quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Catavento

O tempo como o vento passa,
E quando como um catavento,
Faz a vida girar.
Não sabemos quanto podemos girar,
Nem quando iremos parar.
Pra que pensar nisso?
E por quê?
Talvez pelo fato desta forma
Possamos aproveitar melhor nosso tempo.
Quem sabe!
Estamos constantemente aprendendo ou reaprendendo
A viver...
Girando como um catavento.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Existência

Como é maravilhosa a existência!
Um fim de tarde fresca de sexta-feira,
O vento frouxo,
A sensação de liberdade,
A gente tenta se sustentar na existência
Tenta capturar tudo que a vista alcança,
Ouvir, sentir, existir com intensidade.
Dói saber que tudo é passageiro
E tudo que é bom dura pouco.
Então vamos aproveitar mais um pouquinho até que a tarde parta.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Felicidade espontânea

Setembro chegou e já está se indo.
Muito sol, calor e vento com chuvas esporádicas.
As Tachigalias floriram muito, agora o amarelo dourado desaparece e o verde musgo volta a composição da natureza.
As castanholas perderam suas folhas coriáceas e o vento arrasta elas pelas ruas de calcamento fazendo elas quicarem e parecem cantarem.
As aves estão tão ativas, patativas, bem-ti-vis...
Minhas rosas do deserto estão belíssimas, sobrevivendo as cochonilhas.
Tenho o peito cheio de alegria nestes momentos.
Não sei porque, mas no passado os cajueiros ficavam perfumados
depois carregados de fruto e era fartura pra gente que era pobre.
Algumas coisas não se explicam na gente.
Essa felicidade espontânea, essa percepção momentânea.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Kaos

O tempo,
A luz dourada intensa das manhãs de verão,
Arbustos e árvores nuas,
Ramos cinzentos,
O vento suave correndo,
Uma leve poeira dispersa, se difunde.

E o tempo passando...
Em nossa mente tudo está como é.
Não conseguimos ler as mudanças que o tempo realiza,
Nossos objetos de percepção são tão crassos quanto a isso.

Nos perdemos muito quando saímos de nossa rotina.

Mas é isso.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Acaso ou sorte?

Gira mundo,
Gira para o fundo,
Ou reverte se expande,
Se contrai...
O tempo e a temporalidade.
Uma fotografia com memórias subjetivas
De um tempo acabado.

Novamente tudo começa
para um novo ser.
E a vida nessa roda das moiras
Lança a sorte,
Ou corta o fim de um destino.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Filhos?

Tempo!
Tempo!!!
Tempoooooooooooooooooo. Oh não!
O tempo passou.
Jesus e com ele passei?
Coisas aconteceram, muitas coisas por falar nisso!

O que será de nós?
Os velhos se foram,
Os novos cresceram...

Meu espelho não me avisou nada!
E agora?

Minha amiga que é psicóloga disse que Freud só percebeu que estava velho certa vez quando estava no trem.
Ele olhou para a janela e não reconheceu o próprio reflexo...

Quantos de nós não percebe que envelheceu!

Tenho amigos de 60 anos que fala da terceira idade para pessoas com 80.

Essa lógica louca.

Borges que era genial dizia que gostava de dizer a idade em francês.

Quatre-vingts = 80.

Estou quase com Quarante.

Nada me assusta com a idade, mas quando imagino que não sou pai ainda...

Jesus. Ainda terei paciência para ser?

Sabe lá.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Definição

A sombra da noite,
Feixes de luz distante,
Som macio do piano.
Reflexivo, penso o que conheço, reconheço no meu entorno?
Alguns padrões,
Um breve entendimento da realidade,
Percepções, sensações entremeados de sentimentos.
Emoções.
Por que sensação de fome?
Por que ansiedade?
Por que sou quem eu sou?

Como pode algo mudar?
Será que é a metafísica no sentido Pessoa?
A solidão parece ser uma dádiva
Me leva a monologar intensamente.
A me perder num universos de seres,
Como roupas num guarda roupa que visto para usar,
Para me expor ao outro.
Sob a roupa um corpo num apto a vestir da pior a melhor roupa.
Na eterna busca de uma definição inexistente.
Haveremos de encontrá-la?

Isso tudo me leva a pensar quando a sombra da noite revela meu ser perante a solidão.
E o mundo me é revelado sob reflexão.

Reflexão

A tarde que vai,
A noite que chega,
A luz que dissolve,
A sombra que preenche,
Ruindo sem formas,
Morcegos se ecolocalizam,
Um pássaro pia longe...
E o silêncio se faz.

A madrugada de hoje estava limpa,
Céu estrelado,
Os galos cantando,
A luz revelando a natureza,
As formas, as cores....

As possibilidades são maiores ao amanhecer.

Dia consumido,
Enfim quando se chega em casa,
É sempre bom haver reflexão,

A natureza recatada,
Se embrenhando na noite pelo ocaso.

Haverá um amanhã para mim?

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Elo

O tempo,
As memórias,
O ser,
Os fatos,
Os acontecimentos...
Felicidade e tristeza.
Ir e vir.
Ser e não ser.

Tudo se enlaça,
Se amarra,

Nessa teia que é a vida.

Nossas razões e principalmente nossas emoções
Que aprendemos que há e a domar...
Quando aprendemos sobre a maestria da vida.

Já estamos na metade da vida.
Não tem como recuar,
É necessário seguir.


Ave Maria

Antes que seja dia, ainda quando a noite esfria, cores de brasa se acende no nascente. O primeiro crepúsculo que anuncia a chegada de Apolo. Estou de pé, saio para a rua alumiada por filamentos incandescentes, sub as árvores dorme uma sombra que oculta o solo, essa sombra fria e intocável é essência da árvore que se fez e durará até que dure essa vida. Caminhando reto sobre os paralelepípedos de granito angulado pela força humana seguindo até o asfalto essa pasta sólida cor da noite, as vezes quando não está nublado o espelho da lua me encanta. Sigo pensando na vida. Sempre a solidão me lembra quanto a vida é efêmera. Às vezes ouço alguma música, mas quase sempre ouço palestras. No sombrio da madrugada seguindo com a madrugada me acompanha a manhã.
Vida... Vida.
E durante o dia o contato com as pessoas, as aulas, as situações e ocasiões me cansam.
E quando cai a tarde e o segundo crepúsculo faz a natureza se calar, a luz dourada se afastar, finalmente é noite novamente. Então os morcegos saem a forragear.
No ocaso tudo é silêncio.
Até minha alma se cala.
Tenho paz.
Nada de pensar na vida.
Seis hora... toca uma ave Maria. Não ouço a mesma tocada por Schubert...
Mas a de Gonzaga...
Neste momento sou humano...
Se une em mim o passado, na lembrança dos meus entes idos,
O presente no momento que ouço,
E o futuro quando meu peito se enche de esperança.
Esperança que a vida continuará em sua tristeza e finitude a fazer o homem pensar,
Esperança em sua esperança e alegria na qual a vida continuará
A surpreender...
A vida é eterna e cheia de significados.
Cabe encontrar o seu.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh