domingo, 2 de dezembro de 2012

Tarde de domingo

Domingo,
A tarde vai caindo devagar.
Que tarde fagueira!
Paro, deito, penso no passado,
penso no futuro,
penso na família,
penso nos amigos,
quase ninguém lembra de mim,
mas eu penso em todos eles...
Embora tenha muitas coisas
com que me ocupar,
mas caio no ócio,
e penso,
penso,
penso que há tanta gente por ai
como eu no ócio,
pensando no que fez e no que vai fazer.
Há pessoas deitadas que não podem levantar...

A parte isso a tarde continua caindo.
Agora mesmo desfia do céu 
uma leve neblina,
o chão quente libera um cheiro
de chuva...
Causou-me surpresa saber
que esse cheiro de chuva
é na verdade cheiro de um fungo...
Pra mim vai ser sempre cheiro de chuva.
A verdade as vezes soa mal...
Prefiro mitos muitas vezes.
E a tarde se vai,
e a vida se vai,
e eu procurando
saber quem eu sou,
quem eu fui...
Tanta coisa se passa em minha cabeça
numa tarde vagabunda
de domingo...

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Viver

Viver,
A vida se passa cotidianamente.
Horas sucedendo horas, dias sucedendo dias.
A vida se passa rotineira mente,
do nascer do sol ao luar,
o crepúsculo matinal, aurora,
ao crepúsculo terminal.
A vida se passa a cada estação,
a vida se renova através da paixão, do amor.
A vida se renova através de cada flor.
A vida e o seu sentido é como uma longa
corrente em quem na sucessão de avó para pai,
de pai para filho, os fatos caem
no esquecimento, mas o saber
vai crescendo a cada geração...
A vida vale tanta coisa
e tudo que nela ocorre
são elos que compõem
sua corrente,
viver é tudo,
morrer nada.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Lua

Noite escura noite,
Noite de lua cheia...
mas cadê a lua?
Não apareceu na rua.
Ah, lua cheia,
ah, vida cheia...
Não faço tudo,
não faço nada.
Sou o que faço,
quase sempre nada.
Como a lua tenho
fazes...
Hoje a lua está
cheia,
mas parece escura.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Na noite

E  quando a noite chegar
quero descansar...
Vejo meu tempo passar,
e não vivo para mim,
não vivo um viver,
vivo em função de objetivos....
Ah, quero descansar a noite,
quero ler, quero dormir...
mais nada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Crepúsculo

É tarde finda.
O sol já sumiu,
mas ainda  vejo sua luz.
Ainda posso ver sua luz
encarnada.
Vejo de minha janela,
nuvens tingidas de encarnadas,
acesas feito brasa.
Brasa de um dia longo
que se apaga.
Se apaga a luz,
se apaga o calor,
nem chuva,
nem luz...
Os fatos do dia
estão consumados
e o dia apagado.
Só resta a luz embrasada
que vai apagando,
lentamente,
feito brasa,
mais nada.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A chuva

É tarde,
a chuva chove sem parar,
chove forte,
chove vinda do poente.
A chuva chovendo canta,
é um canto tão doce
que até as aves calam
só para ouvir
a chuva cantar...
O vento que acompanha
a chuva não apareceu...
Ainda bem!
A chuva chove
e deixa esta tarde de segunda
mais viva,
mais feliz...
Tão doce quanto flore de jasmim.

domingo, 25 de novembro de 2012

O dia passou

E o dia passou
e a noite chegou,
e se passou mais um dia
na vida.
E neste dia me senti tão só.
Feliz? talvez ou não.
Domingo...
Tudo se passou como sempre se passa,
os lugares são outros,
as pessoas, os hábitos...
O dia passou...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Caos

As vezes me sinto atribulado, amedrontado.
Mas de que me adianta estes sentimentos?
O medo é inerente ao ser humano,
então só poderei ser mais ou menos medroso.
As vezes parece até que perdi as esperanças,
ainda bem que os humores mudam,
ainda bem que as coisas acontecem
e a vida continua de qualquer forma
então pra que se atribular e temer?

O lago


O lago no fim da tarde estava tão tranquilo
que suas águas pareciam um imenso espelho.
Não vemos nada no seu fundo,
mas o peixes ali nada.
Em suas bordas pessoas
caminham,
em suas bordas aves e homens
pescam.
A luz do sol se vai
e o escuro da noite
cobre com seu 
mando escuro e frio
as águas do lago...
As luzes são refletidas
nas águas do lago
e se foi mais um dia
em que guardei em mim
um pouco do lago
um pouco do nada.

A chuva

A chuva chegou
na tarde,
levou o calor,
levou o sol
e trouxe tanta coisa,
trouxe o som
dos pingos,
o som das águas,
trouxe alegria.
A chuva chovia 
na tarde.

Meu pequeno botânico

 Ontem, Vinícius e eu saímos para ir ao pé de acerola. Nunca vi ele ama acerola. Vamos devagar e conversando. Ele teve a curiosidade de ver ...

Gogh

Gogh