domingo, 24 de maio de 2015

O que é ser?

Abro a janela sem pressa de sair. Abro para contemplar o mundo. E o que vejo são antigas castanholas, casas, prédios e o céu.  Acho que aprendi a capacidade de contemplação ou talvez nunca tenha tido. Cada vez o tempo que me sobra para contemplar é ínfimo. Eu perdi o tempo, não sei o que fazer, se contemplo, se assisto um filme, se falo ao celular, se converso no face ou watzap... São tantas as possibilidades que me angustia. Antes eu me angustiava por não ter livros para ler, hoje não tenho tempo embora tenha os melhores livros.
O que contemplar?
Sou o senhor do meu destino. Risos!
Uma oração?
Uma imagem?
Uma paisagem?
Eu perdi a concentração, não sei mais o que é contemplação com essa vida dinâmica em que corro de cá para lá querendo aprender tudo e ser tudo... O que eu sou e em que estou me tornando? Em que estamos nos tornando?
Volto a janela olho o vazio da rua, sinto desespero... Rua vazia, casa vazia, mente vazia...
Acreditava que no futuro as coisas seriam melhores, mas o futuro chegou e tudo continua a mesma coisa, mesma dimensão, ânsias... Acho que estou mais sereno, finalmente o tempo me explicou que nesta vida não é possível tudo, tenho que me contentar com o que ou quem eu sou... Mas quem ou o que sou?
Não responderia, porque sou movimento, sou viver, sou o que penso, que reflito e nada do que tenho é meu... Tudo é emprestado, inclusive o corpo que habito.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

É assim

E segue a noite,
Ler uma poesia,
Tomar um chá,
Cair na balada,
Tudo e nada,
Começo e fim,
O sentido da vida,
Cabe a cada um desenhar,
Colorir,
E viver.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Cada passo

E lá se vai a noite,
Como um ônibus
Que partiu sem nós,
E lá se vai a noite,
E ela vai indo,
E vai sumindo,
Como vamos partindo,
De nossa breve existência,
Não precisamos de olhar para trás,
Sigamos em frente,
Olhando para os lados...
Vigiando cada passo.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Reinventar

Minha alma se dobra,
Diante do tempo,
O qual me escraviza,
Esse louco fluxo
Que me faz correr
E tentar ser o que não sou!
Eu não sou professor,
Não sei professar,
Eu não sou jovem,
Não sei correr,
Eu não sou algo engessado,
Acredito que sou esse fluxo inconstante,
Essa sombra que projeto ser,
E que se constrói e se destrói
Continuamente...
Essa existência que oras me faz ver no futuro,
Horas me angustia perceber o passado
Tão volátil, diluível,
E perceber que o tempo
Voa...

Revelar

A chuva quando cai de manhã,
Suave, suave, leves pingos,
Molhando a manhã,
Manhã de maio
Que passa e deixa o tempo marcado,
Enquanto a chuva deixa o mundo molhado,
Mais agradável, mais ameno.
Minha alma se enche de alegria,
A doce poesia que é o viver,
E sentir como os momentos se desenvolvem
E acontecem em nossa torpe existência.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Morte

É uma loucura viver,
Cada dia preciso de mais tempo,
No entanto só subtrai-se a cada momento,
O tempo contado,
Esperando o melhor momento,
Tola espera,
Diante do espelho,
Vê-se na imagem
Sem perceber
O tempo esvaindo,
E essa loucura que é a inveja,
A vaidade...
Só o amor reverte...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Reflexão

É importante que não deixemos
Fulcros na vida,
É preciso entender os vácuos,
Nossa existência breve,
As vezes não é suficiente para entendermos o mundo...
Refletir é essencial.

Aúrea cruz de malta

Na noite uma estrela brilhou,
Brilho feito uma cruz de malta,
E a noite se tornou tão bela,
Vi aquela estrela bela,
Parecia uma pequena flor amarela,
Que nasce aqui e ali,
Nos cursos das águas,
Sobre os espelhos das águas,
Áurea flor de malta,
Estrela bela tão alta...
Amar,
E não ser amado...

Lucinana (luz primeira)

Luciana doce aurora,
Que bem e que passa,
Na aurora de meus dias
Luciana, tenra luz da manhã,
Lux, que tinge o mundo de cores,
Que faz abrir as flores,

Vem a minha vida,
Luciana,
Doce aurora...

Quando será aurora última?

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Valer a Pena

Flor que desabrocha no campo,
De aroma doce da flor fresca,
Na beira da estrada,
A água do riacho escoando e cantando,
O perfume do mufumbo,
Água leitosa,
O capim silvestre cresce viçoso.

É feliz quem tem memórias
Doutos tempos!

Onde eu encontro a beleza do mundo hoje?

Entre as rochas verdes ervas nascem,
Entre pessoas más, pessoas boas habitam.

Entre tanta coisa adulta....

Algo há de valer a pena.




Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh