sábado, 18 de outubro de 2014

Bem devagar

 Mais uma noite caiu,
Após uma tarde mateira,
As sombras da noite
Faz a natureza silenciar
Faz a natureza descansar.

A rua vazia,
Cães a ladrar,
Tudo não passa.

As luzes frias alumiam
As ruas e avenidas,
O tempo vai passando bem devagar.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Amanhã

A noite chega,
Tudo é cansaço,
Tudo é vazio,
Tudo é solidão.

O vento sopra de vagar,
Os cães latem sua solidão.
Ruas vazias,
Casas apagadas,
Uma noite de sexta que se passa.

Amanhã é um novo dia.


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Consequências da noite

É noite,
E a noite é misteriosa.
A noite é fogueira apagada,
Luz das estrelas feito cinza na brasa,
Quente ou fria sempre se passa.

É noite,
E a noite temos memórias noturnas,
Memórias que surgem sob a sombra da noite.

É noite,
A noite lembro de coisas,
Mas a noite reserva um tempo só meu,
Posso tranquilamente tomar um chá,
Ler um livro, ou papear,

A tempo que me livrei dos telejornais
E até mesmo da televisão...

Se bem que na minha gênese nem tv tinha em casa.

A noite não é ociosa para mim sem tv,
Ao contrário a noite é curta,
A noite é misteriosa.
E é a noite que os sonhos se tornam realidade.

A noite

O escuro da noite,
Oculta maldades,
Oculta realidades,
Mas revela belezas,
Como a lua e as estrelas.
É preciso conhecer a noite
Para ver um céu estrelado,
Para ver um céu enluarado,
Uma luz acesa,
Mariposas voando,
O canto do urutau.

Uma xícara de chá,
Quantas ideias...
A noite apesar de tudo
Acalma a alma,
Dar descanso ao corpo,

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A realidade

A realidade é solta como uma rocha num riacho.
A realidade é fragmentada como areia.
O que é a realidade?
A realidade é o todo e por ser o todo,
Torna-se abstrata.
A realidade às vezes me arrebata.
Nem tudo que percebo é realidade,
São breves ilusões frutos de nossos sentidos.
Conceitos, abstrações e conhecimentos,
Eis que está tudo dissolvido,
Tudo preso ao humano,
Além do humano,
Nada faz sentido.
A realidade é solta,
E só faz sentido a luz da razão.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

O vento

O vento soprando suave,
Invisível o vento nos toca,
Nos envolve nos embala.
O vento assovia na janela,
O vento fecha e abre porta,
O vento venta pela manhã, pela tarde e pela noite.
As vezes calmo e as vezes de açoite.
Vento, vento, vento.
Vento que envolve algum amor,
Vento que fez as flores sorrir,
Vento que me faz sentir,
A vida viva.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Humanizar

Sempre que acordo costumo olhar através da janela.
Olho para o mundo e contemplo.
Contemplo o céu, o verde das árvores,
O colorido das casas o movimento da gente que passa.
Quando abra a janela ouço o som do mundo, do vento e do belo canto das aves.
Há tanta coisa por ser descoberta,
Quanto tempo tenho para fazer isso?
Explorar este mundo?
Não podemos adivinhar.
Muitas coisas não são previsíveis.
Como o amanhã por exemplo.
O amanhã que é eterno e não saberemos quantos amanhãs mais seremos.

As coisas e o mundo continuarão,
Flores a florir,
Aves a cantar,

E nós nos encantaremos.
Nós voltaremos a eternidade de onde viemos.

Tenho, hoje, a certeza que um dia desaparecerei,
E serei esquecido,
Como desapareci de Serrinha, de Natal, de São Paulo, de Campinas e de Brasília...

Eu sou o meu tempo presente, meu lugar presente e minha vida presente,
O mais são memórias, são histórias e o que materializei e que construí de bom.

Amanhã serei uma história, depois de amanhã memória e depois uma lápide.

Vão-se as memórias, as histórias e tudo some.

Quando acordo lembro que tudo é passageiro, omnia vanitas...

Lembro da vida de Borges, uma vida inteira vivida e contada.

Eu lembro dos que me divertiram e partiram,
Lembro dos que amaram os que me amam e me amaram.

Quando amanheço tento me humanizar.

domingo, 12 de outubro de 2014

João Pessoa

O sol,
O sol radiante brilha sobre João Pessoa,
O sol revela nossa cidade viridescente,
O sol brilha intensamente e deixa todos os seres contentes,
Cantam alegre patativas, cigarras e pardais.
Querida cidade que delícia é em teu seio habitar,
Filipeia, Paraíba, João Pessoa,
A pouco que aqui habito,
Mas já me sinto em casa,
Com esse sol,
Com esse mar,
Com as nossas matas...
Que a vida seja próspera nestes ares,
De matas de tapirira, maracujás, açoita-cavalos e amesclas.
E as manhãs, quem não conhece são as mais belas.

sábado, 11 de outubro de 2014

Indagações

Os jarros com as plantas,
Folhas secas desprendidas no chão,
A poeira do ar,
Os livros,
O sofá.


O brilho criso da tarde,
A palha do milho,
As maliças secas,
Os acúleos desprendidos na pele,
O vermelho caliente do sangue riscando a pele.

A solidão!

Hoje e ontem,

Sinto falta de coisas simples,
Do vira lata, da areia frouxa,
Do cheiro e do chiado das folhas do marmeleiro,
Da segurança materna,

De onde viemos sabemos,
Mas para onde iremos?

As vezes sinto falta da minha ingenuidade,
onde muitas coisas se resolviam
Em Ave Marias e Pai Nossos,
Onde deixei essa fé?

Bom, nem todas as interrogações serão resolvida.



Somos todos passageiros

O céu com seu firmamento,
O solo por onde ando,
Os seres que aqui habitam
Tudo isto dá significado a minha existência,
Tudo isto é a minha existência.

Ah, o céu uma janela para o infinito,
O solo um abraço que me torna finito.
Nos pobres seres e nossos enganos.

Nossos ideais e nossos medos,
Por que nos iludimos?

Nossas ilusões passageiras,
Por que discutimos?
Por que negamos ou afirmamos?

O céu e seu firmamento eternos,
O solo que desde o início nos consome,
E nós corrente de vida nos desentendemos,
Brigamos... Somos todos irmãos,
Respiramos o mesmo ar,
Nos alimentamos da mesma coisa,

Somos passageiros,
Somos todos passageiros...

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh