terça-feira, 24 de junho de 2014

Todo silêncio!

Suave como uma flor desabrocha de seu botão,
Desabrocha a manhã, embalada pelo som da chuva,
Aos poucos surge a luz e o dia se revela,
Terno e sonolento, sob o alento da chuva,
As aves sequer saíram de seus ninhos,
E a chuva que cessou, voltou e cessou
Por toda a manhã que se desfecha...
Bom dia! Anuncia a rádio,
Nada de corrupção assunto hoje é o brilho da seleção.
E o dia vai se revelando,
Todo mundo dormindo,
Descansando...
A rua é toda silêncio.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Neblinada

A manhã,
A neblina que cai,
O canto das aves...
Senti a presença de mamãe.
Tantas manhãs chovendo.
E agora senti-me em casa.
A terra molhada,
Galhos gotejando,
Manhã se passando,
Vontade de não fazer nada.
Ler uma poesia
E dormir...

Outro amanhecer

O relógio desperta,
Antes que o sol nasça,
A aurora não veio enviou a chuva.
E a chuva chovendo canta,
E as aves que também encantam,
Anunciam a manhã sem a aurora.
Acordado, mas não desperto,
Levanto, contemplo o mundo
Cheio de mistérios e formas indecifráveis
E sinto a manhã presente em minha vida.
Outro dia!
Que diria Borges ou Buda ou Tangore?
Fecho os olhos,
Ouço o bem-ti-vi.
Profundo o meu ser em silêncio.

domingo, 22 de junho de 2014

Se não fosse a internet

Feriado de festas juninas,
Estamos na copa do mundo de 2014,
Hoje é domingo,
Dia 22 de junho.
O dia hoje foi longo e vazio.
A ruas vazias,
Casas vazias.
Não sei o que seria de mim se não fossem a internet.
Talvez lesse mais,
Conversasse mais,
Tivesse mais amigos...
Sabe lá.
Nunca se sabe.
O dia passou, se foi...
Agora resta a noite
e mais dois feriados.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Fragmentos

Uma poesia,
Uma sinfonia,
O vazio frio da casa.
A literatura,
Aquilo que habita em nós.
Nossos sonhos,
Contentamentos e infelicidades.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

As memórias rasas

A noite quando se está só,
As memórias são tão rasas,
Os sentimentos tão saudosos.

Resta-nos contemplar o céu,
O silêncio.
As memórias quase falam.

É tão belo o céu estrelado ou mesmo nublado.

Uma poesia,

Música clássica...

Tanta coisa para ocupar a noite e as memórias.

Mas as memórias.



terça-feira, 17 de junho de 2014

Fração do tempo

A noite que passou dormi bem,
Hoje não sei,
Amanhã quem sabe.
Tudo anda tão incerto.
Tudo é tão incerto.
O vento venta,
A chuva chove,
E eu vivo,
Tudo é tão causal.

Algumas coisas nos fazem nos sentirmos bem,
Outras nos fazem sentirmos mal.

Tudo parece tão dialético.

Quem tem alguma certeza?

São tão poucas as certezas,

A morte é a maestrina de todas as certezas.
Por isso escrevemos,
Construímos e existimos.

Para ver o sol nascer e a noite escurecer.

E tudo seguirá sempre o mesmo fluxo,

Geração após geração.


Acho que no final

Acho que Mozart já foi um passarinho.
Acho que Bethoveen também foi passarinho.
Acho que Borges já foi um grande um tigre.

Acho que há aqueles que vieram a vida para nos abrirem os ouvidos, os olhos e despertarem nossa imaginação.

Os fatos muitas vezes não merecem nossa atenção.

A primeira aurora essa sim,

As sinfonias sim,

O desabrochar das flores sim.

No final vale aquilo que nos fez bem,

No final vale aqui que nos fez felizes.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Encontrar

A vida
O cerne da vida é viver.
Viver!
Viver é esta vivo,
Viver é amar e sofrer e nascer e desaparecer.
Desde o primeiro até o segundo crepúsculo,
Não importa o que separe,
Aprender a ordenar a beleza
Em um feixe de flores,
Saber como encantar a vida,
Saber como encantar tudo aqui que toca,
Aprender a viver os dias que nos são doados,
Até o fim de nossos dias.
É difícil sem ti ver,
Sem sentir a brisa de deus,
Que se mistura ao teu respirar,
Viver...

Viagem

Céu, sol, luz.
Horizonte... o verde das árvores,
O vento que sopra,
A luz que tudo alumia.
Os aromas.
A vida que passa tão depressa,
Quando reconhecemos o mundo,
Temos que partir.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh