segunda-feira, 9 de maio de 2011

Borboletas

As borboletas são tão belas,
tão leves e coloridas.
As borboletas oras estão a voar,
oras ficam paradas.
Pousam e ficam suas asas abertas,
e as escamas das suas asas brilham.
Outras vezes ficam abrindo e fechando
suas asas que são tão grandes
para seus corpos.
As borboletas tem dois pares de asas,
seis patas e duas antenas,
uma cabeça, e um abdomem,
e uma longa probócide
por onde suga o mel das flores.
As borboletas são grandes amigos
das flores.
As borboletas bebem o mel das flores,
mas paga com seu trabalho
levando polém de uma flor para
outra.
É uma troca muito justa.
As borboletas e as flores
são tão belas.
As flores se enfeitam todas para
as borboletas e as borboletas
se enfeitam toda para a flor,
e voa de jardim em jardim,
de flor em flor.
As borboletas respeitam as flores,
assim como as flores respeitam as borboletas.
A natureza as criou e as ensinou
a harmonia.
E por isso são as borboletas
tão belas, elegantes,
suaves, destemidas,
voam a qualquer hora que haja luz,
não teme a morte,
simplesmente são o que são.
Borboletas.

Fiqueira de Nossa senhora Conceição

Num lindo sábado ensolarado, fui visitar pela primeira vez o morro da Urca. Surpreendeu-me encontrar bem na base daquele morro, logo depois de passar o portão em direção ao topo, uma pequena gruta feita de pedra quebradas com a imagem de nossa senhora da Conceição. Uma imagem símbolo de fé de todo o Brasil. Ali estava uma gruta toda enfeitada, cheia de jarros com flores singelas todas belas. Aquela imagem sobre uma nuvem erguida sobre quatro anjos. O que estranhei foi o manto ter cor azul e vermelho. Parei para contemplar. No momento havia quatro mulheres, discutindo sobre quem seria aquela santa. Então uma foi até a placa e viu que era nossa senhora da Conceição. Discutiam a cor do manto, mas logo chegaram a conclusão que seria a imagem de nossa Senhora. Bem a frente haviam dois jovens de joelhos em profunda oração.
Olhei para o manto, para as estrelas no manto, para a coroa. Percebi então para minha surpresa que aquela gruta se posicionava sob uma enorme fiqueira. Episódio que me fez lembrar do budismo já que Buda atingiu a iluminação sobre uma fiqueira. E ali sob o verde da paisagem, o belo dia claro e colorido, bem naquela gruta havia paz. Vi no rosto das pessoas uma certa iluminação. Olhares de agradecimento, de saudades, de fé. Sim sobre uma fiqueira dia após dia centenas de pessoas depositam sua fé e estão em pleno momento consigo mesmo. Olhei as flores duas orquídias foi o que consegui identificar. Percebi num belo jarro antigo. Então fui embora, ruminando a ideia da figueira, de nossa senhora da Conceição e de Buda. Coincidências da vida. Tudo aconteceu num lindo sábado de maio de 2011.

domingo, 8 de maio de 2011

Viagem

Acordei cedo, o sol brilhava intenso, o dia estava muito claro. Ao sair de casa pude então ver o mar, os morros com lindas bromélias. Vi as casas, os prédios, os monumentos e as pessoas cariocas. Tudo tão colorido, tão verde, azul, vermelho, branco e preto. Vi carros indo e carros voltando no sentido oposto. Fiquei ali sentado no banco do carro, calado contemplando cada instante como se fosse o último, e aliás eram, pois estava indo embora do Rio de Janeiro. Tem lugares que antes de partir deixa saudades pela beleza, tem outros lugares que deixam saudades pela história que construímos e levamos dentro de nós. E foi com essa ideia que entrei no ônibus. Eu olhava através da janela a cidade, com tudo que a constituí. Vi que rio é poluído, tem lixo nas ruas, que as paredes e os muros são pichados. Mesmo assim o Rio é lindo por obra da natureza. E o ônibus foi se afastando da cidade maravilhosa, e fui entrando num labirinto de morros nus, fui subindo através das curva, subi até muito alto de onde podia ver um mar de morros. Ah, deu uma sensação de vazio no peito. Comprei uma revista de Foucault na rodoviária, então pairava em minha mente uma dúvida, se lia ou contemplava a natureza, de maneira que fui fazendo os dois. Então vi tantas paisagens, pensei tanta coisa que me senti cansado. Quando cheguei em casa, senti um vazio. A casa estava fria sem ninguém. Então meu dia acabou claro, com um lindo crepúsculo. Mas me senti só, passou depois que passei a roupa. Boa noite.

Tristeza

Às vezes, quando passamos o dia sem falar com ninguém, sentimos um forte aperto no peito. Sentimo-nos sós. É uma sensação horrível. Ainda mais quando viajamos o dia todo e vimos tantas coisas e temos tanto para contar e não temos ninguém para nos ouvir. Neste instante nos sentimos fracos. Talvez nos acostumemos, mas não sei se será bom para nós. A solidão e o silêncio são bons companheiros, trazem momentos de reflexão, mas quando são momentos impostos, acabam sendo sentimentos de sofrimento. Mas temos que ser fortes e sublimes. Façamos algo para nos distrair e esquecer. Essas coisas a gente consegue esquecer com trabalho. A vida é mais interessante que as ideias ruins. Esqueçamos e nos sintamos bem.

sábado, 7 de maio de 2011

Rio de Janeiro

Hoje conheci o morro da Urca e o Pão de Açuca, um dos lugares mais lindos que já conheci na vida. Fui muito maravilhoso, pena a Ana não estava aqui comigo. Lá do morro da Urca liguei para o meu pai que conhece muito bem o Rio.
Sem palavras o Rio é a cidade mais linda do mundo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rio de Janeiro

Que quente é o Rio, será que aqui faz frio?
Não sei, mas que aqui a natureza foi gerenosa,
ah, nisso ela foi primorosa, tudo de belo aqui ficou.
Sol, céu e mar azul, mata verde canescente,
muito calor e uma enorme praia.
Belos jardins, museus!
Caminhar aqui é quase impossível,
pois tem tanta coisa direntes,
tantos detalhes interessantes,
nas casas, nas ruas, nas pessoas.
O grande problema é o calor,
ou não, pra mim é,
também não sou carioca,
mas que tem muita coisa bela aqui!
Ah isso tem.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Folhas pelo chão

Folhas secas pelo chão.

Quanto vive uma folha?

As folhas perdem sua cor,

perdem seu vigor,

perdem seu ramo

e se espalham pelo chão.

Algumas folhas são levadas ao vento.

As folhas sempre se vão.

As folhas se debruçam pelo chão

e tingem de marrom todo o chão.

Folhas secas pelo chão,

espalhadas, forram todo o chão.

E caminhar sobre as folhas,

bem devagar e ouvir o chiar,

do deslocar, ouvir o som das próprias pegadas

espalhadas pelo chão,

As folhas não deixam de ser folhas,

mesmo que não façam fotossíntese,

mesmo que não sejam verdes,

mesmo que não seja árvores.

As folhas são simplesmente folhas,

são o que são porque foram

E não deixam de ser por não ser o que eram,

ao contrário são o que são folhas.

Tem em si essência

que lhes contam o que foram,

o que é e que será.

Agora estão espalhadas pelo chão,

folhas de bauhinia, lixeira,

folhas que já não são viva,

mas continuam sendo

cheirosas, mesmo que secas,

estão em transformação,

o logo serão o que foram,

solo, matéria orgânica, pó.

Sabe lá quem sabe não retorna

a fazer parte de outras folhas?

Sabe lá.

Silêncio

O silêncio foge de mim. Não consigo esta em pleno com o silêncio. No meu peito há um coração que não para de bater, sinto o pulsar intermitente em minhas veias. Minha mente calar. Vivo em eterno monólogo. As vezes para me livrar do som de minha mente, como uma fruta, olho para o céu, para os jardins e tento simplesmente sentir o momento sentir que algo é silencioso além de mim. Olho para o verde das plantas, as cores das flores, inspiro os odores do mundo. E respiro e inspiro. Sinto então a harmonia que há no mundo onde há caos e sinto dentro de mim um cosmo. Mas não consigo entrar em harmonia com o silêncio. Admiro muito suas qualidades, suas virtudes sua beleza, mas não sei ser como as árvores silenciosas. Não, realmente, não sei ser como as árvores imparciais. Algo dentro de mim expulsa o silêncio e não sabe calar.
Na busca de aprisionar o silêncio estou aprendendo a me calar e quem sabe tenha algo dele dentro de mim.

Manhã

A manhã nasceu limpa e fria.
Estava tão fria que uma cinza
gelada cobria Barão,
Todas as pessoas usavam blusas.
Acordei no horário, mas
estava atrasado,
e segui desbravando
as ruas frias de Barão,
Nessa manhã fria,
sem uma nuvem,
numa manhã
lima e fria

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Danaus plexippus

Ah, se pudéssemos ser feito borboleta!

Descompromissada uma borboleta voava,
quase não batia suas asas,
parecia tão leve, suave,
acho que estava flutuando
sobre ou ar, ou estaria planando?

Não tinha pressa a bela borboleta,
voava e quando via uma flor,
logo pousava sobre as pétalas macias,
da flor, contemplava a cor,
sentia a textura, e então
desdobrava sua tromba e se deliciava
do doce néctar, mas será que borboletas
sentem o doce?
Não sei só sei que ela
desfrutava da doçura da flor,
do doce odor,

E saia visitando todos os jardins,
todas as flores,
distribuindo elegância e beleza,
aquela borboleta sábia
era livre pra voar para onde quisesse,
sem se preocupar com o dia da amanhã,
se alimentava do que dava a natureza,

Aquela borboleta me encantou,
ela que tinha a cor alaranjada,
com nervuras negras
e pintas brancas nas bordas.

Ela que voava sem compromisso,
aos sabor do vento, ao sabor da luz do sol,
pouco a contemplei e
já tive que pedalar para não me atrasar,
e a borboleta se foi
e a borboleta ganhou uma morada,
bem na minha mente,
bem no meu peito.


Ah, se pudéssemos ser feito borboleta!

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh