As coisas são como devem ser.
Somos quem somos,
Essa substância,
Essas ideias,
Nossas memórias,
A terra seca,
A vegetação arbustiva, intrincada,
Os ramos cor de cinza,
Os cactos espinescentes,
Algo inacabado.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
As coisas são como devem ser.
Somos quem somos,
Essa substância,
Essas ideias,
Nossas memórias,
A terra seca,
A vegetação arbustiva, intrincada,
Os ramos cor de cinza,
Os cactos espinescentes,
Algo inacabado.
Ontem, anteontem... lembrei de papai.
Tenho lembrado muito de papai.
E como ele se foi a saudade é tamanha que não tem explicação.
Uma vontade de vê-lo, abraçá-lo e sentir sua presença física,
Notar sua simplicidade,
Seu corpo rústico,
E sentir o seu amor.
Vinca linda flor simétrica,
Flor pentâmera de corola tubulosa,
Flor cheia de cor,
Alva e rosa,
Nasce em qualquer lugar,
Nasce no pé da calçada,
E cresce e floresce,
Vinca...
Vinca...
Em minhas memórias estão sempre presente...
Gerações e mais gerações...
Vincas de odor peculiar.
Ontem por acaso conheci Facundo Cabral,
Um cantor e poeta fabuloso que desconhecia completamente,
Fiquei apaixonado por sua voz,
Seus pensamentos,
É impressionante como a vida me surpreende tanto a cada dia.
Facundo Cabral em sua fala traduziu muito do que penso...
Tenho combustível para pensar e pensar...
Quantas paisagens há em minha alma?
Memórias... Memórias daquilo que se desfez
No tempo e no espaço.
A velha escola isolada Serrinha do Canto,
As professoras Livani e Lenita,
As merendeiras Dudé e Ziná
A tarde e a manhã,
De 1987 e 1988,
De 1989 e 1990,
Primeira, segunda e terceira séries primárias...
Mamãe e papai, beg, nana, lera, eu e li,
Os jegues, liao, o burro e dog...
Tempos de tapioca, beiju de milho,
Xerém...
Paisagens, de ganchos de baladeiras,
Cocos catolés e mangas espadas,
Dos macios e doces cajus...
Minha rica inocência,
Minhas paixões
Quão tudo foi perfeito e maravilhoso
Que viveria tudo de novo,
Quantas fossem as vezes,
Compreendi e aprendi o nescessário,
Embora a sabedoria está distante
Que venha um dia,
Que graça foi tudo bem
Tudo que vivi foi necessário e bom.
O tempo,
O vento...
A rima,
O verso,
O poema...
Espaço,
Compasso.
Notas musicais,
Mananciais.
O tempo,
Essa linha que tudo marca,
Marca nossos dias,
Nossas experiências,
O tempo existe?
Sabe lá...
As memórias viscosas, fluidas,
Que são memórias...
Ser...
Não ser...
Quanta matéria para pensar.
Ontem,
Agora... hoje,
Passado e presente.
Ser.
Que pode mudar?
Que pode mudar?
Desconhecer,
Conhecer...
A indiferença.
Tudo é tão rápido,
Mistérios,
Desígnios divinos.
Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...