sábado, 22 de março de 2014

A essência e a noite

É noite,
Uma noite profunda,
Uma linda noite enluarada,
Uma silenciosa noite de sábado,
Tão clara e distante está a lua.

Que noite profundamente bela,
Quão maravilhosa para dormir,
Mais maravilhosa é para apreciar,
A lua mais e mais bela,
A noite com sua essência.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Humano

O tempo,
O espaço,
Os objetos,
A existência,
As relações,
Os sentimentos,
Pode existir algo mais humano?

A beleza de uma flor,
A beleza de uma paisagem,
A elegância da inteligência,
O poder da tolerância e da temperança,
O poder destruidor do ódio e da ira.

A inveja...

A sensação de incapacidade,
O desespero...

Pode existir algo mais humano?

Quão sensual é o ser humano,
Quão criativo e destruidor,
Início e fim de seus pensamentos e extensões.
Tudo e nada.


quarta-feira, 19 de março de 2014

Chuva

Ver a chuva chovendo,
Ouvir a chuva cantando,
Sentir o frio que traz a chuva,
Mas que deliciosa sensação.

Gosto de está próximo de quem me faz bem quando a chuva cai.
A chuva une, quando pode molhar,
A chuva evita diáspora,
Deixe a chuva parar.
Chuva,
Chuva.

terça-feira, 18 de março de 2014

A Deus

Sentir a vida,
Senti-se vivo,
Senti-se pleno.
Pleno dia,
Plena tarde,
Pleno momento.
Às vezes parece impossível,
Cada vez mais difícil,
Cada vez mais distante.
Deus meu, porque sentimos tantas coisas?
Tende piedade de nós que nos sentimos aflitos,
Temos medo de tudo, da solidão, do isolamento,
Da tristeza, de sua ausência.
Onde está o cerne da felicidade?
Dai-me um pouco dessa felicidade.
Ajuda-me a suportar este momento
Que vivo com fé.
Ontem já se foi,
Amanhã não veio.
Ajuda senhor a viver com sabedoria o agora.

segunda-feira, 17 de março de 2014

O sentido

Uma flor,
Uma rua vazia,
A noite e o seu fluxo,
Cães a latir,
Ir e vir.
Quem vai?
Quem vem?
O que leva na ideia?
O que pensa?
Um transeunte, as vezes não é ninguém.
As pessoas só são alguém,
Quando se identificam,
Senão, não são.
Algumas coisas não fazem sentido nunca.

domingo, 16 de março de 2014

Após a chuva

Após a chuva,
As águas escoram sem pressa,
Após a chuva,
Brilha intenso o sol,
E tudo enxuga,
Vivas, viridescentes, crescem as ervas no jardim.
Sou tomado de alegria,
Como a ave que canta,
Como a esperança que surge do impossível,
E toda minha tristeza
E todas as minhas expectativas
Ganham um novo folego,
Neste momento sou feliz por existir,
Sou feliz por viver.
Após a chuva afirma-se em mim
A felicidade.
Acho que foi este momento
Que Deus escolheu para estarmos mais próximos.

Em minha mente

É noite,
Noite profunda,
Que hilário,
Não percebe um cheiro se quer,
Mas ouço e como ouço,
Os sons da noite:
Um ou dois quero-quero,
Grilos,
O vento,
Carros que passam.
Agora que é hora profunda,
Os sons me são agradáveis,
Posso me ouvir,
Grita minha consciência,
Aprende o que viver
É simples,
Vive o presente...
Apenas o presente.
E a noite cai profunda,
Muito profunda em minha mente.

Busca

Há algo que me falta.
Não sei explicar nem verbalizar,
Mas há algo que não me preenche
E por isso, noite afora sigo acordado.
Eu contemplo a noite porque sei que ela esconde
O que me falta.
A lua sutil todo mês tenta me mostrar
E alumia aquilo que me falta.
As vezes escolho os caminhos mais errados
Tentando encontrar aquilo que me falta.
Do seio do infinito surgi,
Como num instante divino o universo me criou
E num seio me gerou,
Depois me fiz quem sou.
E o que eu sou?
Essa coisa existente, mas essa coisa que me falta.
E não está em lugar nenhum,
Porque não é material...
Porque está em algum lugar que  não sei como evocar.
Quando parar de procurar,
Serei encontrado...
Temos que nos encontrar sempre
E essa busca é a vida.

A noite, corpo e reflexão

A noite,
A lua,
As estrelas,
O céu,

A sombra da noite,
Nas ruas e becos e interiores de casas.

O canto dos grilos,
O calor,
O sono...
Cadê o sono?

Um copo de água gelada.

Pensar.

É noite de sábado,
É madrugada de domingo.

O cheiro úmido da madrugada.

Penso sob a luz fria que alumia,
Sob a lua e sua magia,

Só neste recinto.
Que sabe da minha existência agora?

Como uma flor que já floriu,
Frutos será ou nada,
Mas o que importa?

O que realmente importa?
Não sei.
A busca talvez.
Não sei.
Essa pergunta existiu e existe e persiste.

Enquanto não viver as palavras,
Qual seu sentido?

Não sei,
Talvez a noite ao menos me consola.

sábado, 15 de março de 2014

Tarde de sábado.

É fim de tarde.
O céu está azul, mas no nascente
Nuvens começam a surgir e se impor.
O vento ventando pela janela,
As flores floridas vermelhas
São sacolejadas de leve.
De toda parte ouço sons, dos mais distintos estilos.
Um cheiro de carne assada.
Ah, lembrei que não usei minha fala hoje.
Simplesmente permaneci oculto.
Tomo conta que podemos ser mais ocultos do que somos.
Nesta tarde penso em muitas coisas,
Que ocorreram...
Algumas coisas me espantam
Outras se banalizaram...
E a tarde de sábado passa.

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh