sábado, 26 de setembro de 2015

Ter amor

Pouco temos consciência de que nossa existência é finita.
Temos a certeza da morte, mas quando virá é uma incógnita.
O tempo vai nos domando, nos experimentando, nos preparando
Para a partida que muitas vezes é dolorosa,
Não é maravilhosa e festejada como a chegada.
E a gente vai descobrindo a vida e se encantando
E se apegando ao mundo, às pessoas,
Até que não aceitamos a partida e queremos permanecer aqui,
Sem perceber que estamos constantemente em mudança,
Dia e noite, mês após mês,  lua após lua,
Estação após estação, doença e cura...
E o ciclo da vida se completa,
E a imortalidade e o tempo nos torna prisioneiros de nossos próprios corpos,
Nossos subjetivos seres.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Envelhecer

Envelhecer
Algo surpreendente e dramático,
A gente chega cada vez mais perto do fim,
Mas no meio pode está todo o início,
No meio pode surgir uma nova vida,
Envelhecer ao lado daquilo que iniciou novo,
Que se conheceu, se uniu, se cimentou,
Saber como é isso é doce,
Mas temer é se perder,
Que caminhos seguimos?
Acho que envelhecer
E se perder é trágico
E nada poético
E um fim abreviado.

Subjetivo

O silêncio da noite enluarada,
Um carro a passar,
Grilos a cantar,
Estrelas cintilando,
Memórias,
Doces memórias,
O calor,
O sono,

Niílismo,
O medo,
Egoísmo!

Tudo que me envolve
É tão peculiar,
Subjetivo...

Alteridade como crer?

Só o meu ser,
A pensar,
A penar,
A existir
E se angustiar com o ser,
Isso é viver.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Continuidade

A noite,
As ervas pequenas fecham suas folhas e flores,
Parecem dormir,
E pela manhã abrem suas folhas e flores,
Parecem sorrir,

A vida é assim,
Dia e noite,
Feliz e triste,
Dialética,
Poética,

De um dia para o outro,
De um mês...

As coisas acontecem,
As coisas se tecem...

E não existe um fim,
Apenas uma continuidade.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Arte

Faz falta,
Correr no tempo,
Buscar com sede algo,
Nos faz esquecer dos movimentos da vida,
Elucidado pela poesia,
Pela música,
Pela pintura,
Tudo quanto é arte,
Das mãos de um humano qualquer,
Pode surgir uma beleza eterna,
Da rocha,
Da madeira,
Da corda,
Do pano...
Engenho humano,
Puramente humano...

Calypso

O silêncio limpo da noite,
Grilos a cantar,
Escuro,
Lua crescente,
Um chá,
O sono,
O descanso mais que merecido, vigoroso,
Depois de um longo dia,
Só uma noite para repor as forças,
Amanhã é outro dia,
Sabe lá o que virá.

domingo, 20 de setembro de 2015

Prazer

Domingo,
A cama caliente,
Um livro,
Café lauto,
Um chá,
Tempo para si,
Sair a passear,
O prazer de almoçar,
E sentir a tarde passar,
Suave, fresca,
E a noite ornada pela lua,
Todo mundo bem,
Saúde e paz,
Hoje foi um dia perfeito,
Como são bons dias assim.

sábado, 19 de setembro de 2015

Reflexão


Passado, presente e futuro,
Eis que fomos, somos e seremos,
Este ser que é
Que cruza o tempo,
Que tem perspectivas,
Passamos pela vida,
Cremos ser lentamente,
Mas no alto do tempo vivido,
Percebemos que o tempo voa,
Que não há mais tempo,
Que podia ter sido melhor.
Onde depositamos nosso tempo?
No trabalho, nos livros, na diversão, nas viagens,
Na luta pela vida, na cultura...
São tantas e imensas possibilidades que sabemos apenas onde depositamos o nosso
Deveras nos perguntamos fiz a melhor escolha?
Estou sendo o que quero ser?
Refletir sobre a vida é importante, mas quem o faz?
Não ficamos imbuídos em nossos umbigos!
Deveras devemos refletir sobre nossa existência,
Porque a vida voa.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Ousar

Manhã
Aurora embrasada,
Vai apagando a noite,
E anunciando o novo dia,
O silêncio impera
Até que o canto do galo
Anuncia o novo dia,
Despertamos para uma nova ousadia,
Viver com intensidade,
Mais um dia,
Se possível sempre o melhor,
Para isso precisamos ver sempre
O belo, o perfeito, o alegre,
Encher nossa vista,
Nossa alma,
Nosso ser,
E ver sempre o meio copo cheio,
Sentir sempre esperança
No dia que cai,
Porque cada dia é uma aposta,
Cada dia é uma incógnita,
Que devemos ousar viver.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Valorizar

O que quer que eu faça,
O que quer que eu sinta...
Tudo em mim são ações,
Tudo em mim são emoções,
Tudo em mim são representações,
Que implicam em minha existência,
Em meu eterno jeito de ser,
Que as vezes nego ou legitimo...
E há tanta coisa velada,
Vidas não serão suficiente para entender,
Por isso cada dia é impar.

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

Gogh