terça-feira, 18 de outubro de 2011

Vida de sanhaçu


Os sanhaçus ficaram numa alegria o dia todo,

num voar de cá pra lá, vinha e ia sem parar,
numa alegria a cantar e comer e tudo isso
por deixa-lhes de graça uma banana e
a metade de uma manga.
Da banana cedo não quis provar,
só quem quis foi o pacato sabiá,
mas os sanhaçus nem deram
a mínima.
Já está escurecendo,
a manga acabou e a casca
o vento levou
só sobrou mesmo a banana.
O sanhaçu ainda canta.
Chegou e viu que tinha apenas
a banana, nem ai,
come e canta numa alegria,
eita vida boa de sanhaçu
é só voar, comer e cantar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vento

O vento sopra forte durante a tarde,
não para de importunar as plantas,
balança suas folhas, derruba suas
flores e frutos. Ah, mas esse vento,
não para parece criança ruim,
importuna a todos, e sopra
sopra sem parar.

Meu jardim

A manhã nasceu tão úmida
e está tão bela, em meu quintal
há folhas pelo chão,
folhas molhadas, espalhadas
da acácia que orna de beleza
com flores amarelas
que dar até gosto olhar
através da janela.
Os sanhaçus escolheram
meu muro para comer
frutas, é tão bom ouvir
os seus pios vem e voam
numa pressa.
Hum é bom ir
a janela e encher o peito
de ar, e alma de aroma 
da manhã.

domingo, 16 de outubro de 2011

Ordem

A chuva caiu no fim da tarde,
esta se entregou a noite fria.
A noite veio com sua sombra
e apagou a beleza das flores,
apagou tudo quanto eram cores,
e por fim cobriu toda a natureza.
Mesmo assim o jasmim insistiu
e continuou a perfumar o mundo
com suas flores alvas e doces.
A noite veio imperiosa,
não quis mostrar o brilho
das estrelas e então chamou
as nuvens que ocultou tudo quanto
foi de brilho
e então a noite ordenou
que todos dormíssemos,
assim se impôs a noite,
assim fomos dormir,
num sentimento de injustiça.

sábado, 15 de outubro de 2011

Vida perspectiva

   Vivemos em um eterna busca pela felicidade. Carregamos na alma a esperança. As vezes me pergunto o que é a vida? e o que é viver? Acho que estas questões não são apenas minhas, mas inerente a ser humano. A tempos que fico atento ao que acontece em minha volta, observo as pessoas a minha volta, ouço o que falam, o que fazem, pois queria captar algo que explicasse a essência para a vida.
    Quanto aos animais, antes de serem humanizados, porque sempre humanizamos muito as coisas e os seres. Bem quanto estes, creio que a vida é um eterno renovar da espécie. Trazem consigo instinto de sobrevivência. Acho que esse instinto também é inerente a nós. Por exemplo o que explica o amor da mãe para com o filho? Não seria porque o filho é parte dela, é o seu ser renovado e melhorado? mais forte para seguir a diante a espécie, isso quando falado através do canal da ciência soa duro, bestial, porém se usamos metáforas como o fez Shakespeare já havia falado sobre uma forma de se tornar eterno seria através dos filhos. Seria aceito sem discussões.
   Uma das ideias de Sartre é que a existência antecede a essência. Quando penso nessa máxima, percebo que são as relações que dão sentido a nossa vida, sem estas as coisas não fazem sentido. Um exemplo bem comum é que um objeto existe independente de nós. Uma rocha é apenas uma rocha,  no entanto ao trabalhamos aquela rocha podemos da-lhes uma forma que expresse um símbolo para nós. Um escultura por pode ser outro exemplo, através de sua forma expressa algo, a beleza de um corpo. No entanto sem nossa visão humana continua a ser uma rocha. Os objetos não têm essência, tem substância, sabe-se que a substância não expressa a essência, mas sim propriedades químicas e físicas. Quando Eisntein faleceu dissecaram o seu cérebro e o que encontraram além de uma massa cinzenta semelhante a borracha?
   Sei que vida é algo que não cabe um conceito, sei que viver é o que fazemos da vida. Pelo que observo, a vida em si corresponde as possibilidades que se pode realizar a partir dela. Sartre estava certo quando afirmava que ao longo da nossa vida é que vamos construindo a nossa essência. São nossas decisões que vai nos formando e transformando quem somos. Muitas vezes não sabemos denominar o que somos nem porque fazemos algo, mas seguimos o que achamos que é certo. Sartre dizia que somos condenados a liberdade, mas essa liberdade quando relacionada a decisões, somos nós que decidimos ser aquilo que nos tornamos, temos esse poder de decisão, no entanto muitas vezes gera incerteza e angústia. Concordo com Hegel quando afirmava que a vida são possibilidades e as relações advindas destas possibilidade e viver é o que decidimos e fazemos da vida. A vida é todo o momento presente e a felicidade é sermos o que somos, sofrendo, ou alegre,ou triste, porque ser é viver.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O beijo da manhã

Hoje, quando acordei,
a chuva cantava sobre telhado,
o mundo todo belo estava molhado,
um sabiá laranjeira veio cantar
na minha janela e foi uma visão tão bela.
O canto da chuva junto ao do sabiá.
então fui a cozinha e preparei um chá.
E quando abri a janela,
Senti o aroma da manhã,
invadir o meu quarto,
meu corpo e minha alma,
sei que senti aquele aroma
de folha molhada,
senti minha alma estremecer de alegria,
a manhã me beijou,
e a chuva foi testemunha,
e a chuva canta
como num coral
pingo a pingo,
gota a gota,
e assim me embreaguei
manhã a dentro,
Feliz.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Repetição

Quando fico em casa, fico tão cansado. Coisa que faço repetitivamente me cansam. Vou a janela, vou ao jardim a geladeira. Olho os malditos facebook, gmail, yahoo. As vezes me concentro, as vezes não,  minha mente esquenta feito cana passando na engenhoca, feito milho na forrageira ou no moinho, a pressão também esquenta. E nessa embolia, que se segue por todo o meu dia, deixa minha vida tão incomodada, tão cansada. Sinto que a vida é uma eternidade, até chegar a hora de almoço ou de sair para desparecer. E quando saio quando o tempo passou, penso o tempo voa... A repetição maldita como me cansa a alma.

Pássaros

Pus uma banana sobre o muro e veio saboreá-la o sanhaçu, depois veio a cambacica que cantou algo bem de lá da sibipiruna. A tarde está tão enfeitada com o canto dos pássaros. Está nublado, até choveu hoje cedo. Acho que os sanhaçus temem muito nos, porque nem posso olhar que eles já saem voando. Mesmo assim
é tão bela essa tarde.

Dias escuros



Há dias que o sol não aparece,
dias que ficamos sob as sombras
das nuvens.
Há dias que a mente não apetece,
e ficamos mais escuros
que cavernas.
Há dias que não
queremos sair de nosso
caracol.
Há dias que nos sentimos
literalmente caracóis
e nos arrastamos
existência a fora.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Noite de lua

Hoje a noite o céu está tão claro e limpo. A lua cheia clareia as ruas e as praças. Na rua Felizberto Brolezze, onde tem um doce pé de jasmim de flores cândidas e perfumadas, ao passar ali próximo, com tanta claro da lua pude ver as flores e beber o do seu odor, é tão gostoso. Então, fui caminhando até minha casa que estava sob a sobra das sibipirunas. O vento sopra fazendo chiar as folhas das árvores de minha rua. As árvores estão tão bonitas, suas folhas brilham ao refletir o brilho da lua como espelho sob a água. Que noite serena e cheia de paz. Enche-me de saudade de tempos atrás. 

Jaca em família

 Eu sempre amei frutas. Caju, goiaba, pinha, araçá, seriguela, pitomba, pitanga, umbu, cajarana, cajá, coco, coco catolé. Essas tínhamos em ...

Gogh

Gogh