quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Luar

A lua prateada adorna o céu,
a noite chegou e trouxe consigo,
de abrigo um escuro véu
que fez a natureza se recolher,
as aves dormir e as árvores respirar,
algumas flores desabrocham a noite.
Flores de manacá, tecoma e espirradeira,
flores brancas perfumam a noite.
E a luz da lua revela a presença
de mariposas a voar no céu,
Ah, que belo que é uma noite de luar.

Que á no tempo?

Passa o tempo...
A lua e suas fases,
as estações do ano.
As marés dos rios e mares,
dentro de nós
nossos mares
as vezes claros, as  vezes escuros,
as não percebemos que o tempo passa,
talvez seja melhor não perceber.
Dia após dia, noite após noite.
Essa luta incessante,
essa batalha na busca
da felicidade é tão boa.
As vezes angustiante,
ainda bem que há os deuses
para nos vigiar,
o tempo passa...

Setembro

Setembro,
A lua está crescente,
as noites são tão claras e estreladas,
Vi a lua em roma,
Vi a lua no Ribeirão,
lua crescente, parece a mesma lua
que alumiava o meu sertão,
acendia todo o vale...
Setembro os dias são tão largos,
com manhãs tão hamoniosas
ao som das aves, latidos dos cães,
e as ruas perfumadas de flores,
creio que nunca senti tanta coisa,
uma sensação boa que enche meu coração
de esperança.
Setembro, 2011,...
logo o ano vai passar,
alguns dormirão,
outros seguirão a vida.
Setembro, quinta-feira,
na rua faz poeira,
o vento sopra forte,
assobiando nas janelas,
bulinando com as árvores....
tudo isso em setembro.

Calma


A nossa vida é um eterno descobrir. Somos curiosos e adoramos conhecer o novo, o diferente, coisas que melhorem nosso modo de viver. As vezes é necessário fazer uma viagem, encontrar uma grande paixão e vive-la, ter algo que nos faça sentir melhor e nos ensine novos caminhos e novas descobertas.
Todavia essas aprendizagens nos custam caro, custam movimento, energia, autocontrole e muitas vezes paciência e escolhas. Temos que escolher o que é melhor para nós o que não é uma tarefá fácil. Muitas vezes a escolha é um golpe de sorte, uma aposta em que não sabemos se vai dar certo ou errado. Eis que ai se esconde os nossos maiores receios. O medo de fracassar muitas vezes nos torna estáticos. Então nos angustiamos, nos fechamos e vivemos tristes. Nos tornamos assim através da pressão do mundo e da vida. Muitas vezes somos nós quem cobramos mais de nos mesmos. Não tenho uma receita para o sucesso, porque sou assim também inseguro, no entanto tenho sede de aprender, muitas vezes quando acho que não vai dar, fecho os olhos e peço a Deus ou o seja lá no que acredito. Sempre é muito importante a voz dos amigos quando se está distante e dos familiares e por fim a crença na vitória. É preciso calma, a vida é uma luta incessante que só acaba na hora da morte. Portanto é preciso ter a alma serena para viver bem.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sensação

As vezes o peito aperta tão forte que explodimos de tanta emoção, mas que gostoso quando é uma sensação boa.

Sete de setembro

O dia sete de setembro em Serrinha dos Pintos sempre foi um evento. No dia sete de setembro, antes de irmos ver o desfile, íamos todos primeiro à escola onde estudávamos, hasteávamos a bandeira, cantávamos o hino e seguíamos para a ruinha, serrinha, a pé ou de bicicleta.
Por, este dia, sempre ter sido um evento naquele pequeno lugar. Os poucos eventos nos deixavam muito felizes, as vezes num lugar que pouca coisa acontece, qualquer acontecimento é um evento. Passei a adorar os sete de setembro.
Gostava de ver a bandeira hasteada em nossa escola isolada e de ver que os adultos ao passarem diante da bandeira tirarem seus chapéus em respeito a pátria. Achava e acho muito belo sinal de respeito e civismo. Em minha cidade, como em todas as cidades do nordeste, havia e creio que ainda há desfiles em homenagem a pátria. 
 Era lindo de ver os desfiles pelas poucas, pequenas e apertadas ruas de Serrinha que na minha infância ainda era um distrito.
 Então umas duas semanas antes do sete de setembro havia uma atmosfera de patriotismo. Havia todo um preparo nesse período os professores ensinavam os meninos a marchar. Eram duas escolas que desfilavam em serrinha, a Escola Estadual Serrinha do Pintos e a Escola José da Câmara, cada uma com pelotões diferentes. 
Lembro do trabalho que dava para organizar o esforço das pessoas para domar as crianças, todos os professores reunidos em uma só causa o sucesso do desfile, além de organizar ainda tinham de fazer o esforço de tomar emprestado as roupas ou faziam quando podiam. Era um esforço feito em conjunto.
 A cada ano tentava-se ser melhor que no ano anterior. Finalmente, no dia sete de setembro como num riacho que começa a tomar a primeira cheia, as ruas iam enchendo aos poucos de gente. E como numa manhã de inverno em que todas as plantas desabrocham suas flores coloridas, bomba d'aguas, comelinas, de azuis; jitiranas, ipomoea, de rosas e azuis; senas de amarelo; os calumbins e juremas, mimosas, de branco; as crianças e adolescentes todos perfumados e coloridos começavam a colorir a cidade. O barulho das motos, das mãe agitadas arrumando seus filhos para o desfile, do pessoal da banda afinando os instrumentos. Tudo isso gerava em mim uma sensação de felicidade tão boa, uma sensação de esperança, afeto e orgulho por fazer parte de tudo aquilo que me dava uma identidade. Uma emoção forte explodia no peito de poder olhar para as meninas mais bonitas sem que elas pensassem que estava olhando para sua beleza dela, mas para suas roupas. E nós meninos que não eramos bestas íamos em busca dos pelotões onde estavam as meninas mais bonitas, fazíamos nossas avaliações. 
Enfim, Neste dia a igreja abria e ali na matriz, Chiquinho de Raimundo Moura explanava o significado de cada pelotão. No desfile o primeiro pelotão era o da guarda da bandeira nacional, seguido do pelotão das bandeiras estaduais, municipais; logo após vinha a banda de música e se seguia hierarquicamente,   onde vinham os agricultores quase no final, só não iam no final por causa do pelotão das bicicletas.
  Eu que morava no sítio adorava ver aquelas pessoas desfilando e queria participar desfilar, ficava imaginando desfilar no melhor pelotão, tocar na banda, mas nada disso nunca aconteceu, eu era muito matuto, todos meus irmãos desfilaram, menos eu.
Então ao final do desfile todo mundo se reunia em frente a matriz, cantávamos o hino nacional e estava consumado. Restavam os comentários e aguardar para o próximo ano.

Feriado

É feriado,
o dia nasceu tão calado.
As ruas estão vazias,
as aves cantam como num feriado.
As pessoas não saíram para trabalhar,
pois é feriado,
absolutamente tudo está tão calado.
É primavera, as árvores, engraçado,
se desposam de suas folhas,
para se cobrir de flores
como noivas, mas noivas
modernas coloridas e perfumadas,
coloridas de azul, de amarelo, de vermelho,
e assim se vai,
Os pássaros como músicos
cantam sem parar
o roxinol, sanhaçu e sabiá,
mas hoje as calles estão vazias,
é feriado nacional de
sete de setembro,
em respeito a pátria
todo mundo fica calado.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vermelho doce

O vermelho da romã é doce,
o vermelho do morango é ácido,
nem sempre gosto de
lamber as coisas com os olhos,
pois quando o faço sinto
intenso desejo.
O vermelho da pitanga é doce,
vermelha calda que me faz salivar,
o cheiro que me faz desejar,
do doce odor de frutas,
do calor tropical, 
que tinge minha cor 
e minha de amor
por ti o terra amada,
meu brasil verde e amarelo
como manda,
como couve...
cheia de doces vermelhas frutas.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vida

Tudo na vida é aberto,
tudo na vida continua inacabado,
enquanto houver vida.
Pois se nunca atingiremos a perfeição completa,
ou nossos objetivos mais profundos...
o que nos sobrará...
Talvez nunca atingiremos nada,
mas e dai a vida continua mesmo assim.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vaga

A noite veio mais tarde. Foi recebida por um céu todo azul.
Com ela vieram as estrelas e a lua e toda a rua ficou feliz.
Árvores desnudas, sem folha ou flores, vagos ipes...
ora aqui ora ali florindo, sorrindo para a vida.
Amanhã será um lindo dia, senão posso fazer uma poesia
ou nada.

Velho

 Acho que estou ficando velho. Ficar velho sempre parte de um referencial. Quando dizia que estava ficando velho para minha avó ela dizia, v...

Gogh

Gogh