas.

Memórias subjetivas.

Uma imagem do que é real.

Uma imagem do que é temporal.

Uma imagem com memória particular.

Memória do momento.

O que é se cristaliza.

Enquanto incessante muda.

Ser assim,

Ser ai.

A 10 anos num texto escrevi...

Uma frase...

Uma fotografia com memória subjetiva...

Com memória de experiência,

Com memória de um momento...

Captado por um olhar,

Desperto por uma percepção,

Processada em uma mente,

Objeto de uma consciência...

Pura abstração,

Pura virtualização.

Sete de setembro

 Uma tempestade tomou conta de minha mente na noite de domingo dia 8 de setembro. Adormeci e dormi até uma da madrugada. Até então relaxei, mas depois que acordei não consegui mais dormir. Estava na rede no local onde mamãe sempre dormia. Como era uma noite de lua cheia, uma réstia de luz branco pálido chegava ao sofá ao lado da rede. Despertei com tantas idéias. Ideias de eternizar aquele momento...

Foram tantas as emoções vividas em uma única tarde. Meu filho desfilando pela primeira vez. Coisa que nunca fiz, apesar de querer. Rever os velhos conhecidos, meus professores e colegas de estudo do ensino fundamental e essa linda juventude que desconheço. O ouro de Serrinha! Os filhos e netos de meus conhecidos. Tanta gente maravilhosas. Fantasiadas e cheias de orgulho no peito.

O corpo docente organizando os pelotões. As bandas dando energia e ritmo ao desfile. Faltou a corneta!

A percussão nos emociona.

Garotos e garotas vivendo um sonho que poderão realizar.

Fez lembrar até o lema da minha turma de ensino médio "O futuro é luz que se acende com o esforço de cada um".  um lema positivista...

Fui caminhando e vendo alguns professores idosos assistindo sentado. Meus professores todos aposentados. Quer dizer, mais de 30 anos que deixei as escolas de Serrinha.

Fui seguindo! marchando para meu filho ver e fazer direito.

Vesti o espírito de pai e esqueci o ridículo, todavia tenho a empatia dos pais.

Então sob a luz cálida e dourada que fazia cair a tarde... Pensei no tempo, pois o espaço é o mesmo.

Só o tempo separa a vida da morte, meus pais que antes ficavam em casa hoje dormem na eternidade.

A tarde caiu terna e sonora.

Cumprimenta um e outro. Uma parada para conversar minhas ideias. Ora agrada e da atenção, mas o povo quer ver beleza e não ouvir ideias. Esse desfile só corre um ano.

Entender que se faz parte do passado. Gente tem ânsia de ver o diferente e belo. Os nossos filhos, netos marchando. Uma multiplicidade de cores, de movimentos e de som.

A gente ri orgulhoso.

Chegando na praça! Todos lindamente posicionados. Algo me chamou atenção.

A rua Eugênio costa forma bons cerimonialistas.

Antes ao lado da igreja Chiquinho de Raimundo mora apresentava os pelotões e a difusora da igreja gritava para todo mundo a beleza dos pelotões e de nossos filhos.

Hoje, Danielle de Neném quem é a mestre Cerimônia! 

O povo de Serrinha se multiplicou tanto.

Para abrilhantar a festa a lua nasceu amarelo girassol.

Salve a pátria Brasil...

Voltei no tempo quando dona Livani e dona Lenita hasteavam a bandeira em frente a escolha.

E via os nossos pais e vizinhos tirarem o chapéu em respeito a pátria.

Saudoso sim.

Hoje tudo mudou e continuará mudando.

Enfim, não consegui mais dormir, as 3:30h o celular despertou e eu chamei minha mulher e meu filho e organizamos as coisas e voltamos para casa.

Com o tempo tudo isso parecerá apenas um sonho.

O que é sonho e realidade?

A gente decide?

Tempo atemporal

 Dei um mergulho no passado.

Fui rever o lugar onde cresci e vi que estava tudo mudado.

Não encontrei a abraço do papai,

Nem o beijo de mamãe.

A seca roendo a vegetação chega está cinzenta.


Mas a vida resiste e floresce nas aroeiras,

Nós cajueiros e mangueiras...


Torrada a terra poeirenta marca mais um ano de sequidão.


Mas a mim é só beleza.


A catingueira, o Juazeiro, o cumarú.


O cabeça vermelha, o cancão e o anum branco.


O sagui.


Emergi do mergulho.


Voltei feliz crendo que a vida não é um sonho.

Mercado

 Ontem ao sairmos da escola, fomos ao mercado.

Sassá pegou seu chocolate e seu rocambole.

Quando ele está interessado, toma de conta das coisas.

Sempre que levar suas coisas consigo no acento.


terça-feira, 9 de setembro de 2025

Meses do ano

 Meses do ano

1. Janeiro é o mês com um rio que separa o Rio Grande do Norte do Rio Grande do Sul.

2. Fevereiro é o mês onde são gerados os escorpioninos.

3. Março é o mês das águas.

4. Abril é o mês quatro embora seja o mês de abertura.

5. Maio é o mês das flores e da mais importante de todas sua mãe.

6. Junho é o mês de Campina Grande ser o centro do Brasil.

7. Julho é o mês das chuvas em João Pessoa. Economia de energia com o friozinho gostoso aqui.

8. Agosto é o mês que nos deixa maluco com o sol e a chuva disputando maior presença.

9. Setembro é o mês do sete, mas que se trata do mês nove.

10. Outubro é o mês do oito que segura a balança.

11. Novembro é o mês do nove que é representado pelo onze.

12. Dezembro é o mês do 10, mas é representado por 12.

Retorno da viagem de Sassá

 Ontem, retornamos para casa em João Pessoa.

Sassá acordou cedinho, mesmo atordoado, dando conta de coletar suas coisas e colocar no carro.

Seus aviõeszinhos que ganhou.

Ficou desperto por um bom tempo, depois dormiu muito até chegar na tapiocaria em Angicos.

Então, como estava faminto comeu uma tapioca inteira de carne de sol e banana.

Depois seguimos viagem.

Sempre atento a viagem viemos conversando muito.

Em determinado momento se pôs a desenhar.

Um galo gigante que vimos em Assu, um casco de peba, um tucuxi, um papa-vento, um teiú, uma preguiça, um carcará...

Paramos para ir no banheiro no mato.

Encontre uma rocha oval.

Chamei-a de eggrock.

Gostamos da palavra.

Chegamos em casa e nem percebemos.

Amor da flor e o morcego

 A semente do mussambé no baldo do açude deitou.

Quando a água secou ali germinou...

Cresceu molestada por percevejos,

Se vestiu de pelos glutinosos...


Bem lentamente sob o sol escaldante

Sob a noite enluarada, por vezes estrelada,

Crescia sem parar.

Seu corpo se dividia,

Suas células se reproduziam


O caule se ramificou,

Seus ramos armados e glutinosos,

Exalavam um cheiro de sertão.


Foi crescendo...

Crescendo...

Até que chegou o dia

Dia de floração...


Foi se desenvolvendo, se consgruindo,

Célula a célula,

Dai veio a inflorescência,

Dai veio o botão...

E numa tardizinha...


Como bicho que pare perante o sofrimento...


Uma flor desabrochou.

A primeira flor...


Flor de corola alva,

Quatro lindas pétalas unguiculadas,


Arrodeando o centro seis estames longos, finos e liláses suportavam as anteras.


No cento uma haste sustentava o singelo ovário


Com seus óvulos só esperando a fecundação...

A primeira flor foi abortada...


A segunda vez já não é surpresa...

Na inflorescência várias flores floriram...

Sempre a tardinha...



O cheiro se espalhou pela caatinga...

E para surpresa,

Naquela noite enluarada.


Uma visita aconteceu...


Um morcego veio e sem pousar,

Agradeceu e o néctar comeu...

Levou consigo o cheiro e um monte de polém, trouxe polém também.

E assim aconteceu.

Um amor no meio de sertão.


Tentativa

 Caminhando contemplava o amanhecer,

De dourado a cinza a vegetação se tingia,

Meu peito pulsava de tanta alegria,

A cada passo mais coisas a se ver...


Na vastidão do nascente o sol de luz tudo preenchia,

A salsa na beira da estrada suas estrelas desabrochava,

Rosa vivo, verde vivo...

Rodeada de sequidão...

O sol estrela grande


Alumiava e aquecia e tudo tostava,

Mas a salsa resistente,

Nem assim se entristecia,

Sua estrela ao mundo sorria.


Mirando o juazeiro e a aroeira,

Cheirava o aroma das flores de mangueira.

Resistente, no setembro que cresce para dormir em outubro.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

sete de setembro

 Sassá foi desfilar no sete de setembro.

Foi vestido de leão.

Estava todo empolgado, embora  não conhecesse nenhum coleguinha.

Eu estava emocionado, afinal meu filho desfilou nas ruas de Serrinha e eu nunca.

Estava radiante como o sol ao fim da tarde.

Os raios dourados do sol tornaram a roupa de Sassá ainda mais bela e dourada.

A mãe foi feito um satélite.

Desfilou o tempo o todo.

Até a concentração na praça de evento.

No fim fomos brindados com uma lua gigante e amarela.

Uma lua meio eclipsada.

Assim definiu Sassá

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Desenhar

 Sassá adora desenhar.

A mãe abre o computador e coloca imagens para ele desenhar.

Ontem, quando cheguei em casa, ele estava todo orgulhoso, pois havia acabado o caderno de desenho e estava desenhando nas folhas.

Quis desenhar bichos da Austrália. Então desenhou casuar, canguru, diabo da tasmanina, raposa vuadora, ornitorinco...

Estava todo feliz.

Mostrou os desenhos todo fofo.

Então fui deixar ele na escola.

Conversamos sobre a minha manhã.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Bogabens

 O silêncio do ser,

O existir refletido...

Manhã, tarde e noite,

Madrugada, aurora, crepúsculos...

Uma noite estrelada,

O mar...

E a pergunta fulcral

Quem sou eu?

O que sou eu?

Em que momento desperto para o meu ser?

O calor do afeto,

O frio da saudade...

A necessidade de Deus,

Que pode ser mais humano?

A razão.

Os pares de opostos

Bom ou mal,

Belo ou feio,

Justo e injusto...

Que horas desperto pra tudo isso.

É o começo do fim.

A inocência que é perdida ao despertar para a vida.

Ser um ser de relação.

Ser e existir...

Uma condição única a vida com razão.

Divagações

 A tarde nublada e ventilada cai suavemente.

No horizonte um navio passa lentamente.


As ondas vindo vindo vindo 

Alegram a alma.


Penso nas Maracanãs que sempre ouço aqui.


Ouço uma patativa, um bem-te-vi.


Vinícius alegre fala sozinho.


Tem quatro anos.


Zildo o homem dos guarda sol se foi.


Descansa depois de mais um sábado.


Uma barreira feira pela maré aqui está.


Areia quente e seca 

Anuncia o verão.


Quanta coisa boa.

30-08-25


Escrito em na praia de Cabo Branco, num lindo sábado.



Eu te amo

 Sassá acordou cedo!

Estava com muito frio, o ar estava gelado.

Então se levantou e foi me encontrar na cozinha.

Reclamou do frio. Levei-o ao banheiro para ele fazer xixi.

Depois voltou e começou a conversar.

Tanta coisa boa ele conversa.

Sobre bichos. Ele ama os bichos. Quer ter o mundo.

Risos.

Abraço, cheiro ele e peço a benção.

Enquanto tomava banho ele contava os seus planos.

Então após arrumado.

Ele me abraçou me beijou e disse que me amava.

E me fui.

Sentir o eu passado

 Algo em mim tenta falar comigo.

Como se meu eu do passado quisesse dizer algo ao presente.

As tardes sublimes de minha juventude já sentiam esse oco metafísico.

Nem imaginava este mundo que agora vivo.

Mas algo naquelas tardes no corredor de nossa casinha, apontava para isso.

Algo eterno ficou em mim.

Conceitos éticos, religiosos, além do físico.

Sinto como se aquele eu estivesse olhando para mim.

E espreito, como se pudesse olhar para ele naquele tempo...

Uma tarde, nunca cadeira, li alguns conceitos que deixaram muito em mim.

Ideias... a imortalidade de Platão.

A não violência de Gandhi.

Só sinto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Sábado

 Sábado fomos ao jardim botânico.

Fizemos a trilha pequena;

Engraçado que Sassá já reconheceu e perguntou porque vamos fazer a trilha pequena.

Queria ver bicho.

Vimos apenas dinoponera.

Ficou satisfeito.

Depois brincamos muito, fotografamos, vimos as abelhas.

Foi muito sossegado o fim de semana de Sassá.

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Eterno

Mamãe e papai
Como eu amo vocês.
Como gostaria de dizer isso pessoalmente.
Papai você me passou o bastão,
Estou fazendo tudo que posso para continuar caminhando.
Agora sou pai, então rezo para que possa viver até que meu filho possa seguir com o bastão.
Desde que o senhor se foi a coisa ficou mais séria.
Não tenho mais ninguém por mim a não ser Deus.
Coloquei um símbolo no peito e nunca tiro.
Uma letra hebraica no formato de T.
Rezo todos os dias a oração de São Francisco e a Salve Rainha.
A primeira eu, aprendi na Radio tapuia de Alexandria,
A segunda eu estou aprendendo, bem que mamãe tentou me ensinar,
No entanto só aprendi o pai nosso, a ave maria, o credo...
Como foram os nossos momentos juntos.
Foram momentos eternos.
O momento quando vivido tem poder de eternidade.

Porquê

 Prestei atenção a minha conversa com Sassá ao deixá-lo na escola.

E o tem foi a gata mel.

No nosso prédio tem um jardim.

Ali muitas vezes os gatos fazem suas necessidades.

Tem uns três gatos, mas uma é mais amigável e presente.

Tem o pelo preto e vermelho amarelado, e olhos melados.

Por isso, a denominamos mel.

Ela está sempre presente.

Bom ela costuma se esconder atrás de uma espada são jorge.

Ontem, cheguei e fui aguar as plantas.

Então deu um banho em mel.

Então quando desci e entrei no carro, contei do banho em mel.

Ele ficou encabulado no fato de mel gostar de se esconder.

Por que mel se esconde papai?

Pra não ser vista.

Por que mel se esconde papai?

Pra não ser aborrecida.

Por que mel se esconde, ali na espada de são jorge?

Porque é mais fresco.

Por que mel se esconde, ali na espada de são jorge?

...

Com esses porquês quase fizemos o trajeto todo.

Na rua paralela a escolha, onde tem uma oficina, vi um fusca vermelho.

Gritei um fusca vermelho.

Como sempre disse!

Vamos desenhá-lo.

Concordei, pois não adianta discordar.

À tarde quando fui pegá-lo havia mais um fusca vermelho agora dois.

Quase parei para fotografar,

Acabei me esquecendo de comentar com ele.



O sujeito e a chuva

 A chuva chovendo,

Tem diferentes faces,

A face de cada é subjetiva, peculiar de cada sujeito,

Agora chove!

É maravilhoso ouvir a chuva chovendo.

Molhando a mata, o chão, o telhado...

Sinto paz,

Quando estou em segurança.

Para mim, que vim de onde chove pouco.

Chuva é sinônimo de benção.

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O abraço

 Ontem, como sempre fui deixar Sassá na escola. Fomos conversando sobre como havia sido sua manhã. Falou que foi ao dentista, mas que foi rápido. Conversamos sobre o que eu havia feito. Enfim, fomos mais devagar. Sol quente do meio dia merece um ar ligado, janelas fechadas para não assanhar o cabelo de Sassá. Havia colocado sua blusa de frio, pois sua nova sala tem um ar agora. Cheguei, estacionei e como tinha pressa não estacionei como de costume. Foi mais apressado. Então quando chegou lá, dei um beijo e me despedi. Ele foi andando quando ganhou um abraço por trás de uma coleguinha. Foi engraçado, pois ele se sentiu desnorteado e feliz. Sem saber qual a direção. Depois sai correndo para a reunião.

Tríade divina

 Conhecer, amar e servir.

Igualdade

 O fogo aceso pelo rico ou pelo pobre tem a mesma chama, calor e luz.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Real e imaginário um espelho ou uma memória

A minha infância foi marcada pelo contato com a natureza. Nossa família contava sete, papai mamãe e nós cinco. Nós dependíamos muito da natureza para sobreviver. Dependíamos das chuvas para dar força e ânimo as plantas e estas compartilhar conosco seus recursos como folhas, flores, frutos e sementes. Elas se doavam aos nossos animais as duas vacas e um jumento. A gente dividia um pouco da nossa comida com um gato e um cachorro. A gente ainda do milho que tirava alimentava as galinhas que nos davam ovos e carne.
A nossa relação com as plantas eram muito íntimas. Algumas delas nos as amávamos tanto que lhes damos nome. Sim caros leitores. As pinheiras, as sirigueleiras, os coqueiros não eram tão especiais, apesar de essenciais... Sim quem são estas que estou me referindo? Aos cajueiros. Todos? Não.
Aqueles específicos. Tínhamos o bago de jaca, o abacaxi, o pimentinha e o da porca... Se enviar esse nome para meus irmãos, estes saberão do que me refiro e onde ficam. Saberão porque ganharam este nome.
Fácil de deduzir, bago de jaca por ter gosto de jaca; abacaxi por ter gosto de abacaxi; pimentinha por ser pequeno e muito doce e parecer uma pimenta, e do porco, pela amarga perca de um porco, nós colocamos o corpo da porca para os bichos comerem lá sob o cajueiro... No nosso sítio tinham muitos cajueiros, mas esses a gente lembra e conhece.
Um ente que virou um objeto... Um ser que existiu e nos deu significado a nossa vida monótona no sítio.
Como pode, por favor me explique. Um ser que existiu realmente e ainda permanece a existir no mundo transcendente... Estes entes maravilhosos existiram e adoçaram nossas vidas, eram referencias nossas no nosso sítio... Sumiram. É uma coisa só nossa. Dos meus pais que se foram, agora só nossa! São cinco pessoas que dão existência espiritual a esses cajueiros... Agora compartilho com todos para que saibam que existiram... Como o mundo é grande e pequeno ao mesmo tempo, particular e universal.
Parece uma invenção! mas é realidade.
Olhe ai.

Segurança

 Sassá está cada vez mais dinâmico. 

Ontem por acaso pulei na cama e ele viu meu pulo e adorou.

Praticou inúmeras vezes até fazer o melhor.

Adoro isso!

Uma criança repete inúmeras vezes a mesma ação.

Até achar que está bom.

Meu garotinho está nessa.

Gosta de repetir as atividades.

Será se é para se sentir seguro?


terça-feira, 26 de agosto de 2025

O infinito

 O lugar onde nasci.

Terra arenosa e poeirenta, 

Espelho da terra alvo e alaranjado...

Está lá, está lá, está lá.


Meus primeiros passos físicos, espirituais e mentais.


Uma longa caminhada em busca da sabedoria.


Essa busca nunca cessa.

Nunca cessa.


Voltei-me ao mundo.

Agora volto-me minha terra natal.


E não encontro nada.


Só o lugar que é e sempre foi um lugar.


Em mim, memórias.

Carrego uma face uma gama de histórias.


Carrego minha história.


Se volto lá.

Nada revivo.

Porque estou sempre vivendo.


Mas voltar aquele lugar me ajuda a 

Entender o que sou.


A perceber como me construi e como nada e duradouro...


Areia, barro, Jurema e caju.


E eu.

Momento

 Acordava com medo da vida,

Despertando a consciência de que o tempo passa e não tem retorno,

Pensava em papai e mamãe gozando sua velhice.

Sentia o maior medo de minha vida a perda deles.

Na rede fresca olhava o telhado velho amigo de infância.

Telhas, ripas, caibros e linhas tecidos e uniformes, mostrando a pluralidade da unidade.

Meus ouvidos revelavam a beleza daquele lugar e canto do sabiá fazia entender a beleza de viver isso no inverno,

No verão me despertava o galo de campina...

Os jegues emudeceram...

Os cambitos e caçoas morreram.

Sem a fecundação humana morre a cultura e sobra na natureza.

Sem nosso saber e nossa presença morre também o lugar.

Papai se foi a quase cinco anos e mamãe a quatro.

A casinha está viva

Com uma luz acesa de nome Francisca...


Sou bisneto, Neto e filho de Francisco.


Carrego um cordão de São Francisco no pescoço e um tao de santo Antônio no peito.

E a minha alma que não é franciscana precisa ser domada todo dia ao som a ave Maria peço perdão a Deus.

Meu dia chegará,

Por agora é rezar e cumprir a tarefa da vida.

Viver

Por ques

Essa semana vimos um powerpoint que organizei do primeiro dia de vida de Sassá.
Ele achou muito interessante o cordão umbilical.
Comentou bastante, querendo entender como era e o que era.
A fotografia permitiu ele ver exatamente instantes após o seu nascimento.
Cada vez mais ele vai compreendendo o mundo por via de conceitos.
Pergunta sempre o que é a palavra que ouviu.
E ai a gente tem que se virar para explicar...

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Penha

 Ontem fomos a procissão da capela de são Rafeal ao santuário da Penha.

Chegamos na igreja e a missa estava quase terminando.

Ficamos apenas na porta lateral.

Então Sassá perguntou por que não íamos entrar e sentar e assistir a missa.

Ai tentamos explicar para ele.

Ele parcialmente entendeu. Dissemos que íamos assistir a missa no santuário da Penha.

Assim fizemos, participamos da carreata e chegando lá assistimos a missa.

No fim da missa comprei uma blusa para ele da procissão da penha.

Ele já vestiu.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Travessura

 Ontem a noite Sassá fez a primeira travessura.

Estávamos jogando bola. E ele estava gostando muito do fato de está chutando bem.

Antes de mais nada chutando forte.

Sem senso de direção, mas chutando, aperfeiçoando os chutes.

Pois criamos um obstáculo para não entrar na cozinha, como a bola é grande não adiantava muito.

E como nossa cozinha é americana.

Uma bomba saiu do pé de Sassá e atingiu em cheio o vaso com o arranjo que quebrou.

E foi isso.

Ai foi o fim do jogo.

Fui dar banho nele.

Chorou pelo banho...

Daí, passou a mamãe fez pipoca e ele foi ler comendo pipoca.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Parabéns

 A vida avança e ganha sentidos.

Precisamos de objetivos um emprego, um objeto para comprar, morar só, ter melhores condições.

Bom isso até a gente ter filhos.

Com os filhos nossos valores pessoais mudam,

Assim, quando você nasceu a vida de nossos pais mudou muito...

Ama mais quanto mais filhos tem...

Há que saber dividir o amor.

E você foi a terceira que vingou e segurou em nossa casa.

Foi intensamente amada.

Quem tem mais de um filho ama de forma diferente.

Mas o amor é por igual.

Os valores são os mesmos.

Eu olho para o tempo e percebo como passou rápido.

Se olho para o esforço dos meus pais, concluo que valeu apena.

Estou aqui, e segurei o bastão quando quis ter filhos.

Amor incondicional.

Quem tem mais de um filho ama mais...

Amar é dividir...

Amar é se doar por inteiro.

Como chegamos aqui!

Basta olhar na nossa história,

A nossa história é a mesma dos nossos avós, nossos tios e nossos pais.

No final somos iguais, porque o que nos uniu e une é o amor.

E o cansaço venceu

 Ontem, Sassá e eu brincamos de carrinhos.

O carro dele era um carro com rabo de peixe vermelho.

O meu um moderno carro azul.

As rodas cantaram na sala.

Colocamos como obstáculos uma bola e uma chinela com uma embalagem de bolacha maria.

Vai e volta chegando a perder de vista.

Parou sob o sofá, sob a geladeira na cozinha.

Dai usei o cabo de vassoura na porta da cozinha para impedir que o carro parasse sob ageladeira.

Deu maior trabalho.

Depois à noite, após a escola, nossa brincadeira mudou...

Estava tão cansado e ele queria brincar de encontrar dinossauro no nosso livrinho.

Mas eu apaguei.


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Curupira

 Ontem na hora do almoço.

A mamãe pediu para ler a história do curupira.

Li primeiro uma versão bem interessante e longa.

Depois li uma versão bem curta da turma da Mônica.

O interesse de Sassá por histórias é intenso.

Ajuda muito o fato dos livros infantis serem muito ilustrados, pois facilita e viabiliza a imaginação.

Além do poder que tem a imagem de fixar o conceito.

Li, mas de uma vez.

A historia que envolver muito o cuidado com a natureza,

O entendimento que a natureza é o lar dos personagem.

A luta do bem e do mal.

As ideias sendo inseridas ai.

Não sei como foi, pois ele iria contar essa história na sala.

Deve ter sido bom.

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Entre, doces e cansaço

 Ontem, Sassá e eu brincamos muito.

Após chegar da escola, sem encheu de doce do aniversário de Lis.

E ai comeu muito pouco.

Dai, a mamãe falou basta. Ele moeu, moeu querendo mais, mas a mãe foi firme e ele esqueceu.

Estava na rede dai ele chamou para irmos para a cama.

Fomos, levamos o locutor e tirando.

Brincamos até de apresentação.

Então a mamãe, escovou os dentes dele e deu um banho.

Na volta, peguei vários livros entre eles o favorito no momento.

"Não estou desaparecido".

Li, li mais dois e quando percebi estava dormindo.

Quando sai para o trabalho estava na mesma posição.

Que sono maravilhoso.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Amor

 Um o amor,

Dois o amor ao próximo,

Três o amor paternal

Quatro o amor filial

Cinco o amor divino.

Passeio de sábado.

 Sábado, sai com Sassá para fazer umas fotos.

Ele me perguntou se emprestaria o celular para fotografar.

Afirmei que sim.

Saímos de carro.

Por que vamos de carro me perguntou?


Para ser mais rápido e é longe.

Para ficarmos protegidos da chuva perguntou.

Sim. Isso mesmo.


Na ida ao passar pela avenida do contorno vi uma iguana.

Mas resolvi que só iriamos ver na volta.

Fizemos as fotos.


Fizemos as fotos, fomos até o jardim, mas estava fechado.

Retornamos e no lugar já não vi a iguana,

Mas por sorte vimos no pé de jitaí que já fiz uma foto espetacular com sete preguiças,


pudemos ver uma linda mamãe com um filhote.

Ele quis fotografar.

Depois saímos em busca de mais coisas para fotografar.


E no retorno do carro na avenida do contorno.

Vimos outra preguiça numa Cecropia.

Então dali fomos ao mercado.


E ao chegarmos em casa, tomamos banho e fomos a peixada do amor.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Cadê o doce?

 Sassá o esperto,

Ao sair da escolha perguntou pela bala que eu havia encontrado.

Pensei que era o embaré de leite.

Disse está lá no carro.

Quando chegou no carro, dei o embaré para ele.

Então me disse, não é essa.

Cadê a bala?

Eu disse.

Ele falou não é essa.

Cadê a bala?

Respondi que era aquela.

Ai entendi que ele tinha percebido que eu havia encontrado uma bala.

Que ele se referia aquela...

Mas...


Comportado

 Sassá vai ganhar uma festa de aniversário de cinco anos. Merece! merece! merece! O tema é dinossauros. Então ontem ele já começou a fazer o...

Gogh

Gogh