domingo, 21 de setembro de 2014

Passagem

A manhã,
O vento,
As Nuvens,
Passam sem parar.
Uns passam devagar
E outros passam por passar,
O vento assovia
Move os ramos das árvores,
Rouba o aroma das flores,
A fumaça perfumada do incenso.
O canto das aves me impressiona,
A paisagem de minha janela,
Tudo me impressiona,
Mas aqui minha casa é vazia.
Passam as manhãs,
Passam os dias,
Fecha-se minha poesia.

sábado, 20 de setembro de 2014

Ad eternum

Estamos trilhando a vida,
Descobrindo a cada dia
Uma maneira melhor de viver,
Uma maneira melhor de ser,
Sabemos do que passamos,
Mas desconhecemos o que virá.
E assim vivemos experimentando a vida,
E assim assumimos  a vida,
E vivendo a vida vai se construindo,
E se reproduzindo dia a dia ad eternum...

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ocaso

A tarde que desaparece,
Morcegos voando cambaleante,
Voam pra lá e pra cá,
Nas castanholas
E nas gameleiras,
E o escuro que oculta
Tudo...
Tudo é;

A tarde que chega

A tarde que se desfaz,
A manhã que se desfez,
A madrugada que faz parte do passado...
O tempo que foi encerrado,
E agora a noite que se chega,
A noite que se faz,
A brisa que nos agracia,
Uma música
E as memórias...
Os anos dobram nossa pele
E tinge nossos cabelos,
Mas nos dar o sabor da experiência,
Nos agracia com as memórias,
Embora sejamos tomados pela saudade,
Mas a vida segue,
E aprendemos a lutar
E lutamos,
E vivemos,
E consumimos nossas vidas,
No dia a dia, nas manhãs, tardes e noites que se desfazem
Nos tornando quem somos.

Maravilhas da vida

A tarde caindo,
Sexta-feira,
Chegar em casa,
Ficar descalço,
Sentir a brisa
E ir até a sacada
E ficar contemplando o mundo,
Ah!
As palmeiras,
Paus-brasil,
Abacateiros
A mata,
A luz da tarde dourando
Dourando o mundo...
Neste instante, temos aquela sensação
De um convalescente que restabelece a saúde
E o mundo parece mais lindo,
Cada detalhe impar,
As cores crepusculares nas nuvens,
Castanholas renovando as folhas, parecendo grandes candelabros.
Os idosos caminhando,
Crianças correndo,
Algo em nós que une
E que nos separa ao mesmo tempo,
Tempos que vivemos,
Tempos que viveremos...
Tanta coisa maravilhosa na vida.

Verão a porta

A manhã desperta livre,
Ensolarada, enfeitada
Com a cantarolada das aves.
Hum! o chá quente,
O cheiro da manhã,
O sol crescendo,
O verão está ai...
Sol, sol, sol...
E as cigarras começam
A anunciar o calor,
E a gente vai empapar a pele de protetor,
E assim cai 2014...

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Stefani uma flor

Tantas coisas são importantes em minha vida.
Faz mais de um ano que não sentamos juntos,
Faz mais de um ano que ouço Noctune sozinho,
Faz mais de um ano que não ouço sua voz,
Que não almoçamos juntos, que não vejo seu riso,
Faz mais de um ano que eu ti vi...
Não sei o quanto voce cresceu,
Sei que muito voce viveu.
E cresce em sabedoria.
Faz falta...
Se gosto de Chopin a culpa é toda sua.
Se gosto do silêncio,
Se gosto do Barulho da chuva
E da chuva...
Também tem culpa.
Curto foi o tempo que passou em minha vida,
Mas muito importante para o crescimento de minha alma
De todo o meu ser.
Plantou em mim doce semente de amor.

Aprender

Ontem vivi um amor,
Ontem senti uma dor,
Ontem não estava só,
Mas parti, parti e parti
E o que me resta?
Trabalhar, construir
E reconstruir a vida,
As coisas e a história,
O tempo voa minha patroa,
O tempo voa.
Ontem é a réstia do hoje,
Sem matéria,
Só um delírio,
Uma miragem...
É preciso aprender sempre.

Espiral do tempo

O tempo em espiral,
Girando sempre sobre o centro,
Girando num mesmo movimento,
Entre o dia e a noite,
Entre a alegria e a tristeza,
Girando, girando, girando,
Sem nenhum firmamento
E o ontem se confunde com o hoje,
E o agora com o já...
E eu me perco em pensamentos,
Progressivos pensamentos,
Vivos pensamentos
Que tentam se organizar,
Que fazem sentido a minha vida.
O tempo se elevando em espiral
Fito bases nitrogenadas,
Feito DNA e Cromossoma...
Perdidos na espiral,
Vemos tudo acontecer,
Vemos tudo desacontecer,
Manuel de Barros pensando,
Uma leitura de Borges,
As Bachianas de Villa Lobos,
A velhice que chega com as estações.
Enfim, o começo do fim.

domingo, 14 de setembro de 2014

Alma da tarde

Mais uma tarde se vai,
A tarde parte crepuscular
E fria.
Ouço o estouro de bombas,
Vejo o sol criso...
Tarde que parte...
Deixa sua arte
Impressa em minha alma,
Distante e calma.

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

Gogh