segunda-feira, 22 de março de 2010

Conversas

A quanto tempo não revejo os amigos que deixei quando parti de minha terra nem me lembro mais, pois faz tanto tempo que pude desfrutar daquelas conversas sadias.
Sempre que podiamos nos reuniamos para conversar, na cozinha, na hora do almoço ou do jantar, na lavanderia nunca faltava alguém para conversar. Nossas conversas iam desde futebol, política, cursos e é claro de mulher, assunto corriqueiro nos corredores da moradia. O engraçado é como nos comportavamos, pois para cada pessoa abortava-se um assunto diferente, ou seja tinhamos pessoas preferidas para tratar de assuntos específicos. Muitas vezes varavamos a matrugada conversando, tomando aquele café, entre uma conversa e outra iamos matando o tempo cheio de tédio, pela distância da família, pela falta de recurso, de tempo, pois estavamos ali para estudar, aproveitar o tempo, mas claro que ninguém é de ferro para estudar o tempo todo, precisavamos viver e conversar significava está vivo. Meus queridos amigos que sempre estavam presente cotidanamente, o jornalista intelectual Silvano Araújo, o Engenheiro Chico Targino, odontologo Francisco Canindé, Historiador Demison, Geologo José Airton, Biólogo Alex Luz, Juiz Gilvanklim Marques, falecido psicologo Taniberg Albano dentre outros, é claro que não citei os amigos de quarto que eram mais amigos que amigos de conversas.
Quanto tempo não disponho de conversar com tais figura, que saudade boa, pois todos estão seguindo a vida muito bem e eu segui o meu caminho, consegui achar o caminho que me levará ao lugar almejado. Durante esse tempo de busca quantos amigos fiz,
quantos ficaram por ai, mas levo em meu coração como trofeu maior de minhas conquistas, pois acredito que a amizade é o bem maior de um homem.
Novos amigos consegui são maravilhosos, mas são outros amigos outro perfil, adoro-os, mas sinto saldades do campus, do campo, dos timbres, dos risos, da amizade acalorada aos sabor do café, das conversas da vida vivida.

Stipnoppapus rubripappus

domingo, 21 de março de 2010

odor

Minhas mãos nos domingos a noite cheiram a alho,
nossa que cheiro incomodo, pois é já que não co-
zinho tenho que cortar a cebola, o alho e as vezes
a azeitona e fica esse cheiro esquisito, por toda
a tarde e noite. É acho que vou ter que fazer coli-
nária só assim a Ana não vai poder falar que não faço
nada.
Nossa não adianta lavar não sai de jeito nenhum,
ah se algumas coisas na vida fossem como esse cheiro,
mas não são.

ultima manhã de verão em barão.

O dia de domingo,
veio mais tarde,
quando acordei, sentia uma gostosa vontade de continuar dormindo, mas
fazia sol, mas o clima estava ameno tão gostoso, que preferi acordar,
com um tom de chuva no poente.
Fui à cozinha, e deliciei-me com um doce bolo de fubá que havia comprado na noite anterior no walmart, uma delícia e ao saborear do bolo,
minha mente como uma nau a navegar,
vagava no tempo, rumo a infância, bela infância,
onde pude encontrar toda família reunida envolta da mesa, a saborear um bolo de ovo, tão jovens que eramos na velha casa nova, com o coqueiro na cozinha, terreiro cheio de galinha,
a casa humilde, mas bela, com aquelas manhãs chuvosas.
voltei e comi do bolo mais um pedaço,
voltei pra cama e fui ler um pouco.
Que manhã gostosa fim de verão.

sexta-feira, 19 de março de 2010

ontem

Vei o sol brilhando,
no fim da tarde,
um brilho frio,
um vento intenso,
balançado as copas das árvores.

quarta-feira, 17 de março de 2010

rua muda

Cruzando as ruas, desrespeitadas, calçadas cheias de cacos de vidro, coco de cachoro, paredes pichadas que tristeza de paisagem não dar nem gosto de viver, de contemplar a cidade.
Na correria muitas vezes esquecemos de ver o que acontece, na nossa rua,
pois sabemos o que acontece em Israel, ah o "Lula se recusou a visitar o túmulo do sionista", mas definitivamente não sabemos o que acontece na nossa rua, desconheço meus vizinhos, com exceção 3 vizinhos, que algumas vezes cumprimento de relance, ignoro o que acontece.
Nada de tirar uma prosa, ou conversar sobre política, nada.
Saio cedo, e tudo que filmo são instantes breves dos lugares que passo e ao acaso flagro algo acontecer, concluo apartir de minhas observações, as vezes tem tanta coisas interessante, mas não seio o que acontece na minha rua.
Os becos sem dono, muitas vezes exalam cheiro de urina, cruzamos, os becos sujos, nus, muitas vezes servem de acesso a malinagem, uma transa rápida sei lá é só um beco.
Sujaram minha parede quem foi? não sei? nem o vizinho sabe, pois nao me conhece.
As ruas não falam, apenas expressam a agressividade com que são tratadas.

verão outono.

Aurora já passou,
a relva suou,
verde e viçosa, goteja orvalhada,
ao som da passarada,
a frio da brisa matinal,
o chão ainda úmido da última chuva de verão,
sob as árvores o folharal desgastado das solas dos transeuntes,
que passam, passam, para seus trabalhos, seus estudos, passam.
O riacho desce silenciosamente, com suas águas turvas, findas do verão.

Lá se vai o verão,
lá se vem o outono,
hoje o dia foi mais ameno,
a tarde esfriou, quase nem percebi, estou tão preso ao mundo humano preciso caminhar pra perceber a natureza viva, pois me cansa a selva de pedra, as conversas egoístas.

O crepúsculo mal apareceu hoje e se apareceu nem percebi,
não olhei para o céu,
so percebi que o dia já se passou e tudo aconteceu tão rápido.

terça-feira, 16 de março de 2010

ter

Tenho pedras sobre a mesa,
tenho um horizonte branco,
tenho uma mente vazia,
tenho cada vez mais, menos magia.
a fantazia se vai com a idade.

segunda-feira, 15 de março de 2010

mirar

Mirar no horizonte e contemplar a beleza mesmo que seja uma serra, mesmo que seja o mar.
Mirar no horizonte e ficar a devagar, sobre a vida, sobre os sonhos.
Mirar para o horizonte e ir buscar, ver o que há além da serra ou além do mar.
Mirar para o horizonte e viver a vida, mesmo que sera a buscar os sonhos.
Nossa vida é uma viagem, estamos aqui só de passagem, portanto fazer o que está ao seu alcance já é o suficiente, muitas vezes é preciso paciência conseguir o que se busca.
é presciso calma e paciência pra poder chegar além da serra, além do mar.
é preciso ser grande para viver com plenitude, para realizar os teus sonhos, mas se não tendes um barco calma, contempla o horizonte.

domingo, 14 de março de 2010

flor efêmera.

Como é efêmera a beleza da flor que se reduz a uma antese, porém mesmo sendo breve a flor investe toda sua energia em beleza e odor e cumpre o seu propósito existir como flor, ser fecunda e originaro o fruto, pois por trás da flor existe uma planta que é resiliente as adversidades do ambiente. A flor é simplesmente uma estrutura que a planta confeciona para poder se eternizar, pois uma bela flor servirá para atrair polinizadores que servirão de portadores de polén até outra ou outras flores, as quais serão fecundadas e torna-se-ão frutos irão alimentar outros animais os quais servirão para dispersar as sementes.
Antes da beleza da flor é a planta que existe, após a beleza da flor, é arvore que persiste, mas a flor deixa de ser e flor e passa a ser fruto e o fruto, deixa de ser fruto e desfaz-se em semente, e a semente vai germinar e originar sua planta, distante da planta mãe, vai crescer e torna-se parte em flor.
Como é efêmera a vida, que propósito há por trás da vida?
Quando era menino acreditava na imortaldade, achava que tudo era perfeito quando fui crescendo, fui percebendo que muitas coisas que eu imaginava não eram paradigmas, fui descobrindo aos poucos como a vida é árdua que não é sempre que conseguimos o que desejamos, muitas vezes somos surpreendidos com as adversidades que a vida nos prega, passamos então a ver a vida em sua forma real. Muitas vezes pensamos em desistir, mas há algo dentro de nós que fala mais alto e nos impuciona a seguirmos em frente e a cada desilução, acreditamos mais nas amarguras da vida, passamos então a descobrir depende de nós constuirmos o mundo que imaginamos, esse mundo é possível,
ele está dentro de cada um, mas é necessário acreditar, lutar por ele e se não der certo. Valeu a intenção da semente.

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh