terça-feira, 10 de maio de 2011

Palmeiras (coqueiros)

Como são lindas e simpáticas as palmeiras.
Quase sempre estão acenando
para as nuvens, para o céu,
para a lua ou para as estrelas.

As vezes não percebemos,
mas elas também acenam para nós.

Algumas como as carnaubeiras chegam
de tão animadas cantam com suas folhas,
também cantam os catolés com suas quengas.

As vezes elas dançam com o vento.
Quase sempre podemos encontrá-las
em praças desde as mais requintadas
até simples, em doces jardins,
na natureza, ao longo das veredas mineiros,
nos baíxios nordestinos, nas matas,
campos, cerrados, nas praias até nas ilhas.
Estão em quase todo lugares onde haja água.

De maneira que elas
me conquistaram
através de sua beleza e simpatia.

Nem imaginam como me roubam
a atenção.

Confesso sou apaixonado pela beleza
de suas lindas folhas,
suas copas, suas grandes ou pequenas
inflorescências e por seus frutos.

As palmeiras suavizam a paisagem,
enfeitam os ambientes,
tornando-o mais harmonioso.

Em alguns lugares
parecem enormes obeliscos vivos,
em outros parecem gamíneas.

No entanto seja qual a forma
a veja acho-os adoráveis,
lindas, indescritíveis
emocionantes.

Elas estão sempre lá,
acenando, sorrindo
ou dançando ou simplesmente
enfeitando o mundo
e a vida.


Sol

O sol esplendoroso é uma carruagem mágica que desvenda as belezas da terra. Por isso todos os dias ainda muito cedo, antes de chegar, ele envia Aurora para anunciar a sua aparição. Então esta tinge de vermelho as nuvens, as plantas e todo o mundo. É neste momento que vemos o azul e o vermelho juntos no céu. É neste período que vemos cores que não percebemos em nenhum outro horário. Então imperioso a sorrir, desponta no horizonte do nascente com uma coroa dourada o magnânimo o sol e revela ao mundo as cores e as formas. E desperta todos seres com vida. As flores desabrocham e aves cantam com alegria. E a terra ganha movimentos é como se uma máquina fosse ligada. O vento sopra suave. Sim na manhã tudo é tão lindo graças a chegada do sol. Graças a percepção de que a ver.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Rio

Quando as águas de um rio tomam o leito,
simplesmente elas se deitam e descem,
vão escorrendo sobre o leito do rio,
intermitentemente descem,
nunca para, podem até por um certo
tempo ser aprisionada,
mas logo retorna sua jornada,
desce, cruza os vales,
se desfaz sobre as pedras e se recompõe
no pequeno lago e segue viagem,
rumo ao mar,
descem as águas,
atingem as planícies e perde suas forças,
mas continua a seguir,
doces as águas, abrigam animais
e plantas.
E seguem para o mar,
como bois para o cercado,
como aves a migrar,
a noite ou de dia
seguem sempre em frente,
então se deitam sobre o mar.
E perdem a essência de rio,
o movimento, a doçura para
se tornar mar, para ser
um céu na terra.

Vacinas

Lembro que quando era criança, as vezes, precisava ir a rua tomar vacina. Então Mamãe e Eliene arrebanhavam-nos e nos levavam juntos para o posto que ficava na Serrinha Grande, assim chamavam a nossa cidade que não era município ainda. Mãe banhava a mim e a Li, trocava nossas roupas e punha nossas roupinhas melhores. Nós íamos a pé mesmo, não ligávamos a distância já que estávamos todos juntos, chegava a ser quase uma festa. Nos crianças íamos conversando que nem papagaio, mexíamos com quem conhecíamos. Ficávamos muito contentes, pois certamente ganharíamos balinhas. Nossa adorava doce. Além do mais era para nosso bem, tomar vacina evitava paralisia infantil dentre outras doenças. No posto encontrávamos várias crianças, víamos algumas chorando, as vezes chorávamos, outras não. Nossas mães nossa agradavam dizendo que quando nos saíssemos ganharíamos picolé.
As gotinhas amargavam um pouco mas não causava dor. Era tão rápido que mal chegávamos já retornávamos. E voltávamos por aquela estrada de terra branca adocicada com o cheiro ácido dos cajus.
Chegávamos em casa felizes, verdadeiros homenszinhos sem medo de vacina.
Ainda bem pois essas vacinas me protegeram sobre muitas doenças.

Busca

Quando desperta em minha alma,
certa calma ao ver o dia se por,
sinto feito o sol nascer,
a paz como tingida pela aurora,
invadir minhas veias,
minhas carnes, minha mente,
sinto intenso o oxigênio
regar minhas células,
e alimentar minha alma,
com a calma que me traz harmonia.

Pois cada dia é uma prova
que tempos que passar,
pois diante de tanta correria,
muitas vezes perdemos a paciência
e essa busca pela calma,
muitas vezes nos cansa,
parece algo distante de nós.

Mais para encontrar harmonia,
é necessário contemplar a vida,
deliciando-se das pequenas coisas,
do cheiro das flores, de suas cores,
do trabalho da formiga,
do nascer e se por do sol,
do brilho das estrelas,
da silenciosa noite,
e achar paz interior,
e finalmente desfrutar de harmonia,
encontrando finalmente a felicidade
de cada dia.

Borboletas

As borboletas são tão belas,
tão leves e coloridas.
As borboletas oras estão a voar,
oras ficam paradas.
Pousam e ficam suas asas abertas,
e as escamas das suas asas brilham.
Outras vezes ficam abrindo e fechando
suas asas que são tão grandes
para seus corpos.
As borboletas tem dois pares de asas,
seis patas e duas antenas,
uma cabeça, e um abdomem,
e uma longa probócide
por onde suga o mel das flores.
As borboletas são grandes amigos
das flores.
As borboletas bebem o mel das flores,
mas paga com seu trabalho
levando polém de uma flor para
outra.
É uma troca muito justa.
As borboletas e as flores
são tão belas.
As flores se enfeitam todas para
as borboletas e as borboletas
se enfeitam toda para a flor,
e voa de jardim em jardim,
de flor em flor.
As borboletas respeitam as flores,
assim como as flores respeitam as borboletas.
A natureza as criou e as ensinou
a harmonia.
E por isso são as borboletas
tão belas, elegantes,
suaves, destemidas,
voam a qualquer hora que haja luz,
não teme a morte,
simplesmente são o que são.
Borboletas.

Fiqueira de Nossa senhora Conceição

Num lindo sábado ensolarado, fui visitar pela primeira vez o morro da Urca. Surpreendeu-me encontrar bem na base daquele morro, logo depois de passar o portão em direção ao topo, uma pequena gruta feita de pedra quebradas com a imagem de nossa senhora da Conceição. Uma imagem símbolo de fé de todo o Brasil. Ali estava uma gruta toda enfeitada, cheia de jarros com flores singelas todas belas. Aquela imagem sobre uma nuvem erguida sobre quatro anjos. O que estranhei foi o manto ter cor azul e vermelho. Parei para contemplar. No momento havia quatro mulheres, discutindo sobre quem seria aquela santa. Então uma foi até a placa e viu que era nossa senhora da Conceição. Discutiam a cor do manto, mas logo chegaram a conclusão que seria a imagem de nossa Senhora. Bem a frente haviam dois jovens de joelhos em profunda oração.
Olhei para o manto, para as estrelas no manto, para a coroa. Percebi então para minha surpresa que aquela gruta se posicionava sob uma enorme fiqueira. Episódio que me fez lembrar do budismo já que Buda atingiu a iluminação sobre uma fiqueira. E ali sob o verde da paisagem, o belo dia claro e colorido, bem naquela gruta havia paz. Vi no rosto das pessoas uma certa iluminação. Olhares de agradecimento, de saudades, de fé. Sim sobre uma fiqueira dia após dia centenas de pessoas depositam sua fé e estão em pleno momento consigo mesmo. Olhei as flores duas orquídias foi o que consegui identificar. Percebi num belo jarro antigo. Então fui embora, ruminando a ideia da figueira, de nossa senhora da Conceição e de Buda. Coincidências da vida. Tudo aconteceu num lindo sábado de maio de 2011.

domingo, 8 de maio de 2011

Viagem

Acordei cedo, o sol brilhava intenso, o dia estava muito claro. Ao sair de casa pude então ver o mar, os morros com lindas bromélias. Vi as casas, os prédios, os monumentos e as pessoas cariocas. Tudo tão colorido, tão verde, azul, vermelho, branco e preto. Vi carros indo e carros voltando no sentido oposto. Fiquei ali sentado no banco do carro, calado contemplando cada instante como se fosse o último, e aliás eram, pois estava indo embora do Rio de Janeiro. Tem lugares que antes de partir deixa saudades pela beleza, tem outros lugares que deixam saudades pela história que construímos e levamos dentro de nós. E foi com essa ideia que entrei no ônibus. Eu olhava através da janela a cidade, com tudo que a constituí. Vi que rio é poluído, tem lixo nas ruas, que as paredes e os muros são pichados. Mesmo assim o Rio é lindo por obra da natureza. E o ônibus foi se afastando da cidade maravilhosa, e fui entrando num labirinto de morros nus, fui subindo através das curva, subi até muito alto de onde podia ver um mar de morros. Ah, deu uma sensação de vazio no peito. Comprei uma revista de Foucault na rodoviária, então pairava em minha mente uma dúvida, se lia ou contemplava a natureza, de maneira que fui fazendo os dois. Então vi tantas paisagens, pensei tanta coisa que me senti cansado. Quando cheguei em casa, senti um vazio. A casa estava fria sem ninguém. Então meu dia acabou claro, com um lindo crepúsculo. Mas me senti só, passou depois que passei a roupa. Boa noite.

Tristeza

Às vezes, quando passamos o dia sem falar com ninguém, sentimos um forte aperto no peito. Sentimo-nos sós. É uma sensação horrível. Ainda mais quando viajamos o dia todo e vimos tantas coisas e temos tanto para contar e não temos ninguém para nos ouvir. Neste instante nos sentimos fracos. Talvez nos acostumemos, mas não sei se será bom para nós. A solidão e o silêncio são bons companheiros, trazem momentos de reflexão, mas quando são momentos impostos, acabam sendo sentimentos de sofrimento. Mas temos que ser fortes e sublimes. Façamos algo para nos distrair e esquecer. Essas coisas a gente consegue esquecer com trabalho. A vida é mais interessante que as ideias ruins. Esqueçamos e nos sintamos bem.

sábado, 7 de maio de 2011

Rio de Janeiro

Hoje conheci o morro da Urca e o Pão de Açuca, um dos lugares mais lindos que já conheci na vida. Fui muito maravilhoso, pena a Ana não estava aqui comigo. Lá do morro da Urca liguei para o meu pai que conhece muito bem o Rio.
Sem palavras o Rio é a cidade mais linda do mundo.

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh