terça-feira, 25 de abril de 2023

Chuva de Abril

 Amanheceu nublado,

Muito nublado,

Escuro.

Cadê o sol?

Caiu uma chuva grande,

Deixou tudo alagado.

Aqui.

Só apreciei o som da chuva,

A água escorrendo.

Acendi uma vela

Para ver parte do sol

Amarelo.

Ouvi o trovão.

Agora a chuva calmamente se despede.

As Árvores estão sorridentes.

Felizes com o canto e a dança da chuva.

Chuva de abril.


segunda-feira, 24 de abril de 2023

Sem palavras

 Ontem, domingo.

Senti uma saudade imensa de minha mãe.

Pensando como ela agiria vendo Vinícius tão astucioso.

Mamãe,

Que saudade!

Que falta nos faz.

Está em Deus,

Está na paz.

sexta-feira, 21 de abril de 2023

 Com Vinícius a vida ficou muito agitada,

Cheia de vida e de alegria,

Mas para isso é preciso energia,

É preciso está pleno.

No silêncio da manhã.

Olhei através da janela,

Até parece que estava dormindo.

Numa mais tinha contemplado o exterior de nossa casa, só.

Lembranças.

Saudades não.

Saudades daquilo que nos falta.

Nada falta.

Tudo é como deve ser.

Achei ótimo tudo isso, mas só.


quinta-feira, 20 de abril de 2023

Poema do despertar

 É madrugada,

Acordei com a beleza 

Do cantar do cabeça vermelho

Estralando de alegria

Com o raiar do novo dia,

Oh, que sonora doce poesia

Serrinha dos Pintos 13.abr. 2023

Eternidade

 Já estou bem acordado

E pouco incomodado,

A noite que se acaba,

E o dia que logo vem,


Está escuro e tudo calado,

Só os grilos a grilar,


As sombras frias da noite, o rato no teto,

A vaca mugindo incomodada,

A ausência de luz 

Que não tarda a chegar,


Meu são Francisco de Assis,

Meu arcanjo Miguel,

Meu arcanjo Rafael,

Meu arcanjo Gabriel,


Ouçam minha oração,


Aqui nessa casa velha companheira,


Por papai levantada,

E muita vida nela morada,

Infância, adolescência e juventude,


Aqui velei papai e mamãe,


Aqui cresci a sonhar,

Aqui quis deixar de morar,


Pelas noites mau dormidas,

Noites longas e sofridas,

Como mamãe a gemer e a chorar e papai a se preocupar.


O que é a vida?


O que é a vida?


Minha casa querida,


Aqui tanta descobertas vivi 


O primeiro chiclete,

O primeiro livro,

A primeira televisão,


As primeiras paixões,


Tanta coisa esperei,

Casinha doce e bela

De todas cores já pintadas,

De rosa, azul, verde e amarela,


Minha casinha simples e bela,


Na frente quanto habitamos onde café doce nós tomamos,

Nas tardes a conversar,

A ver gente a passar,


E a noite ocupar suas salas e quartos,


Para na manhã ao levantar a cozinha ocupar,

E comer até encher

A barriga e a alma de maravilhosa satisfação.


A noite está acabando,

O galo até anunciou

Quando cedo cantou,


Quem não para é o grilo,

Que grila grila a grilar,

Que frequência mais agitadas

Cadenciando a noite inteira, da primeira a derradeira,


As aves estão cantando,

As aves estão cantando,

Cabeça vermelho e furra barreira...


Meu Deus que maravilha é essa a vida.


Que graça sempre hei de agradecer,

Jesus Cristo, amada Maria, são Francisco de Assis.


Nomes doces em minha boca, vivos em minha alma...


A noite está no fim


E o mistério vai a eternidade...


Só Deus pode me revelar


Por enquanto me deixe aqui,

Obrigado por minha família, meus pais, minhas irmãs e irmãos,

Sobrinhas e sobrinhos,

Minha mulher e meu filho.


A luz chegou tímida, mas meu corpo já desperta

Para Deus agora vou orar.

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Tudo

 Não sabemos por que estamos aqui.

Não sabemos quem somos.

Estamos aqui,

Somos.

Isto é tudo.

sexta-feira, 31 de março de 2023

Sexta-feira

 Ontem aqui, olhando para a árvore fernanda,

Chovia.

Acendi uma vela querendo a luz do sol.

Hoje, Hélios o sol brilha intensamente.

As aves estão numa felicidade.

Na chegada,

Encontrei os meninos:

Edson, Josenildo e Marcos.

Estavam poimando.

Uma fumaça de cigarro assanhava a luz da manhã.

Rimos juntos.

Edson ficou de trazer umas sementes de Tevertia.

Bom fui embora.

Encontrei seu Antônio e Seu Maciel.

A manhã é perfeita.

Ah!

Antes o estacionamento estaria cheio de gente varrendo,

Com a nova empresa.

Uh!

Não temos mais.

É isso.

quinta-feira, 16 de março de 2023

Chuva

 Agora,

A chuva chove.

Agora sou chuva,

Agora a chuva canta,

É tão gostoso o canto da chuva,

Agora o céu é abraçado pela terra,

Agora, pingos se radicam no solo,

Solo que os abraça,

Solo que os absorve,

Agora o acalenta,

Até que a chuva o lave,

Até que a chuva o sirva,

Agora chove,

Mas não é qualquer chuva,

É uma chuva impar,

Como cada um de nós,

É uma chuva com tudo de chuva,

Mas com uma individualidade do aqui e agora.

Até que venha a surgir,

Até que venha surgir,

Já não é.

Porque a chuva é efêmera,

A chuva é movimento,

A chuva é natureza,

A chuva é gás,

A chuva é líquida,

A chuva é ar,

A chuva é água,

A chuva é esperança,

A chuva é desespero,

A chuva é sentimento,

A chuva é Chopin,

A chuva é Cervantes,

A chuva é Picasso,

A chuva é fertilidade,

A chuva é bondade,

A chuva é amor,

A chuva é divina,

Aqui e agora,

Espaço e tempo,

Ying e Yang,

A chuva.

Que contemplo,

Reflete o meu estado de ser.



quinta-feira, 2 de março de 2023

Manhã

 Graças dou a Deus soberano,

Que tudo criou,

Que tudo me deu,

Uma família,

Um lar,

Um nome,

Uma esposa,

Um filho,

Irmãos e sobrinhos,

Me deu uma mente para filtrar 

Tudo que no mundo há,

A luz para tudo desvendar,

Som para apreciar o canto das aves,

Quando muito para ser feliz 

Ao ouvir músicos tocar,

Paciência para aceitar

As coisas que me acontece,

Todos os dias.

Deus Grandioso,

Muito obrigado,

Por tudo,

Aqui fora,

Na aroeira, Canta doce o sabiá, a rixinó e o sanhaçu.

Ouço alegremente Mozart,

O sol nem apareceu,

Só nuvens aqui agora há,

A chuva ora vem, ora vai,

Que milagre é tudo isso,

A vida,

A consciência,

O ser

E tudo que me deste,

Como nem tudo é eterno,

Algumas coisas se vão,

Deixando profunda saudade,

Mamãe, Papai, meus avós e tios...

Continuo aqui para dar continuidade,

Me proteja neste dia,

Me dê paz e alegria,

Me dê força para lutar,

Esperança para seguir,

E vitalidade para ser.

Só mais este dia.

Tarde caida

 A tarde caiu de novo.

Diferente de ontem,

Efêmera como agora.

Lembro do que senti de madrugada,

Porque acho que senti e não pensei.

A ideia de que tudo que enche minha mente

É um fenômeno

Que sou eu que escolhe o que vou usar ou descartar

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

Gogh