sábado, 6 de junho de 2020

13. Graças

A vida tema do meu ser,
Metafísica que me atormenta,
Vir a ser e deixar de ser.
Há um significado para tudo isso?
Ficamos atordoados quando
algo sai do prumo,
Quanto o contingente se materializa,
O medo se torna realidade,
Proveniente do inesperado.
Quanto seremos resilientes,
Mistério divino.

12. O fim

O silêncio e emoções se fundem neste momento.
Momento em tudo é reflexão.
Momento em que a vida se revela ser o que é em plenitude, fragilidade.
Algo contingente que aconteceu se materializou aconteceu e deixou de ser
Feito raio em céu cereno. 
Atordoados buscarmos explicação,
Quem dera parar o tempo. Apenas um segundo poderia mudar tudo, mas não é possível. O tempo é irreversível.
O que nos resta é orar,
Desejando que siga em paz.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

11. Eternitate

A noite plenilúnea
Com uma lua prateada,
Noite enluarada de junho,
Mês de Santo Antônio e São João.
Poderia ser apenas uma noite de lua qualquer,
Mas é uma noite enlurada com uma cortina
Triste.
Surpresas imediatas são sempre desagradáveis.
De supetão fiquei sabendo
Que uma rosa branca foi ceifada.
Aquela que tanto agraciou este mundo,
Dona de um riso doce e puro,
No trágico acidente se desprendeu da vida,
Como um cristal se desfez.
Não, não viu o brilho da lua desta noite.
Agora a flor se foi,
Agora temos apenas as memórias.
Descanse em paz Rejane.

10. Temor

Um momento,
Este momento.
O agora que é um devir.
Vem a ser e deixa de ser.
Esse movimento que ora é intenso
E ora enfraque.
Memórias que vem e vão
Via impressão.
Dá um desalento saber que tudo será nada.
Tudo será nada inclusive este momento.
Neste universo contingente, vamos habitando.
E vamos nos cultivando, nos nutrindo
Daquilo que a cultura nos oferece,
Vamos nos definindo de forma contingente.
É sempre improvável que algo der certo ou errado.
Momentos como este ajudam-nos a refletir
E ao decidir ser.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

9. Dejavou

À tarde,
Senti uma intensa alegria de viver.
E sim vi tanta beleza na vida que fui feliz.
Fui a janela e vi o céu azul com nuvens frouxas passando.
Vi a rua vazia, a luz refletida nas paredes alvas.
Vi o verde das castanholas das três ruas.
Pensei que a vida é movimento.
Sempre foi e sempre será.
Até que percebi que se tratava de um delírio.
Sabe quando você acha que alguém se interessou por ti, mas foi só um engano.
Pois é um flerte com uma realidade contingente.
Aí passou e a tarde voltou a normalidade.

8. Movimento

Os movimentos que sentimos,
Às vezes, percebemos.
Só às vezes.
Perceber não está muito sob nosso domínio.
O mover lento das nuvens,
Do vôo do urubu, de pombos ou pardais.
Talvez, vejamos tudo inerte.

7. Movimento

É tarde,
Já passou o maior dia,
É quase 15 horas.
Está quente e a tarde está muito iluminada.
Apesar de ter chovido pela manhã.
Sinto-me cansado.
O que pode mudar neste cenário?
Este tempo que será passado,
Como um tempo passado foi presente de um futuro oculto para mim.
Os dias são os mesmos.
E nós o que somos?
Não somos nada.
Somos apenas este movimento,
Incessante que começou a pulsar num ventre feminino,
Mas que está fadado a morrer na solidão.
Somos esses seres que cultiva os desejos,
E quando os desejos passam,
Passamos a cultivar ideias,
Ou estamos perdidos,
Por nunca termos nos ordenados,
Nos definirmos.
É tarde cedo.

6. Naquele momento

Ontem quando sair para caminhar,
Ainda estava escuro, mas do silêncio
Surgiu o canto doce dos pássaros,
Um canário e uma patativa cantavam
Harmoniosamente dando uma sintonia da madrugada.
O céu atropurpúreo estava limpo 
Onde brilhavam as estrelas.
Havia paz naquele momento.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

5. Noite

A noite o silêncio é intenso.
A sombra da noite tudo acalma.
Estrelas no céu atropurpúreo a rutilar.
Uma lua prateada revela toda a beleza da natureza.
A gente se sente até bem e em paz.
Deve ser a profundidade do universo celeste
Ou deve ser o encantamento com a natureza
Ou não deve ser nada.
Particularmente, prefiro crer que é.
Assim descanso em paz por mais uma noite.

terça-feira, 2 de junho de 2020

4. Amizade

Por acaso, lembrei de 2005.
Ano que viajava para campo na ESEC.
Lembro de ficar só no alojamento.
Ficava no maior medo,
Por causa das histórias que haviam.
Quando não o professor Adalberto estava lá.
E a gente conversava muito sobre coisas sobrenaturais.
Adalberto era maravilhoso, parecia um bruxo.
Na verdade era muito encantador,
Pois desconhecia pessoa mais inteligente.
Era médico, mas seguiu mesmo foi a biologia.
Saudades do meu velho amigo.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh