terça-feira, 24 de março de 2020

28. Acidente ornitológico

Vi um acidente triste,
Um pássaro que voava bateu na janela de uma van parada,
O gato que estava a espreita,
Correu e pegou,
Tentei salvar, mas não deu,
O felino foi mais rápido,
Fugindo com o pobre passarinho.
Então comecei a refletir sobre o acaso
E suas situações se é que estas existem.
Em pouco tempo perdi o foco e passei pensar em outras coisas.
A rua está tão vazia de gente.

segunda-feira, 23 de março de 2020

27. Ouro Preto

Hoje a tarde, mexendo numas fotos encontrei umas fotos de Ouro Preto.
Fotos minhas com o João e a Ana Paula fotuna.
Senti-me saudoso.
Que cidade diferente.
Cheia de igrejas e ladeiras.
Ruas de rochas irregulares onde podemos ver musgos e hepáticas e selaginelas.
Os casarões históricos o frio e o soar dos sinos
Nos faz sentir-se em outro mundo.
O horizonte breve sempre oculto pelas montanhas.
Chuva frequente.
Foi excelente a viagens a cidade histórica mineira.
Já faz alguns anos e ainda sinto saudades.

26. Apologia ao tempo

O que se passou de ontem pra hoje senão o tempo.
Este divisor que tudo cria e separa.
Nele há início e fim
Nele tudo é gerado e acabado.
Realidades ocorrem e desaparecem.
Tempo é uma matéria que me incuca.
Por isso respeito os segundos.

25. Efemeridade

As ruas vazias com o sol a pino.
O calor intenso.
As aves cantam, saltam e voam.
A gente chega a ficar desnorteado.
Mas resiste e contempla mais e mais.
A vida não é tão maravilhosa.
Qual será o motivo.
A raridade do tempo,
A sutileza da vida,
A brevidade de tudo.
O tempo é contado.
Temos que saber o que pode ser melhor para não desperdiçamos nenhum momento.

domingo, 22 de março de 2020

24. Gaia ciência

Após concluir a leitura de Gaia Ciência,
Resolvi que lerei mais um Nietzsche.
Agora irei iniciar O viajante e sua sombra.
Apesar de flertar com a Clarice Lispector.
Reler é sempre bom.
No caso de Clarice não seria releitura.
Tenho um projeto de ler O capital.
Espero que seja este ano mesmo.
Enfim, a noite me nanda dormir.

23. Fazer

Sair para fotografar o mundo e tudo que nele tem.
Particularmente, prefiro as aves e plantas.
As formas. Ah. Como me encantam e ensinam.
E o que nos ensinam as formas?
Quem ensinou e quem criou estes códigos.
Voltando!
As aves e as plantas são tão belas.
As aves cantam e as flores perfumam.
As aves saltam, cantam e voam.
Depois de um certo tempo criarmos os álbuns
Então, devemos.    organizar as coleções por data, por categorias ou classes.
Traçamos uma metodologia e organizamos o plano de trabalho.
Depois de muita organização, então iniciamos o projeto.
Na contrução, vamos descobrindo e aprendendo  a melhor forma de fazer.
Dá trabalho selecionar as fotos e descrevé-las.
E fazemos fazendo.
O bom é perceber que está acontecendo.
Um pouco de cada vez.
Vai indo.
Quando menos esperamos foi.

22. Realidade?

A memória nos traí. A realidade é muito mais substanciosa.
Enquanto nossa memória é subjetiva a realidade é objetiva.
O nível de certeza de nossa memória está Associada ao tempo que usamos para constui-la.
E com o tempo tudo fica laxo e então, não temos mais certezas.
Por tanto, o que escrevo está mais para ficção.
A realidade é o presente e memórias e o passado e o futuro, bem não costumo mexer com o que virá por ser uma profunda incógnita. 

21. Início escolar

As primeiras palavras, os primeiros números, as primeiras letras não me pareceram algo maravilhoso. As primeiras aulas não me pareceram atraentes. Não gostei de ficar preso a uma carteira. Achei interessante aquelas crianças que nunca vi e também aquele prédio chamado de escola.
A escola que ficava quase no Parieiro
Gostei da merenda feita por dona Dudé.
Com sete anos aos poucos ganhamos consciência e vamos conhecendo o mundo da lógica.
Aprender pode parecer duro talvez pela metodologia utilizada.
Todavia esse processo foi essencial, pois foi o ingresso na minha vida escolar, foi a primeira linda do texto do que se chama aprendizagem formal.
Com o desenrolar dos anos, aprender se tornou o alimento para o espírito.
E a minha esteve sempre alinhada a educação, por ser está libertadora.
A palavra é nossa forma maior de expressão.
Não lembro quais foram as primeiras palavras.
Não lembro de quase nada daquele tempo, mas lembro do esforço que meus pais para que não faltasse um dia de aula. Foi está atitude de
Amor que me fez quem sou.

sábado, 21 de março de 2020

20. Memórias da tarde

Na infância, não tinhamos água encanada em casa.
Nossa água era trazida em cargas d'água num jegue ou burro.
Geralmente, papai acordava e arrumava o jumento.
Às vezes, nas sextas-feiras, colocava água a tarde só para dormir até mais tarde nos sábados pela manhã.
Lembro daquele tempo, daquelas tardes, pois eram diferentes das manhãs friorentas.
Eram tardes quentes e com a luz se acabando. Então, ia ao riacho três vezes, lá em casa gastávamos três cargas d'água.
Eram tardes belas, de céu azul, poeira solta pelos caminhos da ladeira.
Na mata ouvia os pássaros como choca-barrada, encantos-de-ouro, abre-fechas.
E aos poucos a tarde ficava dourada até se apagar.
Não me esqueço de nosso jumento de orelha cortada e muito menos de nosso burrinho.
O burrinho é bom demais, forte e manso.
Não tinha maldade. As vezes, quando se soltava, corria a terra toda, mas aí parava dava a cabeça ao cabresto e tudo ficava bem.
As vezes, sonho com ele correndo no campo.
É muito bom ter essas memórias de um tempo de plenitude.


19. Fazer

As vezes, quando nos empolgamos com nosso trabalho, acabamos sendo absorvidos por este.
A ideia, o início, a organização, a construção, a organização é apaixonante.
E ver as coisas sendo feitas.
A conclusão e o produto nos enche de prazer.
E queremos sempre mais.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh