segunda-feira, 30 de junho de 2025

Fim de semana de junho

 Esse fim de semana foi atípico para Sassá.

Sem Bica, sem praia...

Como precisamos ficar em casa para o concerto do ar. 

Então, tivemos que improvisar, desenhar, ficar em casa. 

Apesar disso, fomos a loja de Material de construção, ao restaurante pegar almoço e sábado a noite,

Fomos ao Mercado Mateus para compensar a falta de passeio.

Comemos, observamos os peixes e eu comprei camarão para Sassá.

Ele adorou!

Domingo mamãe não podia sair então ficamos em casa novamente. 

A mamãe tinha que fazer uma prova, então bom, fomos deixar ela na escola.

Na volta, passamos no atacado Brasil, onde compramos coisas muito legais.

A tarde, nos deitamos, ficamos de boas. 

Ai fomos a missa só nós. Não deu trabalho.

Na missa até explicou porque a mãe não pode ir.

Dormiu a cerimonia toda.

Depois fomos comer um dogão.

Como ele ama.

Comeu e fomos para casa...

Nem sei que horas foi dormir.


sexta-feira, 27 de junho de 2025

O são joão de Sassá

 No São Sassá viajou para a terra natal da família de seu pai em Serrinha dos Pinos, RN. Foi uma viagem excelente. Nesta viagem, o pai dele e ele fizeram várias coisas boas juntos. Andaram no mato, viram raposas, alma de gato, anum preto, anum coroca, anum branco, martim-pescador, socó-boi, carneiros, jumento, porco, bois...

Fizeram a fogueira juntos, soltaram bombinhas, comeram pamonha...

Sentimentos

 Uma frase me afeta e me faz pensar.

Uma sensação me afeta menos, mas também me faz pensar.

Tudo depende da intensidade, da entonação e da forma como foi percebida.

Ler Pessoa, o poeta, pode ser profundamente afetado,

Mas necessita saber ler,

Sensibilidade.

Ver uma tela de Gogh pode ser muito mais impactante.

Todavia acho que o que mais nos afeta são nossos sentimentos

Que se alinhado com uma realidade

Pode ser sentido como verdade.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Consciência

 A tarde caiu na fria noite,

Caiu encarnada,

Tal qual a luz da lenha na parede de barro cru.

Expressando o belo segundo crepúsculo.

A chuva ora caia, ora sumia.

As paredes úmidas, 

O piso gelado

Faz a gente pensar nessa existência bruta.

Faz a gente pensar nos eventos recentes,

Nos eventos distantes...

O tempo ora contraindo, ora dilatando em nossa mente,

Os nossos sentimentos ora aquecendo, ora esfriando...

Tentando entender a fragilidade da existência...

O vigor infantil, a sabedoria senil,

Tempo por vir,

Tempo ido...

Tanta coisa tramando nossa consciência...

Constituindo quem somos,

Quem queremos ser,

Quem fomos...


E o que mais

 errinha dos Pintos, 24.6.25.

Ontem, trabalhamos na contratação da fogueira, Vinícius e eu.  Selecionamos as madeiras de cajaraneira, coco catolé, feijão bravo, Pinheira, timbaúva, angico. Fizemos uma bela fogueira. Depois passamos o dia todo em casa. A noite acendemos a fogueira, soltamos bombinhas e fogos. Comemos bolo e pamonha.

Fogueira

 Hoje é noite de São João. O ano é 2025. O lugar é Serrinha dos Pintos. Meu nome é Rubens Queiroz.

Aqui, tantas vezes, ajudei meu pai a fazer a fogueira para a noite de São João. A gente saia pelo sítio para procurar madeira. Achavamos madeira de cajueiro, cajarana, e fazíamos aquela fogueira. Era bom trabalharmos juntos.

Sentimento

 Sinto amor por tudo aqui na minha terra natal. 

Do nascer ao pôr do sol meu peito se enche de alegria tão fàcil e rapidamente.

Aqui sou eterno.

Aqui sei quem sou num instante.

A natureza fez morada no meu peito.

Eu entendo a vida rapidamente aqui.

Aqui dormem Queiroz e Teixeira...

Aqui durmo plenamente.

Aqui sinto que sou mais forte.

Ontem mesmo fui com meu filho num lugar que há décadas não pisava o chão,

Mesmo assim tudo me é familiar,

Porque tudo habita em meu peito.

As matas de marmeleiro e juremas.


Sim! Aqui nem preciso pensar.

Tudo é sentimento.

Amo tudo e tudo se faz eterno.

As vacas serão sempre caretas, os cães dogues...


Fui a casa de vovó Chico me senti bem.


Os poucos que me restam e os que existem me apego ligeiro....

Porque sei que somos só um, apesar de sermos muitos.

O que?

 Em algum lugar de Serrinha dos Pintos, um jovem passa a tarde quente e ensolarada. Após uma manhã perfeita, pois cumpriu todo o seu dever com sucesso. Almoçou e a tarde caiu curta, pois são muitos os propósitos de sua mente, aprender inglês, matemática, literatura, português, química, física e Biologia. O jovem rapaz ver um pouco de tudo com pressa. Sua pressa tem um motivo que é passar no vestibular. Certo dia ele se depara com um livro de Gandhi. Podia ter se encantado com a bíblia ou simplesmente dormido a tarde inteira.

Ele queria tudo, mas tudo é demais.

Assim tarde após tarde, ano após ano, conseguiu passar no vestibular. E um dia foi embora.

Novos mundos foram descobertos... E ele percebeu a impossibilidade de se conquistar o mundo.

Existência

 A gente está sempre mudando a medida que estamos aprendendo. 


Fui na lada do biscoito terei um ficou 18.


Andando no sítio de papai estou num lugar onde vivi tantas coisas maravilhosas,

Tantos desesperos existenciais.

Concha

 Andando no mato com meu filho, encontrei uma concha de caracol.

Estava parcialmente enterrada, tinha a cor de leite. Na concha um desenho de uma espiral. Então voei na imaginação. Em que parte desta espiral me encontro?

Não tão ignorante nem tão iluminado.

Onde estou e o que é a suficiência?

Tempo

 É no tempo que ocorrem os fatos. Ontem, hoje e amanhã.

E é em sua espiral que vão se imbricando e se desenovelando.

Se imbricando no passado se desenovelando no futuro.

O espaço é eterno.

Nos seres casuais tecemos nossa existência no tempo e no espaço.

E isso é apenas um pensamento.

Junho/2025

 19 de junho de 2025

Estou em Serrinha na casa que pertenceu aos meus pais. Neste momento sento uma cadeira de plástico que mamãe comprou.  Estou sentado na frente da casa. À tarde é o melhor lugar para ficar por fazer oposição ao sol e assim é o lugar mais fresco. Além disso, a frente fica voltada para a estrada. Aqui sentamos tantas vezes neste horário. Aqui pensei tanto na vida. Antes havia apenas sítio, mas agora tem casa e ponto comercial. Agora tem um pé antigo de mais de 40 anos de açucena, uma soca de coqueiro, um pé de araçá, um pé de Jasmim, uma espada de são Jorge, um cumarú. 

Aqui vivi tanta coisa. A vovó sinhá morou conosco depois que vovó se foi. Festejamos o casamento de Begue 😌, e nossos aniversários meu, de Rosângela, Meire, Li, e Roberto. E de papai Chico e mamãe Didi.

Estudei para o vestibular, comemorei a aprovação. Plantamos no inverno, colhemos no verão. Vários anos passamos aqui. Dormi tantas vezes nesses quartos.

Eu me fiz aqui.

Andei perdido aqui.

Somos apenas consciência...

Tudo deveio e não restou nada. 

Agora tento me resignificar.

Minha mulher e meus filhos estão me ajudando.

É isso

Memórias

 O meu passado vez por outro é sentido.

Alguma sensação repetida faz acessar minhas memórias mais pretéritas e de alguma forma reafirmamos esta memória quando expressamos.

Hoje mesmo recontei não sei quantas vezes, mas já o fiz várias vezes. Que tinha medo de flores de Jasmim pela forma da flor? Pelo odor liberado. Na minha cidade usava flores de Jasmim para enfeitar os mortos.

Minha primeira experiência foi algo muito intenso. E não entendia aquele monte momento. Muita emoção, muito choro, muita dor. Uma  exploração de sentimentos.

Tudo isso ficou gravado na flor do Jasmim. Desconstruir, mas nunca me esqueci.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Explosão de Felicidade

 Sassá convidou Pedro seu amiguinho para vir lá em casa. Pedro é irmão de Júlia que quis vir também. A mamãe foi buscar eles, como o papai se atrasou, seu Zé avó de Ravi deu carona. Quando chegaram lá em casa. Ravi quis ficar também e ficou. Foi a maior festa. Nunca vi tanto menino junto. Pula pra cá. Pula pra lá. Foi a maior alegria que durou tão pouco. Logo as mamães vieram buscar os meninos. Logo Sassá foi dormir. Jantou, mamou e dormiu. Tava numa reunião e nem brincamos. Assim foi.

Silêncio

 O silêncio preencheu a minha mente

Não era ausência de som,

Mas ausência de pensamentos 

Não era presença de memória.

Era o aqui e a gora

O ser e existir em mim.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Pantufas

Fim de semana passei todo com Sassá!

Ficamos em casa e nos divertimos muito brincando com duas pantufas monstrengas.

Desenhamos e brincamos muito.


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Hoje

 Hoje acordei,

Vi o sol nascer,
Senti a brisa,
Vi as cores no grande firmamento e nas pequenas flores.

Vi crianças brincar e homens a trabalhar.

Almocei com minha mulher e meu filho,
Ganhei um presente, daquele que dei ontem.
Pensei, conversar e aprendi.
Agora posso sorrir novamente.
Perceber o dia a passar,
Esperando a noite chegar.

Hoje tive oportunidade de ler por prazer e pra me informar.

Hoje vivi.

Com amor

 Sassá vai para a escola e adora ir perfumado.

Ele aprendeu na escola a ser abraçado pela professora, pela coordenadora e pelos amigos.

Ele aprendeu e gostou de ouvir que está cheiroso. Então comprei uma porção azul da coragem.

Ele usa todos os dias antes de ir para a escola. Gosto de pentear o cabelo dele. Acho que ele aprendeu também, mas ele gosta de cabelo grande e dá trabalho.

Ontem comprei uma porção amarela da amizade. Ele amou.

Na verdade, fui comprar uma lembrança para a mamãe dele, mas adivinhe.

Ele acabou ganhando também.

Pai e mãe é bicho besta.

Nem lembro mais quando comprei algo para mim.

Coisa de vaidade já era.

Agora é Sassá.

Ah. precisa comprar uma chinela.

Fazemos com amor.

Maracanã e o jambo

 Ontem, quinta a manhã estava linda fresca e de céu azul.

Preparando o café ouvia as ararinhas maracanãs vocalizando.

Elas veem sempre aos pés de jambo que tem tem na rua da frente e da frente do lado.

Ao sair para o trabalho, vi duas lindas. Lá no olho do pé de jambo.

Elas gritavam. Ai olhei no pé de jambo e só consegui ver o casal por causa da máscara branca que elas tem.

Suponho que fosse um casal. Quase imperceptível entre as folhas do jambeiro.

Pensei, nessa parceria, nessa relação da maracanã legitimamente brasileira com o jambo legitimamente indiano.

Quando chegou aqui e por onde chegou?

Com certeza pelo mar.

No sudeste ou no nordeste?

Hoje é uma planta tão comum. Aqui era abundante nas casas, mas aos poucos as casas estão virando prédio e os jambeiros estão com os dias contados nas ruas. Principalmente aqui nos bancários...

Essa bela relação unilateral do jambo com a maracanã.

Será se irá durar?

Um dia um casal conheceu um pé de jambo que estava repleto de frutos. Pousou e comeu até ficar de papo cheio. Foi embora, mas aprendeu onde ficava aquele pé. Então na outra estação teve filhotes e trouxe os filhotes e esses ficaram adultos e tiveram filhotes... E essa relação se estenderá até quando?

Enquanto não cortarem o pé de jambo...

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Na natação

 Que interessante!

Sassá perdeu o medo de nadar com a mamãe.

Comigo não dava certo.

Estou muito feliz por ele ter superado o medo.

Que ele avança na aprendizagem.

Excelente.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Memória afetiva

 O meu passado vez por outro é sentido.

Alguma sensação repetida nos faz acessar nossas memórias mais pretéritas e de alguma forma reafirmamos esta memória quando expressamos.

Hoje, terça-feira de junho, mesmo recontei não sei quantas vezes, mas já o fiz várias vezes. Que tinha medo de flores de Jasmim manga pela forma da flor? Nada disso, sim pelo odor e liberado e pela cor. Na minha cidade usava flores de Jasmim para enfeitar os mortos.

Minha primeira experiência foi algo muito intenso. E não entendia aquele monte momento. Muita emoção, muito choro, muita dor. Uma  exploração de sentimentos.

Tudo isso ficou gravado na flor do Jasmim. Desconstruir, mas nunca me esqueci.

Superar

 Ontem, terça, a mãe de Sassá o levou a natação.

Ela falou com o professor e ele conseguiu fazer as atividades.

Fiquei feliz.

Agora acho que ele superará.

Isso me fez pensar sobre segurança.

É preciso está seguro do que se vai fazer e por trás de tudo isso tem alguém que passa essa segurança.

A mãe tem um laço muito mais intenso e cordial com o filho.

Com paciência se consegue ultrapassar e vencer certos sentimentos adquiridos.

Estou feliz.

terça-feira, 10 de junho de 2025

No médico

 Sassá gripou!

Garganta, pulmão...

Não perdeu a energia.

Noites mal dormidas,

Calor...

Foi ao médico duas vezes,

Na primeira nada,

Na segunda, sucesso! 

Vários remédios.

Ganhou um pirulito,

Ganhou uma cochinha.

Coletou uma flor de resendá para a mamãe.

Chegou em casa feliz.

Descemos para deixar o lixo,

Aguamos as plantas e fomos dar uma caminhadinha na beira da mata.

Que bichos tem aqui.

Mosquito... sim começaram a devorar suas pernas.

Falei os que sabia.

Voltamos correndo para casa.

Tomamos banho e jantamos.

Melo da chuva

 Está chovendo,

Se ouve o gotejar de pingos que se abraçam e se soltam

Se unem as folhas e se desprendem

Caindo no sobre a terra úmida e fria.

Está chovendo.

A chuva chovendo bem lentamente.

Um gavião vocaliza na mata

É um carijó.

Essa mata atlântica...

Essa semana de chuva.

Essa cidade pacata.

Me fazem sentir bem.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Fim de semana

 Sassá, passou o fim de semana comigo em casa. Nada de emoções. Estamos gripados. Só saímos para ir a missa.

Sábado nós fomos a bica e vimos nove novos gansos e uma traíra.

Foi maravilhoso.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Parque das Dunas de Natal

 Lá em Natal, Sassá fecha sua visita indo ao Bosque dos namorados. Esta visita significa muito para o pai de Sassá já que ir ali foi sempre um motivo de descoberta e aprendizagem. Um espaço de vegetais naturalmente estruturado. Entra boquiaberto com as plantas ali presentes, guabiroba, gameleira, copiúba, guoiti, guati, cumichá, jatobá, catolé, paubrasil, pau-ferro, ipê, peroba, jitai... A floresta, a serrapilheira. Os monumentos... Para além disto, havia uma exposição científica. Isso mesmo, um museu itinerante da UFRN. Ali vimos, as cinco das sete espécies de tartarugas marinhas, targaruga verde, olhiva, cabeçuda, pente, tartaruga de couro. Vimos crânios, modelos, cascos, ovos e o problema dos lixos nos mares. Brincamos nos vários brinquedos do parque e ainda fomos numa pequena exposição dali.

Ainda fizemos uma trilha sensorial.

Foi isso. Ficou vontade de voltar mais vezes.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

Frases

" Toda palavra pressupõe uma experiência compartilhada" Borges

Aquário de natal

 No segundo dia em Natal, Sassá foi ao Aquário pela terceira vez. A senha está cara por 55 reais, entretanto vale o sacrifício. Então entramos ao grande recinto com vários peixes. Vimos baiacus uns três, inclusive tem um amazônico de água doce. Vimos várias variedades de peixe palhaço. O faca de palhaço, os ciclídeos africanos, o poraquê ou peixe elétrico ou Eletrophorus eletrans, as tartarugas orelha vermelha e muçuá. No grande aquário estava o pirarara, pirarucu e tanbaqui. Havia uns quatro exemplares de acará disco. Um aruanã. Um aquário de neons. Um aquário com peixe oscar amarelo. Um aquário com cavalos marinhos. U aquário com paru jovem. Um aquário com tucunaré, cari. Un aquário com cirurgião patela.

Noutra ala vimos jacaré de papo amarelo, jacaré de coroa.

As aves vistas foram Arara vermelha, arara canindé, papagaio, gavião pé de serra, avestruz, fragata, pinguins.

Mamíferos foram lobo guará, cachorro do mato, macaco prego, macaco bugio, macaco aranha.

Tinha até uma sereia.

Bom terminado o passeio passamos na lojinha e trouxemos o terceiro animal.

Na primeira viagem trouxemos manuel a arara vermelha.

Na segunda viagem trouxema caré o jacaré

E nesta trouxemos lentinho o jabuti.

Foi isso.


terça-feira, 3 de junho de 2025

Museu Câmara Cascudo

 Sassá viajou para Natal e foram inúmeras as novidades vou falar de cada uma.

Primeiro, fomos ao museu Câmara Cascudo. Chegamos lá e entramos, para nossa surpresa era grátis. Vimos várias exposições. A primeira foi sobre aves, onde havia cartazes, animais taxidermizados e vídeos.

Na segunda era uma experiência cinestésica onde numa sala havia a simulação do interior de um lago.

A terceira foi uma coleção de fósseis.

A quarta ao subirmos a escada tinha um espaço de anatomia comparada onde havia esqueletos de diversos mamíferos. Amamos.

A quarta era uma sala de pegadas e cenas.

A sexta a coleção da artista Luzia Medeiros que esculpia em madeira de Commiphora leptophloes imburana de cambão, cenas do cotidiano nordestino.

E por último a sala com várias coleções indíginas.

Saímos lá morrendo de fome e fomos almoçar na UFRN.

Sassá amou.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Divagação kantiana

 Se só temos o aqui e o agora. Espaço e tempo. Todo instante pode ser o último, seja manhã, tarde ou noite. Que certeza temos do instante seguinte? Ver o mundo, sentir o mundo, cheirar o mundo, tocar o mundo! São ações que nos permite percebê-lo e conhecê-lo de alguma forma. 

Conhecimento é consciência?

A consciência apresenta três figuras que são certeza sensível, percepção e entendimento.

Na certeza sensível o ser já é objeto?

Não seria apenas um ente?

Em seguida surge a percepção no reconhecimento das partes.

Por último o entendimento...

Na certeza sensível o ser é o ser.

Na percepção o ser é o ser incompleto. Aqui temos um universal condicionado pelos sentidos. As partes são convertidas em signos. Então surge o universal incondicionado na chegada da razão.

Tudo isso no espaço e tempo.

Ser assim - essência 

Ser aí - existência 

Solução

 Sassá continua com medo de nadar.

Não sei como poderei ajudá-lo.

Hoje, quinta-feira, fomos para a piscina caminhando.

Foi levando ele nos braços até a praça do trilho.

Depois desenrolou. Chegamos lá e brincamos bastante.

Usamos os legos para fazer piratas de uma perna só. Senhorita Andorinha participou de nossa brincadeira.

Ela viu um universo todo de pirata então sabiamente falou.

Que tal adicionarmos um mocinho para salvar o dia!

Depois perguntou se não poderíamos adicionar uma arca...

Foi bem interessante. Falei ainda do mostro de muitos olhos.

Acho que o mostro foi um angrybird que destruiu os nossos piratas.

Tudo bem.

Acabou o horário da brincadeira e fomos para a piscina. Digo ele.


quarta-feira, 28 de maio de 2025

Pensamento

 O pensamento passa a existir por meio da palavra. Vigoski

Pensamento é a ideia em movimento.

Ideia dizia Hegel é a soma do real com seu universal. 

Em si e para si.

Em si - essência.

Então, o universal é um conceito, uma representação

Cabelos brancos

 Ontem, Sassá e eu estávamos desenhando. Desenhamos sobre a mesa ou sobre chão, mas era na mesmo.

Então Sassá viu que minha barba não estava feita e ele percebeu cabelos brancos na barba e na cabeça. Eram poucos, mas ele viu. Sabe que quem tem cabelos brancos são os idosos. Então ele perguntou por que tinha cabelos brancos. Respondi que era porque tinha aparecido. Parou e pensou, nem imagino o que. Todavia, pensei no tempo... no tempo que temos. Pensei em gastar o meu tempo fazendo coisas boas com ele e para ele. Tirar o foco de mim. Desenhávamos pássaros.  

terça-feira, 27 de maio de 2025

Dia de encarar os medos

 Hoje, fui para a natação com Sassá. Ele não superou o medo de afundar, mas a vontade de nadar é muito grande. Sim seu esforço é enorme, dentre os meninos ao seu lado foi o que mais praticou exercício de respiração, praticou sozinho na prancha. Diversas vezes. Seu esforço será recompensado. Basta ter calma e paciência. Também na leitura, vai indo muito bem. Inventamos um exercício de ditado. Ele dita a palavra e eu escrevo. Ontem, pegamos um livro sobre animais do fundo do mar e praticamos muito. Hoje praticamos com o livro de fazenda. Sassá é muito aplicado. Ah. já ia me esquecendo. Quando sai da natação, perguntei se ele queria ir comigo ao posto de saúde, eu precisava tomar duas vacinas. Ele disse que sim. Fomos. Então, ele estava temeroso, mas foi. Dai entramos no posto. Pedimos uma informação e fomos atendido. Depois passamos pela triagem. E ficamos aguardando a nossa vez. Até lá identificamos as formas num pôster de homem aranha, quatro formas: triangulo, circulo, losango e quadrado. Num outro pôster as princesas da disney. E ai nos chamaram. Ele estava com dor de mim. Então tentei disfarçar, e não consegui, estava com muito medo. Dai ele ficou firme. Dai, a mulher disse para ele segurar minha mão. Ele segurou. Tomei as duas vacinas e ficamos bem... Ao irmos ao banheiro falei para ele que era bom encarar nossos medos. Foi maravilhoso sua companhia. 


segunda-feira, 26 de maio de 2025

Bica 1001 vezes

 Sassá foi a Bica desta vez, observamos as aves de rapina. O curucuturi estava mais perto deu para ver o quanto é grande. Chamou atenção uma menina fazendo anotações para provavelmente um trabalho da escola. Sassá preferiu olhar o carijó todo molhado, depois os gaviões pés de serra. Depois vimos a cutia pelo de fogo. Os patos reais, cinco patos quak quak, duas delas de rabo pro alto e cabeça no fundo do laguinho, forrageando. Vimos a marrequinha marinez, muito bem lembrado por Sassá e foi correndo queria ver de perto novamente ligeirinho o cágado de barbicha esfomeado, comeu uma banana que colocamos quase todo. Vi de relance o cágado CRIPTUS, só anda no fundo do lago, a mamãe e Sassá quiseram ver, mas nada. Ai fomos ver as araras que estavam numa barulheira só, por causa de seu Eduardo o zookeeper que estava limpando o recinto. Fomos as serpentes, aos emus, aos jacarés que nem tchum para nós. Depois gastamos um tempo vendo os tratadores capturarem os bugios que vão para a quarentena. Ah, no lago dos peixes na ilha dos macacos são seis macacos pregos curiosos e isolados ali. Depois vimos a leoa Doroti com seus cílios lindos repetiam as mulheres que ali chegavam. E foi assim nosso dia na bica.

Memórias

 A memória eterniza o tempo.

Acordei desejando, só se deseja o que se imagina ou se vive, comer aquela tapioca que mamãe fazia só com nata. O amor que  ela colocava em não resistir e fazê-la com carinho. Aquela tapioca branca e amarelada com a gordura da nata. Aquele café quente com leite morno da vaca careta. Aquela voz terna, aquela casa amarela. Papai tirando mamãe de tempo nos fazendo rir e irritando-a.

O sol esquentando a areia quente a burra amarrada na Pinheira e tio Aldo bradando suas conversas bonitas. O fogão de lenha com o fogo dançando, as galinhas no terreiro passando. Nós assanhados, ouvindo atentos a conversa gostosa. Mastigando e salivando a tapioca deliciosa, com nata salgada, salgadinha, ouvindo tio Aldo contar histórias que não lembro mais. Um gole de café com leite nos despertando. Alma feliz e cheia de esperança de que tudo ia melhorar. Outro dia, era tio João, outro dia tio Itamar, outro dia no fusquinha tio Dedé e até Zé Vieira aparecia.

Assim foi! E não é mais. Tudo só acontece uma vez e por isso é raro e por isso é valioso. Cada um com sua história.

Ah uma tapioca com nata e café com leite da vaca careta.

Tempo é eterno

O tempo é eternizado numa memória, numa fotografia. Ao vivermos compartilhamos nossas vidas, os momentos. Fechei os olhos para ouvir uma canção antiga e encontrar alguma memória boa ou ruim.

Voltar no tempo.

Vigoski na mente

 O tempo, o espaço e meus afetos.

A cada instante menos tempo. Tudo que se desvela e se imprime em fatos por via da percepção, da linguagem, do pensamento e da memória deixa algo em mim. Coisas que me impressionam como a cor azul, amarelo e vermelho, o dia e a noite, o sabor doce e salgado, o canto das aves, arranjos musicais de piano, arranjo de flores, um poema. 

Borges, Platão, Kant... Como não ser infiel ao dar preferência a alguma categoria.

Hábitos

Sábado é um dia sagrado. Desenvolvi novos hábitos. Acordo, faço um café, e leio ou ouço alguma palestra de Borges. Palestras ministradas entre os anos 70 e 85 quando concebeu sua última palestra.

Uma das que mais ouvi foi sobre as mil e uma noite. Onde discorre sobre as muitas histórias daquela obra. Tenho uma empatia e entendo ou creio entender que não me canso de ouvir uma, duas, três ou inúmeras vezes.

Não sei quando ou se vou parar. Sei que minha alma fica plena de felicidade. Por que nem imagino.

O amanhã sempre chega e por isso envelhecemos.

Florzinha

 Florzinha chegou aqui apenas um ramo. A mamãe plantou-a num vaso duma rosa do deserto. Ela enraizou e cresceu. Tinha muitas folhas, com o tempo floresceu. Então um certo dia veio o primeiro beija-flor, depois o segundo e nunca mais parou de ganhar visitas e beijos do beija-flor.

Hoje arranjei um nome.

Florzinha


Nota. Florzinha é uma Euphorbia popularmente conhecida como sapatinho de judeu.

Tecnicamente não é uma flor que ela produz, mas várias flores.


sexta-feira, 23 de maio de 2025

Sexta-feira

Hojé é sexta-feira, Sassá acordou mais cedo que ontem. Então decidi levar ele na feira da UFPB. Ele se arrumou e eu me arrumei. Descemos, entramos no carro e fomos. No carro ouvíamos a nossa trilha sonora de música infantil em inglês. Chegamos no estacionamento da Etidora ufpb e ao estacionar o carro vi que tinha um urubu-de-cabeça vermelha numa antena. Paramos para observar. Sassá perguntou qual era a cor do bico, respondi que era vermelho. Depois fomos para a feirinha que agora fica no centro de vivências. Antes de chegar lá vi uma embauba, então paramos para observar e vimos uma preguiça lá. Sassá percebeu ela se coçando. Dai seguimos, pedi uma tapica com um suco de acerola. Ele comeu ouvindo minha conversa com um psicólogo. Conversa ótima, mas para ele muito aborrecida. Então compramos limões e bananas. Fomos ao Departamento de Sistemática e Ecologia onde trabalho. Vimos uma lagarta onde paramos o carro. Fomos tomar um café com  os amigos e conversar. Dai de lá vimos o crânio de uma baleia, as plântulas de jucá, de pera, a coluna da baleia. Viemos embora. Em casa desenhamos o urubu, a preguiça e assistimos Ice age 4.

Foi ótimo. 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Medo

Levei Sassá a natação hoje. Ele desenvolveu uma grande fobia a piscina. Medo de afogar o tempo todo. Como contornar isso? Estou de férias e os dois dias ele acordou muito cedo. E haja energia. Vamos ver como resolver esse medo. Com paciência. 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Tempo

 O tempo passa e engole tudo.

Que seria do tempo sem memórias?

Que seria do tempo sem momentos?

Tempo é tudo e nada.

Sassá

 Sassá está na natação!

Ontem estava tão feliz os olhos até chegavam a brilhar, pois o papai foi com ele.

Está com muito medo de afogar.

Mal fez as atividades.

Está fazendo tudo certinho.

Na natação e na escola.

Logo estará nadando e lendo.

O tempo é vento

O tempo é onda

Que não para de passar.

Alimentando-nos com experiências

Matemática dos anos

 Hoje minha irmã caçula faz 44 anos.

Está plena de felicidade, mas sente tanto a falta de papai e de mamãe.

Estiveram presentes quando fez 11 anos.

Estiveram presentes quando fez 22 anos.

Estiveram presentes quando fez 33 anos.

Agora não mais!

Segue a vida rodeada da gente, mesmo longe, mas presente.

Continua na casa que foi criada.

Vive rodada de memórias.

É o tempo vai passando.

A consciência abarcando o mundo.

E a gente crendo na vida.

terça-feira, 20 de maio de 2025

Definição de morte

 A primeira vez que ouvi uma definição de morte foi em um velório. Como se era de esperar muita atenção neste momento. Nos velórios, estamos mais reflexivos e voltados para dentro.

O expositor cristão definiu a morte como o limite da vida.

A morte é o limite da vida.

...

Passado tempo, anos depois, noutro velório, outro expositor também cristão  na sua fala definiu a morte novamente como o limite da vida.

Recentemente, numa das palestras que ouço sempre de Borges, J.L. este autor definiu morte assim:

A morte é vida vivida.

Pois bem! Anteontem um amigo nosso enfartou. Foi operado, passa bem, mas a morte bateu a porta.

Então hoje, li e fiquei atento ao poema 50 de Tao te ching, livro de Rhoden.

A morte é o regresso do existir para o ser.

Profundo!

Definições para morte são deveras muito profundas.

Sendo a morte um acidente da vida.

Sendo a morte o limite, o ponto final da vida.

Faz oposição ao nascimento.

A vida é o tempo vivido desde o nascimento até a morte.

A morte é o polo oposto?

Entrada e saída.

Inconsciência e consciência.

Dia e noite.

Início e fim ou fim início.

Par.


Primeira vez poema e musica sobre trem

 Estou de férias!

Agora Sassá pode ficar comigo todas as manhãs pelo menos até nove de junho.

Ontem, ele acordou e foi fazer xixi!

Ficou surpreso ao me ver e feliz, seus olhos até brilharam. Ele me agradeceu pelas minhas férias.

Trouxe um desenho que fez do jacaré e da paca, trouxe também o livro que comprei no sábado passado.

Trenzinho azul. Até sabia o desfecho do livro.

Propus que desenhássemos o trenzinho.

Ai li o poema trem de ferro Manuel Bandeira e ouvimos a música trenzinho paulista de Vila Lobos.

Ai foi só brincadeira.

Pela primeira vez ele ouvi o poema e a música.

 

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Razão

 A linguagem é produto do pensamento.

Todo pensamento é um ato de consciência.

A razão é a possibilidade de pensamento.

Razão é a capacidade de pensamento.

Um ponto

 Se tudo muda o tempo todo.

Tudo está fadado ao fim.

E de que me serve essa consciência?

Então, quando sinto isto? Porque só sentindo a gente entende algo. Parece.

Creio que viver é essencial.

A experiência nos viabiliza entender esta afirmação, esta certeza.

Chegamos a essa conclusão ao que parece pela razão e não pela causalidade.

A soma de muitos fatos nos faz entender. Agora, as vezes esses fatos são isolados no tempo.

Ao que parece a consciência é a essência de tudo.

Consciência como apreensão de algo.

A mudança é essencial para que a consciência se eternize na espécie.

Consciência é razão?


Sábado só noses

 Sábado, fomos a Bica, Sassá e eu. Não seguimos um roteiro. Seguimos as pessoas. As pessoas em grupo são como aroma fora do recipiente não seguem uma ordem, ao menos percebida. Então não seguimos aquela vontade de ver tudo, indo primeiro aos recintos das aves de rapina. Não foi Sassá quem nos guiou. Fomos em direção ao recinto dos patos, mas ao lado da fonte tambiá havia uma cutia pelo de fogo. Observamos ela e até fiz um pequeno relato de uma história de uma cutia. A manhã estava muito úmida e as paredes dos recintos estavam molhadas. Contemplamos os patos reais todos se coçando. Ali, conhecemos um senhor de Areia Branca no RN. Foi tão rápido que nem soube muita coisa. Só que foi vereador lá por 12 anos. Essa foi sua vaidade de contar. Ficamos ali olhando os patos, cinco patos reais, uma marrequinha e dois patos selvagens. Sassá viu a ninhada de ovos e alí perto um rolado, mais distante. Sassá quis conferir os ovos que estavam na outra semana sob as heliconias, mas já haviam sumidos. Fomos olhar os peixes, mas a água estava barrenta. Fomos então em direção as serpentes. As serpentes estavam todas bem a amostra, estava frio. Acho que estas, as serpentes gostam do frio. A sucuri juma estava na água, a giboia gigi estava fora da folhagem, as jararacas Dessa e Anda estavam curiosas olhando para fora do vidro, a cobra real até abriu a boca para Sassá. Sassá ficou com medo. A salmanta da amazonia hélia está exposta, a malha de sapo Bobo estava bem amostra, dormindo. E virgulina a cascavel caolha isolada, coitada. As pitons... Ka e kaela... apáticas. Bom depois interagimos com o jacu que mostrou a crista e o papo encarnado, mutum bertinho... Os emus eli, mindinho e ulisis...

Sassá viu uma jabutizada... denominou estes por estarem três jabutis de parea. Um grande importunando um pequeno, fazia moldes que queria morder a cabeça do bichinho..., mas este encontrou algo comível e dividiu com o maior. Jabutizada, parecia três fuscas 79 estacionados.

Então, não demos bola para os jacarés e fomos ver os macacos. Os bugios estavam se divertindo, os capucinhos também.

O macaco da savana jucié, coitado brincava com sua calda. O cachorro do mato evaldo estava de boa. E os furões sempre a correr pra lá e pra cá a gente chamou eles de sonic e flash... foi Sassá quem os nomeou.

Ah... Vimos pela primeira faz a Paca albina por ser galega. A coisa mais linda, maior que uma cotia, mais bonita, com uma cabeça maior e anda melhor ficando mais na horizontal seu corpo.

Amamos.

Ai ouvimos um barulho foi a queda do gato mourisco...

Fomos comprar água e comprei uma pipoca para sassá.

Pegamos e fomos ao recinto das aves de rapina. Sassá comeu sem pressa. Bebeu água.

E fomos fechar nosso passeio.

Assim foi.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Cotidiano

 A chuva chegou em João Pessoa! Dias mais frios e muito úmidos. Pensando nisso. Pedimos para Sassá usar um casaco na escola, mas como não tinha um da escola demos um outro. Falei antes de sair que a coordenadora talvez não deixasse entrar. Então ficou combinado que a decisão seria tomada lá na escola. No carro fomos conversando e ouvindo músicas. Chegando lá, Sassá falou que não era necessário, tirou a blusa e deixou no carro, mas ao chegar na escola vi que um coleguinha estava vestido numa blusa. Então perguntei a coordenadora se podia e ela respondeu que sim. Consultei se Sassá queria a blusa e ele com um mega riso no rosto assentiu que sim. Voltei no carro, peguei e coloquei aberto. À tarde quando foi pegá-lo na escola estava bem abotoado. A mamãe foi quem percebeu e perguntou quem tinha abotoado, respondeu que foi uma coleguinha. Ah. A porção mágica (perfume) que dá coragem está acabando e as chinelas. Vida de papai de filhotes que não param de crescer.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Beijos

 Sassá ontem, expressou carinho. Estava deitado na cama, então estávamos brincando. Então ele sem eu pedir, veio e beijou minha cabeça. Nem sei quando alguém me beijou a cabeça com amor. Senti o amor de Sassá.

Sempre digo que o amo.

Te amo Sassá.

Obrigado por tudo. Sua existência me completa.

Conhecimento

 O dia amanheceu! Após chover a noite toda e a chuva continuar caindo. Chego a minha sala no trabalho.

Tenho muitas ideias, muitas histórias para contar. Todavia sempre me falta o essencial a organização. A ação de iniciar, desenvolver e finalmente concluir.

Por crer em algo ideal, não consigo dar continuidade aquilo que comecei ou concluir com um bom parágrafo final.

Há dois elementos que creio me impede de concluir minhas etapas que são o ideal de perfeição e a impressão de aprovação. Todavia a filosofia e todo o corpo de sistemas e filósofos vem me ajudando. Destaco aqui Hegel e Schopenhauer. Ambos tendo como alicerce o grande Kant. Cada um com sua abordagem um sistémico outro mais moral... Não consigo beber nessas fontes, vou tentando comer um pouco de cada vez.

Enfim, não são eles, mas as questões que venho tentando entender desde sempre.

O que é o conhecimento?

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Escorpiões marinhos.

 Cheguei em casa e Sassá tinha desenhado um escorpião marinho. Não existe, mas ele encasquetou que tem. Então pergunta até a pessoa perder a paciência e afirmar. Risos. Fomos desenhar o escorpião até ele ir para a escola. Ele estava desenhando animais marinhos na folha. Assim, a gente desenhou até ir para a escola.

Escorpiões marinhos.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Lendo!

 Sassá está lendo? A mamãe Biá me disse que ontem Sassá passou a manhã olhando gibis da Turma da Mônica. Estará lendo? Com certeza sim. Agora sua leitura é dos desenhos. Está vendo não só os desenhos, mas os movimentos dos personagens. Estes personagens já foram a muito abstraídos com suas personalidades peculiares. São muitas horas, vendo e ouvindo as historinhas lidas pela mamãe Biá. Agora nós estamos tentando, por uma necessidade que ele criou desenhar coisas, não são coisas aleatórias. São na verdade objetos que nos relacionamos em um passeio ou uma visita. Estamos construindo o que ele chamou de livro. E assim. Vamos criando os cenários, os personagens diversos do nosso cotidiano. Fui pegar ele na escola a pé. E me dei conta que podia usar este espaço riquíssimo que a rua para ensinar. Tornar abstrato o que é concreto. Ensinar o nome das plantas... Foi maravilhoso. 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Pensar o obsuleto

A gente nem ver a vida passar.

Condicionados pelos nossos desejos, filtramos a totalidade do mundo.

Não vemos, cheiramos, ouvimos ou sentimos senão aquilo referentes a nossa paixão.

Despertos a cada momento nos amgustiamos.

Essa certeza do fim que se aproxima.

O medo do desconhecido não tem porque.

Tenho certeza que morrer é como dormir.

Tudo é consciência.

A morte é o limite da vida disse um amigo meu num velório.

A morte é vida vivida disse Borges numa entrevista.

Fico com a segunda...

Fico com a segunda.

Talvez seja a que me machuque menos.

Ou que a vida ache melhor.

Tanto faz no final.

Lei do menor esforço

 Sábado à tarde! uma linda tarde de maio. Estávamos na praia de Cabo Branco. Bem ali na altura do restaurante olho de lula. Estávamos contemplando o horizonte, brincando sentindo o cheiro do mar, ouvindo o som das ondas. A maré estava alta. O banco de areia da praia parece está alto, a borda da praia sinuosa pelo movimento das ondas e do vento. Pessoas passando, pessoas tomando banho, pessoas como nós com seus filhos. Muito sargaço na praia. Vinícius praticava e aperfeiçoava o fazer estrelinha. A luz estava bem dourada. O horizonte muito azul, quase atropupúreo.

Então foi quando percebi um homem alto, ancião. Ele usava uma bengala e uma camisa preta. Não lembro dos detalhes. Acho que na imagem tinha 1943. USA.  Caminhou seguindo um formato de arco. Foi chegando! Chegando! Começou a interagir com a gente. Perguntei de onde vens! Ele falou que era da França da região dos Alpes. Me explicou, mas não consegui entender, pois estava tentando lembrar de um amigo que vive lá. Então falou que estava aqui a 40 anos, professor de língua francesa e germânica. E foi delineando sua conversa. Deveras muito interessantes. Falou que estava cursando italiano e que falava sete línguas entre estas destacou o grego e latim. Então como falar com uma sumidade. Restou-me ouvir. Conversamos sobre algumas teorias de nossas limitações realmente existem, no falar por exemplo. Temos apenas a boca para falar, então a combinação de fonemas varia de cultura para cultura, mas que algumas vezes a dificuldade é geral. Falou por exemplo que o Cebolinha da turma da mônica troca o R pelo L. E disse que os japoneses não conseguem pronunciar.

O mais interessante foi quando falou sobre a lei do menor esforço. E discorreu sobre isso, dizendo que nós do nordeste gastamos mais energia para falar "Bom dia" que outras pessoas do nordeste. Mas que apesar do esforço a gente pronunciava... Gostei.

E minha mente pensou na lei do menor esforço.

Viajei ai.

Vinicius não nos deixou mais conversar. Trocamos números e fomos embora. 

Desenhos de dino

 Sassá teve uma crise de garganta de garganta no domingo de madrugada.

Sábado fomos ao jardim botânico. Agora ele quem está cuidando de mim.

Muito cuidadoso. Nós vimos muitas coisas no jardim botânico. Ele amou.

Observamos as plantas, as abelhas, as formigas, os frutos, as sementes.

Sábado a tarde fomos desenhar as coisas que vimos no jardim.

Desenhamos uma folha com imagens do que vimos lá.

Formigas, abelhas, o rio jaguaribe, a trilha, os poços, o teteu, o lago...

Sábado a noite fomos ao mangabeira shop para comprar o presente da mamãe.

Foi demais, ir a praia e depois ao shop, acho que a variação de temperatura provocou a crise de garganta.

Bem, domingo bem cedo, estava ancioso para ver  o presente que compramos.

Logo que acordou, pegou a sacola e deu para mãe. Compramos um colarzinho.

Pra ele um livro de dinossauros.

Ele amou.

Fomos desenhar dinossauros.

E assim passamos a manhã, desenhando dinos.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Diário de Sassá

 Ontem, quinta-feira, Sassá estava maravilhado com a espada elétrica que ganhou. Uma espada que veio da China e a julgar pelo tempo que demorou a chegar, achamos que veio de bicicleta. Estava numa felicidade só. Então tive que lutar com ele, apesar do meu cansaço. Ele também estava muito cansado, pois acordou muito cedo. Abriu a porta para eu ir trabalhar. Imagina! Foi para a natação e para a escola então foi um dia muito puxado. Lutamos, desenhamos a mariposa que ele viu no caminho da natação.

Então, exausto ele se pediu arrego. Foi a cozinha e disse que queria dormir. Mameco, mamar. Mamou ouvindo a mãe lendo as histórias da turma da Mônica e capotou.


quarta-feira, 7 de maio de 2025

Amedrontado

 O medo da morte.

O que é isso?

Chega dar um arrepio frio na espinha.

Processo biológico de auto preservação.

A morte é vida vivida.

A morte é um fim de um processo breve ou longo.

O término orgânico de uma consciência.

Viver é querer,

Intuitiva ou racionalmente não ter um fim.

Suco de caju

 Ontem, à noite, fomos a uma festa maravilhosa.

Uma das bebidas servidas na festa me fez conduzir a conversa num sentido oposto ao da festa.

Suco de caju.

Entre todas as bebidas, o amarelo caju abacaxi me levou a deduzir que era suco de caju.

Tomei-o como quem tem sede. Não era o mesmo suco de caju que tomo à tarde, zero açúcar, nem era um suco de caju de sertanejo, mel. Era um suco de caju feito sob medida, como se tivesse sido supervisado por um nutricionista. Tomei vários copos, a esposa do meu colega de mesa também tomou bastante. O garçom muito gentil, nos serviu inúmeras vezes. Acho que fomos os consumidores principais daquela bebida na festa.

Minha mente trouxe a tona conversas dolorosas.

Sim, inconscientemente fui ao passado e trouxe a tona esse passado.

Como explicar isso!

Deixe-me tentar.

Das vezes que provei um suco com medida exata de açúcar e foram exatamente nos hospitais. Dos dissabores da vida, necessários o cuidar dos nossos pais quando mais precisam de nós. Com mamãe foi mais corriqueiro, com papai não.

 Meus pais hospitalizados. Mamãe na HU em 2015, cirurgiada de rins, na refeição tinha suco de caju, para ela, mas ela amorosamente pediu para que eu tomasse. Memória potente.

Papai na Liga de Mossoró 2020, após cirurgia de estomago, o acompanhei, naquele dia serviram suco de caju na refeição. Não sabia que seria a última vez que compartilharíamos a companhia um do outro.

Agora olhando depois de horas. E refletindo o que conversei na festa com meu colega... o tema foi a Liga, Mossoró, a doença de papai, a importância do suco de caju em nossas vidas. O ranço de minha irmã por derivados de caju. Terá ela sido afetada pelo suco de caju?

Falamos essas coisas que dói. Por vezes, até pensei porque estou conversando sobre isso.

Lembrando que todo pensamento é um ato de consciência.

E as vezes a gente pensa sem querer. Dá pra parar de pensar?

Continuei e tomei vários copos de suco.

Empurrei o pé na jaca como se diz, comi doces a vontade e salgados.

Isso acontece pela disponibilidade dos recursos como dizia papai e na festa!!! Tinha demais.

Sobrou. Comentei... Doce sobrando.

Voltando ao suco de caju... Bebo diariamente, pois ao ler um livro sobre fruticultura Brasileira soube do teor alto de vitamina C e pelo custo do suco eu tomo. Mas zero memórias, porque não tinha a combinação feita por nutricionista. É só o suco espremido do caju e água.

Tudo precisa ter a combinação perfeita para gerar memória. As memórias estão ai, mas é preciso uma chave que é exatamente uma situação perfeita.

Pense numa loucura.

Primers primers.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Mãe, maio

 Hoje, senti muito a falta de mamãe.

Ao me arrumar vi sua rede e suas chinelas.

Vi o pé de acerola.

Saudades de mamãe.

Lembrei de sua luta. Suas idas a clínica de hemodiálise.

Sua luta pela saúde.

Oh. Mãezinha entrou o mês de maio, mês das mães. 

Como é ruim não ter mais você para compartilhar minha vida.

Você que me deu a vida e me criou e me educou.

Mamãe por se pai só assim descobri o que é o amor.

Agora sei o quanto me amou.

Aí. Indo buscar meu filho na escola, vi uma avó com o netinho. Olhei e falei. -É muito amor né. Quando percebeu. Repetiu três vezes. Muito amor, muito amor, muito amor.


Mamãe, mãe é sinônimo de doação, de sacrifício é o amor encarnado.


Mãe o deveio de tudo expresso aqui.

O duelo

 Ontem Sassá e eu tivemos lutas homéricas.

Ele usou a almofada de amamentação como machado.

Eu usei várias técnicas como técnica cabeça de carneiro para me defender.

Técnica do macaco engraçado para encontrar os pontos fracos e desestabilizar o oponente.

A luta foi grande no tatame da cama.

Tiveram ainda como técnicas como a técnica da jiboia para imobilizar o oponente.

Técnica do macaco aranha.

Depois de um bom banho. Sassá foi fazer a lição de casa sob protestos e risos.

Cansado fui dormir e ele ficou desenhando os bichos da bica.


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Jasmim gênese subjetiva

 Não sei ao certo quando soube disso que agora sei.

Vamos lá.

Em Campinas onde morei tinha muitos indivíduos de uma planta.

Essa planta já conhecia. Sim lá de serrinha da casa de Tica de Zezinho.

Bem na frente da janela do quarto da frente havia um indivíduo.

Descobri que era da família Rutaceae.

Em Campinas, mais especificamente em Barão Geraldo, as ruas eram cheias das plantas dessa mesma espécie. Fato que me chamou atenção. Sim na época das chuvas as ruas se incensavam com o cheiro de suas cores. Imagino que é o cheiro do branco já que suas flores são brancas. Isso me fez pensar sobre o seu nome. Cheguei ao nome de Murta. Mas na época era um materialista redondo e o que achava universal era o nome científico que cheguei usando a internet. O nome científico é Murraya paniculata. 

Escrevi até aqui no blog.

Muito tempo depois, recentemente, após Campinas, mamãe ganhou uma muda de Murta de Ritinha que vendia roupas, casada com o primo de mamãe. Essa mudinha foi cuidada por meu pai. 

Me ocorre agora que na casa de Vicente Paulo também havia uns pés.

A mudinha cresceu e estava florida no dia que a mamãe se foi.

No mesmo ano, no meu aniversário, Minha Amanda professora Janildes e seu esposo Antônio foram lá em casa. Conversa vai e conversa vem chego ao nome como esta planta se chama em Martins. Lá chamam de Jasmim de laranjeira.

E assim volto às origens e chamo como nos chamamos na minha terra.

Jasmim de laranjeira.

Jasmim imagino que significa odor adocicado proveniente de flores alvas.

Jasmim ou Iasmim é um nome próprio feminino.

Tanta coincidência nisso tudo.

Agora minha sala está perfumada.

Vinícius é menino de quatro anos e desenha lá no quarto.

Ouço um sino, cães latindo.

E esse cheiro que se eternizou emim.

Reflexões

 Quando era criança achava que tudo era eterno.

Aos domingos via os vizinhos passando para a igreja subindo a depois descendo.


Subiam e desciam com a bíblia debaixo do braço.


As tardes douradas ficavam cinzentas e escureciam.


A gente se confirmava com a globo e o SBT.


Os anos passaram e poucos vizinhos continuam vivos.


Todos se mudaram.


O que restou de tudo?

Só essa memória.

Acaso

 Animais da bica

Virgulino cascavel,

Marrequinha Marinez

O ganso Clodovil 

A garça Mobdick

A leoa Tereza 

A leoa Dori

A Maracanã Geralda

A arara BLUE

A anta amora

O cagado ligeirinho 

O gorila pongo

O macaco fujão Janjão 

Os emu Eli, mindinho e Ulisses 

O tamanduá Zé 

As águias Ricardo e Ana

A sucuri Juma

Uma cidade para cada um

 Meu amigo,

Você iria gostar de conhecer João Pessoa.

Aqui tem praias de areia branca ora fria ora quente, um mar de canto intermitente,  as águas sempre a cantar, ora baixa ora alta. Um céu azul ornado com o vôo e o canto das aves.

Tem Jandaia, Maracanã, tem carcará e urubu, tem bem-ti-vi e sanhaçu,

Tem sabiá e siriri,

Tem patativa e canarinho,

Tem japu e tiesangue

Tem murucututu e bacurau,

Tem saracura e soco 

Tem garça e sabacu.

E lugar pra ir de montão a mata do buraquinho,

A Bica, a penha, o castelo branco,

O Miramar...

Fica para a sua vinda tudo te mostrar

Dois anos de eternidade

 Há dois anos atrás deixava este plano meu amigo de infância e primo Mazildo.

Nós falávamos todos os dias.

Sempre que podia mandava fotos dos lugares onde estava.

Mazildo era deficiente de uma perna.

Sem muita saúde sua vida era sempre dentro da própria casa. Só saia para ir cortar o cabelo ou ir ao médico.

Passou a infância numa comunidade chamada de Vertentes e na adolescência veio para a Serrinha do Canto, tudo em Serrinha dos Pintos RN.

Nunca saiu do estado,  o lugar mais longe que ia era Pau dos Ferros.

Viveu uma vida muito simples. Amava os animais e gostava de cuidar deles. A obrigação dele era cuidar dos pássaros e do Periquito.

Amava forró único estilo de música que ouvia.

Sorria de tudo. Foi um homem simples e modesto em tudo.

Seu lazer era ouvir rádio, ver televisão e mexer no celular.

Difícil saber o que pensava, pois falava muito pouco. Sua mãe era sua voz, com ela, o mesmo conversava mais.

Não escrevia ou se expressava para si.

Assim se passam dois anos de eternidade.

Feriado do dia do Trabalho

 O feriado do dia do trabalho foi de Sassá.

Acordou tarde! Foi onde estava na escrivania e ficou feliz.

Não vai trabalhar hoje.

Então, vamos brincar.

Primeiro tomar o café.

Comigo em casa ele se amostra.

Fica fazendo munganga e a mãe fica doida.

Quer se amostrar.

Então a gente saiu para andar de bicicleta.

Foi ótimo porque, pude explorar o mundo a minha maneira.

Veja um fruto de castanhola com mesocarpo branco.

Um tronco áspero.

Ali uma lagartixa, um jeco.

Um soldadinho!

E continuamos andando.

Uma euphorbia.

Uma bromélia com aranhas.

Quantas? três!

Sassá falou o papai, a mamãe e eu.

kkkkk. São quatro.

Não chega perto! Ele cuidou de mim.

Depois atravessamos a rua e seguimos até a praça da iguana.

Antes de chegar lá.

A pitombeira tá com pitomba.

Onde tem pitombeira tem uma vará.

Encontrei...

Tirei pitombas dois cachos.

Puz no bolso e fomos a praça.

Lá chupamos pitomba, e contemplamos o fluxo do trânsito veloz.

Guardamos as cascas para por no lixo.

Tirei a testa da semente. Testa mole.

Os cotilêdones rozados ou vináceos.

Pensei! Fruto com sarcotesta carnosa?

Depois, pegamos as cascas, colocamos no lixo.

Próximo tinham frutos de cosmos.

Coletamos.

Voltamos para casa, mas antes, tomamos água no coco do seu Antônio.

E fizemos atividade física na praça.

Tomar um café

Tomar um café
Ao amanhecer nada melhor para despertar que um café.
Aquele café pretinho, quente e cheiroso.
Café bom a cada gosto.
A experiência de tomar café á algo extremamente humano e indescritível.
Tudo começa com a ociosidade estado em que estamos.
Então precisamos mudar de estado, de humor, de pensamentos de nós mesmos.
Um café é a primeira ideia!
Juntos ou só de preferência acompanhado, porque acompanhados o café tem mais sabor.
E fazer o café torna o momento ainda mais rico.
Abre a torneira, toma a medida para quantos viciados e para não desperdiçar, se bem que desperdício de café é impossível visto que tomamos café cotidianamente, sabemos exatamente quanto fazer. 
Acende o fogo e põe a água para ferver.
A conversa vai esquentando junto com água.
Então quando a água está fervendo, adiciona-se o pó.
O pó com seu cheiro frio, sofre o choque do calor e mudar de odor, rapidamente volatiliza-se e já chama mais gente para a cozinha.
A gente conhece tanto de café e de seu movimento que nem precisa olhar quando o café está pronto, só de ouvir o barulho do ferver já desliga o fogão. A gente sabe até quando a garrafa está cheia só pelo som.
Porque nossa atenção está mesmo é na conversa. No debulhar da história.
Então, já na xícara o café é servido e a conversa é atualizada, porque sempre tem os atrasados.
Aquele ou aquela que passa pelo corredor e só fala, mas não se mistura. kkkkk.
Hum!!! cafézinho bom.
Solta uma reflexão. O bom do café é a conversa!
Sem açúcar nem pensar. café mel é o do sertanejo. Café amargo da cafeteria. Djabo ruim.
O café cumpre sua função que é despertar.
Café... chafé... dizem que é o café de mineiro.
Minha tinha mais nova, aquela irmã de meu pai, comprava sete pacotes de café! também com 13 filhos.
Café era essencial na casa. Já que em casa o melhor lugar é na cozinha.
Eu, deixei de tomar café quando estudava para o vestibular. 
Passei a vida sem tomar café. Ainda bem porque o café me acelera.
No entanto, perdi de entrar na vibe da conversa na calçada da fama da minha casa, lá em Serrinha do Canto. Papai, mamãe e as visitas todos tomando café e eu sóbrio.
kkkkkkkkkkkk.
Perdi de tomar café na cozinha da residência da campus 2 lá na UFRN.
Fui careta mesmo, e não tomar café me levou a ser um velho chato.
Assim é a vida.
Um café as vezes na semana com meus amigos.
Enfim!
Assim é a vida.
Cada um tem a sua história com o café.
Contei a minha e a sua?

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Despertar

Deitado na minha rede contemplando o amanhecer. Ultimamente, nos meses de março e abriu, me chamou atenção no silêncio da manhã ornado pelos sons das aves, beija-flores visitando nossa varanda e vez por outra como hoje o granido de psitacídeos. São maracanãs visitando os jambeiros das nossas ruas. Hoje na UFPB, antes de chegar no Restaurante Universitário tem dois grandes pés de jambo. Quando passávamos por lá encontrei uma linda pena azul e verde. Rapidamente deduzi. É uma pena de Maracanã.

João pessoa é rica em sons. São aves nativas e urbanas.

É impossível não avistar de manhã gaviões carijós, sanhaçus de coqueiro, bem-ti-vis, siriris. Quem mora próximo aos fragmentos de matas tem as arirambas...

Ás tardes pessoenses são enfeitadas com os voos dos carcarás.

E os urubus no alto azul do céu.

Feriado

 No feriado do dia do trabalho esse ano de 25, Sassá e eu aproveitamos para curtir.

Fomos caminhar nas Três ruas, ele na bici flash e eu caminhando.

Fomos contemplando as rochas, as plantas e as flores.

Vimos diferentes troncos e texturas,

Vimos lagartixas e jekos.

Vimos aranhas nas bromélias.

Leite de euphorbia.

Sentimos o cheiro das raízes de poligalas.

Tiramos pitomba da pitombeira. Docinha.

Fomos a praça da iguana onde ficamos chupando pitomba.

Coletamos frutos de cosmos.

Retiramos um arame de uma árvore e criamos uma cobra de cipó.

Tomamos água de coco.

Vimos uma moradia de morcego.

Tomamos água de coco.

Fizemos exercícios físicos.

E voltamos para almoçar.

À tarde, saímos para caminhar.

Fomos contemplando, lendo os números das casas em inglês.

Ele ganhou um picolé.

Chegamos em casa de noite.

Dia maravilhoso.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Joelho arranhado

 Ontem, terça-feira corrida. Na hora de deixar Sassá na escola. Ao descer do prédio, encontramos os vizinhos e Sassá se empolgou e saiu correndo. Resultado caiu e ficou com o joelho ralado. Chorou até chegar na escola. Como apoio moral, fui dirigindo e segurando a perna dele. Ele chorou muito. Quando chegamos na escola a face estava molhada de lágrimas de dor física. Então, a coordenador pediu para uma professora gentilmente fazer um curativo. Fomos a sala dos professores e a professora fez um curativo. Nisso a coordenadora do ensino médio entrou e condoída pegou um pirulito e deu a Sassá que parou de chorar. Com a cabeça baixa sorriu. Então falei, hoje é um dia de sorte não é Sassá ganhou um pirulito. Terminado o curativo, a professora colocou um adesivo de pintinho. Deixei-o na sala, saiu mancando, encenando ou forçando a dor. As meninas chegaram e viram a dor de Sassá expressa no rosto. Então entrou na sala e foi para o lugar dele. Em um instante quando sumi da vista vi um grande sorriso na face dele. Depois não sei qual foi o resultado na aula.

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Sassá pintor

 Sassá está se tornando um grande desenhista.

Temos trabalhando juntos nesta empreitada de rememoração de formas e cores.

Fizemos um quadro do dia do índio.

Sábado, 26.4.25, fomos a bica então pintamos as cenas e os bichos observados.

Ontem, fomos ao aquário da penha.

Ele adorou.

Então, à noite, após a missa trabalhamos juntos amis uma vez.

Beleza em cores e formas e rememoração e memórias afetivas.

Sassá é meu encanto de viver. 

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Sassá a nadar

 Sassá foi nadar.

Nadou, nadou sem parar.

Pedalou pra ir e pra voltar.

Sassá sabido brincou

Manuseou coisas.

Sua casa já está pequena.

Na escola aprendeu o número 3.

A noite desenhamos carros super rápidos.

E fomos dormir com frio do ar.

Eh Sassá do meu amor.

Sabedoria da juriti

 A mata quente amarelando,

Ouço o juriti cantando

Canta feliz anunciando

A chegada do verão,

Sabe que tudo vai mudar,

Sabe que tem que se adaptar.


Canta quebrando o silêncio da mata

Que anuncia silenciosa

A mudança da estação,

Tudo flora

Tudo flora

E enfeita a vegetação

De tons azuis,

De tons lilases,

De tons alvos,

De tons amarelos,

De tons vermelhos...

Amarelada a folha fica

Dourada e seca

Se desprende e sua mãe

E na eternidade dormita

Vira cinza, vira pó,

Vira solo,

Para em outra estação,

Se abraçar a água,

E ser sugada pela raiz e voltar a vida.

Agora dorme na eternidade.

Tudo isso quem me contou foi a juriti.

Quebra do silêncio

O silêncio matinal da mata

É quebrado pelo gavião

Que chama atenção,

Seu chama como bico falcado,


De longe me encanta,

Chama, chama gavião.

Que queres dizer?

A mata que ti criou,

A mata que te protegeu,

Sabe que falas.

Sabe quem és.

É um asa de telha maravilhoso.


quinta-feira, 24 de abril de 2025

Contemplativo

 Quando cheguei na UFPB hoje de manhã escrevi.

A mata silenciosa amanheceu pensativa.

Percebi que o mesmo estado se perpetuou durante o dia inteiro.

Agora a tarde a mata continua pensativa.

Talvez o silêncio seja meu.

Talvez este estado contemplativo tenha preenchido o meu ser.

Só sei que me sinto cansado.

Se como dizia Spinosa a alma é uma ideia de corpo.

Estou com o corpo exaurido.

Por isso contemplativo ou vegetando.

Falta ideia para por no papel.

Falta inspiração.

Falta glicose para pensar.

Quando se contempla não se pode sobrar tempo para pensar.

Dia do índio de Sassá

 No dia do índio. Este ano de 2025 Sassá ganhou uma zarabatana.

Ele foi para a escola com a mamãe. Lá estava tendo uma feirinha e a mamãe comprou este objeto de caça.

Simples, mas muito ornamentada.

Ele assistiu a apresentação de danças da tribo Kariri-xocó. Até se arriscou a dançar.

Na volta para casa, tinha uma surpresa um sexto com chocolate de páscoa.

Estava radiante. Me deu um biz.

A mamãe estava doente, então cuidei dele até dormir.

Desenhamos uma página do do livro onde estavam lá:

Uma zarabatana, uma onça, um tatu, uma arara, um beija-flor, uma giboia, um jacaré, um sapo lavando o pé, uma apis, uma borboleta...

Depois quis dormir com o desenho, mas ai disse que ia amassar.

Então deitou, mamou e dormiu.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Descansa

 É difícil de pensar quando se está cansado.

Descansa!

Descansa para reestabelecer tuas energias.

Descansa para que tua alma possa novamente

Se inspirar.


Fui a UFPB Campus de Areia.

Pude compartilhar da companhia dos alunos e da professora Eliete Zarete

E de meu querido amigo Pedro Gadelha.

Vi inúmeras plantas, paisagens e meios.

Tanta coisa que encheu minha mente de informação.

Agora descansa.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Água

 Viçosa floresce a erva!

Flores amarelas,

Alvas, azuis, lilás, roxas...

A policromia enfeita o tapete verde

Que cresceu das cinzas,

Das sementes e frutos rotos,

Que alimenta a abelhas e insetos diversos,

Num período tão efêmero...

A água equaciona a existência

Das cinzas ao verde

Do verde ao dourado,

Do dourado ao pó...

A biologia é a reação da água com a natureza viva.

Alma do tempo

 Somos a alma de nosso tempo.

Cada coisa que vivemos conduzimos em nossas almas.

Estas vão se desgastando no tempo como as coisas.

Os objetos são eternos, as coisas não.

Somos a alma de nosso corpo

Que assim como as coisas são finitas.

Da energia de viver,

E no viver,

Se desgasta,

Envelhece e morre.

Mas nossa alma se renova

Quando reproduzimos,

Em nossos filhos e netos e bisnetos...

Retalho

 O sol desperta a manhã. A paisagem verde vai perdendo o tom azulado se tornando amarelado.

O som do sino, do bem-ti-vi, dos sanhaçus marcaram a páscoa.

Chegamos cá em casa quarta feira 17.4.25.

E ficamos de boa, fomos a matinha, fomos ao curral e ao chiqueiro.

Sexta feira jejuamos.

Desenhamos muito.

Passeamos.

O tempo foi ótimo, visto que voou.

Sanhaçu

 A tarde caia. Fui a janela olhar o quintal.

Na Larangeira laranjas verdes igualando o tamanho de limões cresciam ao gosto do tempo.

Parei tudo, pois vi uma beleza sem igual.

Um sanhaçu cinzento 

Pousado no ramo seco, calmamente se banhava de sol.

Com seu bico se limpava. Aquele verde ou azul cinzento tão lindo com bico forte e penas pequenas sozinho cuidando de si.

E permaneceu ali por mais tempo que minha paciência tolerou.

De certo estava mais tranquilo que eu.

Contemplei seu ser aí.

E o seu ser assim.

Ou meu ser assim?

Pascoa 2025

 A tarde cai. A tarde sempre caiu, cai e cairá. Agora algo mudou em mim.

A tarde caia e era sinônimo de alegria. Esperava por algo. Não sei o que e sei. Esperava uma mudança que mudasse meu humor. Esperava sempre por algo. O tempo foi passando e tudo foi mudando fora e dentro de mim. Continuei esperando a mudança o tempo cair. Aí a mudança veio drástica quando percebi que podia realizar os meus sonhos. Descobri que custava tempo de vida.

Nossos sonhos custam caro.

Custam o tempo de convivermos.

A tarde caiu, levou também o tempo dos que mais amava.

Agora.

Nasceu o maior amor de minha vida, meu filho.

Não quero que a tarde passe, como é impossível, então que se arraste.

Só sentado aqui onde muito sentei com papai e com mamãe.

Já não os ouço, não os vejo, mas sua presença existe.

Na paisagem na amarílis, no Jasmim de laranjeira, no cumarú, no araçá, no catolé, na espada de são Jorge e no espaço, no calor e luz do sol que vai esfriando com o tempo e vão se apagando as memórias.

Meu Deus!

É sexta feira santa.

Quantas vezes celebrarmos em Cristo.

E continuamos em Cristo.

Vivos.

Agora divido essa memória para sempre como dizia mamãe.

Na casa de Chiquito

 Era uma tarde de quinta feira santa 17.04.25. o céu azul, os raios dourados iluminaram o alto do Sampaio, na base do alto no terreiro da casa de Francisco uma catingueira grande toda bageada explicava seus frutos secos dispersando suas sementes.

A quebrada vermelha estava coberta de milho pendoado, fava e Bananeiras. Uma bananeira sapo com um cacho cheio me chamou atenção.

Chegamos em frente a casa que foi do meu bisavô Chiquito, do meu avô Chico e de tia Nina.

Entrei na casa e pude ver através das paredes e da minha memória a profundidade da minha existência. Tanta coisa vivida ali em minha infância. As primeiras impressões de está distante de casa.

Peguei a cadeira e pus na calçada e fiquei contemplando a frente muito bem cuidada. Os dois pés de salsa de flor rosa, os araçás, o milho e feijão, subindo a lombada, a pitombeira, os cajueiros, as aroeiras, lá no fundo os mororos.

Lucia de Chico estava ali sentada, depois chegou Franci e Chico, e a conversa entrou a noite.

Ouvi histórias e distrinchei a genealógia da família.

Enquanto Vinícius brincava com Pedro, Lavínia, Laís e Sofia. Corriam gritando feliz. A felicidade foi plena quando lhes demos uma caixa de chocolate essas crianças saltaram de felicidade.

E a tarde caiu e a noite subiu.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Coelho novo

 Sassá faz as lições de casa.

Chegou da escola, viemos caminhando.

Aparentemente nada nos afetou muito.

As memórias são laxas.

Chegamos em casa, aguamos as plantas do jardim.

Subimos e em casa! foi fazer uma atividade de páscoa.

Uma pergunta inquietou a mamãe.

Como nascem os coelhos.

A mamãe imprimiu imagens de coelho.

Sassá as pintou.

Colou na lição, mas ficou em aberto "como nascem os coelhos"? 

Como caracterizar um coelho é fácil tem orelhas grandes, pelo macio, pernas longas, dentes incisivos grandes.

O que comem os coelhos? verduras, legumes, frutas, folhas e capins.

Como nascem os coelhos.

Da mamãe uai.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Parei e não estacionei

 Olhei para o mundo para fugir de mim.

Imerso no sujeito!

Vi azul!

Despertei!

Vi cores, vi formas, vi profundidade, vi proximidade.

Parei de ver e ouvi os pássaros cantando.

Um gavião no ninho!

Parei de ouvir e senti o cheiro,

Nenhum cheiro específico.

Parei de cheirar e senti as pegadas,

A aspereza da parede.

Foquei em cada coisa.

Excluí cada sensação!

Ficando atento a seguinte.

Dei atenção ao que merecia!

A realidade.

Porque nossa mente é cheia de representação.

Passível de ilusão.

Visita a bica

 Sassá foi ao zoológico novamente. Desta vez pode ir a sessão dos rapinantes.

Viu as cohujas orelhudas cleo, fique e gloria; nem deu muita atenção aos gaviões caramujeiro e caboclo, a atenção foi especial para o recinto do carijó.

Eduardo, o zookeeper, passou para limpar a água e as aves ficaram todas agitadas, mas o carijó não.

Ele estava deitado, parecia está choco. 

Eduardo se aproximou e retirou o gavião carijó fêmea que estava chocando um ovo lindo!

Um ovo alvo com manchas marrons numa harmonia que enchia os olhos.

Ficamos ali contemplando por um bom tempo.

Depois passamos pelos asa de telha, pelos urubus e pelos carcarás.

Fomos ver as águias pé de Serra Ana e Ricardo.

Ficamos ali contemplando a beleza deles...

Depois, observamos as flores de palmeira imperial no chão, repleta de abelhas diminutas.

Depois Sassá foi dirijir os tratores.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Despertar da fumaça

 Acordei cedo como de costume. Deitei na rede e comecei minhas orações. Então, ouvi o som de um caminhão passando  na rua. O som de um carro grande e pesado a julgar pelo rangido da carroceria. O som persistiu, pois o motorista estava estacionando. Fui conferir e nada vi. Entretanto, rapidamente senti o cheiro do diesel e exposto na fumaça! Eureca! Minha mente repentinamente despertou e acessando memórias muito primeiras. E não é um passado que se repete não é um passado encerrado. Pois bem aqui estão  minhas memórias.

Minha mente voltou no tempo. Num tempo muito saudoso, por já ser perdido. Sim quando na casa onde morei toda a infância a estrada era de barro. Então a gente sentia o cheiro do diesel misturado com o pó da estrada. No entanto de madrugada a poeira era fria. Naquela época, chegar a cidade maior, Pau dos Ferros era um sacrifício então tinha um ônibus que fazia a linha. Era o ônibus de Ci de Damião. Todas as manhãs as cinco horas, na estrada lá vinha o ônibus gemendo, levantando o pó e deixando a trajetória de pó, fumaça e o cheiro do diesel. A gente aprendeu a saber quando, ficando atento ao barulho do motor com seu timbre e pela forma peculiar do motorista dirigir. 

Entretanto, nesta cena havia outro caminhão, ai sim, um mercedes 1113, vermelho de Nego de Zé de Lindolfo. O caminhão 1113 vermelho, desejo de todo menino, passava carregado de Caixão de frutas, tiradas na serra, nas terras de Zé de Euzébio. Lá vinha o carro cheio de sobreviventes de jornada dupla sendo agricultor na semana e feirante no sábado. Coisa muito peculiar de Serrinha. Lá ia tio Michico o amante do som, amava cantoria e passarim, seu Duca, saudoso seu Duca com uma voz gostosa tremida e peculiar, Zé Bianca, saudoso Zé Bianca, Júlio Souza, Tio Dico, também memorista e artesão e agricultor e pedreiro, Juca...

E por ai se vai.

Esses heróis cada um com uma família maior que outra, trabalhavam incessantemente.

Às sextas-feiras desciam atrepados nos caixões de frutas em busca de um dinheiro a mais.

E eram felizes, pela amizade, pelo valor em comum cultivados.

Quando o 1113 passava a poeira cobria e o cheiro de Diesel e a poeira e a fumaça tomava conta de nossas imaginação. Quem não queria dirigir um focinho de porca vermelho.

Aquele circulo estrelado na venta, aqueles lindos faróis redondos concebidos o modelo na Alemanha, produzidos no ABCpaulista, Servindo ao povo humilde da Serrinha Grande.

Então despertei e pensei em compartilhar essa memória com voces. 

Até 15

 Quando acordo!

Sassá dorme. Então dou um cheiro bem gostoso em seu cabelo.

Quinze segundos! de plenitude! Quinze segundos de paz.

Antes de sair para trabalhar se dorme bem.

Dou outro cheiro.

É tanto amor que meu parece que vai explodir.

1, 2, 3, 4, 5... 15, parece infinito.

É eterno.

Conte até 15.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Oco, moco, toco

 A eternidade

Ausência de tempo,

Nem passado,

Nem presente,

Nem futuro.

Tudo é fugaz.

Tudo que tem início tem fim.

Tudo que existe para existir

Necessita de um corpo.

É e não é.

Que dualismo.

Que monismo.

Ler! Sassá

 Ontem, senti que o sabiá Sassá está quase decifrando as palavras.

Senti que ele logo estará lendo.

Senti pela primeira vez que ele abocanhou uma palavra.

Nós após o banho dele, fomos para cama.

Eu pensava sobre tartarugas.

Não me lembro o contexto!

Sim, lembrei.

Com caixa de creme dental fiz um bico doce.

E com uma caixa de uma pomada fiz algo parecido com um réptil que saiu mais parecido a um quelônio.

Veio a minha mente tracajá, mas não era.

Então peguei nossa coleção 199 animais.

Pedi para ele procurar tartarugas lá.

Ele achou.

Lá abaixo de um bicho, ele leu - L - A - G - A - R - T - O.

E pronunciou.

Me animei.

Mas ficou naquela leu a imagem ou a palavra.

Pedi para ele ler, mas leu mesmo foi a imagem.

Só um trisco para entender a junção das palavras formando as sílabas e a junção das sílabas formando as palavras.

Fiquei tão feliz.

A mamãe trouxe outro livro melhor.

Mas Sassá é esperto leu a figura e não a palavra.

Pedi para ele ler Ilha. Já que não conhece.

Ele leu.

Prometi um presente na sexta.




Quê?

 Somos donos de nossas histórias. 

Somos produtos de nossa história.

Somos nossa história.

Uma afirmação de ser cotidiana.

O passado está encerrado em nós.

Somos o que decidimos ser se tivermos sorte.

A estreiteza pela qual as coisas podem se tornar fato ou não.

Seria a ideia a grande nutridora do ser?

Onde beber dessa história.


quarta-feira, 9 de abril de 2025

Sassá filosofa

 Ontem Sassá me fez pensar.

No carro voltando da escola, na nossa conversa ele disse quando você voltar a crescer e ficar jovem.

Engoli a seco e não falei que não ficaria mais jovem.

Cai num choque de realidade.

O que me resta é a velhice.

Tenho que aproveitar o máximo de tempo.

A noite exausto deitado, enquanto Sassá queria brincar.

E minhas energias se iam.

Deu tempo dele fazer a lição.

Elogiei-o.

Montessouri falou que depois dos seis vai toda a magia vontade de desvendar o mundo.

Foi o que li a pouco.

Tenho tentado construir o meu próprio castelo quanto a vida, entretanto não é fácil.

Sassá é minha maior bateria.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Tormenta em alto mar

 Às vezes parece que temos algo em nossas mãos.

Às vezes temos certeza que não.

Não há nada.

Tudo é produto de nossa mente.

Tudo é produto de nosso modo de pensar.

Tudo é produto de nossos condicionamentos.

Como dominar uma tormenta no mar?

Tártaro em sassá

Sassá foi ao dentista.
A doutora falou que ele tinha tártaro.
Lembrou bem ele tártaro rima com tartaruga.
Que tem em comum algo duro.
Outra vez foi trilha e trêm.
Me faz pensar que sempre segue a mesma linha e tem vários componentes.

Vô, mamãe e eu

 Vô José, dorme num jazigo desde 01 de janeiro de 1993. Mas é eterno em minha mente.

E sempre posso reviver sua memória num som, num canto.

O canto do gavião carijó.

Os gaviões apresentam uma linguagem particular.

Quando estão cantando para atrair uma fêmea voam algo e em círculo.

Quando, junto com mamãe ouvi o carijó cantando mamãe

Se arremetia a sua infância, evocava uma lembrança

Que colhera na presença de vô.

De certo, mamãe ainda era menina.

Ela ouvira vovô proferir que canto do gavião era sinal de chuva.

Tempos depois, comigo num desses dias ensolarado, de inverno preguiçoso,

Ela ouvira o canto e se arremeteu a vô.

Não só uma, mas várias vezes.

E isso ficou na minha mente.

De onde vô aprendeu isso?

Sei que sempre penso nele.

Como hoje de manhã sem sol.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Sassá no zoo

 Sassá vai ao zoológico!

Ele ama bichos como ele.

Te encantam os peixes! Pensei.

Nem vimos as aves de rapina.

Nos interessou a relação de amizade de Eduardo com a anta Amara.

Ela é silvestre, nova, menos de um ano.

E já trata Eduardo como se fossem amigos.

Nos maiores dengos.

Eli limpou o coxo de água.

Amara petiscou folhas de mangueira. Fiquei surpreso.

Achamos que Eduardo tem que ser médico veterinário.

Depois conhecemos Letícia a professora mirim, Laura a relações publicas e Laura a tímida.

Sassá amou conhecê-las, pois pode por seus conhecimentos de biologia em prática.

Enquanto isso Bia a mãe de Sassá interagia com Laura relações e ouvia o professor de pedagogia explicando as coisas para as mães das meninas.

Vimos dois cágados de barbicha, tilápias, piabas, e tambaquis.

Foi maravilhoso.

Né sassá.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

A utilidade do bico

Sassá o sabiá

Sabe caçar minhocas.

Com suas pernas a pular,

Com o bico a cavar.

Sassá com sua barriga vermelha 

E costas castanhas

Engana quem quiser lhe devorar.

Sassá usa o bico para caçar,

Usa o bico para carregar as minhocas,

Como o bico se alimenta,

Com o bico a cantar.

Eh! Sassá.

Canta, canta o inverno a chamar.

Logo mais a se aninhar.

Canta, caça e ama,

É de sua natureza a felicidade.

Cubo mágico

 Cubo mágico

Seis faces, seis cores.

Vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e branco.

Cada cor tem nove quadrados.

Quantas combinações são possíveis?

A resposta é 

43 252 003 274 489 860 000.

Meu deus.

Será que um dia conseguirei conseguirei desvendar os passos como combinar tudo em usar os vieses da internet?

Só consigo revelar uma face plena até agora.

E você?

Sassá e a noite

 O sabiá Sassá não está com sono.

Luz acesa!

Vamos desenhar.

Desenha.

Quero pipoca doce.

Feito pipoca doce com leite em pó.

Tai um suquinho de manga.

Coma e tome todinho.

Sassá quer brincar.

O sono não chega.

Sassá vai tomar seu banho, faz cocozão.

Liga o chuveiro e vamos brincar.

Sassá!

Tomou banho.

Vamos brincar.

E apago na noite enquanto

A mãe de Sassá fica com ele até a noite adentro.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

O sabia sassá quer sabedoria

 Sassá o sabiá que interrogava!

Por que sabiá sabe cantar?

Por que sabiá precisa se casar?

Por que tem diferentes cores de papos de sabiás?

Por que o sabiá come minhoca?

Por que sabiá come pimenta e não lacrimeja?

Perguntava Sassá a sua mãe Bia.

Achava que Bia era sábia.

Bia olhava para Sassá com tantos porquês e suspirava.

As vezes respondia,

E quando não sabia ignorava.

E quando sabia era profundo seu explicar.

Sasá não estava nem ai.

Porque estava na fase dos porquês.

Bia não entendia muito disso pois era a primeira cria.

Foram dois ovinhos, mas um não chocou.

Então nasceu Sassá.

Bia está entendendo melhor essa fase conversando com as mães da escola de Sassá.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Amanhecendo na ignorância

Acordei com o despertador,

Escura a madrugada

Pintada de raios alaranjados da rua

Posso ver através da janela.

Sete luzes!

Que importa.

Armo a minha rede para pensar.

Pensar nas orações que selecionei aprender.

Me perco as vezes. 

Como de costume.

Me perco em minha imaginação.

São tantos os sentidos que preciso me orientar pelos pontos cardeais.

Quantas tardes me perdi com um livro na mão.

Hoje sei que estava me construindo.

Sem sentido e sem direção o que aparentemente da no mesmo.

Me perdia.

Agora!

A oração é justamente para colocar uma ancora.

Parar e ver qual é o melhor sentido.

O pai nosso aprendi com a mamãe, a ave maria com o todo.

Mamãe me ensinou Salve rainha e não aprendi.

Estou aprendendo.

Na verdade, sou de uma família de franciscanos. 

Os pais de papai eram Francisco e Francisca.

Papai era Francisco e mamãe Francisca.

Papai tinha o mesmo nome de vovó sem tirar ou colocar uma letra.

Mamãe se chamava Francisca porque nasceu no dia de São Francisco 10 de outubro de 1950.

Meu avó era José, Minha avó Era Severina nome de etimologia significa severa como ela realmente era.

Como cheguei até aqui mesmo.

Na madrugada.

Aprendi a rezar ou orar e descobri o valor da oração apesar de está estampado em todos os lugares.

Após a oração, vem o salmo, provérbio e a leitura de um capítulo da bíblia. Estou no livro Gênese.

Descobrindo a beleza deste universo e o tamanho de minha ignorância.


terça-feira, 1 de abril de 2025

Gaspazinho

 Entre as espadas de são jorge, estava deitado um gato!

Um gato alvo como uma garça, como goma.

Parei para lhe contemplar.

O seu susto foi medonho.

Suas pupilas dilataram.

Ficaram grandes e escuras como uma jabuticaba.

O que espreitava de que se escondia?

Seu pelo alvo, parecia macio, mesmo sendo gato de universidade.

Seus olhos eram verde e azul.

Pensei em levá-lo pra casa.

Até pensei.

Seu nome será agora gaspazinho.

Identidade

 A senhora ruiva ia pela rua!

Falava alto em bom tom.

Falava de uma cachaça.

Falava com orgulho para as amigas.

Cachaça de Pirpirituba!

Então aquela senhora tem um lugar.

Pensei é o mesmo de Maciel.

Então disse: Pirpirituba!

Ela falou que sim!

Conhece seu Maciel?

Disse que não.

Falou que lá tem a cachoeira do Roncador!

A senhora ruiva se chama

Josefa Santos!

Tá certo professor ela falou!

Tem que ir lá conhecer.

segunda-feira, 31 de março de 2025

Dona lavandeira

 No passeio por ai

Vi coisas para falar,

Vi coisas interessantes,

Umas merecem e vou citar,

Numa pequena aroeira,

Vi um ninho e sua dona,

Era uma lavadeira!

Lavadeira isso mesmo.

As lavadeiras aninham nas beiras dágua,

De certo lavadeiras de roupa

E não lavadores,

A denominaram assim.

A lavadeira,

Vestida sempre de branco,

Usa uma linda mascara preta.

Para ela é tudo no preto e no branco.

Um encanto.

Ver tudo no escuro!

E mesmo assim se veste de branco.

Brincar com lavadeira,

É brincar com uma mãe.

Se afugentada,

Defende a cria com a vida.

Defenda a cria com a vida.

Fui olhar de perto seu ninho,

E ela partiu para me bicar,

Fez um barulho danado,

Feito uma mãe 

Defendendo sua cria.

Rimos do meu susto.

Vinicius que estava no meu braço

Viu a furia de uma mãe.

E a mamãe riu de nós.

Foi hilário,

Ver tudo isso enquanto o sol caia no poente,

Enquanto seus raios dourados,

Embelezavam a nossa vista.

A visita a aroeira,

A dona lavandeira.

Lavandeira

 A valentia de uma mãe.

A lavandeira ave singela,

Fez um ninho na aroeira.

Vestida de branco e mascara negra,

Canta, canta animada.

Nos galhos da aroeira,

Se sente a graciada,

Fez um ninho para amar,

Fez um ninho para se dividir.

Arrumou uma namorada,

E ofertou aquele ninho!

Então vieram os ovos,

E a lavandeira pepi,

Ficou muito feliz com a paternidade,

Encontrou do fundo da alma

Coragem de um leão.

Ao me aproximar de seu ninho,

Que arrepio

Ela bradou e me atacou,

Com seu bico aguçado,

Impôs  medo a minha mente!

Afugentado não me aproximei.

Lavadeira lavadeira...

Vive por ai sem nada temer.

Gente á boa para você.

Por que está sempre mascarada?

Por que sempre veste branco?

Por que faz um ninho suntuoso!

Sois a princesa de negro?

kkkk.

sexta-feira, 28 de março de 2025

O moinho amigo.

 À tarde, após o almoço. Mamãe ia ao silo, pegava milho e colocava numa panela com água. O milho ficava de molho, ai colocava no fogão e dava um fogo para amolecer o milho. Lá para as três da tarde, escorria a água, colocava na bacia e era a hora da atividade. A hora de visitar o moinho. Em casa ou na casa dos vizinhos. Lembro de moer no moinho de Dudé de Zé Baliza e de Ciça de Amaro Lopes. Eu ia com a mamãe ou com uma das meninas. Um quebrava o milho que é a primeira moída e o outro colocava o milho ou a massa, no geral se moia o milho e a massa, se fosse para fazer o cucuz se moia mais. Moinho mimoso. O nosso de casa era uma carroça de bruto e duro. Noe geral moinhos mais velhos são mais leves. Daí usar o dos vizinhos. Mas também sair de casa seria motivo de atualizar as conversas. Mamãe gostava de conversar. O moinho de Dudé ficava num quarto dando vistas para um joazeiro e o barro vermelho. O de Ciça ficava na cozinha. Então vinha o calor e o suor, mas ninguém reclamava. Então mamãe conversava e fazia as colocava o milho. Quantas tardes não fizemos isso juntos. Depois que terminava se limpava. O fato é que sempre, lá em casa, fomos ouvintes. Mamãe falava e ninguém se intrometia. Acho que era resquício do patriarcado. Força de Sinhá e José Neves meu avó. E ai o moinho tinha uma função terapêutica de falar da gente, dos nossos sentimentos e emoções. A gente aprende a ser com os nossos pais, mas precisamos dividirmos as coisas juntos e o moinho além de moer, gerava informação, gerava engajamento, amizade ou do contrário também. 

Tudo porque hoje peguei o pilão para pilar meus cravos e lembrei de nossas relações com o objeto e o moinho foi muito  mais presente em minha infância.

quinta-feira, 27 de março de 2025

A rosa

A roseira do nosso jardim está coberta de flores.
Rosas vermelhas
Chega enche a vista e o peito.
Até esquecemos que rosas são armadas,
Assim como os gatos.
Em plena floração imperiosa a rosa
toma toda atenção.
São 26 flores cada uma mais bela que a outra.
Mas no nosso jardim tem muitas outras plantas.
Uma colônia, outras rosas, um sapatinho de anjo, uma campanula, uma renda portuguesa, um oxalis, uma espada de são jorge, uma lança de são jorge e um cacto.
Tinham abacaxis.
A rosa está ali. No auge. Bom bando.
Enfeitada com pétalas vermelhas,
Arrumada arbustivamente.
Nem liga para o sol...
A gente é como a rosa quando estamos bem, somos mais resistentes as adversidades que nos aparece.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Confiança

 Ontem, após muitas aulas de prática Vinícius criou confiança e coragem e nadou sozinho.

Foi apenas dois metro, mas foi um grande salto para sua mente.

Logo estará nadando.

Ontem, na lição de casa aprendeu o que é o número dois 2.

Repetiu inúmeras vezes.

Estes fatos me arremeteram a minha infância ao contentamento de aprender.

Como foi aprender a nadar.

Faz muito tempo que aprendi a nadar. Ainda era criança, mas trago vivo essa lembrança.

"Era uma manhã como todas as outras. Tinha ido com a mamãe ao açude de Juvenal de Mariana para ela lavar umas roupas. O açude estava com pouca água e portanto raso. A água era barrenta. Depois que mamãe terminou de lavar a roupa me estimulou a nadar. Então batendo os braços consegui atravessar o açude e senti que minhas pernas não tocavam o chão. Foi uma maravilhosa sensação de segurança. Alí, descobrira que já sabia nadar. Depois foi só aperfeiçoar com muita prática ganhei confiança e descobri que sabia nadar. Fui pra casa tão feliz, e fiquei tão feliz naquela dia".

Como foi aprender a contar.

Lembro de um episódio que a professora Livani minha alfabeditazadora lá na primeira serie pediu para

escrever até 20 e eu escrevi até 120. Foi  1,2,3... 10... 19 120.

Memória sintética.


Desperto pela lua

 A madrugada estava linda,

Acordei com vontade de dormir,

Mas despertei quando vi pela janela

A linda lua crescente!

Tão grande!

Nunca tinha visto a lua crescente tão grande.

O céu limpo e escuro

Dava palco a lua

Que parecia maior.

Sempre que vejo a lua num céu escuro,

Rememoro os tempos primeiros.

Olhar para o céu noturno é contemplar a eternidade.

A gente parece ao contemplar a infinitude do universo,

Olhar para nossa finitude.

Chega a estremecer a espinha,

Nos fazendo arrepiar.

Algo muito irracional.

Fiquei ali, deitado na rede

E por meia hora a lua ficou a minha vista!

Ela me encantou.

Depois sumiu no teto da janela.

Foi assim.

Foi assim... 

terça-feira, 25 de março de 2025

Filho uma definição do amor

 A beleza de amar!

Amar é se doar.


As capivaras

 Ainda sobre Recife, antes que as coisas sejam deletadas.

Vimos as capivaras perto do açude relaxadas tomando um banho de sol.

À sombra de um pé de mamão passamos um bom tempo a contemplá-las.

A mamãe aproveitou para sentar e aproveitar a sombra da grande gameleira.

Nós ficamos mirando!

E o que vinha a nossa mente?

A minha vinha a contemplação daquele lugar mais lindo do mundo.

A paz das capivaras,

As ervas aquáticas...

A pedra do calçamento quente pertinho da sombra da gameleira.

As folhas das plantas brilhavam um verde viridescente.

Vinícius o que pensaria?

Nem imagino.

Apontava as coisas para ampliar a percepção.

Olha o anum preto.

Olha no lago uma tartaruga da amazonia.

E aquele curto momento foi maravilhoso.

Capivaras são animais, mamíferos.

Mamíferos tem pelos e mamas.

E um cérebro muito mais complexo com cuidado parental.

E outras coisas mais.

...


A palavra capivara vem do tupi-guarani kapii' gwara, que significa "comedor de capim".

segunda-feira, 24 de março de 2025

Guaruba

 Sábado passado, 22 de março, fomos ao parque dois irmãos em Recife.

Vimos vários animais e entre os mais lindos estão as aves.

As lindas araras.

Ararajuba, Arara-vermelha, arara azul e arara boliviana.

Arajajuba de nome científico Guaruba guarouba.

Me impressionaram pelo amarelo ouro.

A arara vermelha me impressionaram pelo vermelho sangue.

A arara azul por suas penas azul celeste.

E a arara boliviana pelo glaucociano da garganta.

Foi maravilhoso ouvir essa beleza gritante.



Pota o hipopótamo

 Fomos, sábado passado a Recife. Fazer?

Visitar o zoológico.

Qual é o maior bicho de lá?

Pota o hipopótamo que Vinícius chamava de "paquiderme".

Foi surpreendente porque vimos o tratador Will cuidar da higiene bucal de Pota.

Antes, desse fato, passamos no recinto duas vezes e paquiderme estava submerso, mergulhado.

Ficamos até meio desvanecidos.

Já estávamos contente, por ter visto as capivaras. Mas a atração era paquiderme.

Então, caminhamos até o recinto do chimpanzé e dos felinos quando ouvimos paquiderme gritar.

Vinicius voltou correndo, avistou, mas a luz no espelho que separa o recinto estava atrapalhando.

Bom satisfeitos.

Dai quando fomos mais a frente Vinicius percebeu o povo no recinto de paquiderme e voltou correndo.

Eita que bacana! pensamos. Olharam, olharam...

Até que a mamãe percebeu o tratador Will com uma caixa de comida.

Ela disse vai alimentar paquiderme, vamos esperar. 

E foi melhor.

Vimos a docilidade de paquiderme que abriu a boca para Will higienizar a boca.

Até falei para o Vinicius que Paquiderme não dava trabalho.

Will passou um remédio na boca de Paquiderme, escovou os dentes, mexeu na língua enorme de paquiderme.

Paquiderme só de boca aberta, de olhos fechados nos ignorando por completo.

Então Will deu grandes cubos de gerimum para Paquiderme.

Ele comeu.

E Will abriu a fala para perguntamos sobre ele.

-Qual é o nome dele perguntei "Pota" respondeu. Agora paquiderme pota.

-Qual seu nome? Will

-Quantos anos ele tem? 14 anos

-Qual o peso dele? entre 2 a 3 toneladas

...

Saímos tão feliz.

Vinicius amou.

Pota...

A gente já tinha visto "pota" inúmeras vezes, pois essa era a nossa quarta vez no parque Dois irmãos.

Acabamos descobrindo mais coisas sobre esse animal maravilhoso.

Depois fomos almoçar e brincar no parque.


sexta-feira, 21 de março de 2025

Acoita-cavalo perfumado

 Vestido de noite vi o acoita cavalo.

Com ramos pêndulos

De flores ornado!

Tão lindo e perfumado.

Sim estava perfumado,

Com cheirinho alvo

Cheiro alvo como suas flores.

Nesse mês de março foram muitas as surpresas.

Essa foi uma delas.

Volições

 Na infância sobrava ociosidade e espaço.

Tudo que existia dependia das estações que para nos era a chuva e a seca.

Na seca que tinha para olhar? Tudo era reduzido, a comida e a água, tanto nossa como dos animais.

Desapareciam os animais invertebrados como insetos, imbuas e vertebrados que por vezes apareciam como os preás.

E sempre tínhamos a esperança de tudo melhorar no inverno seguinte.

A gente precisava acreditar no futuro por questão de sobrevivência.

No inverno o chão estava molhado e dava para fazer curral.

Tinham as flores para olhar e dissecar, frutos para brincar e comer.

Tinham ainda imbuas, formigas, borboletas, mariposas, serpentes apareciam.

A gente tinha matéria de sobra para viver.

A gente aprendeu a acreditar no futuro, mas o futuro guardava tragédias que a gente depois pela razão iria descobrir.

Na infância tudo era interessante por sermos totalmente ignorantes.

Tudo que existia ia ganhando nome...

E esses nomes depois ganharam símbolos sem as representações pictóricas.

A, E, I, O e U.

Cara! o que é isso?

Porque não aprendemos a desenhar?

A ler os desenhos.

Foi profundamente influenciado por um livro de animais da sexta série de capa verde e com animais.

Foi ali que pus os meus pés na sistemática e na biologia.

E o que me atraiu foram os desenhos

As representações.

Lembro que queria muito desenhar coqueiro.

Tínhamos uma aula e era na sexta-feira, e não tínhamos caderno de desenho.

Uma ou outra vez.

O desejo nos alimenta.

Queria desenhar.

E não decifrar as vogais e o alfabeto seco.

Queria imaginar nos desenhos e não aqueles textos abaixo dos desenhos.

Como vim parar aqui?

Me questiono.

Da infância até aqui foi um longo caminho.

E ele continua até o fim.


Cheio de nada

 A minha infância foi um vazio de conceitos. 

Minha infância estava cheia de realidade.

Eu olhava para as coisas, via as coisas, sentia as coisas com as mãos, com os olhos, com os ouvidos com o gosto.

As coisas eram o que eram não conceitos.

Desde que descobri os conceitos.

Tudo perdeu a realidade. Muita coisa passou a ser ilusão.

Prestei atenção nos movimentos.

Ah!

Essas coisas encheram tanto a minha mente que não sei como me desapegar.

quinta-feira, 20 de março de 2025

Cacaia a sapucaia

 Fiquei pensando na percepção que tive da sapucaia cacaia.

Os ramos laxos e pêndulos com folhas meio encaracoladas.

Seria algo para tristeza ou seria timidez?

Ah! cacaia.

Sapucaia.

Sapucaia a árvore imponente e copa em cabeleira.

Uma copa encaracolada.

Uma cabeleira encaracolada,

Vez por outra um fruto se cria,

Vez por outra se vinga.

Após uma cândida florada,

Um florada perfumada e abençoada.

Se deita no chão.

E tu que por cima passas,

Nem se quer pensas.

De onde veio essa flor?

Nem sequer pega na mão 

A afaga com um cheiro.

Por que me ignora pergunta cacaia?

Por que não me vês,

Por que não me sentes?

Estou aqui humanidade...

Todos os dias assisto você chegar e partir,

Gerações e gerações a se formar,

Nas ciências humanas.

Estou aqui.

Tão imponente, meu tronco fendido,

Mas não me vês não me conheces.

Sou a sapucaia cacaia.

Estou no estacionamento, na central de aulas daqui

Da ufpb...

Eu estava aqui quando me tiraram da mata,

Colocaram essas pedras para os carros dormirem.

Ninguém me vê.

Sou eu.

Cacaia a sapucaia.

quarta-feira, 19 de março de 2025

A sapucaia triste?

 No campus I da UPPB temos o privilégio de termos nove remanescentes e árvores nativas por todo o campus. Hoje percebi uma coisa interessante ou não, mas vamos lá vi as árvores de sapucaia. Duas delas avisto todos os dias. Elas são muito peculiares pois seus troncos enormes são profundamente estriados e suas folhas simples tem margem serreada, os ramos são laxos e as folhas um pouco encaracolada.


Pensei.

A sapucaia cacaia.

A sapucaia cacaia!

Estás triste sapucaia,

Seus ramos pêndulos de folhas meio curvadas,

Parecem triste,

Parecem triste.

Seu tronco imponente e estriado,

Está sempre acinzentado,

Será saudade de viver no meio da floresta?

Será saudade de está dentro de casa?

Feito um cão que não pode entrar em casa,

Nos estacionamento ai está plantada,

Nem um filho a avistar.

Nenhum filho a zelar.

Sapucaia

Sapucaia,

Seus frutos são lenhosos,

São chamados de pixídios,

Parecem um jarro de barro,

Parecem um jarro emborcado!

Porque da tristeza sapucaia?

Ou está a sorrir de quem te olha,

Rindo da ignorância alheia.

Será!

A gente fica a te avistar.

Muita gente a perguntar

Essa árvore quem será?

Aos poucos quem te conhece,

Vai partindo

E tu que eras conhecidas,

Como a gente é um desconhecido na multidão.

Sorria!

Não apenas quando florida!

Te preparas para amar,

Fica enfeitada e perfumada de flores,

Mas agora!

Te acho triste.

Isso passa.

A cigarra narra

 A cigarra narra saiu a voar quando a noite caiu. Voou, vou e seguiu uma luz. Entrou pela janela. E começou a voar desordenada batendo nas coisas. Dentro do quarto o pai e o filho brincavam de dragões. E suas atividades foram paradas. Ao perceberem narra que voava pra lá e pra cá. O papai ficou aguardando narra pousar ou cair. Pensou ele será só questão de tempo. Narra por ser maior que outros insetos como mariposas noturnas com grande destreza de voo, voava desorientada. Até que pousou! Depois voltou a voar. Atentos pai e filhos continuavam a observar até que ela pousou na porta do banheiro. O filho a encontrou. O pai pegou um pote de vidro e a capturou. Ela ficou ali segura no pote frio e transparente de vidro. Até o outro dia o menino pegou folhas e colocou no pote para narra comer, mas ela não comeu. No dia seguinte. Ele a contemplou inúmeras vezes. Ele aprendeu o que é um bicho cigarra narra. Então quando ele foi para a escola sua mãe a libertou.

Fim de semana de junho

 Esse fim de semana foi atípico para Sassá. Sem Bica, sem praia... Como precisamos ficar em casa para o concerto do ar.  Então, tivemos que ...

Gogh

Gogh