quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Manuel

Manuel,
Oh Manuel de Barros,
Quanto te conheci já tinha o corpo muito usado,
Cabelos e bigode grisalhos,

Quando te conheci,
Descobri uma poesia singela e pura
Como as águas do pantanal,
Águas cristalinas,

Em teu poema do nada, Manuel...
Há tanta beleza e pureza
E tanto...
Teu nada enche o meu peito,
Minha alma...
Tantos poemas belos,
Extraído do pantanal,
Das aves, dos rios,
Me encanta seu profundo respeito
E amor a natureza...
Eterno serás

Manuel


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Esquecer

Quando a gente esquece,
Esquece o que tem que fazer,
Esquece o tempo passar,
Esquece pelo momento gostoso,
Esquecer é tão bom...
Não o esquecimento da conta atrasada,
Não,
Não o esquecimento de tomar um remédio,
Não,

Mas esquecer da realidade,
Daquilo que nos torna denso,

Esquecer pelo simples fato de está tão bom,
Que a gente quer que esse momento
Seja eterno,
Pois que seja eterno enquanto dure, como diria Vinícius.

Mas ai, a realidade é um saco,

Então, esquece...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Noite

A noite universal oculta as formas e as cores,
Oculta a profundidade e tudo aproxima.
A noite quando a vida se cala,
Bichos de olhos e orelhas grandes,
Saem de suas tocas e vão ao mundo.

A noite é para quem sabe ver no escuro,
Viver sem luz,
Seguindo os instintos e as estrelas,
Uma luz pode ser o fim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Velado

Nossos corpos cansam de viver,
Cansam de ser e de ter,
Nossa vida quem a domina?
Pensamentos?
Vadios pensamentos...
E esta carne quente,
Com o tempo esfria e envelhece,
Enruga, talha...
O tempo tudo nos dar e tudo nos tira...
Essa relação,
Que nos ensina tudo
O bom e o melhor e o mal...

Há um vazio no peito quando não se sabe como expressar.

Susseção

A vida essa metamorfose constante,
De um crescer, de um evoluir,
De um envelhecer, de um revelar,
E quantas leituras são necessárias para entendê-la?
Talvez muitas ou nenhuma...
Ah, a aurora quando desperta,
E Apolo quando chega, tudo revela...
Envelhecer é ver tudo revelado,

Eu, menino matuto que olha além dos garranchos
Das catingueiras e das juremas.
Vejo o tempo passar, como o inverno que passa
E deixa seus rastros na paisagem,
Que perde a cor e a flor...

Dessa vida que passa
Que levo no peito?
Saudades e lembranças que construo
Ao ver a vida passar,
Ontem ouvia Sinhá que já dorme na eternidade,
Seus óculos bifocais e o lento piscar,
Sua memória viva a me ensinar...

domingo, 9 de agosto de 2015

Pais?

Amadurecemos?
Vivemos!
Cada um de nós passa pelas etapas da vida e o que aprendemos com estas?
No geral fazemos o que aprendemos ou aquilo que fazemos de melhor,
Mas nunca sabemos ou saberemos quando estamos no nosso ápice.
Somos soltos neste mundo, todos ficamos órfãos um dia.
E sofremos antes e depois, porque nunca estamos seguros.
Sempre queremos ter alguém a quem abraçar e em quem confiar.
Na  maioria das vezes não abraçamos nossos pais, porque sabemos que eles estão ali,
E quando partem nos fica o vazio...
Então porque não fazer um geste de carinho e amor todos os dias além desta data comercial?
Eis uma grande incógnita.
Acho que até o fim somos crianças que cresceu, mas que não amadureceu...
Talvez a paternidade represente um pouco desse amadurecimento,
Onde acertamos ou erramos?
Quem sabe... 

sábado, 8 de agosto de 2015

Crianças

As crianças divertidas,
Tão fofinhas e cheirosinhas,
Cheias de alegria,
De curiosidade,
De inocência,
Amanhã cuidarão da terra,
Dos seres e de nós,
Estamos educando bem nossos filhos?
Quem não sabe.

Divagar

Quão vasto é o céu,
Nem nossa consciência pode entender,
E parado aqui estou,
Cansado,
A olhar as aves de lata
Partir e chegar,
Ir e vir,
Ancorando,
E se afogando
No profundo céu,
Minha mente cansada,
Minha vista pesada,
Observa presa entre vidros
O vasto cerrado de Brasília,
Ainda tenho clara em minha mente,
Minha pequena casa,
Parece que não sai daqui a quase dois anos,
Tomaria o ônibus para a rodoviária do plano,
De lá para STN
E saudaria em frente o Santa Helena,
Cruzaria as praças
Para adentrar no bloco três do...
O esquecimento me é clareia,
E a humaninade, e o limite humano
As leis da vida me retoma ao poema,
E me perco,
Como os aviões se perdem de vista no ar.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A noite

A noite o mar e a terra não se separam,
Tudo está tão próximo.
Tudo está tão profundo.
A noite tem a textura do vento,
E a suavidade do perfume de uma flor.

Sol, céu e mar

Os dias que passam,
Oculta vida,
Tantas coisas,
Tantos olhares,
Que lindo mar,
Viajar,
Sonhar,
Poetizar,
Poemizar,
Fortaleza...

Quanta beleza,
Quanta pobreza,

E viva o mar.

É isso o tempo

 O sofrimento dilata o tempo! O tempo não existe! O tempo é um conceito. Eternidade é a ausência de tempo. Vinícius de Morais cunhou a frase...

Gogh

Gogh