quarta-feira, 20 de abril de 2011

Xepa de ideias

Como estou cansado. Acho que merecia uma boa noite de sono, pois que assim o seja. Logo mais irei dormir o sono dos anjos e sonhar com o paraíso. Sei lá. Tive uma ideia maluca agora. Veio a minha ideia apesar do cansaço, agora mesmo, que gostaria de ser uma escada para facilitar a vida das pessoas, que service de ponte para ligar o abismo que há no peito das pessoas. Talvez soe como demagógico para alguns, mas para outros soe como algo possível, exequível. Não gosto da ideia de separação, mas se eu penso algo e expresso essa ideia por trás dela surge uma dialética e consequentemente terei alguém que concorda ou discorda de minha ideia, no entanto de posse de minha ideia vou tentar defendê-la e por muitas vezes por ter uma visão limitada sobre o pensado, mas que foi apropriada por mim e então envolvo-a com uma crosta ideológica e que muitas vezes não permite que eu me abra pra ver outros fatos e passe a ver o objeto de minha ideia como o perfeito e assim acontece com as pessoas mais fechadas. Ocorre então confusões de ideias, muitas vezes conflitos pessoais e por fim separação. É pode parecer demagógico acreditar na ideia de ser escada, ponte na vida de outras pessoas, pode até me separar das pessoas, sei que esta ideia não é minha, nem tão pouco é recente. Não ela foi e é replicada por muitas pessoas que tem um brilho, não que acredite que tenha esse brilho, mas sim eu almejo e busco ser contigente penso em melhorar cada dia mais como ser humano com atitudes éticas, com o cuidar de si sem prejudicar o outro, cuidar bem de si, mas sem a ideia de egoísmo e sim cuidar de si, para poder aprender a saber cuidar do outro com o mesmo amor que cuidar de si. Eu acredito nessa ideia eu vejo ela no riso das pessoas mais simples e humildes que tem muito a ensinar sobre a vida. Pessoas que apesar das rasteiras que levam, levantam, batem a poeira e dão a volta por cima. Temos muito a aprender, muito mesmo, precisamos ver o mundo de diversas maneiras e quando não conseguirmos, mesmo assim buscarmos sempre. Buscarmos como o poeta que descreve a beleza da vida nas coisas mais simples, como a dona de casa que tem prazer em ver a casa limpa e organizada, mesmo sabendo que vai ver tudo uma bagunça no outro dia, mas que tem a certeza de fazer tudo novamente, mas com mais arte, como o pintor que busca fazer a pintura mais perfeita que expresse suas ideias, que transpareça sua alma, como o escritor que cria uma história tão perfeita que chega-se acreditar na veracidade de suas ideias, como o arquiteto que projeta e organiza o espaço. Bem, tem muitas pessoas que fazem seus trabalhos não pelo que eles lhes possam render, mas pelo simples fato de que aquilo lhes fará feliz, de que aquilo transparecerá o seu ser, sua essência. Confesso que no meio que eu trabalho, poucas pessoas mostra essa essência, eu mesmo, muitas vezes fui iludido com a ideia de ter um bom emprego, conforto e sucesso. Agora neste instante estou sorrindo por dentro porque sei que o que eu quero não é ter sucesso, mas sim quero fazer e dar o melhor de mim, e encontrar minha essência, e se eu fizer tudo que quero e penso com carinho estarei completo e certamente serei uma escada, uma ponte na vida de muita gente e mesmo que isso não aconteça com muita gente, mas que pelo menos uma pessoa seguir minha ideia. Serei pleno pois assim a minha essência não terá sido eliminada pela natureza, mas sim replicada, e se replicada é porque foi boa. Assim espero.

Lembranças

Uma tarde fagueira,
sentado numa cadeira,
mirando o horizonte,
eu vejo, sinto a presença
de minha querida avó,
sentada comigo noutra
cadeira a olhar o mundo,
a pensar na vida,
ou simplesmente
a viver o momento.
Sim viver o momento,
para minha avó de noventa anos,
está em sua presença
era desfrutar a cada dia
como se fosse o último,
e perceber seu cuidado
para com os filhos,
os netos e com os animais,
o carinho que tinha, por
eles, por alimentar pintos, frangos,
ou acariciar a cabeça do gato,
o espantar as galinhas esganadas,
ou simplesmente mirar
um cajú no cajueiro
longe no outro lado da estrada,
para admiração de minha mãe
que não enxergava a distância,
na conversa, no cuidado com o corpo,
no saborear um pão,
um café.
Sim o cuidado com a saúde
era sempre uma preocupação,
mas preguiçosa,
e batia na barriga,
e conversava e falava,
e assim a tarde desfiava lentamente,
quando percebíamos
já era quase noite,
e assim desfrutava
a presença de minha avó,
que se preocupava em escrever
algo num papel,
em ver a missa,
acho que ela tinha muito medo
de morrer,
mas a vida
no indivíduo não é eterna,
a vida nunca se acaba,
pois os filhos geram filhos,
e assim caminha
as pessoas,
e assim contando uma historinha aqui,
outra ali, imortalizo minha avó,
estará sempre presente
em minha mente,
marcas que despertarão
em minha lembrança
a sensação se sua presença,
o carinho que dei e ganhei,
beijos sem estalo,
o afago que fazia,
adorava cheirar seus cabelos
brancos e viver
desfrutar de sua presença
singela,
as tardes em paz
me faz lembrar
a minha querida
avó.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Monte Verde

Hoje tive um dia excelente. Acordei cedo como sempre e fui para a universidade. Cheguei no horário e na entrada encontrei o João técnico do laboratório nos cumprimentamos, em seguida ele me convidou para ir para Monte Verde em Minas fazer uma coleta de material botânico para as aulas da disciplinas BT380 da disciplina de criptógamas. Estavam presentes como equipe os professores Jorge Shephed, André Olmes, Ana Tozzi e Maria do Carmo, as pósdoutorandas Ana Paula Fortuna e Jacira Rabelo, os doutorandos eu Rubens Queiroz e Tânia Moura, o técnico João Galvão e os graduandos Pedro e Tamara Pan. Essa viagem geralmente é realizada todos os semestres em que é aplicada a disciplina de Criptógamas. O Arrumamos todas coisas e esperamos a hora da partida que fui às 8:30 horas. Fomos então todos empolgados para o campo. Passamos na casa do professor Shephed para que ele fosse conosco. Passamos numa venda da esquina mais próxima da casa dele para comprar pilhas, então aproveitei para comprar uma lupa de mão. Logo em seguida pegamos a rodovia Dom Pedro até Atibaia e de lá tomamos a Fermão Dias, passando por Bragança e Extrema no estado de São Paulo, já chegando em Minas paramos para tomar um café e ir ao banheiro num destes restaurantes de estrada, que não é daquelas grandes redes, mas sim um lugar com o ambiente é muito agradável, à moda mineira, bem estilizado, com produtos mineiros doce, queijos, cachaças, louça de barro e comidas mineira. Um lugar lindo que fica em frente a serra do Lupo. Seguindo a viagem passamos na cidade de Camanducaia e seguimos para Monte Verde. Após sair de Camanducaia entramos na estrada de Monte Verde que é cheia de curvas e ladeiras com paisagens belíssimas onde podemos ver nas encostas árvores me Macherium hirto planta que me chama atenção pela beleza, podemos ver longe lindas montanhas que as vezes toca nas nuvens ou as nuvens tocam nelas? Enfim, antes de chegarmos na cidade de Monte Verde paramos próximos aos barrancos para fazemos nossas coletas, lugar que pude observar ser reflorestado para a extração de madeira. As plantas usadas no reflorestamento eram Pinus e Eucaliptus. Então começamos o reconhecimento da área, seguido de observações das plantas, em seu ambiente natural, explicação de como reconhecer os grupos e finalmente coletas, tudo num clima muito amistoso, cheio de graças e piadas de biólogos, os professores tem muitas histórias e extremo senso se humor, e assim foram acontecendo as coisas num bom estado de espírito que reinou durante todo a viagem. Uma das coisas mais agradáveis que acho é o clima frio da área, adoro clima ameno. Enfim no primeiro barranco coletamos briófitas: musgos Polytricia e Polytricadelphus , hepáticas talosas Synphyogyna e folhosas Isotachis e Antoceros (planta pizza); pteridóficas heterosporadas Selaginella, em estágio reprodutivo, e homosporadas Hupersia e Licopodiella. No segundo barrando coletamos musgos Plagiothecium, Hypopterigium, Ptychomitrium e uma Porriaceae, além de um Protogonatum; pteridófitas Gleichenia. Enfim partimos para o último ponto para coletar uma hepática talosa Marchantia, contudo além da que fomos buscar, acabamos vendo e por fim coletando, um musgo Schlotheimia, hepáticas folhosas Frunlaria e Lejeunea, uma hepática talosa diferente a Metzgeria.
Essa viagem pode ser útil, pois além de aprender sobre Criptogamas, briófitas, pteridófitas e gimnospermas, pude registrar as paisgens através de fotografia, bem como ver plantas do grupo das angiospermas principalmente aquelas que trabalho e portanto tenho mais atenção a família Leguminosae as quais puder ver Collaea, Desmodium affinis, D. uncinatum e Macroptilium; vi também outras famílias Melastomataceae Tibouchina, Sapindaceae, Rubiaceae, Malpighiaceae dentre muitas outras. No fim da viagem conhecemos o restaurante do Paulo das Trutas que para nossa tristeza estava fechado, então tivemos que nos contentar em tomar uma sopa deliciosa sopa no Restaurante Dom Luiz, onde ao invés de almoçar, jantamos. Tudo regado de muitos papos deliciosos, um ambiente aconchegante. Quando saímos do restaurante um residente local muito simpático veio nos cumprimentar, um cão adorável que se deu muito bem com a Tamara. Em Camanducaia presenciamos uma prossisão da semana de Páscoa, por fim nossa viagem acabou muito tarde, chegamos no campos as 9:40. Foi uma experiência maravilhosa.
Adoro fazer essa viagem por todas as coisas que podemos aprender, registrar e vivenciar. Ir a campo é sempre uma atividade muito rica.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Monteiro 129 anos

Não tive a oportunidade de ler a obra de Monteiro Loubato na infância, não tinha tevê em minha casa quando passou o sitio do pica-pau amarelo durante a primeira versão. É uma pena! acho que teria tido uma infância muito mais rica em imaginação. A todos que tiveram a oportunidade e souberam aproveitar saúdo com carinho. Como eu muitas milhares de pessoas da mesma idade que eu não conheceram, muitas pessoas estava embrenhada neste Brasil enorme e tão rico em estórias. Monteiro Loubato voce alimentou milhões de mentes de crianças de imaginações, viagens dentre muitas outras coisas quem nem vou elencar. Seu sonho de divulgar, sua consciência do conhecimento dentre muitas outras qualidades o tornaram imortal. Foste semelhante a um iluminista francês, nosso iluminista brasileiro quem dera tivéssemos mais homens com sua mente, quem dera tivéssemos mais genialidade. Do lugar de onde venho, do tempo em que venho, tuas estórias teriam agregado mais as pessoas, transformado mais. Fico muito feliz de saber da tua existência, de saber a existência de tua obra genial, da importância que foi e que ainda é. Todos adoram o circo do pica-pau na minha parva ignorância é o que tenho conhecimento mais claro, e não é nem de leitura e sim através da televisão. Jovens leiam viagem nas ideias dele, o mundo não é o mesmo, a lógica também não, tudo mudou, mas a capacidade de pensar, de imaginar, a capacidade humana é a mesma. Pare leia um pouco, caso se encante, em algum conto, talvez encontre algo para preencher o que lhes falta, talvez desperte em ti algo que buscava. Boa leitura.

Amor

Meu amor,
minha flor,
como você me faz feliz,
a tua presença é como a luz do sol,
me enche de vida, de vigor,
e passo a ver todo o mundo
com mais cor, com mais brilho,
vejo as formas e apreendo mais que sou capaz.

Meu amor,
minha flor,
Como você diz a vida está por um triz,
tão rápido ela se passa, se vence,
parece que foi ontem que a conheci,
e foi tão bom te conhecer,
e foi tão bom ver o teu riso,
pensei é disso que eu preciso,
preciso desse brilho, desse olhar,
preciso mais ter sede de viver,
confesso que encontrei em você,
tanta coisa, que nem sei expressar,
parece que li sua áurea, sua alma,
uma certa calma essencial para
o aprender, para o conhecer,
e com o tempo fomos dialogando,
e com o tempo passamos
a nos comunicar por gestos,
passamos a ter nossa linguagem própria,
e com o tempo
percebemos
que não era necessário falar,
simplesmente está presente,
e aprendi tanta coisa,
e me conheci de diversos jeitos
que sozinho seria incapaz,
e te mostrei tanta coisa, que já
nem me lembro mais,
descobri que com você
estou em constante aprender,
e assim de mãos dadas
seguimos no mesmo caminho.

Lua cheia

Saia na rua! hoje saia na rua, é segunda e daí,
se estamos em abril e daí,
se estamos no dia 18 e daí,
Eu imploro saia na rua.
Por que? Saia na rua ou nem
precisa se tem uma janela,
então vá até ela
e veja, veja de lá,
ela a mais bela e romântica,
isso mesmo veja a errante,
que viaja pelo espaço,
que renova a cada mês,
que encanta e espanta as marés,
a ela muitos atribuíam
a loucura, outros usavam
sua luz para afagar, bem
deixa pra lá, porque é muito bom
está em sua presença,
mas de quem?
Dela da lua!
Isso mesmo
democrática sua beleza
pode olhar sem parar,
ela está em todo lugar,
na favela, na periferia,
no centro, na zona norte,
na zona sul, sim
olhe para a lua,
contemple-a,
ame-a,
pois a lua bela desse jeito
só uma vez por mês,
quando não chove,
quando não está nublado,
aproveite o calor
e saia pra rua,
leve um violão,
ou simplesmente regue
seu jardim e sinta o aroma
fresco da água,
e o brilho puro
da lua.
Vamos saia e veja a lua.
ela está cheia,
está toda prateada,
serena a lua

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Quando morava em Serrinha do Canto e ainda era pequeno. Eu organizei aquele mundo à maneira como percebia, uma visão infantil, amoral. Por isso acho que devo contar como eu percebia o mundo e essa assim que as pessoas passavam, não culpemos as pessoas que assim se comportavam, estas pessoas que não tinha como se instruir. Tudo lá era muito improvisado as coisas aconteciam muito naturalmente. Não tinham como dar uma outra cara, um enfeite nos fatos as coisas eram muito nua e crua. Bem ai vai espero que leia até o fim porque essas memórias estão em tempo de pular de minha mente com certeza chocarão a vocês.
Então vamos lá. Quando era pequeno entendia o mundo assim as pessoas ou normais ou anormais. Quem eram as pessoas anormais? seria com certas limitações físicas, aquelas que viam o mundo a sua maneira, percebiam um mundo sem cor, sem cheiro, sem som e sem belezas. Aprenderam com o tempo a ver a vida calma de um dalai. Passavam todo o seu tempo sentados. Eram dependentes e eram vistas com um olhar de piedade. De certa forma esse olhar e de tratar passou para essas pessoas um mundo cheio de tristeza, desesperança. O que foi na verdade é uma pena, pois por faltar instrução ou de imaginação essas pessoas foram condenadas a imobilidade a tristeza. Mas por que ninguém mostrou para essas pessoas a beleza das cores, a beleza do movimento do vento suave a balançar os galhos das árvores, porque as pessoas não ensinaram-nas a ler, e a ver o mundo através das palavras? Por que?
Numa casa vizinha a nossa, tinha uma dessas pessoas a qual teve uma infância quase perfeita para os meus padrões, na verdade ela estava viva, por que a infância não foi perfeita? Aconteceu que uma paralisia infantil que a paralisou em uma cadeira. Essa menina era normal no início, mas se tornou muito triste. Bem no começo quando minhas irmãs e as meninas dali ainda eram crianças. Todas iam lá e o mundo era muito colorido e belo para ela. E as coisas melhoraram muito quando seus pais compraram uma televisão sua casa era cheia de gente e ela era a unica pessoa que tinha aquele objeto, todos ali eram muito amigas. Bem o tempo passou e as pessoas foram tornando-se adulto. E o fato é que com o passar do tempo. Houve uma diáspora, e suas amigas inclusive minhas irmãs foram para escola e ela ficou presa a cadeira. Novos mundo surgiram para aquelas meninas e o mundo dela da menina da cadeira de rodas era o mesmo. Ficou só tendo a atenção apenas de sua mãe e seu pai, então ela perdeu o gosto pela televisão, pelas novelas, pelo rádio. Sim pelo rádio pois antes todos ouviam o que ela falava, é ela ouvia o rádio e contava a notícia para sua mãe e sua mãe contava para as pessoas. Com o tempo só adultos iam a casa dela e a vida acabou por ser um peso. Além da menina havia também outros dois meninos na mesma situação. Mas esses eram mais extrovertidos. Sim eram, pois seus pais saiam de casa para ir a igreja nos fins de semana. Imagino que eles ficavam muito felizes quando chegava o sábado ou o domingo para irem para a igreja ouvir os hinos e as pessoas. Realmente eram eles eram especiais, pensava com minha mente de criança, pois só eles tinha uma cadeira com três rodas, não precisavam botar água, nem trabalhar. No entanto o tempo passa e como aves quando criam asas e voam para longe, as pessoas tornaram-se adultos e foram embora e os pais daquelas pessoas envelheceram, então com o passar do tempo eles acabaram ficando pelos cantos, na igreja as crianças brincavam com as cadeira dele, crianças que deve educar são seus pais, mas se eles mesmos não são educados, então as crianças importunavam eles. Então penso que sentiam? afinal tornaram-se adultos. Olhando para eles pode-se perceber uma tristeza no olhar, no se expressar no ser. O que sentiam então pergunto novamente, por que não os ensinaram a olhar com o brilho para vida? Não sei. Vivendo em meu mundo egocêntrico não sei. Eu infelizmente sentia pena. Que coisa mais mesquinha. E essas pessoas continuam a viver, ou melhor sobreviver. Outra pessoa excêntrica era um homem chamado Zé Vieira que taxado de doido ou louco como chamavam-no. Era assim que todos o viam, todos o desprezavam olhavam com olhar de desprezo, davam uma xícara de café em troca dele ir embora. No entanto ele não ligava, vivia como bem lhe convinha. Acho que ele cultuava o fogo, pois adorava tocar fogo nas coisas, será que ele não fazia isso para não se sentir só. As vezes vagava nas estradas durante a noite. Cantava algumas músicas, as vezes fazia atos imorais, e todos ali o repreendiam, afinal como se sentia esse ser. Não bebia e era muito excêntrico. É com muita dor que reescrevo isso nem deveria escrever, mas são fatos eles existem, não adianta esconder o lixo sobre o tapete e mesmo com a televisão, telefone e internet com uma gama de informações, infelizmente ainda é assim que muitas pessoas categorizam as pessoas lá. Muita coisa mudou, mas alguns pensamentos continuam intactos.
As pessoas normais eram aquelas que eram sãs fisicamente as pessoas com direito a ter um futuro a poder realizar um sonho, com habilidades de se manter com o próprio trabalho. Como eram bárbaras essas duas categorias. Pois essas pessoas são assistidas financeiramente pelo governo e tem muitos direitos, inclusive direito a vida. Aqui longe, pessoas com as mesmas impossibilidades trabalham, tem filhos e dentro do seu universo levam uma vida normal. Inclusive na atualidade um dos maiores físicos do planeta Stephen Hawking que é tetaplégico ocupa a cadeira de Isaac Newton na inglaterra. E o que ele tem de diferente? A maneira como foi apresentada o mundo. É com pesar que apresento essa minha ignorante forma de ver o mundo, mas ela existiu, e muitas pessoas ainda replicam esse pensamento. O tempo passou e estamos velhos e essas pessoas continuam vivas, mas com aquele olhar. O que poderia fazer por essas pessoas? Se o fosso que me separa é tão grande, fosso da distância e do tempo. Mas vou pensar com carinho de uma forma de como poder ajudar essas pessoas.

domingo, 17 de abril de 2011

São Paulo

Metrópole São Paulo,
me emocionei quando te vi,
e chegar a ti durou três
dias, foi uma longa viagem,
mas enfim cheguei a ti,
lembro quando cheguei,
que meu irmão e meu primo
me esperavam na
rodoviária Portuguesa Tieté,
lembro que me recebeu
de braços abertos,
cada espaço,
logo ao chegar
conheci o metro,
que legal, que barulho,
então descemos no Jabaqueara,
e pegamos um
ônibus para o São José,
mas meu coração
ainda pertencia a Natal,
mas minha vista
e meu ser deslumbrava
a ti, oh grande cidade,
e fomos embora,
chegamos ao São José,
acho que Natal era mais
bela, mas não era São Paulo,
Depois fui para a o Castro Alves,
e passei aquele Natal e ano novo
em ti, quando retornei para
Natal, levei os seus
espaços em minha mente,
visitei lindos lugares,
O solo sagrado,
A USP,
conheci sua periferia,
sua margem,
mas mesmo assim me encantei por ti,
fui, mas sabia que ia voltar,
não sei como,
mas assim o fiz
e em ti São Paulo deslumbrei
de uma diversidade,
uma riqueza,
confesso que nunca tinha
entrado em contato com tanta
gente, nem com a poluição.
Então quando chegava a noite
como estranhava o sol no céu
as sete horas,
e o frio que caia do nada,
e as feiras tão professadas
por meus primos,
meu pai.
Então vim embora,
mas o modelo de cidade
que tinha em minha mente
era outro,
na minha antiga cidade tinha praia,
tinha sol,
tinha mar,
tinha luz,
tinha restinga, tinha dunas,
e lá todos falavam o meu sotaque,
eu era rei,
lá não tinha cães na rua,
não tinha cloaca,
não tinha rios poluídos,
não tinha emprego,
tinha muita gente amiga,
tinha minha gente,
mas sem demagogia
aqui tem tanta coisa,
vamos ver só as coisas belas,
tem casas simples
mas humildes e belas casas,
as pessoas cultivam
esperança nas flores,
nas cores,
as pessoas são meio aperreadas
por não perder o emprego,
mas tem tanta coisa boa aqui,
que desde o dia que entrei
na Portuguesa Tiete,
sabia que iria voltar sempre.

São Paulo Ida

Lembro o dia que sai de casa para vir para cá, numa manhã de domingo de 18 de dezembro de 2005 era belo dia ensolarado, e São Paulo disputava o campeonato mundial. Elton de Joca foi me deixar em Umarizal para pegar o São Geraldo chegamos lá as 10h e antes de viajar soube que São Paulo foi Campeão mundial. Ali minha viagem começou então viemos rasgando terra nordeste a baixo, papai quem sabe todo o itinerário. Almoçamos em Uirauna, já na Paraíba, no final da tarde estávamos em Petrolina. Jantamos em Juazeiro onde tomei um banho e seguimos descendo, quando foi na madrugada passamos quase uma hora em Feira de Santana esperando os ônibus sairem. Ainda na Bahia almoçamos em Vitória da Conquista e lá pro fim da tarde entramos em Minas Gerais. Onde passamos um dia viajando. O ônibus quebrou em Teófilo Antoni então trocamos de ônibus. Na manhã seguinte chegamos a Belo Horizonte e paramos no ponto de apoio da Gontigo, fazia frio, achei muito bonito aquele verde vidrento, de alguns pinheiros, foi lá que comi o primeiro pão de queijo, achei barato, pois parece que todos os donos de quiosques enfiam a faca é tudo tão caro, tem muita gente que traz galinha na farofa, como umas senhoras de Pau dos Ferros só via elas comendo, mas enfim pedi um leite, pois não tomo café e um pão de queijo, achei o máximo. Quando saímos da parada para pegar a Fermão Dias pude ver o primeiro acidente de trânsito. E quando foi no terceiro dia chegamos a São Paulo. Bem tem pessoas viajaram comigo. Ia uma família de um homem que era motorista em São Paulo. Um menino que vinha visitar a mãe; um rapaz que tinha arrumado um emprego numa padaria e vinha pela primeira vez. Puxa mas parecíamos bois que viajam sem saber para onde. No primeiro dia quase não conseguia dormir, mas no dia seguinte quando queria dormir bastava fechar os olhos. Eu ia escaneado cada paisagem que via. Então depois de 58 horas de ônibus cheguei em São Paulo. Chegamos em casa já a noite, naquela noite dormi muito cansado, mas muito feliz.

Brisa da tarde

Suave a brisa sopra
e mexe com as folhas
das árvores e soa
entoa seu canto,
no meio da tarde,
o calor forte arde,
e a brisa que passa,
soa como cantiga
de ninar, de barrigas
cheias na tarde de
domingo
depois de um lauto
almoço, um doce
e gelado sorvete,
uma cocacola,
as pessoas fagueiras
deitam seus corpos
e não pensam mais
em nada e ao som
da brisa, do chiado
as folhas, do quase
som da luz do sol
dormem e esquecem
de seus problemas,
de suas vidas,
simplesmente
pegam carona
com o som da brisa
e dormem
até voltar a tarde,
até o faustão
começar a berrar
como bode,
ou melhor,
a badalar como
chocalho.

sábado, 16 de abril de 2011

Callicarpa


Hoje conheci uma Callicarpa revesii que é muito atraente por suas flores lilases, é mesmo linda.

Uma planta da família Lamiaceae

Kallys = greg. belo Carpo= greg. fruto


Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh