sábado, 27 de fevereiro de 2021

55. Juca

 Juca

Esta planta marrenta 

De crescimento lento,

De tronco liso bicolor 

Tronco forte e enroscado,


Cresce feito espeto

Ramo inerme e lenticelado,

De copa muito fechada,

Reune toda passarada,


Tem folhas o ano inteiro,

De inverno a verão,

E quando floresce,

Seus cacho amarelos,

A copa embelezada,


Por abelhas visitada,

Após forma fruto duro,







sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

54. Mulungu

 Mulungu

Belas flores encarnadas

Assim tem sua florada

A copa aberta enfeitada,

De flores naviculadas


Nela aparece o beija-flor,

Buscando néctar de flor em flor

Aparece o sofreu 

Aparece o sanhaçu,


E após polinizada

Tem as flores fecundada,

Da vagem moniliforme

Semente vermelha é dispersada,


E na beira do riacho,

Germina e a semente,

É a natureza moira

Que determina a geração


Essa prima do feijão

De madeira mole 

Só encanta a natureza

Só é fonte de beleza 


É uma planta invocada

Sempre encontra-se armada

Na seca perde as folhas e fulora

No inverno se enrama e cresce


Assim é o mulungu

Planta viva do sertão.


Nela aparece 


Que bela e imensa árvore,

Que cresce em beira d'água

Tronco armado e estriado,,,



53. Doce passado

Cajus maduros suculentos,

Cajueiros inteiros carregados,

O ambiente todo perfumado,

A graça divina na terra,

Fartura madura acridoce,

Que infância de relevância,

De um passado acabado,

Restam apenas lembranças,

Nem algo com semelhança...

Delícia, deliciosa, passada.


Maniçoba

 Maniçoba

Arvore estiolada,

Lenha mole e alvinha,

Tronco escuro,

Ceiva alva leitosa

Casca esfoliante,

Ramos angulados,

Odor intenso

Folha lobadas,

lisa, de haste avermelhada,

Flores diclinas,

Fruto cápsulas

Espocam no verão,

Atirando suas sementes,





quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

53. Juazeiro

Juazeiro

Juazeiro, 

Essa árvore tão frondosa,

De copa imensa e fechada,

Sombra fresca e generosa,

Até na seca enfolharada,


Nasce muito no baixio,

Cresce de forma lenta e torta,

De ramos sempre armados,

Demora a frutificar,


Oculta é sua florada,

De flores pequenas,

Verdes e estreladas,

Só por abelhas anunciada,


Então no fim da estação,

Aparecem os frutos ásperos,

De cor amarela e quiabenta,

Só os bichos apreciam,


Comem as folhas e os frutos,

E dispersam no cercado,


Há quem use sua casca

Para higiene bucal,

Juá na cachaça,

Creme dental melhor não há,


Deus o livre se sua estrepada,

Que fura até alpercata de pneu,


E lá está o juazeiro,

No meio do tabuleiro,

Verde esperança,

No meio da seca,

No meio do sertão.


De tronco áspero e duro,

Alva madeira e casca amarga,

Os ramos armados,


Com a casca muito amarga,

A madeira é alva

Tua madeira alva e dura,

A casca é muito amarga,


A casca 

Com sua casca escova  os dentes,

Suas flores tão miúdas,

Teu fruto áspero e quiabento,






52. Coexistencia

 O tempo,

O espaço,

A existência

Coexistem,

Se convergem entre si,

Numa impressão

Chamada ser,

Que é e deixa de ser,

No mesmo instante,

No devir!!!


51. Catingueria 2

 A catingueira madeira torta 

Na seca até parece morta,

Tronco forte e acinzentado,

As vezes oco e habitado,


Seu crescimento lento,

E longa é sua vida,

Hiberna maior parte da lida,

Se chove desperta,


Brotam das gemas as folhas,

Das folhas o intenso odor,

Depois aparece a flor,

E com elas as abelhas


Que visitam sem parar,

O dia inteiro vem e vai,

Mamangava vem abelha sai,

O polém e néctar a explorar


Após a polinização

Ocorre a fecundação,

E a semente a crescer,

Em vagens duras de roer,


Vem o verão,

Fim da estação,

A vagem explode,

E atira a semente,


Em um distante lugar,

Caminhando na mata

Só se ouve o estalar,

Espoca, pra cá e pra lá,


Quando cai a chuva,

Germina a semente,

E a vida renova,

Sem precisar de cova,


A natureza,

Mostra sua beleza,

Independência humana,

Cresce forte a catingueira.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

50. Papai

Olhar amoroso para cada ser.
Se apegava com facilidade,
Tinha amor de sobra dar.
O silêncio se comunicava
Entre ele e os animais,
Um afago, um colo
Uma palavra.
Generosidade.

Boceja...

49. jitirana

 Jitirana Jitirana,

Uma corda enroscada 

Forma uma latada,

E linda florada,


Cresce no campo 

Cresce na mata

Cresce até florar,

Cresce a se enroscar


Jitirana Jitirana,


Flores coloridas

Flores estreladas,

Flores visitadas,


Flores amarelas,

Flores rosas,

Flores azuis,

Flores alvas,


E quando é seca,

Dorme no chão,

Dormente a semente,

Espera o outro inverno.



48. Pinhão

 O pinhão manso

Cresce no bem em tabuleiro,

E em qualquer lugar,

Seu crescimento é ligeiro


Seu caule é esfoliante,

 Ramos moles espessados

Látex abundante e transparente 


Suas folhas são lobadas,

Nervação radiada,

Copa bem aberta espigada,


Estípulas fimbriadas,


As inflorescências determinadas 

Todas flores unissexuadas,

Flor pistilada e estaminada

Por borboleta visitada

Após polinização e fecundada


A tricoca é formada

Vai crescendo devagar

Pra três sementes formar

Após amadurecida

É bem desidratada

E explode a espalhar

As sementes carunculadas,


Planta bela,

Planta forte

A seca e o verão.

Viva por muitas estações.

















Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh