sábado, 29 de outubro de 2011

Neomarica




Flores lilás e candidas
Neomarica candida
Neomarica cerulea
Que belo é nosso jardim,
flores belas,
coloridas,
simétricas
flores de neomárica,
pra mim,
pra quem passa,
e é de graça,
neomárica...
são tão belas para mim.

Acácia amanhece

É muito bom acordar e ser abraçado pela manhã com seu hálito fresco, cheio de odores.
É bom ainda acordar e ver o sol sorrindo, afogando o mundo em luz, e este semelhante
ao girassol com sua coroa de luz, laranja nos rouba atenção. E então vem as aves
e cantam no meu jardim. Um casal de pombas namoram na sibipiruna, é até
engraçado. No meu jardim as plantas crescem desapercebida e aos poucos
a acácia vai se enfeitando com seus racemos amarelos e se torna maravilhosa,
feito uma poesia de Pessoa.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Crescer

"The Infant Samuel," by Sir Joshua Reynolds, 1776 (The National Gallery, London)

Todas as crenças que temos por verdade, ruem a cada dia. Toda a minha fé que me movia, me tornava mais forte foi reduzida ao empírismo ou ao racionalismo. Acreditava que Deus estava no céu, mas ai vieram os físicos, matemáticos astrônomos mostraram que céu só havia galáxias e estrelas, sem nenhuma presença de Deus. Acreditava ainda que Deus me ouvia sempre que orava e atendia aos meus desejos, no entanto vieram os cientistas políticos e disseram que Deus não é injusto, ao atender o meu pedido, não seria justo com o outro. E o mundo foi descortinando meus pensamentos, minhas esperanças, Deus era um personagem importante na minha vida. Ao longo de minha vida sempre quis saber o que tinha por trás das coisas. E muitas vezes era empirista, reducionista, não sabia sobre o conceito de substância é aquilo que está por trás, nem entendida nada sobre o princípio de organização, não sabia nada sobre átomo, molécula ou qualquer conceito de matéria. Sendo, assim, tentava compreender a essência das coisas, só sei que dissecava frutos, desmontava objeto, mas nunca encontrei nenhuma essência. Não sabia química, biologia, física, mesmo assim tentava entender o mecanismo da vida, das coisas o princípio da vitalidade. Porém compreendi que minha vida é também faz parte dessa matéria é é composta por essa substância, no entanto  não tem como me dissecar, ou reduzir-me, descobri que apesar de sermos todos compostos da mesma matéria, somos todos diferentes, temos habilidades, comportamentos e crenças diferentes. E com o passar do tempo vim a descobrir que nada faz sentido no mundo, nas coisas em lugar nenhum. Somos nós que criamos as coisas, damos sentido e valores, pois sem nós nada faz sentido, existe por ter existência. Nem tudo é exato, nem tudo é errado, crescemos, mas ao crescer, enche-nos nossa cabeça de sentimentos,
de medos, desilusões, de maneira que já não nos basta apenas ilusões. Resta-nos reconfortar com o bom que podemos viver e lutar contra o que nos faz morrer.

Manuel de Barros

Manuel,
Manuel de Barros
suas poesias tem tanta alegria,
vida e metafísica.
Manuel ainda bem
que voce nasceu,
sem voce minha vida
teria menos poesia,
sem voce,
teria um olho cego,
mas ainda bem que me ensina a ver
a beleza da vida,
da natureza
e do mundo.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Oculto

Amanhã vai ser outro dia,
e quando amanhecer,
o sol vai brilhar,
as aves vão cantar,
as flores vão abrir,
alguém vai dormir,
alguém vai trabalhar,
Amanhã quando amanhecer
alguém vai nascer,
alguém vai morrer.
Amanhã vai ser o dia mais importante
da vida de alguém,
alguém vai viajar,
alguém vai se encontrar.
Amanhã, certamente, vai existir,
independente de todos nós
que não sabemos,
mas somos todos
ocultos, somos todos
perdido neste mundo,
acreditando que somos melhores
que os outros,
que merecemos mais,
que trabalhamos mais,
e nunca paramos para
pensar no amanhã,
porque não nos interessa o amanhã,
não nos interessa o presente,
o que nos interessa é a certeza
de que somos especiais
para alguém,
e nunca sabemos que somos especiais
para nós mesmos,
por isso,
passamos a vida ocultos,
sem saber o que vem no amanhecer.

Oculta


No lago tranquilo nadam
as aves,
ou seria no rio tranquilo 
que nadam as aves?
Enquanto a vida no lago ou no rio segue
a parte.
uma senhora de chapéu mira no horizonte além do lago,
bem próximo da li um homem de chapéu observa-a,
mais distante um homem de terno observa o que acontece.
A mulher está imersa em seus pensamentos,
enquanto trança suas ideias,
olha o horizonte,
olha as aves,
seria uma transeunte ou virá sempre ali?
a grade com curvas barrocas servem de suporte para
a senhora que sente de tocar algo sólido,
sente necessidade de sentir que esta viva.
E tudo se passa
sem que ela perceba
que é a única oculta naquele lugar.

As aves e as frutas

Certamente, as aves não sente sabor,
não sei, talvez, ao que parece
sim, pois preferem sempre as frutas
mais madura, que são aquelas mais
saborosas, ou percebem a cor,
ou sentem o cheiro, mas isso não me interessa.
O que me interessa
é que me sinto muito bem
em alimentar os sanhaçus,
e vê-los degustando
a manga ou a banana madura.
Dá-me o mesmo ou mais prazer
que estivesse saboreá-la,
certamente, não estaria
mais feliz do que me sinto
que quando os vejo
pousarem sobre o muro,
a sombra da acácia
 e comerem de naco em naco
toda a fruta,
e depois voam
para os galhos da acácia
e cantam numa alegria
que parecem me agradecer,
e me sinto tão feliz,
certamente. mais feliz que tivesse
deliciado daquelas frutas.
As aves são tão generosas,
cantam sem cobrar nada,
numa alegria, numa sintonia,
que me fazem feliz
a cada instante
que vem e que vão.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Que sou?

O que me constitui?
A água que bebo,
a comida que ingiro,
as imagens que vejo,
os sons que ouço,
o cheiro que sinto,
o calor ou o frio.

Tudo em é processado,
interpretado e transformado,
e quando não absorvido é excretado.

Sou o que sou,
o que projeto,
e que busco ser,
mas afinal o que faz
de mim ser quem sou?

Seria o acaso.

Por que paro para ver o céu estrelado,
sentir o aroma das flores,
ver as crianças brincando,
suponho que veja beleza.

Por acaso vou construindo
que vou me tornando.

Vou seguindo minha vida
com meus dramas,
as vezes minha mente crer está a beira de uma tragédia,
mas são coisas minhas.

Nada explica que eu sou,
porque sou o que sou
e o que é, simplesmente é.

Sou eu quem filtro as minhas
verdades e muitas vezes
por não usar as três peneiras
de Aristóteles,
uso uma máscara que não é minha.

Sou matéria,
energia
e a existência
a prenúncio de minha essência.

Cheiro de flor

A rua está bem perfumada,
afinal o jasmim está florido
a todo vapor com suas
alvas cores e  a magnólia
a toda potência, como é
gostoso acordar e sentir
o doce cheiro de flor.

Jardim

Após a chuva da noite,
a manhã chega tão fresca,
o jardim úmido exala o cheiro
de folha molhada,
as plantas crescem viçosas.
A brisa traz o aroma
das flores de magnólia
do outro lado da rua
e perfumam meu quarto,
os sanhaçus canta
numa felicidade.
A acácia está tão bonita,
perdeu todas as folhas
só para mostrar a beleza
de suas inflorescências
longas, amarelas,
ah, esse aroma de jardim,
aroma da manhã,
são tão doces para mim.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh