sábado, 17 de setembro de 2011

Solidão

A noite silenciosa cala minha alma.
No escuro dos meus pensamentos
nem um vento, nada perco a calma.
Certamente a solidão é só momento

Então, calo quem sou e o que sou,
me fecho feito uma concha,
e espero melhoras,

essa solidão vai passar

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Doce é a vida

Doce é a vida
doce de maneira intensa.
doce no sentido mais amplo,
muito além da substância...
Sim como é doce ouvir algo belo
uma poesia, uma música ou uma bela conversa.
Doce sentir a brisa roubar o calor e parece querer levar nossa alma, nos trás a calma,
assim como é doce sentir os pés molhados da grama,
pisar sobre areia da praia, e sentir a água salgada purificar seus pés.
Doce é sentir o sabor da fruta madura na planta...
A vida é tão doce, tão cheia de doçuras,
nem sempre é assim,
mas se tentarmos sentir sempre o doce da vida,
talvez possamos nos livrar um pouco
das amarguras
que insistem em serem mais intensas que a doçura.

O rio

Quando parti,
logo senti
senti que o rio
havia deixado um vazio,
um grande vazio,
nas minhas manhãs.

Quando parti
não mais vi
o rio, o rio
a quem tanto olhava,
a quem tanto admirava,

o rio com suas marés
que subiam
e desciam.
Rio que nunca parava,
nem no feriado,
nem no dia normal
fazia-no parar.

Mirava o rio
na sala a trabalhar,
na cozinha a tomar
um delicioso chá

e sempre me encantava
com o rio
e seus hospedes
barcos, caiaques...
suas árvores.
Hávia até uma bétula
que me avisava quando ventava...
o rio Thames
me deixou um vazio,
uma saudade gostosa
que me faz querer

voltar e em suas margens caminhar




Manhã

Manhã
Nasce o sol e a noite dar adeus ao dia.
As aves cantam tão alegres.
A brisa ainda sopra fria.
As ruas ficam vazias.
Tudo parece tão calmo como no deserto.
As flores desabrocham.
Folhas caem.
Tudo segue sem sentido,
tudo segue contido,
sem o homem,
nada parece ter vida.
Não há manhã,
som...
nada só o silêncio da eternidade.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Temos medo

Temos medo
Temos medo do incerto,
do amanhã.
Temos medo da solidão,
para algumas coisas não há solução.
Todos os dias acordamos com um vão,
que precisa ser preenchido,
precisamos sair da escuridão
que é nosso medo de perder tudo que nos é querido,
por sabermos tantas coisas temos medo
e esquecemos de viver como
assim o faz a flor,
muitas vezes tememos a dor.
Tudo hoje é tão incerto como sempre foi,
Somos tão inseguro quanto sempre fomos,
mas agora com o adágio de que podemos
prever muito do que pode acontecer...
Temos medo,
mas tudo um dia vai passar,
pra nossa desgraça queremos
que o aconteça tão logo,
queremos consumir nossa vida
sem tentar viver,
pois vivemos de expectativas
e é ai que nos enchemos mais de medo.
Um dia teremos de partir,
mas se vivermos sem medo,
nos sentiremos felizes,
por ter vivido sem medo,
tudo passa:
a beleza e o encanto,
afinal não somos tão profundo quanto
achamos que o outro é
por isso temos medo...
as vezes tentamos nos encantar
e só nos tornamos mais solitários
e medrosos.
Temos medo do amanhã,
pois assim a natureza nos ensinou,
e nossos desejos cimentou,
não adianta temos medo
da morte, do mais forte...
mas o importante é continuar
lutando, mesmo que o fim
já saibamos é a morte,
nem por isso a flor deixa de ser bela,
nem por isso as coisas deixam de valer a pena,
encha sua alma de sonhos,
tenha medo...
ache em si o sussego.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Guapuruvu

O céu, ultimamente, tem estado tão azul,
e na praça amarelo está o guapuruvu,
amarelo da cor do Brasil, o chão
pintado de pétalas e folhas secas.
Hoje vai ter uma linda lua nua cheia,
e com esse céu pintado de estrelas
como o chão fica de pétalas do guapuruvu.
E a noite caiu pra amenizar
o calor no lindo guapuruvu.
Porque vejo tudo tão desconexo,
tudo tão sem verso,
serão pétalas do guapuruvú,
Schizolobium paraiba...

A tarde ensolarada

Que tarde bela, no quintal folhas caídas no chão dão um tom de verão.
Um quintal seco com uma palma e uma acacia o sol a brilhar,
canta forte o sabiá, logo a primavera vai chegar,
mas já posso ver o jasmim e seus buques branco e amarelos,
os ipês nus, mudando de roupa,
alguns coberto de flores,
como cantam o sanhaçus,
que tarde fatigueira.

Estralinha

Estrela partiu,
a rua calou,
nenhum cão latiu,
agora é estranho
chegar em casa
e não encontrar
ele alegre a correr,
nunca mais o vi,
partiu e nem se despediu...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tudo passou

Já não sou quem eu fui,
já não tenho o mesmo vigor,
já experimentei tanto da vida,
tantos sabores, tantas cores
e formas e movimentos,
mas sou tão restrito,
meu mundo é tão pequeno
e o meu tempo tão curto,
não curto o suficiente,
as vezes sou deficiente,
o mundo que tanto ensina,
também muito aprende,
E espero que o tempo passe,
que a vida passe,
tenho ansiedade por encontrar
com minha morte, pelo amanhã.
Espero pela sorte, mas se não vier?
Já não sou quem eu fui...

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh