domingo, 9 de junho de 2013

Morte

Eu, você e a vida,
somos parte do todo,
como o céu,
como o sol,
como a chuva.
como as plantas,
como os animais.

Chegará o dia que seremos
natureza morta.

sábado, 8 de junho de 2013

Íntima

Como uma flor desabrochada,
arrebatou-me o olhar sua beleza.
Roubou toda minha atenção,
e todo o meu tempo te doei,
e feliz vibrei ao beijar-lhes
teus cálidos lábios.
Neste instante meu coração
quase saltou para fora
de tanta alegria.
Sentir o calor e a maciez
de teu abraço.
Estive em teus braços.
E no dia mais esperado,
íntimos fizemos amor.
E hoje, sedes distante de mim,
quão trágica é a dor da separação.
Suave manhã de frescas flores,
faz aflorar a memória
dos beijos, risos e abraços.
Hoje nada mais resta,
senão lembranças
de ti doce flor.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Saúde

Eis que só sentimos a vida, que mais a valorizamos se estamos enfermos.
Quando a garganta foi.
Quando algo nos torna enfermo.
Como crianças clamamos pela saúde.
Se o corpo arde em febre,
tudo perde o valor diante da saúde...
Enfermos queremos antes de tudo,
saúde.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vagando

A noite que tanto acalenta nosso cansaço.
Estou em alguma parte ou simplesmente
aqui sentado enquanto a noite passa.
Não seio em que pensar, 
ouço Mozart e minha mente ao vento.
Ah, quanta beleza que pode ser gorrada da alma humana.
Quem dera tal sublimidade.
Mas resta-me apenas ouvir, Mozart
e ver Gogh e ler Borges.
E viver sem medo, mas de olho nos limites.

oculto na noite

Cada flor perfumada,
é uma flor encantada.
Quando vou ao lago
quase sempre vou só,
entristece-me ver o lixo,
cada vez mais evidente
entre a borda e a água.
Resistentes ipomoeas
com seu perfume branco,
alegra minha alma,
branca cor de doce flor.
Branca garça esvoaça
a pescar.
E as águas do lago,
horas plácidas,
horas ondulando,
e quando a noite cai,
e apaga o lixo,
o lago fica tão bonito,
e a flor se encanta
noite afora.

terça-feira, 4 de junho de 2013

ócio

As vezes o mundo me afaga, mas continuo distante.
Uma linda manha,
uma linda tarde,
uma noite suave,
o canto das aves,
uma linda florada,
quase nada,
quase nada,
me agrada.
E o tempo passa
e a vida passa e me perco no nada.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Recordar

Na concha do tempo,
Nos giros e sulcos de meu cérebro,
Nas árvores de meus neurônios
O que poderei encontrar?
Vagas lembranças
De minha infância,
Soltas imagens que doces viagens
Ao mundo que há hoje, mas que era desconhecido.
A alegria ao cair da chuva,
Ao ver a água correr,
A babugem crescer,
As flores desabrocharem perfumadas e coloridas.
Quem não tem doces lembranças da infância,
Console, oh, grande Deus.
Console, oh, grande Deus.
Mas nunca é tarde feliz para ser feliz,
A vida passa num triz...
Às vezes ouso buscar na memória,
Ouso retornar no que me dar no tempo
E tento recuperar minha alegria de viver
Como tinha quando chovia
E a chuva fazia tudo ressurgir
Que assim sempre ocorra
Quando tentar sentir minhas memórias

E nada mais.

Maritacas da tarde

Enquanto, a tarde lentamente nublada e fria,
as maritacas cantam lá na paineira.
Linda árvore que dá para um lindo horizonte.
Cadê o sol e o céu azul?
Não apareceram hoje,
só as maritacas vieram
e voaram.
Enquanto permaneço aqui
minha mente voa com as maritacas,
e a tarde passa.

Feliz por virdes

Suave manhã que me abraça,
hoje e sempre vem de graça.
Manhã ensolarada ou nublada,
Sempre vem a minha vida
e enquanto existir, oh doce manhã
vem e preenche a minha vida,
Chegue sempre alegre,
suave e plena.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

É de manhã

Eu vejo o mundo não mais com o olhar de uma criança.
Vejo o mundo sob o olhar da experiência.
Hoje, aprendi o nome das coisas.
Aprendi tantos substantivos e adjetivos e verbos.
Aprendi a ver a vida pela realidade.
Muitos dos sonhos já não me pertencem
eles partem com os anos que passam,
perdem o sentido...
Talvez fosse mais simples ver o mundo com o olhar de uma criança,
mas seria meio ser bobo, talvez.
Ao menos descobri Borges e Sartre... e tantos outros
e aprendi tanto com a vida.
Mesmo assim, diante de tudo isso, aqui estou
entre a cama, a janela e o computador...
Vejo pela janela
uma bela sibipiruna, uma bauhinia florida
e um céu nublado.

Despedida infinito e eterno

 A casa A casa que morei Onde mais vivi, Papai quem a construiu, Alí uma flor mamãe plantou, Ali vivi os dias mais plenos de minha vida, Min...

Gogh

Gogh