sábado, 25 de abril de 2015

Doce aurora

Aurora,
Doce aurora que cora o amanhecer,
Que enche de alegria a brisa do dia,
Aurora que vem e se vai ser perceber,
Enche minha vida, o aurora de poesia,

Que nao perca a alegria de viver,
Se quer um dia...

Aurora, tras a mim aquele doce olhar,
Ou ent'ao me ensina a ser um ser so.

N'ao se ama mais que uma vez,
Se n'ao se sabe esquecer,
Ensina-me como aparecer e desaparecer,
Que seja como uma folha quando desabrocha do ramo,
imperceptivel,
E tudo volta a ser o que nunca foi,
Doce aurora.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Mistério do amanhã

Há algo que podemos fazer sempre
Viver um dia de cada vez,
Sentir cada impressão com solidez,
Temos que ver o mundo em cores e não em  palidez,
Cada dia que passa é impar,
Então sejamos otimistas,
Até quando pode durar o riso?
Quando tudo vai passar?
Sagrado mistério, amém.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Angústia

Quando quis te esquecer,
Estava preso a você,
E deixei você partir,
E deixei você ir,
Agora, tudo é vazio,
Tudo é frio,
Fria matéria,
Sem um gato ou um cão...
Sem nada,
E sem você,
Meu sono leve, curto,
Quem quer saber...
Quem sabe não seja você.

O encanto

Encanto,
Espanto,
Observação,
Concentração,
Olhos,
Sentidos,
Contidos,
Num olhar,
Num gesto,
Algo que nos toma atenção,
Coisas simples,
Oculto no momento,
E o devir que revela
Algo do ser ao ser...
Quem sabe o desvelar dos dias,
Dos momentos,
Do falso destino.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Três Ruas

Três ruas,
João,
Luiz Gonzaga,
Menino de Jesus de Praga,
Novo oriente,
Picuí,
Recanto das Castanholas,
Cajueiros,
Bambus,
Ficus,
Boeiro,
Ipês,
Casuarinas,
Sapucaia,
Guabirobas,
Castanholas,
Jambolão,
Coqueiros,
Pista rachada,
Spilanthes,
Urochloa,
Luehea,
Centro espirita,
Tamarindus,
Uma parada,
Um senhor ouvindo o rádio,
Doce aurora do meu dia,
Da minha nova vida,
É nela, nas três ruas que meu dia se acende!

Alfa e omega paraibano

A brisa da noite,
A lua apagada,
Cantiga de grilo,
A folha seca arrastada pelo vento,
Chiando no escuro.

Meu ser,
E seu infinito pulsar,
Rio vermelho,
Mar interno,

O que é o meu ser?

O que é minha alma?

Não sei,

Sei que um grilo pulsa lá fora,
Que a porta abriu e gemeu,
Folhas se arrastam,

Que se for lá fora verei o céu, talvez nublado ou estrelado.

Se eu for para a minha cama irei dormir,

Quem sabe onde tudo começa ou está terminando.

Azul celeste

Ah! o azul do céu,
Azul celeste,
Quando a manhã nasce,
A lua vai mergulhando no azul celeste,
E aos poucos se afoga na luz do sol,
Vai para o fundo do céu...
E no fim do dia,
Coisa de poesia,
O azul celeste revela novamente a lua,
E é tão lindo vê-la surgindo da rua...

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Acontecimento

Às vezes, falta  terra nos pés,
Acontecimentos que nos deixam desnorteados
E como lidamos com isso?
Não sei, enfrentando a todo custo?
Não sei!
Sei que tudo vai passar.

terça-feira, 7 de abril de 2015

O Passo

A cada passo que passo,
Mais um passo no tempo,
Mais um passo ao vento,
Cada passo em minha caminhada,
Mais uma página virada
Ou simplesmente um mergulho
Mais profundo para ganhar fôlego.

Passo a passo sigo e minha caminhada,
Hora marcada com o devir,
A angústia, limito-me a espreitá-la,
Sou o dono do meu caminhar,

Determinado sigo sempre em frente,
E o que vier que venha,
O que for pra ser, será.

A vida essa incógnita,
Quem desvendará,

O importante é aprender a caminhar,

Um passo de cada vez, num belo compasso.

domingo, 5 de abril de 2015

Caatinga

Como são mágicas as chuvas!
Como são hábeis em fazer germinar
As sementes e gemas dos arbustos e das árvores.

Ah! o meu sertão é tão grato,
Mais tão grato que com uma chuva,
Germinam as sementes
E florescem os arbustos e as arvoretas,
Coisas pequenas como seus habitantes,
Que explodem em flores e diferentes odores...

E me arrebata,
Pois quanta biologia ali há de se aprender ali.

E com uma câmera vou clicando,
Vou captando as formas resistentes a seca!

O agudo dos espinhos e tricomas urticantes,

A caustica faveleira, e urtigas de euforbiáceas e loasáceas,

Os acúleos das leguminosas,

O fedido das malváceas e caparáceas,

As folhas simples e as folhas compostas,

As flores dióicas dos crótons e jatrofas,

O violeta das mucunãs,

O cheiro forte dos velames e mufumbos,

O ralo capim, belas poáceas,

E o que eu vejo é mato com nome,

Mato identificado e classificado,

Os matos de Allemão, Martius, 
Os matos de Lueltzelburgue,
Matos bahianos de Blanchet,
E de tantos e tantos expedissionários,

Matos meus, herbáceas minhas,

Manhã não serei nada,

Ao menos fiz coleções de matos nomeados,

E conheci a diversidade que há no sertão do seridó e do cariri...

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh