terça-feira, 14 de dezembro de 2010

dia longo

Que tarde quente aqui em Uberlândia parece que o mundo todo está pegando fogo.

Até sob as árvores o corpo arde de calor. Agora mesmo um ventinho fresco ta chegando do poente.

São 18:35 e o sol ainda está bem claro.

Dias longos estes de primavera.

Dialogo

Cada pessoa é única, até podemos parecer semelhantes, ou melhor, extremamente semelhantes fisicamente, mas a nossa essência nos é peculiar. A maneira como lemos o mundo sempre diverge.

-O que tu escondes?

-Nada

- mesmo?

- e essa fala?

- por que não cala?

- porque a boca é minha.

- então fale algo de futuro.

- fale voce.

- hum.

- que coisa chata isso que falas.

- tá incomodado?

- se tiver saia.

- Escondes o mais precioso.

- Ah?!

- O que?

- O silêncio, pois quem muito fala muito erra.

- Vai se lascar.

- É muitas vezes o sol não precisa falar,

- nem a natureza, agora entendi voce precisa.

- Vai procurar sua.

- Que cara chato.

Feira

Vende de tudo na feira.

Vende frutas, roupas, comida,

Objetos, cds e simpatia.

Ir a feira traz-me alegria,

Tudo é tão cheio de poesia,

Vemos uma diversidade

Imensa de formas, ideias e gente.

Tem de tudo lá

Tomate, vagem,

Manga, maracujá,

Banana, coco,

Cebola, abacaxi,

Milho verde.

Tem sereais e seus derivados

Feijão, milho, fava.

Tem banca de pastel, acompanhado de mineirinho,

Tem coisas até da china.

Tem queijo, frango frito,

Tem bagaço.

Na alegria do vai e vem

De gente, de cores,

De sabores, de troca

Entre mercadoria e dinheiro,

Pensa, analisa e leva pra casa o

Que se acha melhor.

Da vermelha pulpa da melância

Ao amarelo doce do abacaxi,

O branco macio da banana,

O verde água da alface,

O azedo do limão,

O amarelo rosa da manga,

Hum quantas delícias.

Encontrada na feira de domingo no luizorte.

Um pastelzinho com mineirinho

E um palavreado fulorado dos mineiros

Tornam as feiras mineiras

Tão amistosas quanto as paulistas.

14:47 12 dez. 10

Rosa

A linda rosa no verão

Pós seu último botão,

Tão graciosa no jardim

Parecia acenar pra mim,

E o sol a iluminava,

O vento a acariciava,

A todo transeunte encantava,

Que linda fica ela assim,

Enfeitando o jardim,

A rosa é mesmo

Desdenhosa,

Circundada de olhares,

Tal qual Branca de Neve,

Sorri pela última vez

Depois parte,

Pois a beleza é efêmera,

A vida é breve,

É a vida.

12 dez. 2010 11:34

Marcas

Três borboletas amarelas,

Voam nas paredes do quarto

Do quarto de ana,

Quarto de paredes creme

Como sorvete de milho,

Com um mural

Com fotos de viagens,

De datas,

De uma arara,

De uma praia,

De um prédio

Do jardim botanico de curitiba.

E de uma cama branca,

Do chão vermelho

Do guarda roupas preto,

As borboletas voam,

O quarto não ajuda

Pois o vento não entra muitas vezes,

As cortinas claras não deixa o sol ou o vento entrar.

É dezembro

O quarto está quente...

12-12-10

Noite suave

12 dez. 2010-12-12

Lua crescente no poente,

Sol desponta no nascente,

Uma noite se entrega

A mais um dia.

Hoje é dia de domingo

Que rima com cachimbo.

Lá fora canta o papacebo

Por ser manhã

De domingo,

Tem feira no Luizote,

Faz falta aquela manhã

Nublada, mas tem nada não,

Pelo menos é dezembro,

E hoje é doze do doze

De dois mil e dez.

A lua está crescente,

Aparece no centro do sol

E foge para o poente,

Brilhosa,

Já será cheia

A última crescente se despede do ano,

E se entrega a lua cheia,

Já se foram três estações,

E o sol arde nesse verão,

Também com tamanha

Solidão,

Que poderia se esperar do sol,

Que foge da luz,

Desesperada pela rua.

Jardim

O jardim sedento pede água,

Abro a torneira

E água jorra sobre,

As folhas que brilham,

Ficam a sorrir,

Um ar úmido se

Espalha pelo ambiente,

Enquanto gotas caem

Das folhas,

Há um frescor no jardim,

Um silêncio

Uma paz

20:17

Ocaso

É fim de tarde,

O sol quase se pôs,

E lentamente tudo perde as cores,

Tudo vai enegrecendo,

Verde escuro,

Rosa escuro,

A sutileza das formas

Perdem os contornos.

Finalmente a natureza se recolhe,

Os pássaros calam,

Tudo está perdendo o movimento,

Já é a hora do ocaso,

Onde o breu toma conta da natureza.

O silêncio estático é quebrado,

Pelo sopro do vento,

Que agita as folhas das árvores.

A luz cada vez mais pálida se vai.

O dia se entrega pra noite,

Aqui em Uberlândia.

19:40 11-12-10

Lágrima

11 de dezembro de 2010-12-11

Lágrima

É na dor que nos tornamos mais humanos.

O mundano nos trás conforto,

Na dor, silencia a beleza da cor,

Seja ela espiritual ou carnal.

O corpo sob intensa pressão,

Explode de tanta emoção,

Quão intensa torna-se a respiração,

Descompassado pulsa o coração,

A vida perde o sabor,

Conforme intensa seja a dor,

Nos doamos, nos perdemos,

Tudo perde o valor,

A carne toda arde,

O sangue queima e conforta,

Intensa pulsa a aorta,

Perde a simetria a face,

E os olhos logo marejam

Destilam do fundo da alma,

Límpida, transparente e salina,

Lágrimas que lavam a alma

Trazem conforto e calma.

A perca sofrida,

Que faz parte da vida,

A perca da coisa querida.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os sentidos

Os sentidos

Os sentidos são a luz da alma,
as vias do saber,
o sabor do viver,
através dos sentidos se busca a calma.

O nosso mundo é descoberto
através do olhar, ouvir,
tocar, saborear.

Vamos construindo nosso mundo,
a partir do que vemos, ouvirmos,
ou sentimos e reagimos a estes estímulos,

Que mundo há além de nós?
ver melhor que não ouve,
ouve melhor quem não ver,
apuramos mais uns ou outros,
de acordo como usamos,
construímos nosso ser,
nossa persona.

Os nossos sentidos
dão sentido a vida.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh