sábado, 15 de fevereiro de 2014

Aqui, sábado a noite

A noite de sábado é tão vazia e silenciosa.
As ruas estão tão vazias,
Cães latem longe.
No meu prédio,
Além de mim não há ninguém.
A brisa sopra suave,
O somo me envolve,
Vou dormir e fechar a minha noite.
O mundo lá fora é uma selva
Na qual não me aventuro a passear.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Predicados noturnos

A noite cai enluarada,
Silenciosa e ventilada.
E a chuva caiu!
E espalhou no mundo
O cheiro de molhado.
O grilos cantaram,
E a lua se escondeu atrás das nuvens.
E veio o calor e o vento.
E tudo passou.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Prazer da vida

A vida que é cheia de descobertas, nos revela que viver é conhecer. Descobrir é conhecer. Às vezes, somos tomados por um grande desespero que não entendemos e sua origem e portanto nos faz sofrer. Este desespero surge de nossa insegurança. Bom com a experiência aprendemos que o desespero passa e que sobrevivemos e que a vida continua... E é como nadar na praia sempre virão ondas sucessivas e aprendemos, então a gostar das ondas e a descobrir o prazer da vida nas pequenas coisas.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Chuva e a noite que caem

A noite calma que passa suave
Está tão gostosa,
Por hora desfia do céu uma fresca chuva
Chuva que se derrama por benção
Cai e mata a sede das ervas e árvores,
E permite que a natureza do amanhã
Seja distinta do que foi hoje.
A chuva que cai canda para minha alma,
Seu canto doce eco me faz feliz.
Pingo a pingo ecoa num doce som,
Ecoa num só tom
E a brisa molhada invade minha sala seca.
E o meu ser é todo cansaço
E a cama meu altar
Trará energia para um novo dia...
E a chuva cai, como a noite
Suave e lentamente.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Através da tarde

A tarde que passa
A tarde que passa ensolarada,
A brisa que passa pela janela aberta,
E me afaga,
A luz que da tarde que me revela as cores e as forma coisas,
E o que sinto agora é diferente do que sinto pela manhã ou pela noite.
Sensações que me fazem sentir pleno nesta hora.
Pensamentos que norteiam meu ser e minhas ideias
Pensamentos os quais conheço e por isso tenho que avalia-los sempre
Para não perder meu norte...
Consciência de mim,
Aquilo que também adormeceu em meu ser,
Após meu cochilo, parece adormecido em mim,
Nem parece que agora me constitui,
Parece o movimento que Sartre chama de consciência,
A consciência é nada,
Certos conhecimentos fazem parte de mim, mas que muitas vezes se fazem reticentes.
Agora, estou pleno...
Agora que ouço Bethoveen, o chiado das folhas de coqueiro e o canto da patativa e do sanhaçu...
Reconheço cada som a minha volta, as formas e as cores...
A parte isso, o que existe é um monólogo consciente do meu ser...
A tarde esse movimento que se desfaz para dar origem a noite,
É necessário nagar a se para da origem a si em plenitude sendo quem é.
Como a tarde, como a ignorância...
Como nada.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Breve

Sexta-feira, chego cedo na minha sala. Acordo bem cedo, assim posso desfrutar de coisas que adoro: o sol nascendo, o canto das aves, minhas leituras breves, assim como meus pensamentos breves, meu café, meu chá. Bom ai venho para a universidade e me divirto com as coisas simples, as pessoas caminhando na praça da Paz, pessoas indo comprar pão na padaria da esquina, as crianças entrando no carro para ir para a escola, sonolentas...
E chego a minha sala, sento, ligo o computador... Leio Loiola.
E ouço um sabiá cantando na aroeira em frente a minha sala
Aos poucos se inicia uma chuva...
Sinto uma paz... E penso bem que isso poderia durar uma eternidade,
Mas sei que o que é bom é bom porque é breve.
E a sexta segue com suas ações.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Voltar a si

A gente se perde no dia,
A gente tenta muito fazer o possível
O que parece impossível,
Nem sempre cumprimos nossas prioridades,
Procrastinamos...
E percebemos apavorados que o tempo passa
E quanto o tempo passa
E quantas vezes nos perdemos...
É preciso voltar a si...

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Saudade

Às vezes nossos sentidos congelam com imagens,
Sons, cheiros de algo que fazia bem e não que existe mais,
Desapareceu e só existe a luz de nossas lembranças.
Sensações vivas do passado que nos faz  reviver...
Um beijo, um abraço, caminhar pelas ruas,
Olhando as casas, as árvores com suas flores,
A manhã que sempre se revelava linda com ou sem chuva...

E ter tudo aquilo está ali vivo em nossa memória mas que não existe mais.

Como dói a saudade.

Quando temos muitas saudades, certamente estamos cada vez mais experientes e não velhos.

É interessante como alguns lugares nos fazem tão bem...
Essa é a minha impressão que tenho de Campinas,
Quantas conquistas não consegui em terras tão distantes,
Amigos, uma namorada, uma boa morada... Uma segunda mãe.
Uma maior compreensão do mundo, amizade...
Todo o conjunto...

Certamente, tens algum lugar que te faz sentir assim...
Quando quero viver em Barão ouço Schumann,
Quando quero viver São Paulo ouço Holst...
Quando quero viver Brasília ouço Chopin,

Creio que selecionamos nossas memórias...
E quando quero viver Serrinha o que ouço?
Leandro e Leonardo.
De lá pra cá parece algo tão longe...

Ainda tenho lembranças de quando sai de casa
Com a cara e a coragem e magreza...
Meu Deus como a vida é louca.
Olhando aqui de cima, vejo que lá de baixo nunca pensei em chegar aqui...
Acho que sempre fui um perdido das ideias,
Talvez todos sejamos assim ou não...

Não sei,
Mas será que existe algo em mim que se expressa sem que perceba?
Vez por outra, mas diante da razão me pego místico...
O que explicaria esta saudade?
Vago... vago universo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Adeus ao tempo

Adeus
Flor do campo que ontem floriu,
Céu azul de janeiro,
Férias de verão,
Meu ser e sua expressão...
Tudo parece melhorar amanhã,
Mas todo tempo é muito para quem espera.

Agora o sol brilha tão forte
Quem nem parece que hoje é irmão do ontem
E ontem chovia tanto...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Pensamento oco

A manhã, a chuva, as árvores molhadas,
O cheiro de madeira e folhas em decomposição,
O som da chuva, 
O lugar quentinho,
O som de piano, Chopin ou Schumann...
O vento que sopra suavemente flamejando
O ramos das árvores,
Tudo isto me soa tão saudoso,
Boas recordações profundamente subjetivas,
Sempre que se repete,
Simplesmente exito, simplesmente sou...
Perco-me no vazio de nada pensar,
Sou só sentidos.
Sei, entrementes, que não são coisas raras na natureza,
Mas que fazem toda diferença em minha breve vida,
Porque amo a chuva,
Porque amo a manhã,
Porque amo a vida,
Porque a vida é uma eterna e incessante construção,
Como o quebrar das ondas na praia,
Como a correnteza do rio,
Incessante é a vida...
Enquanto cai a chuva vago...
E para onde vão as perspectivas de quem morre?

Sei lá...enquanto chove, agora, escrevo algo, que sei lá quem vai escrever...
No caso você que ler agora, visto que a leitura é algo sempre feita no presente momento,
talvez nem tenha cruzado os primeiros versos...
Que sentido terá o que escrevo, para onde mira meus pensamentos,
E o espelho de minha memória o que me mostra...

Vejo a chuva caindo no barro vermelho,
Vejo pedras escuras soltas,
Sob o cajueiro um monte de caju,
Junto a meu pai a descastanhar o caju e a castanha melados de nódoa e água
E o meu pensamento oco como agora.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh