Ainda lembro dos doces momentos quando
morava em casa, bom no início da noite,
quando via aparecerem as estrelas no céu
como estrelas desabrochando no campo,
e o céu aos poucos tornando-se atroprurpúreo
e por fim em pleno escuro.
Sentado a velha cadeira de balanço
pra lá e pra cá, mirava o céu,
as estrelas, logo sentia a brisa escura
chegar, sentia meus pés gelar e ouvia
mamãe a chamar, entra pra cá,
mas resistia só por mais um instante,
ficava a mirar as estrelas,
as vezes a lua, e naquela estrada nua,
nada passava,
as estrelas é que cantavam,
os grilos respondiam,
saudades, da calçada,
da noite estrelada,
coisa mais rara,
que pude viver e amar.