Que tarde quente aqui em Uberlândia parece que o mundo todo está pegando fogo.
Até sob as árvores o corpo arde de calor. Agora mesmo um ventinho fresco ta chegando do poente.
São 18:35 e o sol ainda está bem claro.
Dias longos estes de primavera.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Que tarde quente aqui em Uberlândia parece que o mundo todo está pegando fogo.
Até sob as árvores o corpo arde de calor. Agora mesmo um ventinho fresco ta chegando do poente.
São 18:35 e o sol ainda está bem claro.
Dias longos estes de primavera.
Cada pessoa é única, até podemos parecer semelhantes, ou melhor, extremamente semelhantes fisicamente, mas a nossa essência nos é peculiar. A maneira como lemos o mundo sempre diverge.
-O que tu escondes?
-Nada
- mesmo?
- e essa fala?
- por que não cala?
- porque a boca é minha.
- então fale algo de futuro.
- fale voce.
- hum.
- que coisa chata isso que falas.
- tá incomodado?
- se tiver saia.
- Escondes o mais precioso.
- Ah?!
- O que?
- O silêncio, pois quem muito fala muito erra.
- Vai se lascar.
- É muitas vezes o sol não precisa falar,
- nem a natureza, agora entendi voce precisa.
- Vai procurar sua.
- Que cara chato.
Vende de tudo na feira.
Vende frutas, roupas, comida,
Objetos, cds e simpatia.
Ir a feira traz-me alegria,
Tudo é tão cheio de poesia,
Vemos uma diversidade
Imensa de formas, ideias e gente.
Tem de tudo lá
Tomate, vagem,
Manga, maracujá,
Banana, coco,
Cebola, abacaxi,
Milho verde.
Tem sereais e seus derivados
Feijão, milho, fava.
Tem banca de pastel, acompanhado de mineirinho,
Tem coisas até da china.
Tem queijo, frango frito,
Tem bagaço.
Na alegria do vai e vem
De gente, de cores,
De sabores, de troca
Entre mercadoria e dinheiro,
Pensa, analisa e leva pra casa o
Que se acha melhor.
Da vermelha pulpa da melância
Ao amarelo doce do abacaxi,
O branco macio da banana,
O verde água da alface,
O azedo do limão,
O amarelo rosa da manga,
Hum quantas delícias.
Encontrada na feira de domingo no luizorte.
Um pastelzinho com mineirinho
E um palavreado fulorado dos mineiros
Tornam as feiras mineiras
Tão amistosas quanto as paulistas.
14:47 12 dez. 10
A linda rosa no verão
Pós seu último botão,
Tão graciosa no jardim
Parecia acenar pra mim,
E o sol a iluminava,
O vento a acariciava,
A todo transeunte encantava,
Que linda fica ela assim,
Enfeitando o jardim,
A rosa é mesmo
Desdenhosa,
Circundada de olhares,
Tal qual Branca de Neve,
Sorri pela última vez
Depois parte,
Pois a beleza é efêmera,
A vida é breve,
É a vida.
12 dez. 2010 11:34
Três borboletas amarelas,
Voam nas paredes do quarto
Do quarto de ana,
Quarto de paredes creme
Como sorvete de milho,
Com um mural
Com fotos de viagens,
De datas,
De uma arara,
De uma praia,
De um prédio
Do jardim botanico de curitiba.
E de uma cama branca,
Do chão vermelho
Do guarda roupas preto,
As borboletas voam,
O quarto não ajuda
Pois o vento não entra muitas vezes,
As cortinas claras não deixa o sol ou o vento entrar.
É dezembro
O quarto está quente...
12 dez. 2010-12-12
Lua crescente no poente,
Sol desponta no nascente,
Uma noite se entrega
A mais um dia.
Hoje é dia de domingo
Que rima com cachimbo.
Lá fora canta o papacebo
Por ser manhã
De domingo,
Tem feira no Luizote,
Faz falta aquela manhã
Nublada, mas tem nada não,
Pelo menos é dezembro,
E hoje é doze do doze
De dois mil e dez.
A lua está crescente,
Aparece no centro do sol
E foge para o poente,
Brilhosa,
Já será cheia
A última crescente se despede do ano,
E se entrega a lua cheia,
Já se foram três estações,
E o sol arde nesse verão,
Também com tamanha
Solidão,
Que poderia se esperar do sol,
Que foge da luz,
Desesperada pela rua.
O jardim sedento pede água,
Abro a torneira
E água jorra sobre,
As folhas que brilham,
Ficam a sorrir,
Um ar úmido se
Espalha pelo ambiente,
Enquanto gotas caem
Das folhas,
Há um frescor no jardim,
Um silêncio
Uma paz
20:17
É fim de tarde,
O sol quase se pôs,
E lentamente tudo perde as cores,
Tudo vai enegrecendo,
Verde escuro,
Rosa escuro,
A sutileza das formas
Perdem os contornos.
Finalmente a natureza se recolhe,
Os pássaros calam,
Tudo está perdendo o movimento,
Já é a hora do ocaso,
Onde o breu toma conta da natureza.
O silêncio estático é quebrado,
Pelo sopro do vento,
Que agita as folhas das árvores.
A luz cada vez mais pálida se vai.
O dia se entrega pra noite,
Aqui em Uberlândia.
19:40 11-12-10
11 de dezembro de 2010-12-11
Lágrima
É na dor que nos tornamos mais humanos.
O mundano nos trás conforto,
Na dor, silencia a beleza da cor,
Seja ela espiritual ou carnal.
O corpo sob intensa pressão,
Explode de tanta emoção,
Quão intensa torna-se a respiração,
Descompassado pulsa o coração,
A vida perde o sabor,
Conforme intensa seja a dor,
Nos doamos, nos perdemos,
Tudo perde o valor,
A carne toda arde,
O sangue queima e conforta,
Intensa pulsa a aorta,
Perde a simetria a face,
E os olhos logo marejam
Destilam do fundo da alma,
Límpida, transparente e salina,
Lágrimas que lavam a alma
Trazem conforto e calma.
A perca sofrida,
Que faz parte da vida,
A perca da coisa querida.
A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...