quarta-feira, 13 de julho de 2016

Essência?

E se vai o meu tempo
Nesse esforço de entender o mundo,
Entender a mundanidade,
De entender o meu entorno,
Consumo meu tempo nesse tremendo esforço,
Agora entendo que a essência da vida talvez seja isso,
Está intrincado ao ser essa busca,
O domínio é transcendente,
Bem até  lá será intenso e profundo meu processo de subjetivação,
Será proficuo!
Se o ato de compreender for realmente uma essência,

O ato de metaforizar...

Estou comprometido com a vida,
Até o dia que ainda tenha sentido,
Se perder o sentido,
Como não faz sentido o ciciar dos grilos,
Ai...
Será o fim

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Meta-física

Essa busca incessante,
Essa convicção atenuante,
Esse querer ser,
Essa condição humana,
Toda a subjetividade,
No vermelho da rosa,
No escarlate do sangue,
No traço de Gogh,
Na pena de Borges,
É assim que o mundo se revela,
Essa dialética
Objetiva e subjetiva,
Ou intuição.

sábado, 9 de julho de 2016

Pensamento

A noite escura, silenciosa e quente 
É o momento perfeito para a reflexão.
Refletir sobre a existência e nossos atos.
O que e quem somos.
A soma de tudo isso pode ser projeção sobre o que seremos.
Noite após noite...
É preciso ter em mente que esse "seremos"
É algo finito, semelhante a parafina de uma vela
Que constantemente está sendo consumida pelo fogo,
Enquanto consumida é luz,
Todavia quanto mais brilho mais alto é o auto-consumo.
A vida é limitada em diversos sentidos e formas...
Só percebemos o escuro e o silêncio quando estamos sós.
Nesse sentido a solidão é importante para nos definirmos como seres.
Fisicamente o escuro, silêncio e calor são solucionados através da eletricidade,
Todavia... Não nos tornamos ociosos, pelo contrário criamos mais necessidades
Que nos impede de refletir.
Se dobrar e nos compreender melhor como seres.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Tamizar

Não seria capaz de descrever a beleza de uma sinfonia de Mozart
Ou a harmonia entre as cores de uma tela de Gogh
Ou uma poesia de Pessoa
Ou um conto de Borges
Ou ainda algo mais lindo que a obra botânica de Bentham,
Ou a sagacidade de Marx,
Ou a inteligência de Sartre.
Não, não seria mesmo.
Apenas contemplo e muitas vezes aprendi através do olhar do outro,
Algumas coisas simplesmente arrebatam como Gogh,
Outras necessitam serem subjetivadas...
Quem sabe para serem objetivadas.
Quem sabe.
Todavia objetivar o mundo é tão maravilhoso
Que tento fazer através da fotografia ou ofertando o que subjetivei...
Ah... se me compreendesses...
Se nem eu mesmo aprendi completamente a me compreender,
Como qualquer outro humano sou encantado com o belo seja eles em qualquer uma das vertentes humanas.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A beleza das palavras

O mundo se torna mais interessante quando conseguimos compreendê-lo.
Essa compreensão se dar de maneiras muito diversas. Muitas vezes depende da perspectiva como se quer compreender. Especificamente no meu caso, além das experimentações dos sentidos, foram as palavras que me arrebataram completamente. Mesmo desconhecendo seu significado fui atraído pela sonoridade, pela organização das letras... ou talvez não foi nada disso.
O que sempre me fascinou foi saber o que significa uma palavra e na maior parte das vezes o significado está associado a sua origem. Imaginemos que através das várias línguas no mundo há palavras para todas as coisas, objetos, estruturas, situações, meios... Absolutamente tudo pode ser verbalizado, no entanto precisamos do domínio de tantas línguas para podermos sorrir maravilhados.
A mim me fazem feliz o grego e o latim, principalmente o latim língua mãe do português... E como nosso português tá mais para brasileiro mesmo temos ainda lindas palavras de origem tupi, africanas... e tantas outras que desconheço, até mesmo o inglês. E cada dia me surpreendo com as palavras que encontro muitas vezes peneiradas em textos que muitas vezes não compreendo tudo, mas filtro ao menos palavras que dão significado a minha vida. Posso verbalizar... pessoas criaram-na e poderei reproduzi-las para explicar o mundo ou melhor entendê-lo.
Hoje entrei em êxtase ao compreender a palavra Cephalotes. Essa palavra trata-se de um gênero de formiga que tem a cabeça achatada e numa espécie, plana e orbicular. a formiga usa a cabeça para tampar o ninho e as operárias só conseguem entrar se tocarem na cabeça da maneira e frequência correta como se fosse o tímpano. Que genial essa palavra grega Cephalo=cabeça e otes=ouvido ou seja cabeça com função de ouvido.
Passei o dia imaginado como foi genial esse biólogo que descreveu esse gênero.

Indiferença

A manhã que caiu suave,
Os pássaros que despertam antes do sol,
Bem-te-vi, bem-ti-vi...
Sanhaçus e saíras
Que se ouve e não se ver,
Elo intimo da mata altântica que se vai,
Se desfaz em lotes, casas e condomínios,
Agora é prédio e mar,
Restam as saíras.
E a manhã se passa indiferente

ser

A vida vai nos delineando,
Hoje uma palavra,
Amanhã uma situação,
Ontem uma memória,
Agora uma impressão,
Que se prende e sustenta,
E percorrerá o tempo,
A minha breve existência.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Alimento

As palavras e os seus encantos,
Em cada canto há coisas,
Que podem serem verbalizadas
Através de palavras,
Seja em português, mandarim ou alemão.
Quem dera conhecesse todas as palavras,
O  mundo viraria um nada,
A poesia comida de cada dia.

São João

São João,
Bomba, traque, estouro.
Fogo, fogueira, bolo, milho assado,
Gente conversando,
Rememorando,
Papai acendeu a fogueira enquanto a gente
Ria e conversávamos,
Sentado na cadeira de balanço,
O mundo pode até acabar.
Bombas bombando,
Risos.
Até consumir toda a lenha,
Até consumir todo o tempo,
Ano que vem tem mais.

Razão

A vida é um eterno desvelar,
A cada instante que se passa ela se revela,
A cada momento que se revela é,
Esse momento em que a consciência se faz consciente,
Memórias, fatos, a luz qualhada da manhã,
O passado e o presente.
O ponto final de cada frase
Que aponta aquilo que quero expressar.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh