domingo, 31 de outubro de 2010

A presidente

Hoje foi um dia muito especial, daqueles que não se tem todos os dias. Acordei mais tarde como faço todo fim de semana, tomei um bom café. Bem depois fui pra casa de meu irmão. O dia estava claro, as ruas vazias. Hoje foi dia de plebiscito para decidir quem será o próximo presidente da república. Os candidatos que estão concorrendo são Dilma e Serra. Estava torcendo pela Dilma. Bem cheguei na casa dele que não estava em casa. Pouco tempo depois ele chegou conversamos um pouco, em seguida fomos ao mercado. Cruzamos as ruas conversando sobre negócios, economia e vários assuntos. Cruzamos a feira e fomos no mercado, compramos as coisas e voltamos pra casa. Ficamos conversando. Subimos fomos para a área de cima onde tem uma paisagem muito urbana. Aquelas ruas tordas, irregulares, com subidas e descidas. Paisagem de periferia. Depois descemos e ficamos conversando até o almoço sair. Almoçamos, depois ele e a esposa foram justificar o voto então fui com minhas irmãs, meus sobrinhos, minha namorada e meu cunhado para o shop. Foi muito bom ir com os sobrinhos para o shop, me diverti muito. Briquei de várias coisas, tiramos muitas fotos. Quando saimos do shoping passamos numa pizzaria e então lembrei. Quem ganhou o pleito. Logo que liguei o rádio em pouco tempo foi anunciado o resultado. Temos a primeira presidente mulher do Brasil. Fiquei muito feliz com esse resultado. Essa campanha foi realmente muito longa e desgastante com muitas mentiras, muitas acusações até algumas baixarias, mas a mulher ganhou. Eis que foi um exceente dia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Worry

É difícil pensar quando se está preocupado com algo. Não se consegue raciocinar. Tudo em minha mente está embrulhando, num verdadeiro caos. Atormenta-me ter coisas pra fazer sem saber como fazer. Ah, quantas coisas para fazer e pouco tempo para executar. Fico me debatendo imaginando o que farei primeiro. Não consigo prender a atenção a nada. Tudo me incomoda, a luz do sol que pela janela, o computador aquecido, a cadeira que sento até meus vagos pensamentos. Fico estático tentado pensar, concentrar-me e nada. As frases não se agregam e não saem. Nenhuma ideia ou texto fluem. Cada instante perdido me apavora. Algo poderia me ajudar? O que fazer? Não sei dançar um tango argentino. Quem sabe o sabiá que canta lá fora não saiba? Vive sempre feliz da vida a cantar, comer, reproduzir e criar seus filhos. Vida dura de sabiá ter que sair em busca de comida no mundo que conhece, sem pedir ou roubar é dono de tudo que ver. Não sabe de seu futuro ou passado, talvez não interesse o que importa é o instante presente, por isso canta. Trabalha para um pouco e canta. Não se preocupa como vai achar comida, talvez saiba, sabe que na vida tudo é incerto, porque não me apego a isso? Não se preocupa com o amanhã. Canta lá fora, nada o incomoda. É dia de sol. Está a cantar. Eu fico aqui preso em meus pensamentos, com meus receios, minhas preocupações. Será que um dia isso vai mudar? Quem me dera ser um sabiá. Mas não vou continuar tentando matutar.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Rotina

Acordei, mecanicamente quando o celular despertou exatamente as cinco horas e quarenta minutos. Fui a cozinha e comi uma banana e um pedaço de mamão. Fui ao banheiro e Escovei os dentes. Pus uma blusa, peguei minhas coisas, minha bicicleta. Tive uma grande alegria quando liguei o rádio no exato momento que Heródoto anunciava que os ministros do STJ tinha impugnado a campanha de Jader Barbalho. Quando ouvir aquilo sai sorrindo por dentro e por fora rindo, muito feliz pensando esse país ainda tem jeito. Um político que para não ser cassado renunciou ao mandato. Mesmo depois destes fatos ainda foi eleito por dois mandatos. Agora está fora do jogo, imagina um político que desviou dinheiro do Sudam. Teve o que merecia muito tarde. De resto fui pra universidade. Quando cheguei lá li o que queria ler e depois fui para o herbário separa as plantas que tinha que descrever. Terminei já era mais de quatro horas. Então vim pra casa. O sol brilhava forte ainda. Cheguei em casa tomei água, troquei de roupas e fui pedalar. Exatamente quando passava em frente ao convento o sinos dobravam indicando que eram seis horas. Então na praça dos cocos fiz minha atividade física e vim pra casa. Jantei tomei banho. Fiquei lendo até as 10h. Agora estou aqui vendo o que fiz no dia. Recapitulando. Estou cansado e com sono. As vezes queria uma outra rotina, sou muito apegado a rotinas, mas abuso delas. Queria fazer algo diferente. A vida é boa, mas as vezes fica muito morgada.
Boa noite

ocaso na tarde.

O silêncio da tarde,
Calma a tarde se entrega a noite,
ninguém vê-la partir,
nem a noite chegar.
Hora do ocaso,
onde a luz do sol,
vai-se sumindo,
sumindo,
o sol já partiu,
mas sua luz se vai.

Sua luz se vai,
trazendo o silêncio da natureza
que recatada se absorve.

A luz parada,
árvores paradas....

chega a noite.

O cheiro simples de sabonte.


Quando era pequeno não havia muita frescura pra tomar banho lá em casa. Não nosso banheiro não tinha chuveiro elétrico, aliás não tinha sequer chuveiro. Tinha sim um tanque grande que cabia três cargas d'águas. Todo dia gastava-se duas cargas d'água com banho lá em casa. A porta do banheiro era uma porta velha com furos era preciso usar a toalha pra fechar os buracos, imagina que tinha casas que os banheiros não tinha sequer porta, usava-se uma cortina. Mas lá em casa papai faz uma porta velha de madeira de umburana, vez por outra pai usava um lata de óleo espichada pra tapar os buracos. Bem pra tomar banho usava-se sabão pra lavar e sabonete pra enxaguar, tinha um sabonete, mas não se lavava a cabeça todo dia que era pra render. Era um sabonete para a semana pra todo mundo. Ah era toalha única pra todos. E todo mundo só tomava banho no fim do dia, a não ser que fosse pra escola. Adorava o cheiro dos sabonete um cheiro singelo, gostoso, desconhecia cheiros artificiais. Quando era pequeno não curtia muito banho porque sempre que ia lavar o rosto caia espuma nos olhos e haja ardência, não era como hoje que tem tudo da Jhosnon sem ardência. Quando usava o sabonete as vezes punha a caixinha nas roupas pra dar aquele cheirinho bom. Apesar de tudo, todos os dias tomavamos banho, um mas tomavamos e ficávamos cheirando a palmolive ou lux.

Lá em casa tem um sabiá, ah que ave sabida imagina que fez um ninho bem na linha do telhado da área da frente. Aquele ninho quentinho e confortável. De manhã cedinho ouvi ele cantar e quando saia flagrei-o cantando ali mesmo no ninho não se dava ao trabalho de sair do ninho pra cantar. Canta uma, duas, várias vezes. Engraçado como me divirto muito com as aves. É uma relação de amor. Que sabiá sabido.

Canta como quem faz poesia,
canta numa alegria,
de manhã ou de tarde,
não tem hora pra trabalhar,
vive feliz a cantar,
vida boa, vida de sabiá.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Papa capim


Hoje quando voltava do Bandeco vinha eu perido em meus pensamentos, meu olhar vagando nas paisagens. Quando num instante ouvi um canto, era um canto diferente. Um canto de ave daqueles cantos que sempre encantaram. Ouvi bem próximo a mim. Estava alí numa touseira de capim, Panicum maximum, cantando eu conheço como papa capim lá em Serrinha nós sempre chamava assim papa-capim, lá pras bandas da gruta de Crejo o povo chamava de cabeça preta, e em Alexrandia o povo chamava de bigode, mas na verdade o nome científico é Sporophila ardesiaca da família Thraupidae. Como pode uma ave tão pequena com um canto tão belo, singelo. Engraçado que lá em em casa só apareciam durante a época de chuvas quando o campim tava todo cacheado. Bem envolta de minha casa tinha muitas palmatóreas, papai não plantava dentro das palmatóreas pra não arrancar as raises, as rizes dos cactos são muito superficiais, então cresciam vários tipos de gramineas, Cenchrus, Paspalum e Digitaria. Tinha em minha mente que eles adoravam os Paspalum, pois eram tão lindos. Adorava ver o macho e a cheta pousarem sobre o pendão do capim. E ouvir eles cantarem e como cantam. Sempre quis ter um pra mim, preso numa gaiola meu cantando pra mim. Tinha essa ideia louca. Uma vez meu primo Claúdio de tia Teinda me deu um muito bom. Cantava muito, mas não durou muito num dia que fui por comer pra ele, então este voou fiquei muito triste neste dia. Senti uma dor no peito de dor. Bem então quando eles chegavam faziam a festa, tinham muitos. Viviam sempre um macho e uma fêmea. Bem Aquele som me fez parar, pensar, ouvir e contemplar um pouco do meu dia.
Cantou várias vezes, então segui para o trabalho e ele ficou lá comendo e cantado. Eles seguem o que está na bíblia que não trabalham, nem se preocupam com o amanhã. Vivem felizes.

Feriado esticado

Fim de tarde que antecipa o feriado esvazia as ruas, até a tarde está mais calada, triste. As aves já se recolheram. A noite vem vindo sozinha, calada.
Amanhã é feriado a rotina só será quebrada na próxima quarta.
a noite segue silenciosa.

Respeito

Quem não respeita o outro não respeita a si mesmo. Sempre que venho pra universidade respeito o sinal, pois se não o fizer poderei sofrer as consequências. Poderei ser atropelado, mas se um cara só por está numa mercedes cortar o sinal, ainda mais quando estou passado, se o sinal está livre pra mim. O que posso fazer? Passar por cima não dá. Hoje quando vinha pra universidade o sinal estava aberto para os ciclistas, sou um destes, aconteceu que enquanto pessoas normais pararam antes da faixa um idiota só por está numa mercedes ultrapassou o sinaleiro. Quase me acidentou, não resistir, um grito reprimido veio a tona, um xingamento. O idiota seguiu como se nada tivesse acontecido. E eu emocionado, puto, segui em frente com mil, maus pensamentos. Senti agredido, fiquei irado. Passou, mas como suportar as pessoas que vivem desatenta, sempre quebrando as regras. Depois se briga e não se sabe qual o motivo. Não respeitar o outro e desrespeitar a si mesmo.

Manhã

Manhã vazia e fria.
O sol nem nasceu,
mas canta o sabiá, o tico-tico, o sanhaçu.

As rua vazia e fria.

Encontro uma pessoa aqui,
outra alí,
sinal já funciona,
o posto de gasolina também.

Passa um ônibus que vai para o terminal de Barão.

Não tem bêbados na rua hoje,
só nas sextas de manhã.

Essa rotina, manhã seguindo sempre,
enquanto aqui estiver.

manhãs frias e vazias.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh