quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Plenitude

Uma manhã suave despertando,
O sol despontando no céu,
Os pássaros cantando,
A luz do sol acendendo o dia,
Os fundamentos do entendimento,
Filosofia, física, geologia, botânica,
Literatura, música,
Platão, Nilton, Agassis, Bentham,
Borges e Bach,
A plenitude em nossas mãos,
A sensação de entendimento,
A percepção do sentido de felicidade
Nos preenchendo por inteiro.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Tarde

A tarde cai dourada,
Uma bela tarde de natal,
De tempo ameno,
Após algumas poucas chuvas,
Os arbustos e árvores florescem e se cobrem de folhas,
As vezes se fazem ausentes os fundamentos de algum pensamento.
Ausência de quase tudo,
Então,  a matéria se revela em formas diversas,
A realidade realizada
Em cores,
Formas,
E textura.

domingo, 23 de dezembro de 2018

Reflexões natalinas

Um dia,
Uma tarde,
Uma noite,
Uma semana,
Um mês,
Um ano,
Os anos que se passam,
Desvelam o desconhecido,
E ocultam o conhecido...
O tempo dilui tudo,
Toda a substância que nos constitui,
Nossos corpos, nossos sonhos, nossos pensamentos,
Nossas paixões...
As relações,
Nosso universo subjetivo,
Nossos valores...
Num atino se esfacelam
Diante de uma catarse existencial...
A consciência sólida que a existência é tão curta quanto um sonho.
A alguns é revelado a outros nem a morte o faz.
O entendimento das coisas,
Nossos sentimentos que pode ser mais humano?
O fim do ano nos aflora reflexões
Que os dias com suas manhãs, tardes e noites,
Semanas, meses, anos tudo apagarão.
Assim mostra a experiência.

Consciência

Quantas coisas já preencheram minha vida até agora.
Essa massa substanciosa transformada em experiência.
São memórias, consciências, percepções, emoções, descobertas,
Curiosidades e aprendizagem.
O que é relevante ou irrelevante,
O que ficou e o que se perdeu...
Pego a câmera e saio a fotografar as formas,
Buscando um sentido...

Meia idade

É tarde,
Estamos todos na área da frente,
Então Dilene trás um filho de cachorrinho,
Lidiana o nomeia de Sherlock...
Está maguinho e pulguento,
Papai procura não se apegar,
Pois ainda sente
Falta de Negão nosso velho cão que teve que ser sacrificado pelo mal do calazar.
Dayane trouxe uma foto de negão,
Outro dia papai chorou olhando para a foto de Negão.
É...
Aqui estou,
Após conhecer tantos lugares,
Tantas pessoas,
Tantas histórias,
Aqui estou
No mesmo lugar de sempre,
Com quase quarenta,
Aqui estou pensando na vida,
Como sempre fiz,
Porém na meia idade,
Onde as lembranças já são maiores que os sonhos...
Refletindo sobre tudo isso.

Onda

A manhã que desperta silenciosa e calma sem novidades
Só com apenas uma frouxa brisa soprando sob um céu cinzento nevoado.
Os pássaros cantando numa doce sinfonia,
Então, ouço pelos singelos sons o cuidado de papai ao regar as plantas
Afogando da lata na água de uma caixa de água,
Depois o borbulhar da latinha feita de garrafa pet para generosamente distribuir água nas vincas de flores alvas.
As formigas preto e vermelho cuidando das ervas por um pouco de néctar.
Tudo isso acontece num estado de indiferença.
Enquanto em mim toda a subjetividade é tudo consciência e poem-se em ação,
Sensação e percepção.
Levanto,
E penso no pensar...
No substrato e fundamento da existência,
E os dias, os meses e os anos passam tão rapidamente.
Só aparentemente,
Algumas coisas perdem o sentido, enquanto outras dão um novo sentido.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Um Que

Acontece tantas coisas na vida.
Numa vida que é tão curta
Que às vezes, pensamos porque o tempo não pára!
Ou porque o tempo não voa!
E tudo por conta das emoções.
Tudo por conta das emoções.
Emoções que nos faz agir sem pensar.
Emoções que nos faz se jogar.
Porém, temos que encontrar um meio termo.
A pitada certa de sal,
O nota certo para a melodia,
O tom perfeito!
E o que nos torna possível acertar?
O erro!
O erro nos permite reavaliar
E a experiência nos faz acertar.
Nem todo mundo tem a mesma habilidade de acertar,
Mas nessa vida por mim vivida,
Percebi que só os persistentes aprendem a acertar.
É preciso uma nova chance...
Quantas chances são toleráveis?
Como saberemos se tivermos medo de errar...
Então o que fazer?
Se enclausurar na própria concha?
Se fechar em sua carapaça?
Se defender?
Ou partir para atacar?
Cada um opta por uma maneira que acha mais pertinente.
E quem sabe se está certo ou errado?
Quem pode afirmar?
Isso, só o tempo irá revelar.
Talvez a experiência que é a vida refletida possa nos ajudar,
Todavia cada um tem que descobrir, pois é muito subjetivo.
Desde Platão, rios de tinta foram derramados nesta discussão
E a dúvida continua.
Há horas que queremos desistir
E horas que queremos resistir,
Mas nunca nos esqueçamos que a morte equaliza tudo.
A consciência nos faz a maior justiça.
Possamos então pensar, refletir e maturar,
Se estamos certos ou errados,
Talvez nossa soberba não nos permita perceber,
Mas a consciência chega.
A morte enfim tudo equalizará.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Sei lá

Árvores de Natal,
Final de ano...
O verde mais verde,
O seco mais seco,
Luzes coloridas.
A inocência e a esperança,
Para onde vão com o tempo?

sábado, 8 de dezembro de 2018

Gravitação

Memórias!
Que coisa mais bizarra é a vida.
Memórias, memórias, memórias...
A caixa de onde se guardam tais coisas sem substâncias.
Momentos vividos,
Por que não devem ser esquecido?
Para que rememorar?
É já ouvi autores falando do maior medo das pessoas.
Me refiro a autores ou talvez o que mais me atraiu a atenção no caso Borges.
Ele, certa vez, falou que nós morremos de medo de cair no esquecimento.
Deveras tememos o esquecimento, mas o que poderemos fazer contra este acontecimento certo?
Certamente nada.
A melhor palavra deste texto certamente é "BIZARRA".
Por me fazer lembrar de João Aranha meu grande amigo da Unicamp.
O João usava sempre palavras "bizarras" que certamente nunca havia escutado ninguém falar.

Que me agrada

Nesta vida efêmera ainda temos tempo para nostalgia!
Um pequeno texto, uma fotografia!
Tudo mudou e parece que foi tão repentinamente.
Os anos se passaram e até parece que foi ontem...
Ontem feliz com os piscas-piscas em Serrinha do Canto,
Ontem com as confraternizações de natal no Restaurante Universitário,
Ontem com as ruas vazias de São Paulo,
Ontem com as conversas no laboratório de taxonomia na Unicamp,
Ontem as tardes mais lindas em Brasília,
Ontem nas tardes escaldantes de fim de ano em João Pessoa.
Durante este tempo fiz amizades outras pessoas não consegui cativar.
E assim me fiz quem sou...
Alguém a quem desconheço,
Mas que me agrada.

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh