quarta-feira, 6 de julho de 2011

noite

Silenciosa e tímida a noite vem chegando
e aos poucos aparece, a lua vem
junto pálida, e os jardins e as plantas
demoram a perder a forma.
Assim são as noites
aqui invadidas pelo dia
por longo tempo.

domingo, 3 de julho de 2011

Longe

Uma noite clara,
com rubras petúnias,
a natureza em silêncio,
os pássaros cantam longe.
Que noite diferente,
sem estrelas,
a vez que vi a lua
era madrugada
estava tão apagada,
saudades do escuro
da noite, do piscar das
estrelas...
Coisas diferentes acontecem
aqui.

Elegia

O silêncio dos corpos,
o silêncio da natureza,
o fim da visa,
onde esta alegria?
onde está a magia?
onde está a poesia?
encerradas no peito
e na mente.
O que faz a alegria,
a magia e a poesia
é viver com amor,
com esperança,
mas ai, eis que as
águas de um rio
não voltam jamais,
nem uma palavra...
Encerrado
numa lápide
que foi não volta
jamais, e há
quem se encerre
ainda com vida,
sim há...
Espero a decadência
e tudo que penso
não apodreça
ou seque como
flores que perdem
o viço, a cor e o odor...

Domingo em London

London,

Uma linda manhã de sol,
o céu azul com nuvens brancas,
jardins verdes e coloridos com
ricas cores e odores da doces flores.
Parece que o tempo parou,
as ruas estão sempre vazias,
e só o céu está vivo com
aviões que chegam e partem.
Só quando o vento sopra,
movimenta as plantas,
As petúnias e as rosas,
são tão coloridas e belas.
Sinto saudades da universidade,
do Ru que fervilham, e
falam sem parar,
do São Pedro,
Mas é isso...
É melhor trabalhar,

sábado, 2 de julho de 2011

Tédio

Esperar a tarde passar,
esperar a noite chegar,
as ruas estão tão frias,
as flores tão vivas,
mas me falta coragem
me falta vontade
de sair,
acho que vou fazer alguma coisa,
a noite logo virá...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Silêncio da casa

A casa está vazia,
está escura e fria,
cada átrio vazio,
cada coisa fria,
esfria minha alma,
flores no vaso
perfumam a cozinha
e murcham lentamente,
me sinto só nesta hora,
a luz amarela
ilumina a mesa,
e o resto da casa
está escuro e frio
vazio.
Esse silêncio
que é quebrado
pelo som de aviões
que partem e que chegam,
vai para não sei aonde
e chegam de não sei aonde,
é noite de sexta-feira,
não posso esperar
comer uma pizza ou
uma carne assada,
nem conversar com
os amigos,
resta conversar
com o silêncio
ouvindo Mozart,
resta esperar
a noite passar.

domingo, 26 de junho de 2011

Conhecer ruas

Ruas com calçadas baixas,
prédios antigos,
árvores nas praças.
Os sinos anunciam o meio
e o fim do dia,
aves cantam felizes,
aves morrem de fome,
monumentos nas praças,
estátuas frias,
tilia perfumam as ruas,
pessoas vão e pessoas
voltam em busca de
formas e novidades.
E assim se vai
e assim se vem.

a tarde tarde

É muito estranho,
o mundo,
esse mundo de raimundo,
aqui em Bruxellas são 22h
e agora que o sol está se pondo,
o sol vai se recolhendo nas velhas ruas,
onde tanta gente passou,
tanta coisa aconteceu,
a essa hora da noite
de sol,
pessoas passam na rua
como se fosse o fim
da tardem
uma tarde limpa,
e o sol se vai
e a noite abraça
Bruxellas,
longe daqui ainda é tarde,
no meu Brasil,
ainda é tarde.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Jardins

Jardins

Ah, que belos jardins,
banhados de flores,
de cores e cheiros.

Ah, que belos jardins,
onde reina o silêncio,
onde reina a paz.

Ah, que belos jardins,
onde cantam aves
uma linda melodia.

Que belo jardim,
quantas qualidades
juntas, quanta harmonia,

É primavera,
quem sabe quando calarão
as aves,
e as flores se apararão
e só restará o frio
cinza do inverno?

Não sei
só sei que vejo
os belos jardins,
suaves jardins,
lindos jardins
com salvias vermelhas...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Quem sou?

Ando divagando no que sou e quem não sou.
Quem sou ou o que sou?
Falo e ninguém me entende,
por isso calo,
não falo, penso,
mas o meu pensar
está diretamente
ligado a língua,
sem ela como penso,
nada compreendo,
absolutamente nada,
todo o meu conhecimento
mais primoroso foi construído
através da língua,
e me vejo sem comunicar,
sem prensar,
por isso
me pergunto quando estou só,
mesmo tendo tanta
gente ao meu redor,
estou só,
e não encontro uma resposta para
quem sou,
sou minha língua,
o meu pensar,
meu interpretar,
ou não sou nada.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh