sábado, 20 de junho de 2020

55. Vento

O vento sopra animado neste sábado.
Vai por ai assanhando cortinas, perturbando fogo,
E ampliando a sensação de frio.
Com este céu azul de nuvens frouxas,
Que falta faz não poder ir a praia ver o mar.
A amplidão do horizonte,
A areia quente,
A água salgada,
O povo indo e vindo.
Como é a vida.

54. Lenguas

Gosto dos poetas de língua espanhola
Como Neruda, Borges e Galeano.
Sei que há todo um universo,
Mas que desconheço pode ser que seja a língua ou a distância.
Todavia a língua castelhana é maravilhosa,
O som e toda sua composição me permitem ampliar meu universo e me permitem ainda
Conhecer histórias e lugares e pessoas e uma pluralidade fantástica.
O inglês é uma língua muito difícil, pois há nuances que não permite que entenda o sentido exato das coisas, acho muito difícil ler qualquer poeta no original.
O esforço com o inglês é descomunal,
Acho que faria uma leitura melhor se pudesse viver na Inglaterra, mas aqui estou
Sem conhecer Black e Host e Turner.
Ao menos queria a Cup  of tea with milk.

53. Universo

Bem que gosto de ler, não na verdade amo a leitura.
Leitura que me faz pensar, refletir, entender e aprender.
Algumas leituras são muito mais do que isto,
Pois me permitem ver o mundo como não vi,
Sentir, ouvir e existir como alguém diferente.
Nietzsche faz isso comigo.
Algumas leituras são alucinantes, de tamanha inteligência como quando leio Borges.
Admiro Gandhi sob o espectro da leitura e sei que há quem o julgue de forma distinta.
Está realidade objetiva não está disponível a mim. E nem sei se queria subjetivá-la.
Agora me vem a mente as ervas e as árvores e solo ordenado pela chuva. Está realidade é minha e conheço bem.
Minha realidade sempre foi muito simples sem flores pluripétalas, sem frutos suculentos, mas é uma realidade contingente.
A leitura que faço do mundo me permite ampliar e expandir este universo objetivo,
Mostrando que está singularidade faz parte de uma pluralidade que é o mundo.
Aprendi vivendo e acreditando em idéias e sonhos e na realidade contingente.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

52. Quarentena

Hoje, 19/06 completa três meses de quarentena.
Três meses sem sair de casa para trabalhar, socializar ou ir lá pra mamãe.
Três meses de muito trabalho, amplo trabalho no computador.
Artigos e livros confeccionados.
Minha coluna dolorida do desconforto de minha cadeira.
Três meses sem cortar o cabelo,
Se bem me lembro só aconteceu uma vez quando estava fora no sanduíche.
Três meses sei ir a mata,
Onde fui apenas duas vezes na universidade.
Não me lembro disso me acontecendo nos últimos 19 anos.
Três meses só com Dayane em casa,
Assim um cuidando do outro.
A quarentena veio para nos ensinar
A viver de uma maneira diferente.
Estamos todos vivendo uma experiência ímpar.
E tendo a pior política da história.
Sobreviveremos se Deus, Buda, Ala, Shiva permitirem.
É isso, uma grande momento,
De resistência para uns e de final para outros.

51. Sensação

A chuva chove agora,
O sol nem apareceu.
Aqui estou pensando perdido.
Ouvindo o som da chuva.
Penso na existência,
Sinto que estou cansado,
Mamãe não está bem,
Por isso não me sinto bem,
É muito ruim ver alguém próximo 
Assim.
Nada fica com sabor,
É o drama da vida,
É o que devemos enfrentar.
Vai passar,
Amém.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

50. Noite

Noite, 
Escura noite,
Fria noite,
Silenciosa noite, 
O vento dar de açoite,
E balança as árvores de cá pra lá.
No céu, nenhuma estrela brilha,
Só nuvens enxarcadas de chuva.
A noite me dá um descanso,
Para que amanhã tudo corra ainda melhor que hoje.

49. Queiroz

A tarde caiu nublada,
E agora desfia do céu uma neblina suave.
Assim, se vai mais um dia.
Para todos um Grande dia,
O Queiroz apareceu!

48. Insônia

A noite é longa quando se perde o sono.
Quando no silêncio há ruído 
E o pensamento gira desordenado,
Nada a fazer.
Um chá?
O corpo não ajuda sentindo que é impressão.
 A gente fica assim perdido e enfadado.
Pedindo pra não surtar.
Sabendo que está acordado
Já é uma piração.
Mas é isto.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

47. Poesia

A tarde quase partiu,
Há um hiato de luz dourada na minha vista,
As coisas, a paisagem está dourada.
Ouço piado de aves, sanhaçus,
Chiados de pardais.
O que dirão?
Ei... Cadê!!!
Sabe-se lá o que expressa a natureza...
Sabe lá o que é a vida!
Rapaz, costumamos tentar entender o mundo através dos outros e não do nosso olhar.
Os poetas nos ajudam muito mais que tudo.

46. Enfado

Tem dias que a gente sente o corpo enfadado,
Sentimos que algo não está bem,
É uma sensação de cansaço,
A coluna e o abdômen não estão bem,
E nada nos faz sentir melhor.
São essas sensações que nos fazem pensar na vida,
Porém na maior parte das vezes não sabemos como descrever
Estas sensações e nem sei se vale a pena escrever sobre isto.
Sensações semelhantes venho sentindo a vida inteira.
E agora que a tarde caiu
Parece que o cansaço bate mais intenso,
A vida, às vezes, é assim cheia de incógnita.
E sempre buscamos algo que nos faça bem,
E descontamos no açúcar,
Na comida, na bebida...
A gente se sente enfadado, mas precisa seguir em frente.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh