terça-feira, 6 de maio de 2025

O duelo

 Ontem Sassá e eu tivemos lutas homéricas.

Ele usou a almofada de amamentação como machado.

Eu usei várias técnicas como técnica cabeça de carneiro para me defender.

Técnica do macaco engraçado para encontrar os pontos fracos e desestabilizar o oponente.

A luta foi grande no tatame da cama.

Tiveram ainda como técnicas como a técnica da jiboia para imobilizar o oponente.

Técnica do macaco aranha.

Depois de um bom banho. Sassá foi fazer a lição de casa sob protestos e risos.

Cansado fui dormir e ele ficou desenhando os bichos da bica.


segunda-feira, 5 de maio de 2025

Jasmim gênese subjetiva

 Não sei ao certo quando soube disso que agora sei.

Vamos lá.

Em Campinas onde morei tinha muitos indivíduos de uma planta.

Essa planta já conhecia. Sim lá de serrinha da casa de Tica de Zezinho.

Bem na frente da janela do quarto da frente havia um indivíduo.

Descobri que era da família Rutaceae.

Em Campinas, mais especificamente em Barão Geraldo, as ruas eram cheias das plantas dessa mesma espécie. Fato que me chamou atenção. Sim na época das chuvas as ruas se incensavam com o cheiro de suas cores. Imagino que é o cheiro do branco já que suas flores são brancas. Isso me fez pensar sobre o seu nome. Cheguei ao nome de Murta. Mas na época era um materialista redondo e o que achava universal era o nome científico que cheguei usando a internet. O nome científico é Murraya paniculata. 

Escrevi até aqui no blog.

Muito tempo depois, recentemente, após Campinas, mamãe ganhou uma muda de Murta de Ritinha que vendia roupas, casada com o primo de mamãe. Essa mudinha foi cuidada por meu pai. 

Me ocorre agora que na casa de Vicente Paulo também havia uns pés.

A mudinha cresceu e estava florida no dia que a mamãe se foi.

No mesmo ano, no meu aniversário, Minha Amanda professora Janildes e seu esposo Antônio foram lá em casa. Conversa vai e conversa vem chego ao nome como esta planta se chama em Martins. Lá chamam de Jasmim de laranjeira.

E assim volto às origens e chamo como nos chamamos na minha terra.

Jasmim de laranjeira.

Jasmim imagino que significa odor adocicado proveniente de flores alvas.

Jasmim ou Iasmim é um nome próprio feminino.

Tanta coincidência nisso tudo.

Agora minha sala está perfumada.

Vinícius é menino de quatro anos e desenha lá no quarto.

Ouço um sino, cães latindo.

E esse cheiro que se eternizou emim.

Reflexões

 Quando era criança achava que tudo era eterno.

Aos domingos via os vizinhos passando para a igreja subindo a depois descendo.


Subiam e desciam com a bíblia debaixo do braço.


As tardes douradas ficavam cinzentas e escureciam.


A gente se confirmava com a globo e o SBT.


Os anos passaram e poucos vizinhos continuam vivos.


Todos se mudaram.


O que restou de tudo?

Só essa memória.

Acaso

 Animais da bica

Virgulino cascavel,

Marrequinha Marinez

O ganso Clodovil 

A garça Mobdick

A leoa Tereza 

A leoa Dori

A Maracanã Geralda

A arara BLUE

A anta amora

O cagado ligeirinho 

O gorila pongo

O macaco fujão Janjão 

Os emu Eli, mindinho e Ulisses 

O tamanduá Zé 

As águias Ricardo e Ana

A sucuri Juma

Uma cidade para cada um

 Meu amigo,

Você iria gostar de conhecer João Pessoa.

Aqui tem praias de areia branca ora fria ora quente, um mar de canto intermitente,  as águas sempre a cantar, ora baixa ora alta. Um céu azul ornado com o vôo e o canto das aves.

Tem Jandaia, Maracanã, tem carcará e urubu, tem bem-ti-vi e sanhaçu,

Tem sabiá e siriri,

Tem patativa e canarinho,

Tem japu e tiesangue

Tem murucututu e bacurau,

Tem saracura e soco 

Tem garça e sabacu.

E lugar pra ir de montão a mata do buraquinho,

A Bica, a penha, o castelo branco,

O Miramar...

Fica para a sua vinda tudo te mostrar

Dois anos de eternidade

 Há dois anos atrás deixava este plano meu amigo de infância e primo Mazildo.

Nós falávamos todos os dias.

Sempre que podia mandava fotos dos lugares onde estava.

Mazildo era deficiente de uma perna.

Sem muita saúde sua vida era sempre dentro da própria casa. Só saia para ir cortar o cabelo ou ir ao médico.

Passou a infância numa comunidade chamada de Vertentes e na adolescência veio para a Serrinha do Canto, tudo em Serrinha dos Pintos RN.

Nunca saiu do estado,  o lugar mais longe que ia era Pau dos Ferros.

Viveu uma vida muito simples. Amava os animais e gostava de cuidar deles. A obrigação dele era cuidar dos pássaros e do Periquito.

Amava forró único estilo de música que ouvia.

Sorria de tudo. Foi um homem simples e modesto em tudo.

Seu lazer era ouvir rádio, ver televisão e mexer no celular.

Difícil saber o que pensava, pois falava muito pouco. Sua mãe era sua voz, com ela, o mesmo conversava mais.

Não escrevia ou se expressava para si.

Assim se passam dois anos de eternidade.

Feriado do dia do Trabalho

 O feriado do dia do trabalho foi de Sassá.

Acordou tarde! Foi onde estava na escrivania e ficou feliz.

Não vai trabalhar hoje.

Então, vamos brincar.

Primeiro tomar o café.

Comigo em casa ele se amostra.

Fica fazendo munganga e a mãe fica doida.

Quer se amostrar.

Então a gente saiu para andar de bicicleta.

Foi ótimo porque, pude explorar o mundo a minha maneira.

Veja um fruto de castanhola com mesocarpo branco.

Um tronco áspero.

Ali uma lagartixa, um jeco.

Um soldadinho!

E continuamos andando.

Uma euphorbia.

Uma bromélia com aranhas.

Quantas? três!

Sassá falou o papai, a mamãe e eu.

kkkkk. São quatro.

Não chega perto! Ele cuidou de mim.

Depois atravessamos a rua e seguimos até a praça da iguana.

Antes de chegar lá.

A pitombeira tá com pitomba.

Onde tem pitombeira tem uma vará.

Encontrei...

Tirei pitombas dois cachos.

Puz no bolso e fomos a praça.

Lá chupamos pitomba, e contemplamos o fluxo do trânsito veloz.

Guardamos as cascas para por no lixo.

Tirei a testa da semente. Testa mole.

Os cotilêdones rozados ou vináceos.

Pensei! Fruto com sarcotesta carnosa?

Depois, pegamos as cascas, colocamos no lixo.

Próximo tinham frutos de cosmos.

Coletamos.

Voltamos para casa, mas antes, tomamos água no coco do seu Antônio.

E fizemos atividade física na praça.

Tomar um café

Tomar um café
Ao amanhecer nada melhor para despertar que um café.
Aquele café pretinho, quente e cheiroso.
Café bom a cada gosto.
A experiência de tomar café á algo extremamente humano e indescritível.
Tudo começa com a ociosidade estado em que estamos.
Então precisamos mudar de estado, de humor, de pensamentos de nós mesmos.
Um café é a primeira ideia!
Juntos ou só de preferência acompanhado, porque acompanhados o café tem mais sabor.
E fazer o café torna o momento ainda mais rico.
Abre a torneira, toma a medida para quantos viciados e para não desperdiçar, se bem que desperdício de café é impossível visto que tomamos café cotidianamente, sabemos exatamente quanto fazer. 
Acende o fogo e põe a água para ferver.
A conversa vai esquentando junto com água.
Então quando a água está fervendo, adiciona-se o pó.
O pó com seu cheiro frio, sofre o choque do calor e mudar de odor, rapidamente volatiliza-se e já chama mais gente para a cozinha.
A gente conhece tanto de café e de seu movimento que nem precisa olhar quando o café está pronto, só de ouvir o barulho do ferver já desliga o fogão. A gente sabe até quando a garrafa está cheia só pelo som.
Porque nossa atenção está mesmo é na conversa. No debulhar da história.
Então, já na xícara o café é servido e a conversa é atualizada, porque sempre tem os atrasados.
Aquele ou aquela que passa pelo corredor e só fala, mas não se mistura. kkkkk.
Hum!!! cafézinho bom.
Solta uma reflexão. O bom do café é a conversa!
Sem açúcar nem pensar. café mel é o do sertanejo. Café amargo da cafeteria. Djabo ruim.
O café cumpre sua função que é despertar.
Café... chafé... dizem que é o café de mineiro.
Minha tinha mais nova, aquela irmã de meu pai, comprava sete pacotes de café! também com 13 filhos.
Café era essencial na casa. Já que em casa o melhor lugar é na cozinha.
Eu, deixei de tomar café quando estudava para o vestibular. 
Passei a vida sem tomar café. Ainda bem porque o café me acelera.
No entanto, perdi de entrar na vibe da conversa na calçada da fama da minha casa, lá em Serrinha do Canto. Papai, mamãe e as visitas todos tomando café e eu sóbrio.
kkkkkkkkkkkk.
Perdi de tomar café na cozinha da residência da campus 2 lá na UFRN.
Fui careta mesmo, e não tomar café me levou a ser um velho chato.
Assim é a vida.
Um café as vezes na semana com meus amigos.
Enfim!
Assim é a vida.
Cada um tem a sua história com o café.
Contei a minha e a sua?

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Despertar

Deitado na minha rede contemplando o amanhecer. Ultimamente, nos meses de março e abriu, me chamou atenção no silêncio da manhã ornado pelos sons das aves, beija-flores visitando nossa varanda e vez por outra como hoje o granido de psitacídeos. São maracanãs visitando os jambeiros das nossas ruas. Hoje na UFPB, antes de chegar no Restaurante Universitário tem dois grandes pés de jambo. Quando passávamos por lá encontrei uma linda pena azul e verde. Rapidamente deduzi. É uma pena de Maracanã.

João pessoa é rica em sons. São aves nativas e urbanas.

É impossível não avistar de manhã gaviões carijós, sanhaçus de coqueiro, bem-ti-vis, siriris. Quem mora próximo aos fragmentos de matas tem as arirambas...

Ás tardes pessoenses são enfeitadas com os voos dos carcarás.

E os urubus no alto azul do céu.

Feriado

 No feriado do dia do trabalho esse ano de 25, Sassá e eu aproveitamos para curtir.

Fomos caminhar nas Três ruas, ele na bici flash e eu caminhando.

Fomos contemplando as rochas, as plantas e as flores.

Vimos diferentes troncos e texturas,

Vimos lagartixas e jekos.

Vimos aranhas nas bromélias.

Leite de euphorbia.

Sentimos o cheiro das raízes de poligalas.

Tiramos pitomba da pitombeira. Docinha.

Fomos a praça da iguana onde ficamos chupando pitomba.

Coletamos frutos de cosmos.

Retiramos um arame de uma árvore e criamos uma cobra de cipó.

Tomamos água de coco.

Vimos uma moradia de morcego.

Tomamos água de coco.

Fizemos exercícios físicos.

E voltamos para almoçar.

À tarde, saímos para caminhar.

Fomos contemplando, lendo os números das casas em inglês.

Ele ganhou um picolé.

Chegamos em casa de noite.

Dia maravilhoso.

Spinosa uma paixão ou razão

 Spinosa pensava enquanto polia lentes. Spinosa lia o talmude. Spinosa lia Descartes. Embora no século XVII As idéias o escolherem para vire...

Gogh

Gogh