quarta-feira, 2 de março de 2011

Viagens

Já fiz diversas viagens onde conheci diversas paisagens, pessoas e costumes. Percebi que em cada paisagem havia uma organização, uma beleza, um complexo composto por uma diversidade de plantas, de cores, de animais, além das riquezas minerais. Os rios com águas cristalinas, as rochas graníticas imponentes com seus minerais longa e profundamente formados, os solos fundos ou rasos e horizontes de tirarem o fôlego dava-me vontade de voar, sentia uma certa liberdade ao sentir a brisa na face e o horizonte tão grande quanto o de um mar. Gosto sempre de registrar os ambientes por onde passo e dentro deste contexto as paisagens favoritas são os crepúsculos, onde o sol se punha diante de rios, palmeiras ou simplesmente no horizonte, com seu alo dourado, brindava o fim de mais um dia cansativo, mas rico em imagens e paz. Nestas viagens tive a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, conheci muitas e uma das mais especiais foi a Laura de riso fácil, olhar termo e solícito, sulmatogrossense de corpo e alma, junto a ela seu cunhado uma pessoa sensacional Sandro um historiador filósofo, cheio de leituras, me apresentou ao Fantástico Deleuse. Conversamos muito, achei uma pessoa sensacional e com um senso de humor maravilhoso. Conheci ainda o Leandro de Nova Xavantina uma pessoa super inteligente, mas tímido que dói na alma, de família muito humilde, mas que está vencendo na vida, estava no último ano de mestrado. Conheci também a Beatriz Marinon uma professora espetacular, extremamente comunicativa, com uma enorme habilidade de resolver coisas complicadas. Nestas viagens aprendi a beber terere, a comer melhor, a ver o outro de uma maneira mais humana, a me comunicar e ser entendido com as pessoas, a incerteza do acaso, a docilidade das pessoas simples do interior e a frieza das pessoas das cidades grandes, conheci os mais variados sotaques, as mais variadas piadas, os modos de sorrir e as diversas formas de ser.
Visto tudo isso até parece que conheci vários paises, mas na verdade conheci apenas um país, e quase me restringi a uma região, mas foi o suficiente para viver fortes emoções que ficarão marcadas por toda a minha vida, quantos quilometros eu andei? não medi. Quanto gastei? Nem sei, mas valeu a pena cada metro viajado. Quantas coisas aprendi, senti e vivi, palavras não seria suficientes para expressar, mas são importantes para se ter uma moção do que pode um ser munido da vontade de viver.

Sol

Esse sol que me alumia,
esse sol que trás o dia,
é o mesmo sol que certo dia,
brilhou para meus antepassados,
que agora estão deitados,
já não podem ser levantados,
esse sol que ao mundo
de energia alimentou
que alimenta,
que parece eterno,
tanto já inspirou,
Ra, Apolo
dentre muitas civilizações
que o agradeceram
e agradecem pela existência,
esse sol que me alumia,
esse sol que vai
e que volta,
nem vai e nem volta,
é o sol
coroado de brilho
de luz,
o sol que gerações
puderam e viram
as luzes e as cores,
é o sol
que parte a noite
e volta pela manhã
é o deus
que nos sustenta.

Chuvas

A chuva
caiu pela manhã,
pela tarde,
pela noite,
a chuva caiu
a manhã partiu,
a tarde partiu,
e a chuva caiu
durante todo o dia,
pinto,
pingo,
a chuva intermitente,
caiu todo o dia de quarta,
e mesmo assim
fez calor,
a tarde partiu,
e sumiu,
são as chuvas
de março.

terça-feira, 1 de março de 2011

Rosa

Seria a rosa a mais bela das flores,
seria por sua cor, a cor do amor,
a rosa e seu doce odor,
é deveras divina encantadora de amores.

A rosa vermelha,
a rosa amarela,
são todas belas,

As flores invejam-na
e rubra rosa,
canta uma melodia,
espalha magia,

e encanta aos homens,
hipnotiza-0s

estes a endeusam,
seleciona-a, cultiva-a,
és deveras endeusada
a rosa, deveras mais suave,
mais agradável,
mais humanizada
a rosa está presente
na vida humana,
a tempos,

a rosa pode não ser
a mais bela das flores,
mas deveras é a mais amada.

A carta

Certa tarde fui caminhar no parque das dunas, o sol brilhava forte, fazia calor, caminhar no parque entre e sob as árvores, num dos dias perfeitos. Pisando sobre as folhas só para ouvir o chiar das folhas secas. Então de longe percebi sobre a mesa um livro. Olhei para os lados para ver se não tinha ninguém, um possível dono, mas não vi ninguém, fui me aproximando da mesa curioso, já que adoro livros. Sobre o que trataria aquele livro? Quem seria o autor? e fui me aproximando, então quando estava quase na mesa, olhei novamente para os lados pra ver se alguém se aproximava. Não tinha ninguém, aquele livro alí abandonado ou poderia dizer perdido. Timidamente me aproximei e vi aquele livro azul com flores pintados como numa aquarela, seriam rosas, com título "As primaveras" de Casimiro de Abreu, olhei e pensei será um romance? Então abri e comecei a folhear e vi que eram poesias. Sorri por dentro e pensei acabei de ganhar um livro, então voltei para a contra capa para ver se não tinha um nome, endereço, telefone e nada, então vi que no centro tinha algo, pois sentia entumescido no centro, abri então para ver o que era. Era uma carta uma carta de amor, datada de agosto de 2003, escrita em grafite, nela estava escrito.
"Meu amor o tempo passa e não me esqueço, o dia em que lestes para mim o poema, MEUS OITO ANOS, foi tão forte, tão mágico que cheguei a me imaginar na carne do Casimiro, então desde aquele dia puz-me a decorar cada palavra, frase " A que saudade que tenho de minha infância querida.", naquele dia de chuva, nós dois passamos o dia enlaçados, eramos namorados, nos amavamos, logo depois abriu o livro e recitou aquele poema, enquanto ouvia no fundo a música da Cássia Eller, me arrepio só de pensar, mas nossas vidas tomaram caminhos diferentes, voce partiu foi para longe, em busca de algo que te preenchia e deixou em mim o vazio, escuro e frio, hoje ando pelo parque, chorando, soluçando e recitando nosso poema, ah meu amor onde quer que voce esteja, saiba que te amo.
Foi muito forte ler tais palavras, então comecei a folhear o livro e vi ali grafado todas as letras daquele poema, a quem pertenceria tal carta? Quem seria? Seria homem ou mulher? algo ou baixo? Claro ou escuro? Isso não importava, mas sim os sentimentos impressos naquele papel,
estava ali derramada uma alma, estava ali quarada em palavras a alma que tanto amava alguém.
Caminhei pelo parque para ver se via alguém, mas nada encontrei. Então segui caminhando até a portaria, o sol brilhava intensamente, as aves cantavam, o vento soprava vindo do mar e o verde das árvores reluzia intensamente. Fui até a portaria, perguntei se o guarda avistara o alguém com um livro na mão, mas ele tinha chegado para o segundo turno e fazia pouco tempo que pegara no turno. Tomei o livro e o entreguei para o guarda caso o dono resolvesse reaver. Segui para casa feliz ao saber que na alegria ou na dor, onde há o amor, o sentimento humano há esperança no ser homem.

Botrytis cinerea

Morangos frescos com o calor
criaram bolor,
Botrytis cinerea,
como neve o morango,
nevou,
depois as hifas,
cinereas em divisão,
conidiósporos
criou,
o morango mofou,
secou,
e os as hifas
enegreceram,
a matéria acabou.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amor e Vida de Uma Mulher

Apesar de tudo de mal que o homem é capaz de fazer, apesar de sua finitude, os sentimentos humanos são capazes de construir coisas maravilhosas.

De Schumam

Amor e Vida de Uma Mulher


Seit ich ihn gesehen

Seit ich ihn gesehen,
Glaub ich blind zu sein;
Wo ich hin nur blicke,
Seh ich ihn allein;
Wie im wachen Traume
Schwebt sein Bild mir vor,
Taucht aus tiefstem Dunkel,
Heller nur empor.

Sonst ist licht- und farblos
Alles um mich her,
Nach der Schwestern Spiele
Nicht begehr ich mehr,
Möchte lieber weinen
Still im Kämmerlein;
Seit ich ihn gesehen,
Glaub ich blind zu sein.

Desde que o vi

Desde que o vi,
Penso que ceguei.
Para onde olho,
Só o vejo a ele.
Como num transe,
Surge-me a sua imagem,
Emergindo da escuridão,
Mais brilhante que nunca.

Tudo é escuro e sem cor
À minha volta.
Os jogos das minhas irmãs
Já não me interessam;
Prefiro chorar
Em silêncio no meu quarto.
Desde que o vi,
Penso que ceguei.

Desespero

Era sábado, acordei muito cedo, quase não havia conseguido dormi, pois estava muito ansioso, perdi tempo na noite anterior lendo, e quando acabei de fazer a mala já era quase meia noite, tomei um banho e fui deitar, demorei a dormir, naquela madrugada que tão depressa chegou, acordei antes do celular despertar, fui a cozinha, tomei um café reforçado. Fui ao banheiro tomei banho e quando já estava pronto acordei meu colega que iria me levar ao aeroporto, tão depressa levantou tiramos o carro e fomos para o aeroporto, ele ainda bocejava, trocamos poucas conversas, conversamos sobre concursos sobre a vida. A noite estava estrelada, limpa, as luzes amarelas dos postes clareavam as ruas. Bem seguimos conversando quando vi estávamos numa praça de pedágio, então meu colega perguntou se estava perto de Viracopos, a mulher respondeu que tínhamos passado a quatro quilômentos atrás, então pegamos o próximo contorno logo voltamos e então chegamos ao aeroporto que ao chegar fui logo pegando uma fila na azul, um baiano simpático, acho que passageiro de primeira viagem puxou uma conversa, mas logo teve que buscar outro guichê, então fui fazer o checkin na máquina, não consegui então pedi para a atendente que o fez tão prontamente, então fui e entrei para a sala de espera onde sentei e fiquei lendo um livro, comi uma batata com um suco, e meia hora depois ouvi a voz que dizia para enbarcar, tirei meu RG e o cartão, a mulher conferiu então segui para o avião ainda estava escuro, entrei no avião que me pareceu aconchegante, sentar-me-ia na poutrona 17 A, janela do jeito que gosto, me surpreendeu o fato de ter uma tv, muito bacana, mas o cara que estava do meu lado parece que não tinha dormido, sério que só. Então a mulher entregou fones de ouvido e o avião partiu para a pista de voo, mas passamos quase meia hora esperando o avião engrenar, algo estava errado, nem imaginava o drama que me esperava, então o avião decolou, e a viagem foi tranquila, no alto saquei minha câmera, ah se eu soubesse não teria feito, e fotografei depois guardei a câmara, mas a maldita carteira caiu e não percebi, a viagem foi tranquila, sem trepidações, a comissária serviu suco e algo que não me lembro, chegamos na hora exata, 7:30, desci do avião, começará já meu drama, peguei a bagagem, e fui ao banheiro, em seguida fui para o ponto de ônibus que estava sendo lavado, e então chegaram dois homens, perguntando se ali tinha ônibus para a rodoviária e o atendente disse que sim, então chegou um casal com gêmeas, desprovidas de beleza, perguntaram ao cobrador, então começou o drama, procurei na bolsa minha carteira e pra meu desespero não a encontrei, não vi mais o chão sobre os meus pés, voltei para o aeroporto sentei num banco e retirei todas minhas coisas, minha carteira, ah não, isso não está acontecendo, meu corpo gelou e começou a suar, minha carteira! o que vai ser de mim agora, voltei fui a loja e pedi para verificar se no avião não estaria minha carteira, mas o desgraçado da loja simplesmente passou um rádio e a mulher que estava no avião disse que não havia encontrado nada, também com 120 reais será se a mulher diria que tinha achado, pensei, então me desesperei, liguei para Ana minha namorada desesperado, pensei na prova que ia fazer, no ônibus que saia para Dois Vizinhos as 10h, então me desesperei fui novamente na Azul, só que dessa vez fui ao lugar do check in, onde desesperado contei minha situação o rapaz não se deu ao trabalho de pedir para alguém ir a cadeira onde estava sentado conferir, simplesmente disse que o avião tinha partido. Sem dinheiro, conhecido, documento estava na roça, entrei em desespero, senti fome e não tinha como comer, então liguei novamente para Ana, que ligou para várias pessoas e uma destas foi a Ju uma amiga nossa que tinha um tio em Curitiba, a negociação demorou cerca de quatro horas de desespero, enquanto isso fui ao guichê da Azul, ver se achava uma solução, então lembrei que podia movimentar a conta do Banco do Brasil pela net, fui falar com alguém de lá que tivesse conta do mesmo banco, minha ideia era fazer a transferência para a pessoa que tivesse conta e assim a pessoa sacasse e passasse o dinheiro, mas ninguém tinha, me desesperei quando tudo parecia perdido, chorei. Bem quando consegui falar com o tio da Ju ele falou que poderia me emprestar, foi simpático, então tinha que ir a rodoviaria seria lá que ele me passaria a grana, então como ir até lá, sentei num banco fora do aeroporto onde sentou uma galega e com sua mãe dela, falei do meu caso, ela teve compaixão me deu quatro reais, foi assim que consegui ir para a rodoviária, então recebi o dinheiro, as 13 h, comprei a passagem e esperei até as 22:30 para pegar o ônibus e fui a cidade. Estava tão cansado que logo dormir. No domingo a tarde minha irmão ligou dizendo que minha carteira tinha sido encontrada em Fortaleza, descansado, passei aquele domingo lendo e ouvindo música. Aliviado do dia passado.

Música

Ainda temos muito a aprender,
ainda nos resta viver,
aprender com a natureza,
aprender com a beleza,
por quanto temos que ceder,

a curiosidade,
desfazer da vaidade,
o tempo alinear,
a ciência, a razão,

temos que misturar
tudo e ser emoção,
bradar forte como o trovão,
sentir pulsar forte o coração,

homem que é razão,
a arte ensina,
a cultura empilha,
mas se não houver o homem,
toda a obra a ser usada,
toda a cultura

é lixo,
não se der ao luxo,
de viver com a razão,
sinta a emoção,
porque há muito que viver,
há muito a aprender.

Continuo

Quem disse que não há mágica?
de certa forma um maestro
não seria um mágico da natureza?
Com a batuta que mais parece
uma vara de condão,
a graça das mãos,
ordena e os músicos,
fazem seus instrumentos
soarem, oboe, flautas,
contrabaixo, violinos, violocelos,
bumba, triângulo,
suam graciosamente na
tarde que a chuva umedece,
o som suave,
a emoção,
os sentidos,
a singela vida,
a sinfonia,
a magia,
quanta harmonia.
E a mágica daquele
que gerencia
com a batuta,
as letras da música,
a tarde eterna.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh