Gosto de aprender.
Gosto de entender.
Algumas coisas são mais curiosas que outras.
Mecanismos mecânicos por exemplo.
Como funcionam as máquinas?
Como funciona um cérebro?
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Gosto de aprender.
Gosto de entender.
Algumas coisas são mais curiosas que outras.
Mecanismos mecânicos por exemplo.
Como funcionam as máquinas?
Como funciona um cérebro?
Suave a sonata n° 2 de Mozart.
Gostosa como sentir a tarde caindo
E tudo está em paz,
E nos sentimos bem.
Às vezes, um bom referencial nos enche de esperança
Nos enche de alegria e paz...
Passageiros pois tudo é passageiro.
Entender a realidade é um desejo
Inteligível.
Sinta.
Uma rolinha marrom canta no fio.
Seu canto é doce e suave.
Enquanto canta encanta com o canto,
Encanta quanto beleza de sua forma e cor.
Canta na manhã que aos poucos vai se indo,
Vai passando.
Em minha mente memórias afloram
São despertas com essa frágil ave
Que apensar dos predadores
Resiste e sobrevive.
Assim na natureza.
Nunca mais sai para caminhar,
Do quarto vejo o mundo pelos ouvidos,
Canta alegre um bem-ti-vi agora.
Gorjeiam os pardais,
Sopra a brisa da manhã.
Céu azul,
Sol brilhando,
O volume de isla negra sobre a mesa.
As coisas desarrumadas,
O bebê dormindo,
O quadro de papai,
Nessa atmosfera vou tecendo meus pensamentos.
Vou me encontrando e me perdendo,
Nesse universo louco,
Muitos com pouco
E poucos com muito...
Pensamentos orbitando no senhor,
No saber, no ler, no aprender.
Pensamentos orbitando na saudade, no dever, no ser...
Assim é.
A catingueira floresceu amarela,
O mangangá veio visitar,
A sombra da cajaraneira,
Sentia-se o aroma amarelo da catingueira,
À sombra da cajaraneira se pensava na vida.
Na cabeça a consciência se criava,
A ciência dessa passagem que é a vida.
Diferente do que se inventa nas telas.
A vida real e efêmera é bela
Sob a sombra da cajaraneira.
Ali se matutou muito sobre o futuro,
Sobre o passado.
Ali estava o presente.
Ali se viu o chão molhado,
A lavoura crescendo,
O tempo e as estações passando,
Mas no rosto havia tristeza pelo que se perdeu,
O tempo...
O tempo não se perde.
O tempo se vive.
Havia graça e magia em tudo na vida...
No cheiro rosa das flores de serrador,
No agrado do jumento ao saborear o milho após o trabalho,
Na alegria dos cães ao acordar,
No grasnar do louro ao roer a bolacha.
Havia grandiosidade nas coisas pequenas,
Generosidade divina numa vida longa de muitos alcances.
A tristeza de certo era largar tudo isso.
É preciso um grande passo para ocupar um outro espaço.
No final,
Acabou a consciência
Que se difundiu no criador,
E passou a fazer parte da totalidade que é Deus.
Olhava para o horizonte.
Que pensava?
Ali estava e lock reconheceu e correu para sua companhia.
Cheguei e o ouvi e conversamos.
Aquele horizonte verde e lindo.
Efêmero como tudo...
Pensei tanto nesse momento
E não cheguei a conclusão alguma.
Ladram os cães ruas a mais,
A gente sente paz,
A gente sente paz,
E o tempo passa
Sem que percebamos,
Carregamos na nossa lógica
A esperança de que tudo será melhor
Um dia.
Um pitiguari canta ali,
Aqui canta um sanhaçu,
Na sombra da pinheira,
Doce e alvo fruto,
Friozinho e fresquinho,
O azul do céu,
O verde das folhas,
Um saci canta lá,
Um rouxinol canta cá.
Figuras oriunda daqui,
Que em palavras levo praí,
Pro mundo sem fundo.
O amanhã incerto,
A vida incerta,
Tudo em fim está aberta.
Flores foram ceifadas,
Flores amarelas, brancas, rosas,
Flores belas e perfumadas...
Vida plena, impar,
Vida...
Aqui estou neste momento breve,
Efêmero de existência,
Tudo se transforma a longo ou curto prazo,
Tudo aqui é passageiro,
Exceto signos,
Exceto aquilo que se transmite
Como a bela ária de Bach que ouço.
Efêmero.
Cedo enquanto entrava no prédio ouvi uma rolinha cantando. Minha mente saltou no tempo e me trouxe memórias maravilhosas de um passado tão gostoso. Lembrei das Vertentes que era a comunidade onde vovó Sinhá morava com vô José... Eu vi a caatinga com as catingueiras, os marmeleiros. Deu uma saudade boa. Agora à tarde novamente estou ouvindo outra rolinha cantando e o vento soprando através da janela. O que estou sentindo não sei explicar, mas é uma sensação boa. A certeza que tenho é que o tempo não para. Hoje que será noite de Santo Antônio em que comemorávamos com uma fogueira. Vi os anos de minha vida e vivi com eles. Aqui estou vivendo uma excepcionalidade de uma pandemia, com a dor da perda de papai e com a alegria da vida de meu filho e com Dayane...
Cedo ouvi uma rolinha cantando. E o que isso representa para mim? Uma identidade...
Eu sempre amei frutas. Caju, goiaba, pinha, araçá, seriguela, pitomba, pitanga, umbu, cajarana, cajá, coco, coco catolé. Essas tínhamos em ...