segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O olhar

Que lindo é ver a lua nascer,
Lua cheia,
Lua grande,
Lua prateada.
Grilos cantando,
Vento ventando,
Estrelas brilhando,
A noite caindo,
Cheia, plena...
Uma poesia sendo parida,
Uma poesia ganhando vida,
Em versos tímidos e lúdicos,
Cheios de nada,
Ocos...
Como o quengo do autor...
Mas ao menos mostra a beleza
Do singelo,
Todo o mundo é belo,
Dependendo do olhar.

domingo, 3 de agosto de 2014

Angústia

Tenho no peito
Qualquer coisa que me causa pavor,
Tenho no peito
Qualquer coisa que me causa dor,
A angústia angustia nossa alma
E nosso corpo,
Nos tira a razão
Nos tira a calma,
Como viver assim,
Temos que ter uma fé,
Temos que nos entregar ao divino
Que nos preenche,
Que nos anima,
A viver mais um dia,
E no dia seguinte
Tudo pode ser diferente.
Sem angústia ou dor.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Os mistérios da noite

O silêncio da noite,
Compacto nas janelas
De luz branca fria,
Pessoas sozinhas,
No celular no leptop.
Televisões desligadas,
O vento sopra na janela,
A música baixa,
O corpo cansado,
A vida vivida cotidianamente.

Existencialimo

A gente vive,
A gente vive tateando no mundo, nas coisas, nas relações, nas nossas percepções.
E assim vamos experimentando e vamos nos alimentando de nossas vidas.
Vamos alimentando nossas vidas ao mesmo tempo que consumimos nossos tempos.
A vida é um mistério, a alguns longa e a outros curta.
Alguns aprendem a viver cedo,
Outros vivem uma vida longa de desconhecimento...
A gente vive,
A gente vive,
A gente conhece gente, se relaciona com gente,
E sempre se surpreende com a gente e com o outro,
Muitas vezes nos desconhecemos,
Conhecer a si mesmo, eis algo sobrenatural,
Entender os próprios erros...
A gente constrói o que a gente é.
Existencialismo.

Ser o ser

Queria saber inventar, contar histórias,
Escrever contos, crônicas, ideias...
Quando quero, quero demais,
Contar contos como Veríssimo,
Contar histórias enigmáticas como Borges,
Coisas divertidas como Millor,
Mas não,
Não sei copiar,
E o que invento, não dá para pagar um café.
O gato gateia,
O sapo Sapeia,
E eu identifico plantas.

Felicidade

A noite,
A música,
O chá,
Os livros...
Pensamentos, ideias e memórias.

Quando a tarde cai doce,
Quando a noite chega alegre, suave,
Com coisas simples como ensinar...

O corpo entra em estado de êxtase,

Uma sexta-feira,
O quebrar da barra,
A leitura reflexiva,

Pedalar em busca da felicidade,
Parar, fotografar,
Contemplar a mata,
Ver as mulheres generosamente
Varrerem o campos,
Os corredores,

O café da manhã,
O riso dos amigos,
A comida gorda,

As conversas ricas e sabias,
Outras nem tanto,
A generosidade de Vera,

A manhã partindo,

O encontro na geografia,
Bartô e seus orientandos,
A irreverência de Mônica,

O almoço com pessoas inteligentes,
No Lando,
O ir e o voltar,
Doces conversas, com pessoas generosas e inteligentes,


A tarde vindo com os risos,
Das amigas e um lauto almoço,

E a tarde se passa,
Brindando-me com a companhia,
Das minhas estagiárias,
Manu, Rayana e Sâmara,
Que me ensinam a aprender,
Coisas simples,

O aconchego do lar,

A saudades da família,
E assim segue a vida.


Faz

O que faz sentido?
Algo ouvido,
Algo olhado,
Algo vivido?
O silêncio.
O sol dourado,
Ano passado,
Ano passado...

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Acordar

A manhã nasce tranquila.
Podemos sentir seu aroma
Ao abrirmos a janela,
Um delicioso bafo de mundo,
Fresco e úmido.
As aves felizes a cantar!
Cães a ladrar,
Enquanto o sol desperta suave.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Ver

Na contra mão,
Viver,
Viver na solidão,
Viver a solidão,
Ver os dias passarem,
Ver a brisa passar,
Ver o dia passar,
Ver o primeiro e o segundo crepúsculo passarem,
Ver as luas passarem,
Ver os dias e as semanas passarem,
Sem saber o que espero passar.

O tempo já foi mais lento,
Hoje, percebo mais poeira, mais cinza no horizonte.
Vejo as aves partirem,
Vejo as aves partirem,
Eu vejo a idade impressa nas faces dos meus amigos,
Vejo no espelho a impressão do tempo,
E doí perceber que as aves partem,
Porque elas partem e levam o que nos faz bem
Sua presença...

Mas é preciso viver,
É preciso viver,
Cada minuto,
Cada segundo,
E ver tudo passar,
Até que passemos,
E a vida continua...

Sem sentidos

A solidão,

Olhos que não vêem,
Ouvidos que não ouvem,
Bocas que não falam,

Tem olhos, mas não vêem,
Tem ouvidos, mas não ouvem,
Tem bocas mas, mas não falam,

Os cegos,
Os surdos
E os mudos.

De uma certa por uma deficiência,
Tem olhos, mas não vêem,
Tem ouvidos, mas não ouvem,
Tem bocas e balbuciam...

Hoje estas pessoas se comunicam são normais,
Mas no passado não tão remoto.

A cegueira,
A moquiça,
Eram prisões aos idosos,

Conheci Vicente de Joana,
Conheci o cego da casa do sampaio,
O cego que tocava flauta.
Uns sisudos,
Outros falantes,
Uns contentes e outros tristes.

O que é a natureza humana?
Certamente se tivesse uma deficiência
Seria triste...
Por falta de fé ou por indisposição?

Onde estão as paredes que encerram nossa prisão?

Um dia

 Um dia não estarei aqui. Pode demorar, Pode ser logo. Quem sabe! Bom agora estou pensando isso. Foi um vídeo de uma manbu que me fez pensar...

Gogh

Gogh