sábado, 7 de dezembro de 2019

Espanto

Visitei uma galeria de arte,
Sai de lá espantado,
Havia beleza ou feiura?
Ordem ou desordem?
Por que coisas caótica a nossa subjetividade nos espanta?

Existir

Hoje sou,
Ontem não sei,
Muito menos amanhã.
Só tenho o agora,
Tenho também memórias,
Do que vivi e fui,
Assim creio que sou
E em minhas memórias,
Vejo paisagens,
Vejo paisagens,
Não lembro de coisas em movimento,
Talvez de sons, músicas.
Talvez um dia tudo se encaixe
Ou não nem tudo é razão,
Ou cosmos,
Ou consciência.
Talvez tudo seja apenas informações e memórias.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Nosso tempo

Nosso tempo é tão subjetivo e descolado da objetividade.
Cada um tem sua impressão do que foi bom ou ruim perante uma subjetividade.
Para mim, os anos 90 foram fabulosos, pois foi o período e adolescência quando meus pais eram jovens e meus avós eram vivos.
Foram anos de grandes descobertas, anos de leveza que me faziam me sentir protegido.
Tudo que acontecia era novidade.
A vida era dura, mas era feliz.
Gosto de me lembrar com carinho.
Apesar do pânico que ainda tenho comigo até hoje.
O tempo passou, a roda girou e aqui estou por alguns dias,
Mas pretendo repensar tudo e delinear e escrever esta história.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Vasto mundo

Enche os olhos o horizonte plano,
Coberto por pasto e por luz,
De longe o sol no céu alumia,
Amplo é o espaço para a poesia,
E as ervas preenchem o chão,
E a água espelha o céu,
Neste vasto mundo que é o pampa.

O pampa

A vastidão dos campus gaúchos,
A solidão do pampa,
O sol que parte dentro da noite,
O canto do tico-tico,
A erva mate morna amenizando o mundo,
Palmeiras de butiá,
A salamanca,
As crendices,
Os olhares atrás da janela,
Nesse profundo lugar que é o pampa.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Amor de inverno

Não sei se a manhã era ensolarada, nublada ou chuvosa.
Nem sei estava frio ou quente.
Tudo que me lembro é do som do tico-tico.
Cantando durante toda a manhã,
O mundo parecia tão vasto,
E o som do tico-tico preenchia todos os espaços,
De alegria ou de tristeza.
O tico-tico pintadinho não estava nem ai.
Só cantava para encantar um amor.
Um amor de inverno.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Revolta

Flores no escuro,
Numa noite fúnebre,
Canto de bacurau,
Umidade fria na estrada vazia,
Que lugar vai dar,
Por aqui passos quentes caminharam,
Mas agora passos não dá,
Só resta essa lembrança,
Só restam minhas lembranças,
É tudo que sou!
O tempo gosto tentando entender o mundo,
Tentando me criar,
Não sei o que fica.
Talvez as boas ações.
E memórias que precisam serem estimuladas
Só assim vem aflora.
Tá tudo no inconsciente,
No subconsciente,
Tenebrosa existência,
Tão aguda quanto espinho de agave,
Tão grata,
Agora é devir.

sábado, 16 de novembro de 2019

Vovó

Hoje sábado,16 nov. 2019, lembrei de vó Sinhá no alto de sua idade, morando conosco em nossa casa. Vó que tanto viveu e lutou pela vida. Ficou viúva já idosa. Depois disso se desapegou da matéria e foi morar com as filhas. Passava um tempo conosco e outro com tia Chagas. Era boa sua companhia. 
Vó era religiosa e gostava de assistir a missa e ainda aprendia as orações.
Vó dizia que saiu da escola na sexta série e estava aprendendo em matemática raiz cúbica.
Contava que declamava poemas no coreto no fim de ano.
Nascida no dia 13 de dezembro de 1913 na cidade de Martins-RN. Pouco sei sobre esse tempo distante. Quase não tem registros nem falas. Minha tia mais velha Maria das Neves é de 1935. Que nos dá uma média de 22 anos quando vovó foi mãe. Nasci em 1979, quando vovó contava com 66 anos.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Fotografia

A cada clique capturo uma composição mais perfeita que a outra,
Capturo combinações de cores e formas, singularidade e pluralidade,
Olhar através das lentes é fabuloso,
Poder capturar e fixar a imagem,
Como dá memória a um espelho,
Fixar o tempo que é efêmero,
Movimentos que são rápidos,
Essas coisas que vejo
E posso expressar pela fotografia.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Calma!

Às vezes nos desesperamos com as  manchetes de jornais.
Às vezes é o calor do dia,
Às vezes um mal entendido.
Mas não devemos nos dobrar aos sinais que lemos.
Nem tudo está perdido,
Basta tentar ver as coisas sobre outras perspectivas.
Num jornal temos várias notícias.
O calor pode ser amenizado com um banho.
Talvez se acalme e assim consiga se expressar melhor.
Calma! Tudo vai ficar bem.

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh