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domingo, 28 de junho de 2020

75. Domingos

A flor do momento,
Memórias, memórias,
Memórias que se constroem e de deletam,
Nessa arte de tecer a realidade,
O presente e o passado,
Avaliando, pensando, organizando...
Memórias que florescem agora,
Hoje, domingo, mais um domingo,
Entre tantos outros, porém a potência vira ato,
E a soma de todas as memórias de domingos
Se funde em realidade,
Nesta realidade!
Realidade peculiar...
Que pode ser última.

74. Existência

A realidade,
Esta realidade momentânea
Que muda incessantemente,
E funde o tempo no espaço,
Num eterno devir,
Deixa de ser e vem a ser.
Esta existência que nos faz e desfaz.
Esta existência que é uma energia,
Que é contingente.
Ponho-me a pensar
No que somos no tempo e no espaço.
Somos substância e energia...
Somos movimento, somos relações,
Mais nada. 

sexta-feira, 26 de junho de 2020

69. Algo assim

Onde começa e onde termina o tempo?
O que é novo e o que é velho?
Podemos falar algo sobre?
Minha experiências e minhas memórias
Gotejadas no tempo,
Nas situações,
Nas sensações,
Os fatos,
Tudo são relações,
Tempo e espaço!
Hoje verei algo que nunca vi,
Porque não existia,
Mas que pulsa e ganha forma,
Para mim, o meio da vida,
Para ele o início da vida,
Algo assim.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

68. Processo

Tempo,
Espanto,
Tanto tempo na organização,
Tanto tempo na compreensão
De um tema,
De uma filosofia,
De uma maneira de ser...
Com base no que se percebe,
No que se acha,
No que se busca compreender...
Este processo é infinito,
Enquanto viva existir.

68. Maravilhosa vida

Junho quase julho,
As manhãs são sempre claras,
O calor começa a se estabelecer,
O vento sopra frouxo
E a gente ouve um oco que é o mundo,
A mata ficando amarelada,
Plantas em plena florada,
As conversas das pessoas,
Contentes pelo inverno,
As coisas vão se consolidando,
Às vezes, aos que tem memória
Parece uma repetição,
Mas não é,
É nossa vida acontecendo,
Rompendo mais uma primavera,
As coisas vão ganhando significado,
As coisas vão perdendo significado,
E a gente vai só vivendo,
Essa vida que apesar de tudo é maravilhosa.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

61. Continuo

Os dias passam todos iguais,
Sem diferença,
Só o que muda é o calendário,
Pela manhã caminhada,
E trabalho no computador,
Parada para o almoço e descanso,
A tarde continuação da manhã,
Até o fim da tarde quando o sol dobra o poente.
À noite é para descansar,
E tudo continua,

domingo, 21 de junho de 2020

60. Momento

As flores são efêmeras,
Nem por isso deixam de serem belas,
Muito menos de serem perfumadas,
Nem menos ainda de serem ternas,
O destino de uma flor é ser uma flor,
E no final de uma flor quase sempre há um fruto,
E tudo continua se reproduzindo,
E continuando a ser...
Somos apenas um momento de um ciclo.

58. Sublime sinfonia

Meu peito se enche de paz,
Com a quinta sinfonia de Gustav Mahler,
Pois me sinto preso a realidade das coisas como estas são objetivamente,
O céu profundo,
O vento fresco,
A matéria com suas forma, suas peculiaridades
Que me permitem conhecê-las em realidade.
A água que ingiro,
O cheiro das coisas,
Sua dureza ou maciez,
Que melodia fina,
É preciso saber fazer e sentir o que faz para apurar tamanha beleza,
Essa obra que parece que já fui e não existo,
Que sou apenas um espírito vendo o mundo de maneira angelical.
Sentir o que estou ouvindo é sublime...

quinta-feira, 4 de junho de 2020

7. Movimento

É tarde,
Já passou o maior dia,
É quase 15 horas.
Está quente e a tarde está muito iluminada.
Apesar de ter chovido pela manhã.
Sinto-me cansado.
O que pode mudar neste cenário?
Este tempo que será passado,
Como um tempo passado foi presente de um futuro oculto para mim.
Os dias são os mesmos.
E nós o que somos?
Não somos nada.
Somos apenas este movimento,
Incessante que começou a pulsar num ventre feminino,
Mas que está fadado a morrer na solidão.
Somos esses seres que cultiva os desejos,
E quando os desejos passam,
Passamos a cultivar ideias,
Ou estamos perdidos,
Por nunca termos nos ordenados,
Nos definirmos.
É tarde cedo.

domingo, 24 de maio de 2020

47. Descontinuidade

Acendo o fogo e ponho água para ferver.
Pretendo fazer um chá.
Penso em várias coisas neste instante.
Na cor azul quente da chama,
No calor aquecendo a vasilha de metal,
No ponto de ebulição da água.
E me vez a mente o fazer o fogo,
Fogo de lenha com chama laranja,
Num fotão de lenha.
São as minhas raízes culturais,
A expressão de meu tempo,
Da minha idade.
Que afloram com fazer um chá.
Sabe parece um tempo eterno.
O fazer que só muda de objeto e situação,
Mas os princípios são os mesmos.
Do meu bisavó para meu avó para meu pai, para mim
Para um filho...
É a gente se perde nos pensamentos.

46. Outro momento

Para que este momento se eternize
É preciso paz exterior e interior,
Que haja silêncio,
Concentração,
Que se pense em algo bom,
Deixar para trás o que foi ruim.
Talvez esquecer mesmo que por apenas este momento.
Buscar a melhor memória,,
Pensá-la e amá-la.
Registre em forma de textual 
Na forma de um poema.
Quem sabe!
Às vezes, pensamos que as coisas tem tempo eterno,
Achamos que não passará.
Todavia tem o devido tempo.
O tempo objetivo,
A parte do tempo subjetivo.
E damos diferentes roupagens as coisas,
Ou aceitamos aquelas que os outros dão.
Tudo que falei é bobagem.
Temos maior medo de desaparecer da face da terra.
Medo do não ser. 
Só entendemos de ser.
E ser de maneira caótica.
Ser de maneira caótica.
A verdade é se é que esta existe
Estamos aprendendo a aceitar a existência,
Refutando-a ou amando-a...
Temos medo do que nos faz sofrer.
Sei lá.
Como poderia saber e ainda escrever sobre?
Com meus pensamentos caóticos e imbricados.
Como alto que está sendo triturado num moinho
Dando origem a algo palatável.
Parte de um processo em curso.
Agora, a chuva chove lá fora.
Ouço uma música de piano de Ludovico Einaudi.
E meu pensamento foge daqui e aparece em outro lugar.
Acabou de entrar num museu de Schubert na Aústria.
Os objetos como fatos de uma realidade.
A gente se espanta com essas coisas
Quando elas se materializam
Ou são registros de uma realidade.
Às vezes, nos leva a uma catarse.
Creio que tive uma catarse quando entrei numa igreja gótica.
Ou quando encarei um pintura de Gogh.
Estava ali materializada uma imagem pensada, pintada e contemplada pelo grande Vincent.
É lugares me encantam,
Livros me encantam,
Pessoas me encantam.
É tão bom quando a gente toma consciência do mundo e das coisas,
Consciência que o mundo é muito maior que nós que o nosso entorno...
Que as pessoas podem ser maior ou menor que aquilo que anunciam sobre estas.
Essa mistura de som de piano com som de chuva é tão agradável.
Ficaria um bom tempo contemplando.
Até que delibere fazer algo que ache necessário,
Entretanto não sinto vontade,
É domingo, uma manhã de chuva,
Estou colorindo este texto,
Para mim, pois não espero ser lido.
Há milhares de textos melhores.
Ler Clarice Lispector por exemplo.
Li hoje.
Foi tão lindo o texto.
Só capturei que ela amava rosas brancas,
E ela disse em dois textos diferentes.
Que amava as rosas brancas,
Pois as rosas brancas vão ficando mais perfumadas quando envelhecem.
Que gostosa e verdadeira observação.
Nunca pensei em dar uma roupagem como essa a uma rosa.
Talvez dona Ritinha poeta de Cabaceiras desse.
Só observo e contemplo.
Como amo a poesia feminina de Cora, Cecília e Rita...
Fecho este texto para continuar a viver a realidade em outro momento.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

33. O silêncio

O silêncio da manhã,
O vazio da casa,
Janelas e cortinas fechadas,
O escuro de uma manhã não despertada.
Pensar este vazio.
Na mente ecoam memórias
Que imbricadas não organizam um pensamento.
Só o silêncio.
Só o silêncio.
Mas há uma reação para sair desse silêncio.
Uma busca de ação para o pensamento ou um pensamento.
Faz calor.
Ligo o ventilador e sinto o frescor,
Todavia ouço o ruído do motor e das hélices girando.
O que é tudo isso?
Essa objetividade real
Que atende as leis da físicas?
Sei lá.
Só o que me interessa é o silêncio da manhã
Que se desfaz quando despertamos.
E isso é tudo.

domingo, 17 de maio de 2020

30. Caos uma questão

O caos reina em nossa mente, 
São as emoções e as paixões e as angústias e os medos e os desejos.
Às vezes, tentamos encontrar um cosmos.
Todavia, trata-se de uma relutância fadada ao insucesso.
Pensar é uma das poucas maneiras ordenar ou organizar o ser.
Pensar é organizar as ideias.
Pessoa definiu pensar como "está doente dos olhos".
Às vezes, concordo ou simplesmente discordo.
Depende do pensamento.
São muitas as variáveis tanto internas quanto externas.
Serão as impressões os canais do caos?
Será por isso que reina o caos em nós?

domingo, 18 de agosto de 2019

Relações

Uma rocha, o solo, a vegetação, o canto das aves, a luz do sol, o vento e a sombra.
Nós indivíduos que percebemos o externo através dos sentidos precisamos nos baseamos no espaço, no tempo e na matéria. Tudo aquilo que conhecemos está conectado com o universo que nos envolve ou poderemos ir além através de meios de comunicação. Todavia efetivamente é a nossa experiência que nos marca mais intensamente.
Conhecemos uma rocha pela sua dureza e forma anômala.
Conhecemos o solo por ser um substrato e muitas vezes necessitamos conhecê-lo ainda melhor para o plantio de nossos alimentos.
Conhecemos a vegetação pelo verde? pelos espinhos ou pela lenha ou nem por isso.
Conhecemos o canto das aves por sua beleza ou estranheza.
Conhecemos a luz do sol por sua presença diária e eterna.
Conhecemos e gostamos do vento porque ameniza o calor.
Conhecemos a sobra pela sensação de proteção.
Uma rocha, o solo, a vegetação, o canto das aves, a luz do sol, o vento e a sombra.
Como tudo pode está tão ligado e tão distante?
Da rocha se origina o solo.
Do solo cresce e se desenvolve os vegetais.
Na vegetação as aves habitam.
Pela luz do sol os vegetais produzem seus alimentos.
O vento que sopra e as aves que cantam polinizam os vegetais,
Sob a sombra das árvores descansam e cantam os vegetais.
Tudo que podemos encontrar neste universo se dar através as relações.
Somos nós quem podemos entendê-las e preservá-las.
Caso contrário tudo se seguirá sozinho com ou sem nós.

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

Gogh