quinta-feira, 24 de março de 2011

Carinho

Feito criança interesseira,
toda faceira, enche de beijos
aquele(a) que admira,
e ouve o que voce quer?
não é nada, só declarar
o meu amor, mas se poder,
me dar aquele tostão,
estendo minha mão,
beijos, afagos, carinho,
somos assim feito passarim,
e quando queremos
entendemos
que o carinho,
dar um jeitinho,
com carinho e ganha um doce,
uma flor,
como é doce o amor,
como é doce a confiança,
como é grande a esperança,
e maravilhoso ser,
e ter com quem contar,
quem amar,
quem nunca amou,
o que pode refletir,
em que pode se espelhar,

beijos, carinhos
o que voce quer?
dizer que ti amo,
mãe e pai.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Riso

Uma flor não tem um propósito de ser bela, simplesmente é como um riso.

Pessoas muito especiais

Há pessoas boas, especiais e extraespeciais. Bem conheço bem pouco as pessoas extra especiais. Pessoas boas são aquelas que se dão bem contigo, mas tem um circulo muito restrito de relações, as pessoas nem falam nem defendem são indiferentes, as pessoas especiais são aquelas que tem um circulo bem maior de amizade, mas as pessoas falam bem ou falam mal, essa pessoa é reconhecida pelas pessoas por bem ou por mal, já as pessoas extra especiais, ah, essas são raras, considero uma pessoa extraespecial aquela pessoa que é querida por todo mundo sem exceção, são extremamente raras, essas pessoas são luzes na vida de outras pessoas. É assim que vejo o professor George Sheferd. Natural da Escócia veio para o Brasil para desenvolver pesquisa e ensinar Biologia Vegetal na decada de 70 e permanece na academia até a atualidade, no entanto estará se aposentando no próximo mês. Hoje no biofórum o professor uma das pessoas mais esperadas neste evento, apresentou suas ideias, sobre distribuição e classificação de florestas no estado de São Paulo, com a sala cheia de alunos e professores, com inúmeras pessoas sentadas no chão e escoradas por fora da sala. Nunca este evento foi tão frequentado, nem a sala de congregação recebeu tanta gente que ouvia atenciosamente cada palavra, calma e mágica, de olhos arregalados, mais parecia um lider espiritual do Tibet, após apresentação recebeu uma salva de palma belíssima. No final foi apresentado uma homenagem preparada pelo Gustavo Shimizo, uma apresentação de fotos de toda a carreira do professor em diversos eventos de sua carreira, seguido de uma seção de fotos e um muito obrigado. Passou palavras de paz, paciência e amor ao trabalho, prazer em viver. Foi um momento muito especial para o centro de biologia, o departamento de biologia vegetal e para todos ali presente. A imensa quantidade de presente só comprova a tese de que há pessoas extraespeciais que são pessoas que fazem o seu trabalho com muito amor. Amor ao próximo, ao ensino e a vida.

Galinha

A galinha põe todos os dias nos mesmo horários, mas mesmo assim se espanta de por um ovo, mesmo assim todos os dias quando põe sai gritando onomatopeicamente, cacarejando, alvoroçada, parece está avisando para o mundo a boa nova, e na sua gritaria avisa aos ovífagos que tem comida. Parece tola entre os animais, pois nem todos os animais que põe dar tamanho escândalo, os pássaros não saem gorgeteando. Estranho o comportamento, mas muito bom porque quando a galinha saia gritando do ninho, eu saia correndo pra pegar o ovo e fazer uma gemada. Nunca pensei se quem tinha nascido primeiro se tinha sido o ovo ou a galinha. O que me interessava era o delicioso ovo batido com farinha e açúcar. Não me importava, mas como morava no sítio, percebia que a galinha cacarejava pra exatamente avisarmos que onde estava seu ovo, pra irmos busca, senão os animais comeriam e elas não teriam nenhuma ninhada. Veja só, acho as galinhas aprenderam seria melhor ceder os seus ovos para nós que cuidamos delas, que ceder a lei da selva, aprenderam que cedendo sua prole, garantindo proteção e alimentação, embora vez por outra haveria um sacrifício de alguma delas. Acho que ela se espanta com o tamanho do ovo, ou sei lá, as galinhas são muito esquisitas, difíceis de se compreender como toda e qualquer fêmea.

flor

Uma flor,
tem cor, odor,
uma flor,
que pensas quando vê,
uma flor delicada,
perfumada,
singela, bela,
orna de beleza
onde está.

A velhinha e o caminho


Havia um caminho que não dava em muitos lugares, pouca gente passava bem a ali naquele caminho próximo a um riacho havia uma casa, de taipa, uma velhinha e um cachorro. A velhinha era educada e limpa e todos os dias varria o terreiro, as calçadas e a casa. Seus copos simples de alumínio brilhavam, e todos que a ali passavam ela cumprimentava, acalmava seu cachorro que latia, e se ouvia um bom dia. A todos servia um copo de água e um café oferecia. Nestas breves conversas se informava o que acontecia nos extremos daquele caminho, muita gente conhecia e todo dia conversava com quem passava. Sua comida era escassa, seus modos rústicos, mas era muito educada, acreditava em Deus. Durante o inverno o som da água do riacho ecoava em sua casa dia e noite sem parar, quando o verão chegava, pagava por um carga de água. Tinha a face enrugada, e sabia o que ocorria nas extremidades do caminho. Tinha uma voz arrastada, nunca viajara, vivia ali desde sempre, sabia falar como o povo dali falava, palavras rudes, mas se comunicava. E sempre se falava sobre as chuvas, a seca, a vida, as famílias os acontecimentos tão previsíveis, imprevisível era a morte, mas vez por outra subtraia um conhecido, por vezes mais um nascia. Crianças cresciam e envelheciam, aprendiam os vícios e aquele caminho aquela casa, havia uma velhinha e um cachorro, a velhinha era limpinha e educada, mas o tempo passou e a vida da velhinha se encerrou, daqueles que passavam um se destacava por falar muito, falar só, conversar. Este homem que andava numa burra, falava tanto que quando não tinha com quem conversar consigo conversava, tinha a orelha grande, os olhos castanhos e um chapéu de coro, um relógio oriente. Este todo dia passava naquele caminho era notícia certa para a velhinha, um jornal, sim porque esse senhor era um comunicador, de tudo e todos falava, mas o tempo venceu, aquele riacho, aquele caminho se transformou numa represa. Imersa estão as memórias, o caminho, a casa e a velhinha o cachorro e o velho dormem na eternidade.

terça-feira, 22 de março de 2011

Leva-se anos para ser o que se deseja e segundos para ser destruído.

Vento maestro

O que leva o vento?
Leva movimento,
leva vida nos esporos,
poléns e bactérias,
além poeira, o vento
quando toca as folhas,
as flores e os frutos
das plantas anima
as faz dançar,
muitas vezes fica a
sussurar,
provoca desavenças,
faz girar cataventos,
turbinas,
o vento tem certos
sentidos para soprar,
e se movimenta
com a terra,
se desloca e faz
deslocar a água do mar,
condensada nas nuvens
que ao se precipitar,
chega a cantar,
e faz calar o vento,
e faz germinar
a vida, dos esporos,
dos polens, dos quistos,
é a natureza em movimento,
sob a maestria do vento.

noite vestida

A noite chega sempre vestida de negro,
é elegante, tem na roupa brilhantes,
que piscam feito estrelas,
a noite é fria, se doa a poesia,
a tudo esconde, rosas, cores,
só os odores são capazes de esconder,
há seres que aprenderam
a viver com ela,
que aprenderam a se alimentar,
a se esconder na noite,
há seres que aprenderam
a ser noite também
pois vão muito além,
da visão, das cores,
a noite sempre vestida é negra.

Canta sabiá

Por onde andará o sabiá
que não mais veio cantar,
as manhãs são tão caladas,
e sem brilho sem seu canto,
o sol nasce enfezado
quando o sabiá não vem cantar,
onde deve está aquele sabiá,
porque parou de cantar,
Só canta quando quer namorar,
eita sabiá,
igual a ti não há,
mas não fiques sem cantar,
o outono está ai,
e o inverno não tardará,
canta no outono,
pois se tu calar,
o vento vai soprar,
e esfriar esse lar,
volta a cantar
cantador sabiá,
volta a me acordar,
que o escuro sem teu som,
não tem sentido,
não tem um norte,
canta e da sentido
a felizberto brolezze,
o jasmim já não tem flor,
a magnolia e a acacia
estão tão desoladas,
pois se tu não vir cantar,
ah o que vai ser dessa rua,
toda nua,
de som temos grunidos
e latidos
dos cães,
tu não está cantando para nos acalmar,
o que é que há,
volta a cantar sabiá,
volta a cantar.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh